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Setor lácteo debate perfil do consumidor pós-crise

Reunião dos Associados ocorreu hoje de tarde. Foto: Carolina Jardine

Os impactos da crise no consumo não devem sumir com a retomada da economia. A posição está alicerçada em mudanças concretas vivenciadas pelo consumidor brasileiro nos últimos anos. Segundo o gerente de marketing da Tetra Pak, Luis Eduardo Ramirez, que participou de reunião de associados do Sindilat na terça-feira (26/9), o consumidor aprendeu a comprar de uma forma mais inteligente, buscando promoções, transformação bem nítida em todas as classes, incluso as mais altas. Citou que, em tempos de dificuldade, o consumidor migra de produtos mais premium para produtos mais básicos, um movimento que não deve ser retomado logo que o poder aquisitivo se elevar. O cenário favorece o que chama de “atacarejo”, em estabelecimentos com venda por quantidade mas mais próximas do consumidor de maior poder aquisitivo. “Nesses canais, o cliente vai menos vezes no mês, mas, quando vai, gasta mais. As classes A e B aprenderam a comprar melhor”.

Nas classes mais baixas, tem destaque a busca por embalagens menores como forma de minimizar o desembolso imediato. “Muitas vezes, no longo prazo, esse movimento não é o mais econômico. Mas esse movimento não sempre é racional”. Ainda falou sobre mudanças nos hábitos das famílias, que estão menores mas vivendo mais. “Precisamos trazer mais valor à produção, mas não em preço mas em relação à percepção do consumidor. Devemos entregar o que o consumidor procura e aquilo pelo que ele está disposto a pagar mais”.
Em relação ao mercado lácteo, pontuou que a tendência em volume é positiva, mas cautelosa. A Tetra Pak projeta aumento de 2% no consumo nacional leite UHT em 2017. Até 2020, a previsão é de um crescimento médio de 1,8% ao ano até 2020.

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