Porto Alegre, 13 de setembro de 2017 Ano 11- N° 2.583
Na ocasião, ficou acordado que os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Social farão uma revisão no orçamento para ver se há possibilidade de realocar recursos para as aquisições. "Saio preocupado da reunião em função dos pronunciamentos dos ministros de não haver orçamento, apesar da expectativa de que o governo federal busque recursos para as aquisições", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Também participaram da audiência o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, o presidente da Dália, Gilberto Piccinini, representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Paraná (SindileitePR) e do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (SILEMG).
"Agora, o setor conta com o apoio dos nossos deputados em Brasília para monitorar e cobrar urgência no nosso pleito", acrescenta Guerra. Entre os parlamentares presentes, estavam Covatti Filho, Alceu Moreira, Heitor Schuch, Elvino Bohn Gass e Dionilso Marcon. Também participou da
Dirigentes do setor lácteo participam de reunião em Brasilia. Foto: Roberto Soso
O secretário da Agricultura, Ernani Polo.
A respeito das cotas de importação de leite do Uruguai, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, propôs a criação de um grupo formado por representantes do governo e de entidades do setor para ir ao Uruguai discutir o assunto na tentativa de entender a produção do país vizinho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Crédito: Carol Jardine
A programação teve início com uma explanação sobre a produção do leite, suas qualidades nutricionais e derivados. Na sequência, o chef Alexandre Reolon, representando o Sindilat, fez uma apresentação sobre os diferentes tipos de queijo produzidos pelas indústrias associadas, responsável pela captação de 90% de todo leite coletado no Rio Grande do Sul. A explanação foi acompanhada pela degustação de diferentes rótulos para estimular a diversidade sensorial dos estudantes. Os alunos experimentaram de queijos leves, como ricotas e queijo minas frescal, até queijos de paladar mais encorpado como o Gorgonzola e o Grana. A diversidade de sabores encantou os estudantes que fizeram questão de questionar o chef sobre o método produção de cada um dos queijos e as diferenciações que a qualidade do leite concedem aos queijos. Reolon ainda explicou sobre as variedades de cremes e manteigas na prática gastronômica e como o mercado oferece produtos diferenciados para preparo dos mais inusitados pratos. E ainda deu dicas de como preparar um fondue e harmonizar alguns tipos de queijos, como o Brie com geleia de frutas, pratos servidos no PUB do Queijo durante a Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
A bebida nutricional (Nutri-Bev) é um novo exemplo de cruzamento de produtos entre os produtos lácteos e as indústrias de alimentos e bebidas. O sorvete era um produto lácteo. No entanto, hoje é mais um produto de confeitaria. Outro exemplo é a mistura de manteiga e margarina, resultando em novas categorias de produtos lácteos. As bebidas nutricionais prontas para beber combinam ingredientes saudáveis e funcionais de proteína láctea com frutas e sabores de bebidas. Existe um potencial crescente para novas categorias de valor agregado, incluindo proteínas lácteas e não lácteas e uma ampla gama de ingredientes de sabor para satisfazer os consumidores que têm sede de bebidas funcionais, saudáveis e de bem-estar, combinadas com características de indulgência* (*comidas indulgentes: a situações em que preocupações relativas aos aspectos nutricionais ou ao valor de determinados alimentos ou bebidas são deixados de lado, privilegiando-se o prazer que será obtido ao consumi-los.) Tanto a indústria láctea como a indústria de bebidas (não alcoólicas) estão cada vez mais focadas em categorias de bebidas nutricionais e este artigo analisa novas oportunidades de crescimento e co-criação do setor como um meio para a inovação revolucionaria de novas e atraentes categorias Nutri-Bev (bebidas nutricionais).
A potencial composição ou formulação das categorias de bebidas nutricionais é enorme. No entanto, as duas principais categorias baseadas em produtos lácteos consistem em produtos fermentados muito ácidos, por exemplo, o iogurte, e bebidas à base de proteínas lácteas com baixa acidez.
Cada categoria pode ser dividida em séries de subcategorias, por exemplo: bebês, crianças, adultos, idosos e bebidas esportivas. Outras categorias de produtos podem ser de acordo com frutas, sabores, chá / café, cereais, vegetais e partículas, entre outras. Além disso, a formulação básica pode variar significativamente:
- Leite e / ou gordura vegetal, de baixo a alto teor
- Leite com teor ajustado de caseína ou proteína de soro de leite
- Proteína ou frações de soro de leite pura, ou caseína pura; reduzido ou fortificado
- Combinado de soro de proteína de leite ou de soja e / ou outras proteínas vegetais
- Proteínas animais; insetos como grilos e bichos de farinha (opções futuras)
- Produtos sem lactose: sem lactose ou com baixo teor de lactose (para intolerantes à lactose)
- Reduzidos de sal e/ou adicionados de cálcio (bebida para pessoas mais idosas)
A carbonatação (ou gaseificação) pode adicionar outra dimensão ao sabor, promovido por culturas iniciais específicas, ou dispersão de gás carbônico antes da embalagem. Além disso, uma ampla gama de culturas iniciais (por exemplo, os probióticos) podem constituir a base para outras categorias saudáveis.
Processamento e embalagem
O processamento das bebidas nutricionais combina o manuseio e pré-processamento de matérias-primas (líquidas e em pó), formulação de receita, possivelmente funcionalização, combinação e mistura dos ingredientes, seguido da dosagem de ingredientes de sabor, antes do tratamento térmico. Antes do enchimento das embalagens, pode ocorrer a carbonatação (gaseificação) esterilizada ou a dosagem, por exemplo, de enzimas. Dependendo das categorias e tipos de bebidas nutricionais, o processamento pode ser bastante complexo, por exemplo no caso de produtos com partículas.
O processamento ideal equilibra a eficiência de custos com o otimização da produção e ingredientes, bem como proteção de componentes vitais, como as vitaminas, e a qualidade geral e segurança alimentar. Para o fracionamento/concentração de proteína láctea e produtos sem lactose, a filtração por membrana é uma tecnologia chave. Para uma eficiente mistura ou funcionalização, por exemplo no caso da microparticulação das proteínas do soro de leite para adicionar uma dimensão extra de funcionalidade e sensação cremosa ao paladar, a tecnologia de cavitação provou ser ideal. Devido ambiente de armazenamento, particularmente no caso dos produtos de baixo teor de ácido, a UHT é a tecnologia térmica dominante e as novas inovações UHT combinam alta taxa de esterilização com um tratamento suave e excelente sabor.
Novas alternativas, como processamento de alta pressão (HPP) e processamento de campos elétricos pulsados (PFF) estão entrando no mercado. Vários fornecedores de ingredientes e de tecnologia de processos possuem uma experiência significativa em formulações de processamento de produtos lácteos, alimentos e bebidas. Com suporte por seus centros de inovação, eles podem ser parceiros importantes na criação das melhores formulações e processamentos das novas categorias de bebidas nutricionais. A escolha do design, do material e do tamanho das embalagens é uma parte importante das bebidas nutricionais, impactando no marketing que atrai os diversos segmentos de consumidores, desde os mais jovens, até os esportivos e consumidores mais velhos.
Co-criação de valor e crescimento
O sucesso da inovação revolucionária das categorias de bebidas nutricionais requer um conhecimento substancial de mercados, formulação, processamento e comercialização.
Uma nova tendência da indústria é colaborar em toda a cadeia de valor para promover uma forte plataforma especializada e inovação revolucionária. As principais partes interessadas para a co-criação de novos produtos e processos de bebidas nutricionais que agregam valor e crescimento aos produtores de lácteos e bebidas envolvidos incluem:
- Especialistas em tecnologia de produtos lácteos / bebidas
- Especialistas em fornecimento de ingredientes
- Especialistas em fornecimento de processos de equipamentos/tecnologia. (Dairy Reporter)
Produção/AR - Um boletim da situação do setor divulgado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), diz que está surgindo um processo de recuperação, que está refletindo não apenas em maiores captações nas indústrias, como também no preço mais firme para os produtores de leite. Ainda que de janeiro a julho deste ano a produção não tenha apresentado crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior (caiu em 1% e 2%), as projeções até dezembro de 2017 indicam que, se não houver alterações climáticas acentuadas, e os preços continuarem relativamente estáveis, a produção poderá crescer 3% no melhor dos casos, e 1%, em uma visão mais conservadora. Este cenário de crescimento produtivo também tem uma contrapartida sócio-econômica. No mesmo boletim diz: "Estão sendo detectadas iniciativas individuais (um produtor com várias propriedades produtoras de leite) e grupos (vários produtores) unificando seus rebanhos em fazendas de maior escala. Em se confirmando este cenário nos próximos meses, estamos diante de uma aceleração do processo de concentração (menos propriedades de maior tamanho)". O relatório destaca ainda que a quantidade de fazendas de leite que abandonam a atividade voltou aos índices históricos normais, na ordem de 1% a 2% por ano, alertando que: "muitos produtores estão esperando situações mais propícias para tomar a decisão de sair do negócio". Outro dado revelado pelo OCLA é o nível de participação do produtor de leite na cadeia. Tomando como referência os diversos dados disponíveis pelo Observatório, a média dos últimos quatro anos foi de 28,8%. Atualmente (tomando como base o mês de julho de 2017), o percentual obtido foi de 27,8% do preço final do leite. (ON24 - Tradução Livre: Terra Viva)