Um diagnóstico do setor leiteiro feito pela Emater indica que a produtividade por propriedade aumentou 24,9% no Rio Grande do Sul nos últimos dois anos. Em 2017, os produtores gaúchos produziram 178 litros por propriedade por dia. Em 2015, a média era de 142 litros. O dado faz parte do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul – 2017, apresentado nesta sexta-feira (1º/9) à tarde, na 40ª Expointer. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) é um dos patrocinadores da publicação.
Outra evolução é o aumento da produtividade por vaca, que saltou de 11,7 litros por vaca/dia para 12 litros. Em contrapartida, o estudo mostrou que o número de produtores vinculados à indústria reduziu 22,6%, caindo de 84 mil para 65 mil produtores, e que o rebanho também teve redução de 9,5%. Entretanto, no mesmo período, o volume de leite produzido reduziu apenas 2%. "Estes números mostram que o contingente de produtores que permaneceu na atividade foi capaz de produzir praticamente o mesmo volume", avalia o zootecnia Jaime Ries, extensionista da Emater.
Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, esta concentração de um maior volume de leite em um número menor de produtores é natural e uma tendência no mundo inteiro. "Profissionalizar a produção de leite é a forma de nos tornarmos competitivo", afirmou, lembrando que a indústria tem se tornado cada vez mais rigorosa. "Nós concorremos em uma economia globalizada, onde as exigências passam a ser internacionais", acrescenta.
Foto: Vitorya Paulo