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11/04/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.371


Edivilson Brum assume como secretário da Agricultura

O deputado estadual em primeiro mandato, Edivilson Brum, assumiu o cargo de secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (9/4). Brum ocupará o posto exercido por Clair Kuhn desde junho do ano passado.

Márcio Madalena segue como secretário-adjunto da pasta. Além da mudança na gestão, o governo do Estado anunciou a criação da Subsecretaria da Irrigação, que será comandado por Paulinho Salerno.

Brum falou que é uma honra estar à frente dessa tão importante Secretaria do governo, responsável por 40% da riqueza do Rio Grande do Sul, que é setor primário. “A irrigação será um dos projetos prioritários. Temos um percentual muito baixo de lavouras irrigadas e temos que enfrentar essa situação e seus gargalos. O endividamento dos agricultores também é prioridade. Nas últimas cinco safras tivemos frustrações e isso fez o nosso agricultor se endividar. O gaúcho quer pagar suas contas e honrar seus compromissos, mas precisamos que o governo federal se sensibilize em relação ao tema. E vamos dialogar junto”, ressaltou o secretário.

Deputado estadual desde 2023, Edivilson cumpre seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa e agora é licenciado para assumir o cargo de secretário de estado. Sua trajetória pública começou em Rio Pardo, onde foi vereador (1993–1996) e presidente da Câmara Municipal. Foi eleito vice-prefeito em 1997 e prefeito em 2001, sendo reeleito para um segundo mandato em 2005.

Fora de cargos eletivos, presidiu a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), de 2006 a 2007, atuou como assessor da presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério da Agricultura (2012–2013) e ocupou cargos de liderança na Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) e na Escola de Gestão Pública de Porto Alegre. Em 2015, assumiu a presidência da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Em 2020, foi eleito novamente prefeito de Rio Pardo, de onde se licenciou para concorrer ao Parlamento Gaúcho. (SEAPI)

Crédito: Divulgação Seapi


Toda a Europa faz a contagem de suas vacas: rebanho bovino recua de forma inédita 3% em 2024

A redução do rebanho bovino está longe de ser um problema exclusivamente francês. Em seu relatório Tendências Leite e Carne, o Instituto de Pecuária destaca a evolução do rebanho bovino europeu, e ninguém escapa dessa realidade. A mais recente publicação da Comissão Europeia sobre a evolução do número de cabeças na União confirma uma aceleração da redução do rebanho bovino.

“Observamos uma queda inédita de 3% no rebanho europeu, considerando todas as categorias de vacas”, aponta Ilona Blanquet no relatório do Instituto de Pecuária. “Estávamos mais acostumados a uma erosão lenta e contínua, na ordem de 1% ao ano”, analisa a economista.

O motivo? A sucessão de eventos climáticos extremos. “Ou são secas recorrentes, ou chuvas excessivas e inundações.” Em outras palavras, os criadores estão ajustando o tamanho dos seus rebanhos para enfrentar os anos ruins em termos de produção de forragem. Em alguns países europeus, as exigências ambientais também incentivam a redução dos rebanhos, como é o caso dos Países Baixos e da Irlanda. E a França não é o único país que enfrenta o desafio da renovação geracional entre os pecuaristas.

A França perdeu 140 mil vacas em 2024

A França, maior país em número de vacas na Europa, registrou uma queda de 2% no rebanho em 2024. “São 140 mil vacas a menos em um ano (considerando todos os tipos de rebanho). É um número significativo”, continua Ilona Blanquet. A Alemanha, segundo maior rebanho da UE, também não ficou de fora, com uma redução de 3% no número de animais. Até mesmo a Espanha, que tem uma presença forte no mercado de carne bovina, foi impactada, com uma redução de cerca de 1%.

“A Espanha enfrentou secas severas, e o rebanho de corte do centro do país foi reduzido para se adaptar às condições forrageiras deterioradas.” Na Irlanda, o problema não foi a seca, mas o excesso de chuvas, que contribuiu para a redução do rebanho em 3%, o quarto maior da Europa. O caso irlandês tem uma particularidade: a queda se concentrou nas vacas de corte, que representam um terço do total de cabeças.

“As chuvas incessantes entre novembro de 2023 e maio de 2024 levaram os criadores a descartarem animais por falta de condições adequadas para alimentá-los ou deixá-los pastar.” O rebanho de corte, assim, registrou uma queda de 6% em 2024. Apenas a Romênia manteve seu rebanho estável, com 1,1 milhão de vacas.

A reforma do setor leiteiro irlandês atinge níveis históricos
A menor disponibilidade está elevando o preço do abate de vacas, tanto leiteiras quanto de corte. Na semana de 10 de março, poucos dias antes das festividades de São Patrício, o preço da vaca tipo O na Irlanda atingiu um nível histórico.

“O preço subiu 65 centavos em quatro semanas, chegando ao valor inédito de 6,14 €/kg de carcaça”, comenta a economista. “É o maior valor dos últimos 22 anos.” Além disso, o preço do leite, que deveria incentivar a produção, não está favorecendo a permanência das vacas nos rebanhos. Ao mesmo tempo, a vaca tipo O na Alemanha chegou a 5,38 €/kg de carcaça. Na França, o valor ficou em torno de 5,17 €/kg de carcaça no mesmo período. (Agri Mutuel tradução livre Sindilat)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1862 de 10 de abril de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Devido ao vazio forrageiro outonal, segue a necessidade de maior uso de alimentos conservados e concentrados, bem como o ajuste das dietas. A queda das temperaturas contribuiu para a redução da população de moscas-dos-chifres, mas houve aumento da infestação por carrapatos e na incidência de tristeza parasitária. A produção de leite continua em queda, ainda influenciada pela escassez de pastagens e pelas condições climáticas adversas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a menor disponibilidade de pasto verde de qualidade tem levado à diminuição da produção de leite, chegando a até 20% em algumas propriedades. 

Na de Caxias do Sul, as chuvas favoreceram os sistemas de produção de leite a pasto, melhorando a oferta de forragem e reduzindo o uso de silagem e feno. A queda de temperatura eliminou o estresse térmico nos animais. Apesar das chuvas terem dificultado a manutenção da qualidade do leite, os produtores conseguiram manter os padrões exigidos. 

Na de Erechim, o manejo sanitário segue adequado, com destaque para as vacinações preventivas contra raiva bovina, em função de casos registrados. O controle de ectoparasitas têm sido um desafio em decorrência da grande incidência de carrapatos. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu em razão da antecipação do vazio forrageiro e da influência das altas temperaturas. 

Na de Ijuí, nas propriedades com sistema de produção a pasto, houve diminuição na produção de leite, levando ao aumento do uso de forragens conservadas. 

Na de Passo Fundo, as condições do rebanho se estabilizaram após o período de estiagem, com melhora no escore nutricional em virtude da suplementação alimentar.
 
Na de Porto Alegre, as temperaturas amenas e as chuvas beneficiaram o manejo do rebanho e o preparo de áreas para implantação das pastagens de inverno. 

Na de Santa Maria, as chuvas permitiram a intensificação da implantação das pastagens de inverno, inclusive nas áreas de integração lavoura-pecuária, como em Júlio de Castilhos. A escassez de forragem está mais acentuada nas propriedades que dependem de pastagens anuais. 

Na de Santa Rosa, a redução da insolação e as chuvas aumentaram o consumo de alimentos conservados e proporcionaram a retomada da produção diária de leite. 

Na de Soledade, as chuvas favoreceram o rebrote das pastagens perenes e anuaisde verão, garantindo maior estabilidade na oferta de forragem para o rebanho leiteiro. (Emater/RS editado pelo Sindilat)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA ATÉ 16/04/2025
Na última semana, o Rio Grande do Sul foi novamente impactado por volumes expressivos de chuva, acompanhados de uma acentuada queda nas temperaturas. A previsão para os próximos dias indica a ocorrência de chuvas irregulares, tanto em distribuição quanto em volume, no Rio Grande do Sul, acompanhadas por temperaturas amenas. Na sexta-feira (11/04), uma área de alta pressão migratória, posicionada sobre o oceano a Leste do Estado, continuará enviando umidade para o continente, favorecendo a formação de nuvens e provocando chuvas no Litoral gaúcho, com possibilidade de volumes moderados. No sábado (12/04), uma frente fria deverá avançar pelo RS, provocando chuva localizada, especialmente em regiões do Norte e do Sul. Já no domingo (13/04), ainda poderão ocorrer precipitações em quase todas as regiões. A previsão aponta para que, na segunda-feira (14/04), a frente fria esteja em deslocamento para o oceano, provocando nebulosidade e chuvas isoladas no Litoral. Nas demais áreas, o tempo permanecerá firme. No entanto, a partir de terça-feira (15/04), instabilidades provenientes do Noroeste do Estado começarão a avançar, trazendo chuvas para as regiões entre o Noroeste e o Centro. As instabilidades devem se expandir gradualmente, atingindo as demais áreas do Rio Grande do Sul ao longo da terça-feira e quarta-feira (16/04). O prognóstico para os próximos sete dias indica uma diminuição nos volumes de chuva em relação à semana anterior, na maior parte do Rio Grande do Sul. Apesar disso, ainda há possibilidade de precipitações significativas em áreas do Norte, Noroeste e Centro, além da faixa litorânea do Estado. Nessas regiões, os acumulados podem variar entre 30 e 100 mm. Nas demais áreas, os volumes previstos serão mais baixos não devendo ultrapassar 30 mm ao longo da semana. (Simagro editado pelo Sindilat)


 
 
 

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