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07/04/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.367


Balança comercial de lácteos: importações recuam em março

As importações totalizaram 178,9 milhões de litros em equivalente-leite em março, interrompendo assim a tendência de aumento. Confira mais dados e análises completas aqui!

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou um avanço no mês de março. Com um total de -171,3 milhões de litros em equivalente-leite, março apresentou um avanço de 32,6 milhões de litros em relação ao mês anterior, com a diminuição nas importações de lácteos influenciando neste resultado.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Em março, as exportações de lácteos somaram 7,63 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando um importante aumento de 26,4% em relação a fevereiro, mas, com uma queda ainda expressiva quando comparada a março de 2024, de -46,6%, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

As importações totalizaram 178,9 milhões de litros em equivalente-leite em março, interrompendo assim a tendência de aumento observada nos dois primeiros meses de 2025, com uma variação mensal de -14,8%. No comparativo com março de 2024, ainda foi possível observar um crescimento de 2,7%, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.


Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.Entre os principais produtos exportados, o soro de leite e o leite condensado apresentaram aumentos em relação ao mês anterior, de 22% e 11%, respectivamente, com o leite condensado apresentando o maior volume exportado de 2025, com mais de 712 toneladas exportadas no mês de março.

Outros produtos como os iogurtes (+40%), o creme de leite (+11%) e os queijos (+59%) também apresentaram avanços em suas exportações ao longo do último mês. Enquanto, em contrapartida, a manteiga apresentou um recuo em seu volume exportado, de -21%.

Para as categorias com maior participação nas importações, as movimentações observadas foram principalmente de recuos. O leite em pó integral apresentou uma queda mensal de 20% em suas importações, enquanto para os queijos o recuo observado foi 13% nas importações de março em relação ao resultado de fevereiro. 

Ainda dentro das importações, as únicas categorias que obtiveram variações mensais positivas foram o soro de leite (+13%) e outros derivados lácteos (+14%).

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em março de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2025

O que podemos esperar para os próximos meses?

Assim como pontuado no mês anterior, alguns fatores internacionais foram muito relevantes para a diminuição observada nas importações no mês de março. O primeiro deles é a sazonalidade de produção de leite dos principais países fornecedores do Mercosul, a Argentina e o Uruguai. O período atual é marcado por uma menor produção sazonal de leite nos países em questão, deixando assim uma menor disponibilidade para as exportações de lácteos. Somado a isso, a maior procura de outros países compradores pelos derivados lácteos do Mercosul (como por exemplo a Argélia) nos últimos meses também é um fator que auxilia a limitar a disponibilidade para as compras brasileiras.

Considerando esses dois importantes fatores, com a continuidade do período sazonal de menor produção de leite da Argentina e do Uruguai e a provável manutenção do ímpeto de compra de outros importantes países importadores, as expectativas para as importações brasileiras dos próximos meses é de que o volume importado permaneça mais limitado, gerando novos recuos nas importações de lácteos.

Vale também ressaltar que apesar de novos recuos serem esperados nas importações, a relação comercial dos compradores brasileiros se mostrou mais bem estabelecida nos últimos anos, sendo esse um fator limitante para esses recuos. Dessa forma, apesar das importações poderem apresentar novas quedas, seu volume ainda deve permanecer em um patamar considerado elevado ao comparar com as importações brasileiras de alguns anos atrás. (Milkpoint)


Emissão de GTA agora pode ser feita pelo celular em apenas sete etapas

Secretaria da Agricultura também aperfeiçoou portal do Produtor Online para melhorar experiência dos usuários

Um novo portal do Produtor Online, com acesso ao sistema pelo login Gov.br, e emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) que pode ser feita pelo celular em apenas sete passos. As melhores experiências para os usuários foram lançadas nesta segunda-feira (7/4) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre.

O secretário da Agricultura, Clair Kuhn, disse que este portal é a realização de um sonho, o de colocar na mão do produtor rural uma ferramenta que vai agilizar o trabalho dele, torná-lo mais rápido e eficiente. “Este é o primeiro passo, porque este trabalho que foi construído junto com as entidades, os produtores, os servidores, vai continuar, vamos seguir ouvindo os produtores e aprimorando o nosso trabalho, para torná-lo cada vez melhor e menos burocrático”, afirma Kuhn. O secretário lembrou a lei nº 15824/2022, de sua autoria, que institui a Carteira de Identidade do Empreendedor Rural e que é também uma ferramenta para desburocratização dos serviços ao produtor.

A diretora de Negócios e Relacionamento com Clientes da Procergs, Karen Lopes, disse que este portal é um marco histórico para a secretaria, levando serviços digitais para quem está na ponta. “O nosso trabalho é sempre orientado a partir de três conceitos: simplicidade, conveniência e agilidade, que estão presentes neste Portal do Produtor Online e na nova GTA”, destaca.

São cerca de 1,6 milhão de GTAs emitidas por ano e agora é possível, com orientações claras e de forma simples, emitir a Guia em qualquer aparelho mobile. Serão apenas sete etapas a serem preenchidas, com as informações que realmente são necessárias. Também é possível fazer online o estorno ou cancelamento de uma GTA, o que antes só era feito presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária.

A confirmação de recebimento de animais também poderá ser feita online e pelo celular. Assim que o produtor recebe uma GTA o sistema já fará um alerta na primeira tela informando que ele possui esta Guia para confirmação. Isso evita pendências com o Serviço Veterinário Oficial e mantém o rebanho devidamente atualizado.

O novo portal do Produtor Online foi reformulado e modernizado. Agora o acesso ao sistema pode ser feito com o login Gov.Br, sem a necessidade do produtor se deslocar até uma Inspetoria para solicitar senha de acesso. As atualizações cadastrais, assim como informes sobre nascimentos e mortes de animais, poderão ser feitas facilmente, podendo o produtor estar sempre com sua "ficha" em dia.

O novo sistema também traz o recurso de notificações direcionadas para o perfil do cliente/produtor, onde o mesmo passará a receber alertas inerentes a sua atividade específica, personalizando o sistema e melhorando a comunicação com o produtor. Além disso, ele está mais responsivo, ou seja, se adapta a qualquer dispositivo móvel.

“O portal está estruturado para aportar todos os serviços mais utilizados pelo produtor, bem como servir de guia e orientação através de uma comunicação clara e objetiva. As principais atividades dos produtores já poderão ser feitas pelo celular, sem sair de casa. A ideia é que o produtor só vá na Inspetoria em casos de exceção”, destacou o gerente de projetos da Agricultura Digital da Seapi, Daniel Gallina.

Além disso, o portal traz também links para acesso direto ao Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), sistema com informações agrometeorológicas importantes ao produtor.

O desenvolvimento dos novos sistemas foi realizado pela gerência de projetos da Agricultura Digital da Seapi em parceria com a Procergs (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do RS).

Estiveram presentes no evento diversas entidades como Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS), Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), deputado estadual Aloísio Klassmann, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Procergs e diretores e funcionários da Seapi.

Para acessar, veja: www.produtoronline.rs.gov.br

As informações são da SEAPI

Relatório Rabobank - Perspectivas de demanda 

O relatório prevê que a demanda chinesa por laticínios melhore em 2025, mas a um ritmo mais lento, refletindo os desafios da economia doméstica. 

“As importações também devem melhorar em relação ao volume fraco registrado em 2024”, disse Higgins. “Durante anos, o mundo olhou para a China como um termômetro da demanda global, mas, à medida que o país aumentou sua autossuficiência no setor de laticínios nos primeiros anos desta década, o recorde de importação de 2021 tornou-se uma memória distante.” 

Apesar da redução da participação da China no mercado global, o relatório destaca que a demanda em outras regiões-chave permanece forte. “As exportações de queijo dos EUA atingiram um recorde em 2024 e continuam apresentando sinais positivos para este ano. A Nova Zelândia também encontrou compradores para seu leite adicional, o que tem sustentado um preço recorde do leite”, afirmou Higgins. 

Entretanto, desafios potenciais podem afetar esse cenário, principalmente no que diz respeito a barreiras comerciais. Com os Estados Unidos adotando uma nova abordagem para o comércio sob a liderança republicana em Washington, existe o risco de novas tarifas e possíveis retaliações de parceiros comerciais, o que poderia impactar negativamente as exportações de laticínios do país.

“Em 2024, as exportações de queijo dos EUA para o México, seu maior mercado, cresceram 30% ano a ano, enquanto a China comprou 42% das exportações americanas de soro de leite”, disse Higgins. “Embora o setor de laticínios ainda não tenha sido diretamente afetado, o risco permanece alto. Se as exportações diminuírem, os preços nos EUA podem cair.”

Para manter o equilíbrio do comércio e sustentar os preços dos lácteos, o relatório destaca que os importadores ao redor do mundo devem ficar atentos ao impacto da inflação sobre a demanda do consumidor. 

Situação na Nova Zelândia
O relatório aponta que os volumes de exportação da Nova Zelândia nos três meses até janeiro de 2025 cresceram 2% em relação ao ano anterior, impulsionados por uma moeda mais fraca e preços mais fortes das commodities, gerando um aumento de US$ 1,5 bilhão nas exportações no período.

“As exportações totais de laticínios em 2024 atingiram o maior nível dos últimos três anos, com as vendas para a China seguindo uma tendência semelhante. Novos recordes também foram registrados nas exportações para Malásia, Taiwan e Arábia Saudita”, afirmou Higgins. 

Ela acrescentou que os volumes de exportação devem continuar elevados no primeiro semestre de 2025, uma vez que a produção adicional de leite encontra mercado devido à demanda sustentada. “Com as previsões de preços do leite subindo NZ$ 2,00 (US$ 1,14) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,17 (US$ 0,09) por quilo de leite] em comparação com o mesmo período do ano passado, a confiança dos produtores está alta. Esse otimismo tem sido reforçado pela redução da pressão dos juros após as recentes quedas na taxa oficial de juros.”

Apesar do crescimento, as condições climáticas podem impactar a produção. Enquanto as chuvas no início do verão beneficiaram os produtores durante o Natal, um período de seca sazonal atingiu muitas regiões da Ilha Norte e o leste da Ilha Sul, reduzindo os volumes de leite nas últimas semanas. 

“Se chuvas significativas não ocorrerem nas próximas semanas, existe o risco de que a temporada termine abruptamente em partes da Ilha Norte”, alertou Higgins. “Apesar das previsões otimistas para o preço do leite, alguns produtores podem optar por conservar alimento e preservar a condição do rebanho antes do inverno, encerrando a temporada mais cedo caso as condições continuem desfavoráveis.” 

Por ora, o Rabobank mantém sua previsão de crescimento da produção de leite entre 2,5% e 3% para a temporada de 2024/25.

As informações são do interest.co.nz, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link clicando aqui.  O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)


 
 
 

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