Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2025 Ano 19 - N° 4.330
AMÉRICA DO SUL - COTAÇÃO DAS PRINCIPAIS COMMODITIES LÁCTEAS
A produção de leite na América do Sul varia entre as regiões. Contatos do Uruguai dizem que as expectativas são positivas mesmo durante os meses de verão. Enquanto isso, na Argentina e Brasil, a produção é um pouco menos otimista. No que se refere à produção de milho, as estimativas são de quebra em ambos os países, em decorrência do calor, da seca e do atraso no plantio.
No entanto, à medida que as condições econômicas se estabilizam, em partes da região, o pagamento pelo leite também fica estável ou até aumenta. Com exceção do Brasil, contatos dizem que as expectativas no continente são otimistas no curto e médio prazo. A atividade comercial está intensa. A oferta de leite, sazonalmente mais apertada, aumentou a demanda de clientes brasileiros e argelinos por produtos lácteos.
Os importadores brasileiros esperavam algum movimento de baixa no final de 2024 e início de 2025, mas, se houveram, as reduções foram mínimas. Os preços do mercado estão firmes para a maioria dos produtos lácteos.
(Fonte: Relatório USDA: https://www.ams.usda.gov/market-news/individual-dairy-market-newscommodity-reports#International Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Mercado lácteo: como 2024 preparou o caminho para 2025?
O mercado lácteo brasileiro tem experimentado diversas mudanças nos últimos anos, com o ano de 2024 não sendo exceção. Apesar da recuperação no consumo e do aumento nos preços, o setor enfrentou diversos desafios que moldaram o cenário atual. Mas quais são as perspectivas e como pode ser o comportamento do setor?
Em relação à produção brasileira, é esperado que continue em crescimento. Após um final de 2023 desafiador para o mercado lácteo, com margens estreitas tanto para os produtores quanto para a indústria, o ano de 2024 foi marcado por uma recuperação. Com uma demanda mais robusta, os preços dos derivados lácteos se recuperaram, o que por sua vez possibilitou aumentos no preço do leite pago aos produtores. Adicionalmente, os custos dos principais insumos de produção, como milho e soja, permaneceram relativamente baixos ao longo do ano, contribuindo para um crescimento na rentabilidade da produção.
À luz dessas mudanças, é importante considerar as expectativas e desafios que o mercado lácteo brasileiro poderá enfrentar em 2025, enquanto se adapta às novas condições econômicas e de mercado.
Quer se antecipar e se preparar para os desafios e oportunidades que 2025 reserva para a cadeia leiteira? No Fórum MilkPoint Mercado - Gestão e Performance: os desafios da indústria láctea brasileira, você terá acesso a uma análise aprofundada do setor, com informações que vão ajudá-lo a entender e se posicionar melhor no mercado. Participe desse debate e inscreva-se agora mesmo. Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita no link: https://register.jalanlive.com/forummmercado?ticket=9708. (Fonte: Milkpoint)
Preços da manteiga disparam na Europa devido à escassez de matéria-prima
Enquanto a Europa e o mundo enfrentam uma crise na produção e nos preços da manteiga, Portugal parece escapar ao impacto mais severo desta tendência. O preço do produto disparou no mercado internacional desde 2021, com uma verdadeira explosão em 2024, mas os consumidores portugueses sentiram apenas um aumento moderado de 4,6% no último ano.
De acordo com o Eurostat, a Zona Euro registou um aumento médio de 20% nos preços da manteiga em apenas um ano. Em países como a Alemanha, o valor subiu quase 40%, chegando aos 8 euros por quilo, enquanto na Polónia os preços alcançaram os 9 euros, obrigando o Governo a criar uma reserva estratégica para estabilizar o mercado, revela o ’elEconomista’.
A origem da crise está na escassez global de gordura do leite, um dos principais componentes da manteiga. Especialistas apontam para um aumento na procura mundial, impulsionado pela valorização dos benefícios nutricionais do leite integral. A produção, contudo, não acompanhou essa crescente procura. Na União Europeia, a produção de leite cresceu apenas 0,6%, enquanto nos EUA registou-se um declínio de 0,37%.
Uma escalada nos preços pode afetar setores como a panificação e a confeitaria, que dependem fortemente desta matéria-prima. Pequenas e médias empresas já enfrentam dificuldades na sua rentabilidade devido aos custos crescentes da manteiga no mercado internacional.
O setor enfrenta ameaças externas, especialmente com a possibilidade do regresso das tarifas impostas pelos EUA sobre os produtos lácteos europeus. Se estas barreiras comerciais forem restabelecidas, o setor pode sofrer impactos severos, como já aconteceu em 2018. (Fonte: As informações são de Executive Digest)
Jogo Rápido
No radar
O senador gaúcho Luis Carlos Heinze protocolou na sexta-feira uma indicação legislativa solicitando a prorrogação, por mais um ano, das dívidas rurais com vencimento em 2025. O documento foi direcionado ao Ministério da Agricultura. No texto, Heinze alega prejuízos bilionários que "colocam em risco a segurança alimentar". (Zero Hora)