Pular para o conteúdo

31/01/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.319


Aumento do ICMS de combustíveis vigora a partir de sábado

O incremento do ICMS cobrado sobre os combustíveis vai começar a valer a partir deste sábado (1) no Rio Grande do Sul e nos outros estados brasileiros. Para cada litro de gasolina e etanol hidratado, o imposto passará de R$ 1,37 para R$ 1,47 (alta de R$ 0,10) e para o óleo diesel a alteração será de R$ 1,06 para R$ 1,12 (elevação de R$ 0,06).

Os aumentos foram definidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ainda em outubro do ano passado. O colegiado é formado pelas Secretarias Estaduais de Fazenda e responsável por definir políticas fiscais e harmonizar a cobrança do ICMS em todo o País. O órgão também determinou a redução do imposto do quilo de gás de cozinha (GLP) de R$ 1,41 para R$ 1,39 (diferença de R$ 0,02), a vigorar neste sábado.

O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, comenta que o tempo de repasse do reajuste do tributo dos combustíveis para as bombas dependerá de cada posto. Contudo, essa ação deverá ocorrer em passo acelerado.

A mais recente pesquisa de levantamentos de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o custo médio do litro da gasolina comum em postos da capital gaúcha, antes da mudança do imposto, é de R$ 5,91 e da gasolina aditivada de R$ 6,12. No geral do Rio Grande do Sul esses valores são, respectivamente, de R$ 6,03 e R$ 6,22. Já o óleo diesel vendido em Porto Alegre custa em média R$ 5,99 e o etanol hidratado R$ 4,76. No Estado, por sua vez, o litro médio do diesel vale R$ 6,08 e do álcool R$ 4,71.

Dal’Aqua frisa que o incremento do imposto vem em um momento (entre janeiro e fevereiro) que tradicionalmente as vendas dos revendedores estão mais baixas, com exceção dos estabelecimentos localizados no Litoral. Além do ICMS, ele informa que, há pouco tempo, já houve variação do custo da gasolina, entre R$ 0,03 a R$ 0,04, devido ao encarecimento do etanol anidro (misturado com o combustível) por parte das distribuidoras.

O presidente do Sulpetro recorda que desde 2022 o ICMS sobre os combustíveis passou a ser um valor fixo que abrange todos os estados. “Então, todo o Brasil pratica o mesmo custo do imposto”, reforça. Dal’Aqua considera que essa nova forma de tratar o tributo trouxe mais previsibilidade para o setor, porque antigamente os estados tinham uma espécie de preço presumido do combustível sobre o qual incidia determinada alíquota percentual, que podia variar entre as regiões do País.

Sobre a possibilidade que mais um aumento seja praticado em breve, devido a um eventual reajuste a ser feito pela Petrobras, Dal’Aqua não descarta que pressões políticas acabem retardando esse reajuste. “Porque a gente sabe o efeito que o combustível tem na inflação”, ressalta o dirigente.

Nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que cabe à Petrobras decidir se eleva ou não o preço dos combustíveis no País. A companhia está analisando um possível reajuste no valor do litro do óleo diesel, que acumula defasagem de preço por causa do dólar ao longo dos últimos meses.
No âmbito estadual, sobre o assunto combustíveis, o governo gaúcho divulgou uma nota indicando que, entre 2022 e 2024, o Rio Grande do Sul manteve o preço médio anual da gasolina abaixo dos vizinhos Santa Catarina e Paraná. De acordo com o governo, citando dados da ANP, em 2022 a gasolina no Rio Grande do Sul registrou um preço médio de R$ 5,90, enquanto os outros dois estados sulistas mantiveram valores superiores a R$ 6,00. Na média nacional, o valor da gasolina no Rio Grande do Sul foi de R$ 0,21 por litro mais barato naquele ano.

O desempenho mais expressivo ocorreu em 2023, quando o preço médio anual caiu para R$ 5,43, enquanto no Paraná ficou em R$ 5,64 e R$ 5,60 em Santa Catarina. Em 2024, o Rio Grande do Sul registrou um valor médio anual de R$ 5,90, permanecendo abaixo de Santa Catarina (R$ 6,03) e do Paraná (R$ 6,08). No mesmo período, a média nacional foi de R$ 5,93. 

As informações são do Jornal do Comércio.


Alivio temporário no estresse hídrico

As chuvas da última semana (23 e 24/01), mais uniformes e de maior volume, aliviaram temporariamente o estresse hídrico nas lavouras de soja. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (30/01) pela Emater/RS-Ascar, as precipitações possibilitaram a retomada do plantio em áreas de resteva de milho sem irrigação e o replantio em locais com falhas significativas de estande, mas sem alterar a proporção semeada, que permaneceu em 99% no Estado, sendo que 29% da cultura está em enchimento de grãos, 41% em floração e 30% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Embora as precipitações tenham sido insuficientes para encerrar a estiagem, elas restabeleceram temporariamente a umidade do solo, promovendo a recuperação da turgescência das plantas, a abscisão de folhas senescentes e a emissão de novos brotos. Contudo, a continuidade do desenvolvimento da cultura depende de chuvas em volumes que garantam a manutenção da umidade adequada no solo.

Apesar da melhora do cenário, as lavouras semeadas no final de outubro, assim como as cultivares de ciclo precoce, que se encontram nas fases de formação de vagens e enchimento de grãos, apresentam perdas consolidadas no potencial produtivo. A redução do porte das plantas, a diminuição do número de ramos laterais e a insuficiência de reservas hídricas comprometem o rendimento, especialmente nas áreas do Centro-Oeste do Estado.

Nas regiões mais a Leste, como o Planalto e Campos de Cima da Serra, o estresse hídrico foi atenuado e as condições climáticas ficaram mais favoráveis ao desenvolvimento da cultura, mantendo o potencial produtivo das lavouras próximo ao projetado.

Em termos de manejo, a elevação da umidade do ar e solo permitiu a intensificação de pulverizações de herbicidas em lavouras tardias e o reforço no controle fitossanitário preventivo, especialmente contra a ferrugem-asiática e, em determinadas regiões, contra alguns insetos-praga.

MILHO: As recentes precipitações, em volumes mais elevados, também atingiram a Região Oeste do Estado, onde o déficit hídrico estava comprometendo o potencial produtivo. A reposição de umidade favoreceu as lavouras de milho, especialmente aquelas em desenvolvimento vegetativo e em início do período reprodutivo. Houve a retomada do plantio de milho safrinha, e as lavouras semeadas tardiamente, em resteva de tabaco e feijão, estão em desenvolvimento vegetativo; algumas já entrando em floração. As condições atuais de umidade do solo estão adequadas. Porém, novas precipitações e temperaturas amenas serão essenciais, nos próximos dias, para garantir pendoamento e polinização adequados, além de evitar impactos negativos no enchimento de grãos. As chuvas não afetaram o ritmo da colheita, que alcançou 38% da área projetada. Os resultados observados são satisfatórios, e muitas lavouras superam o potencial produtivo estimado inicialmente. As perdas causadas pela estiagem em janeiro estão concentradas nas lavouras em enchimento de grãos (19%), mas não têm abrangência uniforme. Outros 9% da cultura estão em floração e 10% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Na Região Leste do Estado, as precipitações foram mais regulares, e as lavouras nesse estágio fenológico foram mais beneficiadas.

PASTAGENS: As pastagens anuais de verão recuperaram o seu desenvolvimento em decorrência da volta das chuvas e da maior umidade no solo, que também colaboraram para o aumento de oferta e melhor rebrote. Muitos produtores aplicaram adubações em cobertura para estimular as gramíneas. Os campos nativos apresentaram bom desenvolvimento, fornecendo pastagem de qualidade.

BOVINOCULTURA DE LEITE: As chuvas recentes contribuíram para a recuperação dos níveis de fontes e açudes e para a redução das temperaturas, mas ainda são exigidas estratégias para minimizar o estresse térmico nos rebanhos. Foi realizado controle eficaz de moscas e carrapatos. O estado corporal dos animais permaneceu satisfatório devido à nutrição adequada.

As informações são da Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1852 de 30 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As chuvas recentes contribuíram para a recuperação dos níveis de fontes e açudes e para a redução das temperaturas, mas ainda são exigidas estratégias para minimizar o estresse térmico nos rebanhos. Foi realizado controle eficaz de moscas e carrapatos. O estado corporal dos animais permaneceu satisfatório devido à nutrição adequada.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas continuam interferindo no manejo, em especial nas propriedades com deficiência de sombra para o rebanho. Os açudes apresentam níveis reduzidos, causando preocupação em relação à sanidade das matrizes, à qualidade do leite e à capacidade de atender à alta demanda hídrica dos animais diante do calor intenso.

Na de Caxias do Sul, nos sistemas confinados, foi utilizada ventilação e nebulização. Nas áreas com animais em pastagens, houve ajuste dos horários de ordenha para aproveitar os períodos mais frescos do dia.

Na de Erechim, a saúde dos rebanhos permanece estável. Os preços do leite ao produtor caíram devido ao aumento da oferta nacional e à redução no consumo.

Na de Frederico Westphalen, o preço do leite permaneceu estável na última semana, variando conforme a escala de produção e qualidade.

Na de Ijuí, diminuiu a produção de leite em razão do estresse calórico dos animais e da menor oferta de forragem nos sistemas a pasto. Já nos sistemas confinados, a produção se mantém, mas aumentam os custos com aeração e aspersão para controle térmico.

Na de Passo Fundo, o calor intenso favoreceu a proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato, além de casos isolados de tristeza parasitária bovina (TPB), impactando o bem-estar do rebanho. A produção sofreu leve redução em função do estresse térmico.

Na de Pelotas, a produção leiteira se manteve estável, mas houve suplementação e ajustes nos manejos devido ao calor, que também afetou o conforto dos animais.

Na de Porto Alegre, apesar dos esforços para manter o estado corporal dos animais, a produção já apresenta queda.

Na de Santa Maria, o controle de ectoparasitas tem sido realizado de forma estratégica, especialmente em relação ao manejo integrado de pastagens e de animais, reduzindo gradualmente a necessidade de tratamentos anuais.

Na de Santa Rosa, o retorno das chuvas e a melhora da umidade do solo pode colaborar para a recuperação das pastagens e para a produção.

Na de Soledade, as chuvas melhor distribuídas favoreceram o rebrote das pastagens anuais e perenes de verão no Alto da Serra do Botucaraí e parte do Centro Serra, aumentando a oferta de volumoso e recuperando os campos nativos.

As informações são da Emater/RS-Ascar, editadas pelo Sindilat/RS


Jogo Rápido

Chuvas em pontos isolados do RS devem ocorrer nos próximos dias
A previsão para os próximos dias indica mudanças no tempo sobre o Rio Grande do Sul, com a possibilidade de chuva em pontos isolados do estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 5/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).Sábado (1º/2) e domingo (2/2): a mesma configuração atmosférica dos dias anteriores manterá condições para a ocorrência de precipitação com intensidade variando de fraca a moderada em parte da Região dos Campos de Cima da Serra. No entanto, haverá uma mudança em relação às temperaturas. Dessa forma, espera-se uma elevação gradativa a partir da tarde de sábado, o que poderá diminuir a nebulosidade e tornar o tempo mais seco. Segunda (3/2) e terça-feira (4/2): haverá condições para a ocorrência de precipitação com intensidade variando de fraca a moderada sobre as regiões Norte e Campos de Cima da Serra, em função da umidade transportada pelo anticiclone que estará situado no oceano. Paralelamente, uma área de baixa pressão se formará entre o interior da Argentina e o Rio da Prata e intensificará um cavado pré-frontal que vai canalizar umidade da Amazônia em direção à área em questão. Por outro lado, sobre o estado o tempo será pouco instável, permanecendo seco e com temperaturas em elevação nos respectivos dias. Quarta-feira (5/2): uma frente fria se formará no Uruguai e, posteriormente, se deslocará sobre o Rio Grande do Sul, provocando chuvas com intensidade variando de fraca a moderada, principalmente nas regiões Sul, Campanha e Campos de Cima da Serra. Nas demais regiões, a tendência é que as chuvas ocorram com intensidade fraca. O prognóstico para a próxima semana aponta para a possibilidade de chuvas em volumes moderados, principalmente nas regiões Norte, Campos de Cima da Serra e Serra Gaúcha, onde esperam-se volumes entre 10 e 50mm, e ao longo da faixa litorânea entre Mostardas e a Região Metropolitana, onde os volumes esperados alcançarão 100mm. Na região Sul, os volumes previstos estarão compreendidos entre 10 e 20mm. Nas regiões Central, Metropolitana, Região dos Vales, Noroeste, Planalto e parte da Fronteira Oeste, são esperados volumes entre 1 e 5mm. Em partes da Região da Fronteira Oeste e Missões, não há previsão de precipitação. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (As informações são da Seapi)

 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *