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17/07/2017

 

 

Porto Alegre, 17 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.542

 

Setor quer que governo compre 20 mil toneladas de leite em pó

 
Foto: Eduardo Malta Oliveira

Representantes do governo do Estado, do setor produtivo e entidades do agronegócio alinharam, na manhã desta sexta-feira (14/7), em reunião na Famurs, um pleito conjunto a ser apresentado ao secretário nacional da Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Caio Rocha. O pedido será para que o governo federal promova compras governamentais para retirar do mercado 20 mil toneladas de leite em pó, o que representa um valor em torno de R$ 300 milhões aos cofres públicos. Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, as entidades "bateram o martelo" sobre o valor a ser pleiteado e ainda defenderam a urgência do Brasil adotar uma política de estoques reguladores para o mercado lácteo. O encontro com o representante do governo federal deve ocorrer em Porto Alegre no dia 28 de julho, às 10h, na sede Fetag. O assunto já foi tratado, esta semana, em reunião entre o Sindilat, Fetag e o Ministério da Agricultura.

Acompanhado pelo vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, Palharini ainda apresentou ao grupo projeto de acordo comercial com o México. Segundo ele, além das compras governamentais, é essencial abrir novos mercados para absorver a produção brasileira no médio prazo . "O México compra muito leite em pó e queijo dos Estados Unidos. Um acordo com o Brasil ajudaria muito o segmento produtivo". A reunião contou com o secretário da Agricultura, Ernani Polo, e representantes da Sefaz e da SDR. Pelo setor produtivo, também estavam presentes Piá e Languiru. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 14 de julho de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de junho de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de julho de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

Europa sofre escassez de manteiga com alta demanda e menor produção

A Europa está sofrendo com uma escassez de manteiga. A demanda em alta e a queda na produção de leite resultaram em preço dobrado para o laticínio, este ano. As padarias francesas querem aumentar os preços dos doces, brioches e croissants que usam manteiga como ingrediente, e o presidente-executivo da Arla, que controla as marcas de laticínios Anchor e Lurpak, na semana passada alertou aos consumidores britânicos que não haveria manteiga suficiente no Natal. O desgaste na Europa tem origens internacionais. A combinação entre uma queda na produção de leite em países importantes e clima adverso levou o preço internacional da manteiga a um recorde em junho, de acordo com a Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas (FAO). "A disponibilidade limitada de laticínios para exportação em todos os grandes países produtores" levou a alta significativa nos preços dos laticínios, entre os quais a manteiga, a FAO informou este mês.

A atual escassez de oferta e a alta consequente no preço da manteiga seguem a um dos mais longos períodos de preços baixos para os laticínios desde o colapso dos mercados mundiais em 2007 e 2008. O clima favorável e as ações da União Europeia para liberalizar seu mercado de laticínios, em 2015, deprimiram os preços. Eles caíram em mais de 50% entre 2014 e 2015, e muitos produtores de laticínios deixaram o setor, em todo o mundo, por causa de dívidas insustentáveis. A União Europeia respondeu por meio de cortes voluntários de produção e subsídios aos pecuaristas que optassem por produzir menos leite. O suprimento das cinco principais regiões produtoras de leite no planeta caiu em 0,4% em 2016. No hemisfério sul, o clima ruim na Austrália e Nova Zelândia levou a produção deste ano a ficar abaixo da registrada em 2016, até o momento. O consumo de manteiga, por outro lado, continua a crescer. Kevin Bellamy, estrategista mundial de laticínios no banco holandês Rabobank, acredita que tenha acontecido uma "virada estrutural" nos padrões de demanda por manteiga. Isso ajudou a limitar a queda de preço do produto em 2014 e 2015, quando a oferta era robusta. "As pessoas estão adotando a manteiga, e quantidade maior dela vem sendo usada em alimentos industrializados", ele diz.

Estudos recentes também lançaram dúvidas sobre a conexão entre manteiga e doenças cardiovasculares, o que aguçou o entusiasmo dos consumidores. A propaganda negativa quanto aos potenciais efeitos adversos de algumas margarinas e outras pastas de base vegetal sobre a saúde também estimulou o retorno dos consumidores à manteiga. Raphael Moreau, analista de alimentos na Euromonitor, diz que o consumo de manteiga foi estimulado pela demanda por produtos "naturais", da parte dos consumidores que estão abandonando produtos como a margarina. "No Reino Unido, o consumo de manteiga também foi estimulado pela moda de fazer bolos, doces e pães em casa", diz. A despeito da alta no preço da manteiga, "muitos dos produtores não têm capacidade para elevar sua produção", diz Patty Clayton, analista sênior de laticínios no Conselho de Desenvolvimento da Agricultura e Horticultura do Reino Unido, uma organização financiada por agricultores e pecuaristas. E os preços recordes tampouco significam que os pecuaristas e empresas possam simplesmente transferir mais leite para a produção de manteiga, porque eles precisam continuar fornecendo leite fresco, creme de leite e queijo. "Os produtores de leite precisam priorizar os consumidores em longo prazo", diz Clayton.

A atual escassez teria sido menos severa se houvessem estoques de reserva para recorrer. Mas a demanda robusta erodiu os estoques mundiais. Além disso, a China voltou ao mercado de laticínios, entre os quais manteiga e queijo, diz Bellamy, do Rabobank. A despeito da alta nos preços da manteiga no atacado, o varejo e os fabricantes de alimentos vêm relutando em repassar os aumentos aos consumidores. Mas os analistas antecipam que isso mudará quando suas margens de lucros sofrerem compressão.

"Dada a inflação recente no preço da manteiga, se a alta continuar isso vai se refletir nos preços ao consumidor", acautela Clayton, que prevê que continuará a haver pressão de alta sobre os preços pelo resto do ano, porque a produção não deve se recuperar em curto prazo. "Os preços da manteiga voltarão a subir, mas isso pode demorar alguns meses para que retomem aos níveis originais", diz Bellamy. Muitos produtores de laticínios na Europa e Brasil sofrem de uma escassez de vacas jovens para inclusão em seus rebanhos, depois de anos de preços mornos para os laticínios. "Por conta do período prolongado de preços baixos, não há estoque de vacas jovens", ele acrescenta. (As informações são do Financial Times, traduzidas por Paulo Migliacci para a Folha de São Paulo)

Produção de leite dos EUA está altamente concentrada em apenas 59 regiões
A produção de leite dos EUA está altamente concentrada em apenas 59 regiões que produzem 50% da produção da Califórnia e das Federal Milk Marketing Order, de acordo com análise do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As 59 regiões que compõem a maioria da produção de leite representam apenas 3,6% das 1.632 regiões que produzem leite na Califórnia e no sistema Federal Order. Apenas 13 regiões representam 25% dessa produção de leite, com sete delas localizadas na Califórnia. De fato, essas sete regiões da Califórnia representam quase 18% da produção de leite. O maior produtor da região de Tulare, no Vale Central da Califórnia, é responsável por quase 6% de todo o leite produzido na Califórnia e no sistema Federal Order. A Califórnia continua produzindo cerca de 20% do volume de leite do país, apesar de uma queda na produção no Golden State nos últimos anos. Esse declínio ocorreu quando os produtores da Califórnia foram pressionados pela seca e pelo baixo preço do leite. Três cooperativas da Califórnia solicitaram ao USDA para se juntar ao sistema Federal Order, com uma votação devendo ocorrer no final deste ano. A Central Marketing Area, que compila os dados sobre a concentração do mercado, observa que nenhuma das 13 principais regiões está localizada na região superior do Meio-Oeste (Upper Midwest) e 12 das 13 estão no Oeste. Lancaster County, Pensilvania, é a única região a leste do rio Missouri que faz parte da lista. Outros na lista incluem Yakima, Washington, Weld, Colorado, Pinal, Arizona e Chaves, Novo México. A análise do USDA mostra que 826 municípios aumentaram a produção de leite em dezembro de 2016 em relação a dezembro anterior. Mil e treze regiões reduziram a produção nesse mesmo período. A maior parte da produção diminuiu nas regiões central e sudeste do país. (As informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
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