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05/07/2017

 

Porto Alegre, 05 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.534

 

  Mapa apresenta plano para retirada da vacinação contra aftosa

De olho no mercado externo e nas potencialidades que podem ser abrir ao Brasil, o Ministério da Agricultura dará início, neste segundo semestre, à fase de execução de seu plano de retirada da vacinação contra febre aftosa do rebanho nacional. O projeto foi detalhado nesta terça-feira (4/7), em reunião no Ministério da Agricultura. O encontro contou com a presença do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, do diretor Renato Kreimeier, e do secretário-executivo, Darlan Palharini. Segundo Guerra, o rebanho bovino brasileiro é referência em qualidade e também em sanidade. "Precisamos avançar sempre em busca de novos mercados", pontuou. 

Segundo o coordenador do Programa Nacional de Erradicação  de Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa, Plínio Lopes, a meta é suspender a imunização integralmente até 2021 e ter o status de livre de vacinação reconhecido pela OIE em 2023. Para isso, a execução do projeto começa já no segundo semestre deste ano com a regionalização das ações. Em agosto, o Mapa irá retirar a cepa C da vacina contra febre aftosa usada no país, o que, na prática, quer dizer que, na campanha  de maio de 2018, as doses aplicadas no rebanho já serão bivalentes. Outra mudança em curso é a redução de volume das doses para 2 ml com o objetivo de evitar inflamações e reduzir perdas. 

As operações começarão com a organização do território nacional em cinco blocos de acordo com peculiaridades geográficas e efetivo técnico. Os primeiros estados a retirarem a vacinação serão Acre e Rondônia, com previsão para o primeiro semestre de 2019. Em junho de 2020, será a vez de Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Em 2021, o trabalho se completa com o fim da imunização na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Rio Grande do Sul. 

O coordenador do programa ainda acrescentou que todo o trabalho será coordenado por um grupo nacional composto de representantes do setor e que terá respaldo em fóruns regionais de debate. Lopes garantiu que se esse colegiado julgar que o país não está em condições de "dar esse passo" ele será soberano e a vacina não será retirada. Questionado sobre a metodologia de composição desses grupos, Lopes disse que ainda não há definição. CLIQUE AQUI para acessar o plano na íntegra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine

Embrapa e Sindilat revisam metodologia de projeto dos medidores

Reunidos na tarde desta terça-feira (4/7), representantes do Sindilat e da Embrapa debateram a necessidade de revisão no projeto que avalia a qualidade e confiabilidade  dos medidores de vasão e coleta automática de amostras acoplados aos caminhões tanque em operação no Rio Grande do Sul. Iniciado efetivamente há cerca de um ano e meio, o projeto enfrentou dificuldades logísticas e de adaptação da tecnologia europeia à realidade gaúcha. 

Ao lado do chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Clênio Pillon, a pesquisadora em Qualidade do Leite Maira Zanela apresentou resultados parciais coletados ontem em Porto Alegre. Contudo, para obter conclusões será preciso readequar o projeto, revisando amostragem das rotas de coleta e operações. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância da iniciativa, que busca dar mais exatidão no controle tanto para quem produz quanto para a sociedade. "Vamos revisar o projeto para que possamos ter dele os resultados", salientou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lembrou que a ideia é apresentar um estudo  aos laticínios sobre a viabilidades dos equipamentos. Atualmente, há um equipamento em operação na Cooperativa Piá e dois na Languiru. 


Crédito: Carolina Jardine

O projeto "Metodologia de Coleta de Automática de Amostras de Leite" teve início em 2016 em uma parceria entre o Sindilat, a Embrapa Clima Temperado e Cosulati. A ideia, na época, era testar equipamentos de cinco empresas (Bartec, Fabbo Bombas, Arsopi, Gea Equipamentos e Gimenez) e traçar um comparativo com os resultados obtidos pelo sistema convencional de amostras (manual). Contudo, nem todos os equipamentos foram instalados como previsto para testagem. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Danone vende Stonyfield, dos EUA, à Lactalis

A francesa Danone fechou acordo para a venda da Stonyfield, uma de suas subsidiárias americanas de laticínios. O negócio visa solucionar preocupações antitruste relacionadas à sua aquisição, por US$ 12,5 bilhões, da WhiteWave, a fabricante americana de alimentos naturais e voltados para a saúde para consumidores de alta renda. A Stonyfield foi vendida à Lactalis por US$ 875 milhões. A operação segue-se ao acordo pactuado pela Danone em março com o Departamento de Justiça dos EUA no qual afirmou que venderia a operação para acelerar o fechamento de sua aquisição da WhiteWave. Em 2016, a Stonyfield faturou cerca de US$ 370 milhões. O preço de venda de US$ 875 milhões representa 20 vezes seus lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (conhecidos pela rubrica contábil Ebitda). O negócio deverá ser concluído até o fim do terceiro trimestre deste ano.

A Lactalis é o segundo maior grupo mundial de laticínios depois da Danone, com uma participação de mercado de 4,1%, mas é apenas a nona maior empresa de iogurtes, com uma fatia de 2,1% do segmento, de acordo com a Euromonitor. A Danone tinha uma participação de mercado de 17,5% em 2016, inferior aos 22% de 2011. A Danone está às voltas com uma desaceleração do crescimento e com a alta significativa dos preços do leite. Em fevereiro, previu uma queda da aceleração do crescimento dos lucros para este ano e lançou uma campanha destinada a cortar € 1 bilhão em custos até 2020. As vendas em bases equivalentes da Danone no ano passado aumentaram 2,9%, para € 21,9 bilhões - o ritmo mais lento dos últimos 20 anos. A transação referente à WhiteWave é parte de uma investida da Danone para incorporar alimentos naturais e orgânicos ao seu portfólio, num momento em que os consumidores buscam opções mais saudáveis e de nicho. 

A aquisição foi fechada em em abril e transformou a Danone na maior produtora mundial de alimentos orgânicos - sua filial na América do Norte dobrou de tamanho. O CEO da Danone, Emmanuel Faber, é um convicto defensor da sustentabilidade no setor de alimentos. "O sistema que nos trouxe onde estamos hoje está chegando a seus limites", disse ele ao "Financial Times" em abril. "Precisamos recomeçar a pensar em marcas locais, recomeçar a pensar em marcas menores, não em marcas mundiais. Há uma revolução da alimentação começando nos EUA." (Valor Econômico)

Preço do leite pago aos produtores subiu pelo quarto mês consecutivo no Uruguai

O preço do leite pago aos produtores no Uruguai subiu pelo quarto mês consecutivo em maio e ficou em uma média de 10,14 pesos (US$ 0,35) por litro. O valor foi o mais elevado desde julho de 2014, de acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (INALE). Isso representa um aumento mensal de 1% e de 16% em relação a maio de 2016, quando a média era de 8,72 pesos (US$ 0,30) por litro.

 

Conaprole
A diretoria da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) decidiu manter para a captação de junho o mesmo preço de maio, informou o diretor da cooperativa leiteira, Gabriel Fernández.

Assim, com os sólidos (gorduras e proteínas) médios registrados até agora, o preço médio por litro foi determinado em 10,30 pesos (US$ 0,35).

Fernandez destacou a melhora nos níveis de sólidos e na qualidade que os produtores têm alcançado nos últimos meses, parâmetros chave para alcançar um valor médio que superará os 10 pesos (US$ 0,34) por litro. 

Em 04/07/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03469
27,9889 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do http://www.lecheriauy.com e http://www.tardaguila.com.uy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Exportações/AR 
Em maio a Argentina exportou 14.220 toneladas de lácteos pelo valor de US$ 46,5 milhões. Isto representa 10,2% a mais que no mês anterior, segundo o Boletim de Conjuntura OCLA, e queda de 42,3% em relação a igual mês do ano anterior, em volume. Em dólares, no entanto, a variação foi de +8,6% em relação a abril de 2017, e de -32,4% quando comparado com maio de 2016. No acumulado de 2017, até maio, o volume atingiu 81.134 toneladas (-34,8% em relação a 2016), e US$ 259,4 milhões (-21,8% na mesma comparação).   O relatório afirma ainda que em maio de 2017 o principal produto exportado foi o leite em pó, no total de 3.755 toneladas, representando US$ 12,7 milhões. No acumulado até maio, a exportação deste produto chegou a 33.103 toneladas, gerando divisas de US$ 106,7 milhões. "A exportação nos primeiros cinco meses de 2017 em relação a igual período de 2016 foi queda de 47% em volume, e 35,2% em valores. O preço FOB médio do leite em pó exportado foi US$ 3.379/tonelada, enquanto no mês anterior havia sido US$ 3.606, e, em maio de 2016, US$ 2.802/tonelada."Os principais destinos das exportações entre janeiro e maio de 2017 foram: a) em volume: Brasil (44,8%), Rússia (10,3%), Argélia (8%), e China (7,6%); b) em dólares: Brasil (45,1%), Rússia (11,7%), Argélia (7%) e Chile (6,6%). Os produtos que tiveram maior participação em volume exportado em maio de 2017 foram: Leite em pó (30,2%), Soro de leite (24,3%) e Queijos (20,5%). (Infortambo - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

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