Pular para o conteúdo

10/12/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.282


O que segura o preço baixo da gasolina e do diesel apesar do recorde do dólar

Os valores cobrados dos consumidores nos postos não estão nem perto dos altos patamares de 2021

Mesmo com os recordes do dólar, o preço dos combustíveis no Brasil tem se mantido estável, em patamares bem inferiores do que há três anos, por exemplo. Não há sinal de que a Petrobras mexerá nos valores das refinarias estatais no atual cenário, nem alterações previstas nas refinarias privadas.

Mas o dólar não é uma das principais influências na decisão da petrolífera? Sim, mas a outra é o petróleo, que tem se mantido em patamar baixo. Hoje, por exemplo, está na casa dos US$ 70, o que é aproximadamente a metade do preço do barril quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. 

Os conflitos no Oriente Médio até dão alguns sustos, como quando o Irã, que é produtor de petróleo, e Israel realizaram ataques mútuos. Agora, a crise na Síria também não deve provocar aumento da commodity, pois sua capacidade de produção caiu a um décimo na última década, derrubada pela guerra civil no país.

O principal motivo para o petróleo manter-se baixo é a previsão de consumo menor, especialmente pela desaceleração da economia da China, a segunda maior do mundo. Além do país asiático, os Estados Unidos, que são a maior economia, ainda geram eventuais especulações sobre uma recessão. 

Ou seja, se o dólar não estivesse subindo, o preço da gasolina, do diesel, do gás e de outros derivados de petróleo estaria até caindo para o consumidor. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum está custando, em média, R$ 6,04 no Rio Grande do Sul. Em novembro de 2021, chegou a R$ 7,10. Já o diesel está em R$ 6,04 agora, mas atingiu R$ 7,40 em julho de 2022.

Em tempo, se os combustíveis estivessem subindo, a vida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria bem mais tumultuada. A inflação estaria pressionando muito mais o juro e exigindo um corte de gastos rápido e convincente. (GZH)


Você sabe como é a produção de whey protein?

Você sabe como o whey é produzido? Esse suplemento tão popular entre atletas e praticantes de atividades físicas começa sua jornada nas fazendas leiteiras.
 
Você sabe como o whey é produzido? Esse suplemento tão popular entre atletas e praticantes de atividades físicas começa sua jornada nas fazendas leiteiras, onde o soro do leite – sua principal matéria-prima – é obtido durante a produção de queijos.
 
Com o aumento da demanda por alimentos fortificados, o Brasil tem se destacado nesse mercado em expansão. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de whey protein e outros concentrados de proteína no país cresceu 25% entre 2021 e 2023. 
 
Além disso, dados da Mordor Intelligence apontam que o Brasil lidera o mercado sul-americano de proteínas do soro de leite, representando 60% do consumo total e com previsão de crescimento anual de 8% entre 2024 e 2029.
 
Essa ascensão representa uma grande oportunidade para os produtores rurais. Afinal, o soro do leite, que antes era visto como resíduo, se tornou uma fonte de renda sustentável e estratégica.
 
Como é a produção de whey protein?
 
O processo começa na fabricação de queijos. Quando o leite é coagulado para a produção de queijo, ocorre a separação da massa (que formará o queijo) e do soro do leite. 
 
Este soro, que por muito tempo foi considerado apenas um resíduo, contém proteínas de alto valor biológico, além de vitaminas e minerais essenciais. Para garantir a qualidade da matéria-prima, o armazenamento e transporte do soro devem seguir rigorosos padrões sanitários. 
 
O produto precisa ser mantido refrigerado em tanques adequados e transportado em caminhões isotérmicos até as unidades de processamento, evitando qualquer tipo de contaminação ou degradação.
 
Processamento industrial do soro do leite
 
Na indústria, o soro passa por um processo de transformação até se tornar whey protein. As principais etapas são:
 
● Coagulação inicial: O soro passa por um processo de coagulação controlada para separação das proteínas
● Filtração preliminar: Remoção de impurezas e partículas maiores
● Ultrafiltração: Processo que concentra as proteínas do soro
● Microfiltração: Etapa que remove resíduos menores e garante maior pureza
● Desidratação: O concentrado proteico é transformado em pó através de secagem a vácuo
● Finalização: Adição de saborizantes e embalagem do produto final
 
Durante esse processo, são produzidos diferentes tipos de whey protein:
 
● Concentrado (WPC): Contém entre 35% e 80% de proteína
● Isolado (WPI): Apresenta mais de 90% de proteína
● Hidrolisado (WPH): Proteínas são pré-digeridas para maior absorção
 
    Controle de qualidade na produção de whey
 
Todo o processo é regulamentado pela ANVISA e deve seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF). O controle de qualidade inclui análises microbiológicas, físico-químicas e sensoriais em todas as etapas, desde o recebimento do soro até o produto final.
 
Benefícios nutricionais do whey protein
 
O whey protein se destaca como um dos suplementos mais completos disponíveis no mercado, oferecendo benefícios que vão muito além do ganho de massa muscular. 
 
Sua composição rica em aminoácidos essenciais, especialmente leucina, isoleucina e valina (BCAAs), promove não apenas o desenvolvimento muscular, mas também auxilia na recuperação pós-exercício e no fortalecimento do sistema imunológico. 
 
A rápida absorção dessas proteínas pelo organismo resulta em maior biodisponibilidade de nutrientes, tornando o whey protein uma escolha excelente para atletas e praticantes de atividade física. 
 
Aplicações do whey na indústria alimentícia
 
O whey protein tem se mostrado um ingrediente versátil, indo além dos suplementos em pó para integrar diversos produtos alimentícios. Ele é usado em bebidas proteicas prontas, produtos de panificação, iogurtes, queijos e sobremesas lácteas, melhorando textura e valor nutricional. No setor de confeitaria, impulsiona a criação de barras proteicas e snacks saudáveis, atendendo à demanda por opções práticas e nutritivas. 
 
Suas propriedades funcionais, como melhorar textura e estabilidade, tornaram o whey protein essencial no desenvolvimento de alimentos funcionais.
 
Whey Protein e as oportunidades 
 
O fornecimento de soro do leite para a indústria de whey protein é uma oportunidade lucrativa. Com a alta demanda por proteínas de qualidade, laticínios buscam fornecedores que ofereçam soro constante e de boa qualidade. 
 
Produtores que atendem aos padrões exigidos e possuem estrutura adequada têm encontrado nesse mercado uma fonte extra de renda. O sucesso depende de processos que garantam a qualidade do soro desde a ordenha até o armazenamento.
 
As informações são do Estadão, adaptadas pela equipe MilkPoint.
 
 
Boletim de Preços: Mercado de Leite e Derivados Novembro de 2024
 
Maior oferta de leite faz preços recuarem
 
Os preços no mercado de leite e derivados registraram desaceleração nas últimas semanas em função da maior oferta de leite neste momento de safra. O leite UHT apresentou um recuo mais acentuado no mercado atacadista, com vendas mais fracas nas ultimas semanas prejudicando a sustentação de preços. Nesta época é natural o movimento de queda nos preços de leite e seus derivados. Ainda que os sistemas de produção mais confinados estejam crescendo e ganhando participação no mercado brasileiro, a sazonalidade na oferta nacional ainda é marcante. Além disso, as importações de derivados lácteos seguem elevadas, aumentando a disponibilidade interna e pressionando preços.

Conseleites sugerem queda nos preços

As sinalizações de todos os Conseleites para o pagamento do leite entregue em novembro indicaram recuo no preço de referência, com a maior queda ocorrendo em Minas Gerais. O movimento de recuo nos Conseleites reflete o enfraquecimento dos preços dos derivados lácteos no setor industrial.

Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Milho tem valorização de preços. Boi também segue em alta

Os preços do milho registraram nova alta em novembro com elevado volume de exportações e incertezas sobre a disponibilidade do cereal na janela entre a safra e safrinha de 2025. As condições climáticas durante a colheita de verão, plantio e desenvolvimento da safrinha serão fundamentais para o abastecimento naquele período, afetando o comportamento dos preços. No mercado pecuário, a arroba do boi seguiu em valorização, puxando também os preços do bezerro. Finalmente, a desvalorização recente do Real frente ao Dólar tem deixado as commodities brasileiras mais competitivas no mercado internacional, estimulando a exportação.


Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. 
Colaboração: Henrique Salles Terror e Ítalo de Paula Bellozi (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado. 
Via CILEITE


Jogo Rápido

O que é e como calcular a pegada de carbono no leite?
Você sabe o que é a pegada de carbono na pecuária leiteira? A pegada de carbono é uma variável utilizada para avaliar a sustentabilidade na atividade leiteira, baseada na relação da emissão dos gases de efeito estufa e a unidade do produto produzido, nesse caso, o leite.  Como calcular? Quais informações são necessárias para esse cálculo? Se você gerencia os dados zootécnicos do seu rebanho e possui o controle de todos os insumos utilizados na sua propriedade, você está no caminho certo. Aprenda a calcular as emissões na sua fazenda com detalhes e descubra as ferramentas gratuitas disponíveis para ajudá-lo a obter essas informações. Todas as informações descritas no vídeo estão disponíveis aqui  e no material complementar. (Milkpoint)

 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *