Porto Alegre, 19 de junho de 2017 Ano 11- N° 2.522
O avanço da comercialização de soja no último mês não se traduziu em aumento dos valores do frete nas rotas de escoamento do grão. Conforme análise do grupo de pesquisa e extensão em logística da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (EsalqLog), os preços vêm caindo desde fevereiro pico da colheita de soja em Mato Grosso e estão, em alguns percursos, até mais baixos que há um ano. No acumulado da atual temporada até junho, foram comercializadas 78,2% da colheita de soja prevista para Mato Grosso, segundo última estimativa divulgada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em maio, apenas 69% da produção havia sido comercializada. No entanto, mesmo com o ritmo mais intenso de vendas de soja os preços cobrados pelo transporte caíram mais de 5% no período em algumas rotas, segundo a EsalqLog. Do município de Sorriso um dos maiores produtores de soja de Mato Grosso até Rondonópolis, onde existe um terminal ferroviário, o preço da tonelada de soja transportada passou de R$ 99,76, em abril, a R$ 97,78 em maio (queda de 2%). Na comparação com maio de 2016, porém, ainda houve alta de 9,2%, mas a queda dos preços continuou em junho. Na primeira semana deste mês, o valor chegou a R$ 95,33. Comparado ao pico do ano, em fevereiro, a queda do frete de Sorriso a Rondonópolis é de 21% De Nova Mutum, também em Mato Grosso, para o porto de Santos (SP), o frete caiu 5,7% entre abril e maio, para R$ 255,56 a tonelada. Em relação a fevereiro, o recuo é de 5,4% e, se comparado a maio do ano passado, a queda é bastante expressiva, de 21,8%. De Sapezal (MT) a Porto Velho (RO), a queda mensal é de 9,24% e, em relação a fevereiro, de 6,14%, para R$ 136,71 a tonelada. Na comparação anual, o aumento do frete ficou abaixo da inflação do período, de 3,52%.
Para milhões de americanos, vacas marrons produzem leite achocolatado
Uma pesquisa realizada entre consumidores nos Estados Unidos mostrou que 7% dos americanos acreditam que o leite achocolatado seja produzido por vacas marrons. Isso significa que 16,4 milhões de pessoas no país não sabem que se trata de um produto industrializado, feito com leite, chocolate e açúcar, segundo o jornal Washington Post.
Para muitos especialistas em educação alimentar e nutricional, no entanto, o estudo causou surpresa por não revelar um número ainda maior de consumidores, digamos, mal-informados.
Nos anos 1990, uma pesquisa encomendada pelo Departamento de Agricultura dos EUA revelou que 1 em cada 5 adultos não sabia que hambúrgueres são feitos de carne. O levantamento também mostrou os americanos não sabiam informações básicas sobre agricultura e pecuária, como o que comem os animais criados em fazendas. E, segundo o Post, os especialistas acreditam que não houve muita mudança nessas duas décadas.
"Estamos condicionados a pensar que, se você precisa de comida, você vai ao mercado. Nada em nosso sistema de ensino diz às crianças de onde vem o alimento", disse à publicação americana Cecily Upton, cofundadora da FoodCorps, ONG que visa promover educação nutricional em escolas de ensino fundamental nos Estados Unidos.
Outro estudo menor, realizado em 2011 em uma escola de ensino fundamental na Califórnia com alunos do quarto, quinto e sexto anos, também deixou os pesquisadores estarrecidos. Mais da metade não sabia que picles são pepinos ou que cebolas são vegetais. Entre os alunos entrevistados, 3 em cada 10 não sabiam que queijo é feito de leite.
Organizações como a FoodCorps trabalham para levar educação alimentar e nutricional para as salas de aula de escolas americanas. Além de ensinar o valor nutricional dos alimentos, visando uma alimentação mais saudável, os especialistas querem que as crianças aprendam sobre a origem dos produtos que consomem. "Conhecimento é poder. Sem ele, não podemos tomar decisões conscientes", disse Cecily Upton ao Washington Post. (As informações são da VEJA)
Em Córdoba a produção melhorou até 30%
Produção/AR - A Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria publicou os dados correspondente à produção de maio, revelando boas notícias para os produtores. O primeiro dado favorável é que foi confirmada a retomada da produção de leite que surgiu em abril, depois de 12 meses consecutivos de baixa: o leite produzido no último mês superou em 3% o volume de abril, e 4% a mais em relação à produção de maio de 2016.
O outro dado positivo foi o preço pago pela indústria aos produtores, apresentando incremento de 3% em comparação com abril, e 38% acima do valor pago em maio do ano passado, superando os 5,40 pesos/litro.
O relatório sobre a Leiteria, elaborado com base nos dados fornecidos pelas indústrias e fazendas do Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina (Siglea), mostra o crescimento da produção por departamento de Córdoba, Santa Fe, Entre Rios, Buenos Aires, La Pampa, San Luís, Río Negro e Tucumán. Para o caso de Córdoba, fica em destaque a bacia da zona central da província (departamentos Tercero Arriba, Rio Segundo e General San Martín) que melhoraram sua produção entre 20 e 30% em maio, em relação ao ano passado.
A principal bacia leiteira da província, que é do departamento San Justo, o aumento foi de até 10%, mesma cifra que em Rio Primero, Unión e Juárez Celman. No sentido contrário, em Marcos Juárez e Rio Cuarto, a produção caiu em até 10%, enquanto reduções mais profundas, de 30%, foram registradas em General Roca e Presidente Roque Sáenz Peña, as regiões mais prejudicadas pelas inundações. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)