Pular para o conteúdo

11/11/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.262


Como o setor leiteiro busca se proteger do efeito do calor sobre a produção

Sindilat e UPF divulgaram, pela primeira vez, orientações aos produtores para garantir a qualidade do produto e o bem-estar dos animais sob altas temperaturas. Diminuição de produtividade por vaca pode chegar a 80%A chegada do calor traz uma preocupação adicional aos produtores de leite, que devem estar atentos à manutenção do volume e qualidade do produto, além, claro, do conforto térmico dos animais. Uma cartilha com orientações aos produtores foi lançada pela primeira vez, neste ano, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS) e pela Universidade de Passo Fundo (UPF). — Os animais sofrem muito com essas variações climáticas e resulta naquilo que nós denominamos de estresse térmico, ou seja, ele sente muito essa questão e, consequentemente, irá apresentar, ao longo dos dias de intenso calor, várias alterações no seu metabolismo, na ingestão de matéria seca, e isso tudo colabora para problemas como redução na produção e (alteração) na composição do leite — descreve o professor Carlos Bondan, do curso de Medicina Veterinária da UPF, que participou da elaboração da cartilha. O impacto se dá no metabolismo do animal. Sob estresse térmico, a vaca ocupa a maior parte do tempo ofegando, tentando regular sua temperatura, e consequentemente diminui o tempo destinado ao consumo de alimentos. Ingerindo menos nutrientes, há alterações nos sólidos totais do leite, conforme indicam estudos. Outra consequência é a diminuição na capacidade de defesa imunológica dos animais, o que implica em uma maior incidência de quadros infecciosos e doenças, como a mastite. Bondan cita um exemplo comum ao verão gaúcho: sob uma temperatura de 32°C, com uma umidade relativa do ar acima de 90%, somados à ausência de sombra e de água, a diminuição de produtividade por animal pode chegar a 80%. Por isso, a cartilha lançada por Sindilat e UPF recomenda oferecer principalmente conforto e boa alimentação aos animais. Entre as técnicas indicadas estão ainda o uso de aspersores e ventiladores, acesso irrestrito à água e manejo de ordenha nos horários mais frescos do dia. Sobre um possível impacto das mudanças climáticas no futuro da atividade leiteira, Bondan observa que isso é algo que deverá ser observado ao longo do tempo. De acordo com ele, o problema do estresse calórico sempre existiu, mas muitas vezes foi negligenciado por falta de diagnóstico: — Hoje, produtores mais tecnificados, mais conhecedores da causa, se tornam mais preocupados com isso e trazem esses problemas para a academia. Esse efeito há muitos anos a gente conhece, mas ele tem se tornado cada vez mais visível diante dos produtores, da própria indústria, exatamente porque, a partir de agora, nós temos uma identificação, nós temos um diagnóstico.

Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a discussão sobre a necessidade de uma cartilha surgiu dentro do grupo de qualidade criado pelo sindicato. As empresas deverão imprimir as orientações e enviar aos produtores junto com a nota do leite. 

— A grande maioria dos produtores já sabe, mas nunca é demais relembrar os conceitos básicos — observa. 

O executivo explica que a preocupação com as mudanças climáticas está relacionada à característica do rebanho leiteiro do Rio Grande do Sul, em que predominam as raças europeias (holandesa e jersey). Porém, Palharini acredita que não seria vantajoso alterar o perfil de raças em função da produtividade alcançada por estes animais. 

Apesar da preocupação, o percentual de leite condenado é pequeno diante do volume total de produção. Em 2024, o pico de desvio de crioscopia chegou a 0,16% no mês de janeiro, segundo o Sindilat — nos meses de inverno, o índice não passa de 0,014%. (Zero Hora)


Suporte a produtores de leite aumenta produtividade e ajuda famílias no campo

Novo episódio de websérie da Lactalis Brasil mostra como uma boa gestão faz toda a diferença

O aumento da produtividade no campo passa por um processo organizado e eficiente de gestão. Na cadeia leiteira, não é diferente. Boas práticas no manejo do rebanho e da propriedade tornam os negócios sustentáveis - em todos os sentidos -, além de garantirem a permanência das famílias na atividade e no campo. Aprimorar a gestão é o foco do projeto Lactaleite, implementado pela Lactalis para assessorar os produtores diretamente no campo.

A iniciativa é tema da websérie "Caminhos do Leite", disponível no canal da empresa no YouTube. O terceiro episódio explica o trabalho de suporte dado aos produtores pela Lactalis e relata os resultados já alcançados pelas famílias.

Por meio da história de vida de produtores gaúchos, o filme mostra o impacto da profissionalização da gestão nas novas gerações, que começam a tomar as rédeas da produção. Por trás desse suporte, está o entendimento de que propriedades com gestão eficiente são mais atrativas e convidativas à sucessão. Os especialistas da Lactalis defendem que, nos locais em que as finanças são bem geridas, há previsão de ganhos futuros, planejamento e se vislumbram projetos e melhorias. Tudo isso é fundamental para manter o jovem no campo.

- Nesse assessoramento de gestão que concedemos a nossos pro-dutores, mostramos a importância de abrir a mente para novas ideias, ouvir os filhos e parceiros e implementar melhorias. Isso tudo instigaos filhos a se manterem na atividade porque veem um futuro no campo - explica o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior.

Evolução
A cadeia leiteira gaúcha dispõe de grandes oportunidades de otimização de processos mesmo que tenha um dos melhores rebanhos do país. - O produtor gaúcho é um dos mais dedicados e eficientes do Bra-sil. No entanto, na hora de gerenciar a propriedade, estimar custos e receitas, sempre há pontos a avançar - observa júnior. Segundo o gestor, é preciso ter atenção na hora de fazer as contas- e isso não quer dizer não gastar.

Muitas vezes, é importante saber investir, ganhar escala de produção e aumentar o rebanho para diluir custos fixos. A Lactalis dá suporte aos produtores com assessoramento constante, por meio do Clube do Produtor e também do Lac-taleite - projeto que começou há cinco anos, no Rio Grande do Sul, e hoje atende cerca de 900 produtores em todo o Brasil.

Apoio técnico
Pensado como um programa de assessoramento 360, o Lactaleite ajuda na capacitação para cumprir diversos processos. O corpo técnico da empresa oferece consultoria para composição de ração do gado investimentos e benfeitorias, além de ajudar na escola de insumos e equipamentos.

- Para participar, é preciso vontade de mudar. O Lactaleite não inclui só os grandes produtores. Muito pelo contrário. Ser um produtor Lac-taleite exige vontade de fazer melhor todos os dias. Nossa experiência em produzir leite em diferentes cenários nos traz o conhecimento para orientar esses homens e mulheres que vivem do leite e querem um leite cada vez melhor - conclui o CEO da Lactalis Brasil. Clique aqui e confira o terceiro episódio da websérie Caminhos do Leite. (Zero Hora)

Dia de Campo aborda estratégias para crescimento do setor leiteiro da Metade Sul

A Estação Experimental Terras Baixas, no Campus da UFPel em Capão do Leão, sediou o Dia de Campo do Leite na última terça-feira (06/11), durante a Semana do Leite que se encerrou nesta sexta-feira (08/11). Com o tema "Resistir, Reconstruir e Renovar", o Dia de Campo foi uma realização da Embrapa, Emater, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Agricultura e Pecuária. A Semana do Leite, que teve como objetivo mobilizar a cadeia produtiva do leite para recuperação e crescimento do setor, contou com a participação de produtores, técnicos e representantes do setor interessados em fortalecer a cadeia produtiva do leite no Estado.

Na primeira estação do Dia de Campo, foram abordadas questões relacionadas à importância da resistência da cadeia do leite para a sociedade, abrangendo desde a produção até o consumo. As atividades incluíram uma apresentação da Coopar Pomerano sobre o sucesso do cooperativismo, a estrutura de pesquisa em leite da Embrapa Clima Temperado com seus projetos futuros, a contribuição do Lableite para a qualidade do leite e derivados, e os cursos do Cetac com ferramentas de qualificação para gestão e sucessão familiar.

A segunda estação focou em soluções e tecnologias para reconstruir e remediar os impactos da crise climática, com o objetivo de retomar e ampliar a produção de leite. Cinco temas foram discutidos: qualidade do leite, crise climática, planejamento forrageiro, produção de leite seguro, cultivares de gramíneas e leguminosas BRS, ajustes de dietas baseadas em forrageiras, e a prevenção e controle de doenças como leptospirose e controle de carrapatos. Também foram abordadas dificuldades enfrentadas pelos produtores após as enchentes, incluindo manejo de ordenha, teste para mastite clínica, higienização do gado, teste do leite ácido, nutrição, manejo de pastagem, uso de pastagens perenes, homeopatia veterinária e doenças e técnicas relacionadas à silagem e ao manejo de cereais de inverno, como o trigo BRS Reporte, Belajoia, Pastoreio e Tarumaxi.

A terceira e última estação propôs mudanças necessárias para que o agricultor não enfrente novamente as mesmas dificuldades impostas pelas recentes condições climáticas que o Estado sofreu. O foco foi direcionado para o planejamento ambiental das unidades de produção de leite, com o objetivo de superar os desafios das mudanças climáticas. Essa proposta incluiu a parceria com a CPPSUL Cooptil, a recuperação de solos após inundações e enxurradas, a adequação das condições ambientais e o conforto dos animais, além da segurança na captação e no armazenamento de água para a atividade leiteira. Também foram abordados aspectos de saúde única e biosseguridade em contextos de emergência climática.

SIMPÓSIO
O Simpósio do Leite RS, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, no Campus da UFPel, em Capão do Leão, reuniu na última terça-feira (05/11), representantes de órgãos e entidades para discutir políticas públicas e desafios para o desenvolvimento do setor leiteiro na região Sul do Estado. O evento integrou a Semana do Leite, encerrada nesta sexta-feira (08/11), que com o tema Resistir, Reconstruir e Renovar, teve como objetivo mobilizar a cadeia produtiva do leite no fortalecimento do setor. A programação foi realizada pela Embrapa, Emater, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Agricultura e Pecuária.

As atividades do simpósio se dividiram em duas programações no início da tarde, sendo a primeira sobre políticas públicas e desenvolvimento do setor leiteiro, das quais foram discutidos temas sobre as políticas públicas e as perspectivas para o desenvolvimento do setor, com foco no produtor e nos sistemas de produção de leite. O Simpósio do Leite RS 2024 buscou oferecer uma plataforma de diálogo entre produtores, pesquisadores e gestores para fortalecer a cadeia produtiva do leite no estado, especialmente diante dos recentes desafios climáticos. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional Pelotas)


Jogo Rápido

ÚLTIMA SEMANA: Prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerra nesta sexta-feira 
Encerra, no dia 15 de novembro, o prazo de inscrições para a 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Podem ser protocolados trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024. Eles precisam tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui.  (SINDILAT/RS)

 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *