Pular para o conteúdo

04/11/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.257


Vacas com calor podem produzir 5 litros de leite a menos por dia

Para reduzir os efeitos do estresse térmico, animais precisam de alimentação enriquecida de minerais, além de sombra e água fresca

Temperaturas acima de 32º C já começam a provocar desconforto nos animais e, no caso das vacas leiteiras, a influenciar na produção. Por isso, os criadores são orientados a proporcionar mais conforto térmico ao animal, como investir em ambientes climatizados. A alimentação também é ponto importante para reduzir o estresse térmico.

César Meinerz, produtor rural de Estrela (RS), já começou a preparar o rebanho para enfrentar o verão, porque ele sabe que a vaca com calor come menos e, consequentemente, produz menos leite. “Temos 180 vacas em lactação atualmente, com média de 37 litros por dia. Se não cuidar, elas diminuem a produção e podem até morrer”, conta Meinerz ao Agro Estadão. Além de manter as vacas confinadas em temperatura até 10º C inferior ao ambiente externo, o produtor investe em um complemento alimentar feito à base de minerais. 

Misturado à ração e à silagem, o composto atua no metabolismo do animal para que ele não sinta tanto calor e, com isso, não diminua a produção de leite. “Em vez de 5, 6 ou 7 litros, a gente vê que a produção de leite diminui em 1 litro ou no máximo 1,5 litro”, conta. Uma das empresas fornecedoras desse tipo de produto é a gaúcha Mig-Plus. O composto mineral Mig Fresh auxilia na regulação da temperatura corporal, segundo Rubem Frosi, engenheiro agrônomo e gerente da empresa. 

“Ele contém uma substância feita de extrato de pimenta que atua na dilatação dos vasos sanguíneos e, com isso, o calor é dissipado. Indiretamente, ao não sofrer com o calor, há uma melhora na ingestão da dieta. Ao ingerir 1 kg de matéria seca a mais, a vaca pode produzir até 2 litros de leite a mais”, explica Frosi.

Na prática, o mix mineral ajuda a manter o apetite da vaca. O engenheiro lembra ainda que o estresse térmico pode chegar a um nível que não é mais possível recuperar. “Temperatura de 30ºC e umidade de 80% já corre o risco de óbito”, alerta. 

Estresse térmico reduz concentração de sólidos no leite
O estresse calórico no animal também diminui a concentração de sólidos no leite, como proteínas e lactose. De acordo com o Sindilat-RS, a situação é mais comum em animais de descendência europeia, como as raças Holandesa e Jersey, concentradas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

“No verão de 2024, chegamos a ter um pico de mais de  500 mil litros no dia que não foi possível industrializar. Isso representa 0,16% da nossa produção diária e é um número bem significativo, pois diminui a competitividade e aumenta o custo de produção”, afirma Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat.  

O descarte acontece porque o leite produzido por vacas que sofrem com o calor perde qualidade para a produção de derivados, como manteiga. Com isso, o produto não se enquadra na legislação brasileira por não ter a concentração necessária de sólidos. Palharini explica que animais a pasto são mais afetados pelo estresse térmico, por isso, a orientação é instalar sombreiros e disponibilizar água corrente à vontade. 

“Também precisamos melhorar a dieta alimentar do animal para produzir um leite mais rico em proteína e não ter esse descarte que prejudica a cadeia como um todo”, afirma, lembrando que é importante contar com o apoio de um técnico.

Atualmente, a produção leiteira do Rio Grande do Sul está em 11 milhões de litros por dia. O estado é o terceiro no ranking de produção de leite, liderado por Minas Gerais e Paraná; Santa Catarina é o quarto.

Fonte: ESTADÃO


Mercado lácteo: O Brasil é o destino de mais de 50% das exportações de lácteos da Argentina

As exportações de lácteos da Argentina em setembro de 2024 totalizaram 31.019 toneladas de produtos, no valor de US$ 115,2 milhões. O Brasil é o principal destino, respondendo por 50,8% dos embarques de lácteos para o exterior, se medidos em dólares.

As informações foram fornecidas e elaboradas pelo Observatorio de la Cadena Láctea, com dados da Dirección Nacional de Lechería/SAGyP e do INDEC.
Isso significa que as exportações argentinas de produtos lácteos aumentaram 11,3% e 9,9% em termos de volume de produtos e valor total em dólares, respectivamente, em comparação com agosto de 2024, ou seja, o mês anterior.

Na comparação ano a ano, elas aumentaram 9,9% em volume, 10,8% em valor em dólares e caíram 1,9% em litros equivalentes de leite.

No período acumulado de janeiro a setembro de 2024, como pode ser visto no folheto, elas aumentaram 8,9% em volume, as receitas em dólares aumentaram 1,8% e os equivalentes em litros superaram o período de janeiro a setembro de 2023 em 11,4%.

A distribuição das exportações por itens principais em termos de valor total em US$ para o período de janeiro a setembro de 2024:

38,8% para leite em pó;

33,0% para queijo em suas diferentes pastas;

18,8% para outros produtos (doce de leite, manteiga, óleo butírico, soro de leite, etc.);

9,4% para produtos confidenciais (lactose, caseína, iogurtes etc.).

A variação por categoria de produto em termos de volume para os nove meses até o final do ano em comparação com o mesmo período em 2023:

Leite em pó +11,6%.

Queijo +17,4%.

Outros produtos +3,2%.

Produtos confidenciais -8,3%.

O destino das exportações (com base no valor em dólares) foi o seguinte

Vale observar que, entre janeiro e setembro de 2024, a participação do Brasil nas exportações de leite em pó integral é um pouco maior do que o normal (58,1%), com a Argélia em segundo lugar, com 30,6%.

Crescimento em linha com o aumento da produção

Em litros equivalentes de leite (janeiro-setembro de 2024), as exportações cresceram 11,4% e representaram 25,2% da produção total (em janeiro-setembro de 2023, representaram 20,5%). Em particular, em setembro de 2024, as exportações representaram 20,8% da produção total do mês, o que implica uma queda acentuada na participação em comparação com os primeiros quatro meses do ano, quando ultrapassaram 30%.

O preço médio de exportação por tonelada foi de US$ 3.650 de janeiro a setembro de 2024, o que implicou uma queda de 6,6% em relação a 2023. No caso específico do leite em pó, o preço médio foi de US$ 3.542/tonelada, 7,2% abaixo do ano anterior.

Por outro lado, o preço médio de exportação alcançado em setembro de 2024, medido em pesos (dólar atacadista BCRA líquido de DEx e Reintegros e dólar Decreto 28-23 80/20), foi 209,1% superior ao preço médio alcançado em setembro de 2023, como referência no mesmo período o IPC Lácteos cresceu 242,8%, o IPIM Lácteos 254,0% e o preço SIGLeA 260,1%, mostrando claramente que a frente exportada é a que teve menor variação.

EdairyNews

Jornada Técnica de Primavera apresenta soluções a produtores de leite

"Proporcionar mais tempo para as vacas pastarem e maior consumo de pasto nesse tempo em que estiverem pastando, usando o comportamento natural bovino". Assim, o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar resume o objetivo da atividade realizada nesta quarta-feira (30/10) com produtores de leite participantes da Rede Elite a Pasto.

Essa foi a terceira e última etapa da Jornada Técnica de Primavera, uma programação técnica realizada nos dias 3, 10 e 30 de outubro, com temas demandados pelos produtores em ações prévias no âmbito do projeto.

Na primeira etapa os participantes integraram a visita técnica "Novidades em Pastagens, Silagens, Bioinsumos e Manejo no Inverno", na propriedade de Gilson Mazarro e família, no Rincão dos Pinheiros, onde o grupo pode conhecer as soluções aplicadas e os resultados obtidos neste inverno. A segunda etapa foi marcada pela reunião técnica "Carrapato sob controle: estratégias para o verão", realizada no Salão do Assentamento Santa Júlia com a condução da médica veterinária e extensionista da Emater/RS-Ascar Elusa Andrade, preparando o grupo para fazer o controle estratégico do carrapato.

Na terceira etapa, Rezomar de Souza e sua família receberam o encontro em sua propriedade, no Assentamento Alvorada, com o tema: "Verão sem estresse: Manejo de Pastagens para Enfrentar o Verão", conduzida por Ebert.

"Inovamos ao aplicar uma nova metodologia didática que chamamos de 'Desafio do Consumo de Pasto no Verão', na qual, através do auxílio de ferramentas visuais, o grupo é convidado a estabelecer rotinas e estratégias de manejo que promovam o máximo consumo de pasto possível por dia. Para isso, eles contam com o conhecimento técnico/científico discutido previamente, usando a situação da propriedade visitada como pano de fundo", explica o extensionista.

Ao término da atividade, os participantes puderam conferir a área de pastagens da propriedade e verificar como algumas das soluções apresentadas já estão sendo implementadas. A família iniciou o acompanhamento com a Emater/RS-Ascar no inverno deste ano na Rede Elite a Pasto e, em poucas semanas, a produtividade leiteira praticamente dobrou, apenas efetuando ajustes na rotina e no manejo de pastagens, com a adoção do Pastoreio Rotatínuo, um conceito de manejo de pastagens concebido a partir da ótica animal que visa otimizar o tempo do animal em pastejo.

A Rede Elite a Pasto é um projeto da Emater/RS-Ascar em Júlio de Castilhos, desenvolvido em conjunto com produtores de leite com a intenção de explorar o potencial de rentabilidade da produção leiteira baseada em pastagens, utilizando os recursos disponíveis nas propriedades das famílias. Para isso, a iniciativa se vale de conhecimentos científicos avançados e tecnologias adequadas às especificidades locais. Atualmente, são cerca de 20 famílias participantes, em três grupos que compõem a Rede.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Santa Maria.


Jogo Rápido

15/11 é o prazo final de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo
As inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo foram prorrogadas e a nova data para encerramento passou a ser dia 15 de novembro. Os trabalhos, no entanto, precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e devem tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Mesmo com a prorrogação, a previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29 de novembro. Já os vencedores serão revelados no dia 19 de dezembro. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT)

 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *