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25/10/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.251


Reunião da Câmara Produtiva do Leite faz avaliação do setor

Um estudo sobre os principais desafios do setor leiteiro foi apresentado nesta quinta-feira (24/10), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, de forma presencial e online.

O estudo, apresentado pelo engenheiro agrônomo Jair Mello, gerente de Suprimento de Leite da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). De acordo com ele, a produção gaúcha de leite inspecionado deve ficar neste ano em cerca de 2,98 bilhões de litros/ano, segundo dados da Pesquisa Municipal do IBGE. “A produção não cresce há 12 anos e perdemos lugar para os outros estados do Sul, hoje estamos em terceiro lugar”, afirma Jair.

Outros desafios são a melhoria na produtividade dos animais e da terra, a escala de produção e a rentabilidade, as dificuldades para a formação de mão de obra, com cursos de qualificação profissional e adaptação dos currículos das escolas técnicas para atender também essa área de produção, assistência técnica qualificada e a sucessão rural. “É preciso entender as novas gerações, o que os jovens estão buscando, e estimular para que fiquem no campo”, destaca.

O engenheiro agrônomo da CCGL apresentou o exemplo do casal Oliveira, de Eugênio de Castro, que largou o emprego na cidade para assumir a propriedade do pai, de 29,9 hectares, que seria arrendada. A produção passou de 8.559 litros/hectare/ano, em 2012, para 16.250 litros/hectare/ano, em 2023. A média de litros/vaca/dia também aumentou 102%, passando de 12,8, em 2012, para 25,9 em 2023. E o objetivo dos produtores para 2025 é aumentar a produção, a produtividade da terra e tornar a propriedade 100% digital.

Mas Mello destaca que o setor passa por muitos desafios. “Foram três secas, uma enchente, aparecimento da cigarrinha e da doença foliar no milho silagem e ainda o aumento dos custos de produção”, constata.

O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), colocou em pauta o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), que tem um volume de recursos que ainda não está acessível para a cadeia do leite.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, presente na reunião, “a Secretaria está trabalhando internamente no governo para encontrar uma solução para que estes recursos possam ser liberados o mais rapidamente possível. E assim que tivermos esta posição, iremos discutir os termos com a cadeia leiteira, setor tão importante para a economia do nosso estado”. (SEAPI)


CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 10/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Outubro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2024. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1838 de 24 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Segue o período de transição das pastagens de inverno para o preparo das pastagens de verão e para a semeadura de milho para silagem e grãos. Em algumas regiões, o excesso de umidade tem dificultado o manejo das áreas e dos animais, causando problemas nos cascos e na circulação nas instalações. Em relação às condições sanitárias, tem sido fundamental realizar o controle estratégico do carrapato, visando reduzir a pressão do ectoparasita e prevenir surtos nas próximas gerações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os potreiros de tifton, jiggs e capim kurumi mantêm a produção devido à alta qualidade dessas pastagens. Na Campanha, a oferta de trevos e cornichão está crescendo, mas o desenvolvimento segue atrasado. Os problemas com barro foram menores em função das chuvas concentradas e dos dias subsequentes ensolarados. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas, no último período, prejudicou os manejos e os pastoreios, levando os produtores a oferecerem mais concentrados conservados. A umidade elevada nos arredores das propriedades e estábulos aumentou a incidência de enfermidades, como mastites e doenças de casco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, e há expectativa de aumento no próximo mês em razão do maior uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, a produção está estabilizada, e houve leve aumento na produtividade nas propriedades que adotam sistemas de produção a pasto, em virtude da melhora na oferta de alimentos. 

Na de Pelotas, os produtores estão investindo em melhoramento genético e em projetos de custeio. 

Na de Porto Alegre, continua a suplementação com ração e silagem de milho, e os animais ainda acessam as pastagens de inverno em final de ciclo. 

Na de Santa Maria, a maior parte das pastagens de inverno está finalizando seu ciclo e entrando no tradicional vazio forrageiro da primavera, que se estende do final das pastagens de inverno até o início das de verão. 

Na de Santa Rosa, o pastejo de verão anual e o bom desenvolvimento das pastagens perenes ajudaram na retomada da produção de leite, após o vazio forrageiro. 

Na de Soledade, apesar do atraso no desenvolvimento do azevém, a alta oferta atual beneficia a produção de leite. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Chuva retorna ao Rio Grande do Sul, mas tempo firme deve predominar no fim de semana
O Boletim Integrado Agrometeorológico nº 43/2024, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI), indica mudanças no clima para os próximos dias no Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas seguidas de tempo estável no fim de semana. Nesta quinta-feira (24), a chegada de uma frente fria, impulsionada por um ciclone extratropical que se desloca em direção ao oceano, deve trazer pancadas de chuva e trovoadas, com intensidade de moderada a forte, especialmente nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Vales, Metropolitana, parte da Serra, Planalto, Noroeste e Norte. O dia será marcado por ventos fortes, começando do quadrante noroeste pela manhã e mudando para oeste ao longo do dia, quando as temperaturas começarão a cair. Na sexta-feira (25), a frente fria ainda manterá a possibilidade de chuvas fracas a moderadas no Litoral Norte e em parte da Serra Gaúcha. O tempo deve seguir instável, com nebulosidade e temperaturas em declínio gradual ao longo do dia. No sábado (26), com a passagem da frente fria, um anticiclone migratório atuará no estado, reduzindo as chuvas. No entanto, ainda há possibilidade de nevoeiros ou chuvas fracas nas regiões Sul, Campanha e parte da Metropolitana, devido à umidade oceânica. O tempo tende a se estabilizar na maioria das regiões, com temperaturas em queda. No domingo (27), o estado deve ter tempo firme, céu com poucas nuvens e a presença do sol em grande parte das regiões, garantindo temperaturas agradáveis ao longo do dia. Entre os dias 28 e 30 de outubro, o clima deve seguir estável no estado. Na segunda-feira (28), uma leve instabilidade poderá ocorrer nas regiões de divisa com Santa Catarina, mas o tempo deve permanecer firme na maior parte do RS. Já na terça-feira (29), uma frente de instabilidade poderá provocar chuvas leves nas regiões das Missões, Noroeste e Litoral Norte, enquanto o restante do estado segue com tempo estável. Na quarta-feira (30), a previsão é de estabilidade e elevação gradual das temperaturas, principalmente nas regiões das Missões, Noroeste e Norte. Ao longo da próxima semana, é esperado que os acumulados de chuva variem entre 30 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, áreas Centrais, Metropolitana, Litoral Norte, Serra, Campos de Cima da Serra e Norte do estado. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)

 
 

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