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04/05/2017

Porto Alegre, 04 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.492

 

Modernização dos serviços de inspeção é pauta de audiência pública

Entidades do setor agropecuário deverão levar ao secretário da Agricultura do Estado, Ernani Polo, questões referentes à modernização dos serviços de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal, que foram debatidas durante audiência pública, na manhã dessa quinta-feira (04/05), na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Vários tópicos foram apontados no encontro da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado, por proposição dos deputados Zé Nunes (PT), Jeferson Fernandes (PT) e Pedro Ruas (PSOL). 

Representando Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) no evento, o 2º vice-presidente, Raul Amaral, acredita que a modernização é necessária, mas precisa ser debatida com mais profundidade com toda a cadeira. "Precisamos melhorar a participação dos municípios no processo e reduzir a burocracia da fiscalização. O debate foi muito esclarecedor, mas a questão precisa de mais reavaliações". Dentro deste debate, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, considera importante o diálogo para que sejam encontradas as melhores soluções. "Assim, teremos a velocidade necessária nas fiscalizações dos processos produtivos que não podem parar, pois trabalhamos com produtos perecíveis e de consumo diário", apontou Guerra.

Na reunião, alguns representantes se manifestaram contra a terceirização do serviço, levando em conta o conflito de interesses que supostamente existiria nesse sistema. O deputado Zé Nunes argumentou que é contraditório um agente fiscalizador ser pago por quem ele fiscaliza. "É muito difícil que essa atividade seja efetiva e adequada", afirmou. A colocação foi compartilhada pela presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado do Rio Grande do Sul (Afagro RS), Angela Antunes, que destacou que o serviço de inspeção do Estado, um dos melhores do Brasil. "Quando falamos em fiscalização agropecuária, falamos em saúde pública, obrigação do Estado e da União", pontuou Angela. 

Reiterando as obrigações públicas, o superintendente do Ministério da Agricultura do RS (Mapa), Roberto Schroeder, lembrou que o novo Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (Riispoa) define a atividade como exclusiva do fiscal federal agropecuário. "Precisa ser um servidor público independente para fazer essa fiscalização", explicou ele, usando o sucesso da Operação Leite Compen$ado como exemplo de força conjunta de entidades do Estado. "Potencializamos, assim, a segurança a ser levada aos consumidores", concluiu Schroeder. 

Contrapondo as afirmações, o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapi), Antônio Ferreira Neto, reiterou a necessidade de renovação do sistema gaúcho. "Queremos trazer pro Estado a forma mais moderna para que se possa trabalhar a área de inspeção e a área sanitária animal", assinalou Neto, lembrando que a prioridade atual da Seapi é dobrar o número de municípios atendidos pelo Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf). 

O coordenador técnico da Federação de Associações de Municípios do RS (Famurs RS), Mário Nascimento, alertou que é necessária a maior contratação de médicos veterinários para atuação, lembrando que a entidade não é contra a proposta. "Podemos discutir melhor, mas precisamos nos atualizar", concluiu. Uma nota de repúdio foi entregue à mesa da audiência, assinada por fiscais agropecuários e apoiada pela Afagro. A data da reunião a ser realizada com o secretário de Agricultura do Estado será divulgada posteriormente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Guerreiro | Agência ALRS
 

 
Incertezas com relação ao NAFTA impulsionam México a buscar novos parceiros comerciais

Em meio às incertezas em torno do futuro do NAFTA o México tem procurado diversificar seus parceiros comerciais. O professor de economia agrícola da Escola Dyson de Economia Aplicada e Gestão da Universidade Cornell, Andrew M. Novaković, PhD, disse que a ação do México de buscar outros parceiros comerciais além dos EUA não é uma ação surpreendente. "A parte assustadora é que o México, com toda essa retórica econômica mais a imigração, está explorando fornecedores alternativos em toda a fronteira e os lácteos são importantes para nós", destacou Andrew. 

Desde que o NAFTA se tornou lei em 1994, as exportações de produtos lácteos dos EUA para o México mais do que quadruplicaram, para US $ 1,2 bilhões, tornando o México o principal mercado de exportação dos Estados Unidos. Isso representou quase um quarto de todas as exportações de lácteos no ano passado, de acordo com dados do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC).

No mês passado, os líderes de lácteos dos EUA viajaram para a Cidade do México para reafirmar o valor que veem na manutenção do México como parceiro comercial, ao mesmo tempo em que aconselham o país a ser cauteloso na busca de novos acordos comerciais com outras nações. "Acredito que o México precisa ser esperto em abrir seu mercado para outros fornecedores de lácteos que estão mais interessados em vendas spot do que em uma parceria de longo prazo", disse o presidente e CEO do USDEC, Tom Vilsack, aos líderes mexicanos do setor de lácteos que participaram do National Dairy Forum na Cidade do México.

Argentina é o próximo parceiro comercial
Entretanto, o México trabalhou para finalizar um acordo comercial com a Argentina até o final do ano, disse o vice-ministro de Comércio Exterior do México, Juan Carlos Baker. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, também prometeu abrir a economia e o comércio do país latino-americano para o México até o final de 2017. "O potencial está lá. Os exportadores argentinos poderiam encontrar condições atrativas no México". Baker disse que o México não voltará a pagar um imposto de exportação se as exportações aos EUA ficarem restritas. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: indústria de lácteos aprova apoio ao retorno do leite no lanche escolar

Líderes da indústria de lácteos dos Estados Unidos agradeceram ao recém-confirmado secretário de Agricultura, Sonny Perdue, por reconhecer o importante papel que o leite escolar desempenha em garantir que as crianças recebam a nutrição que precisam. Em uma de suas primeiras ações como secretário de Agricultura, Perdue visitou a Catoctin Elementary School em Leesburg, Virgínia, para anunciar que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) irá implementar regulamentos para permitir que as escolas ofereçam novamente leite com sabor e desnatado (1% de gordura) como parte dos programas de lanche e café da manhã na escola - National School Lunch e School Breakfast. Sob a administração de Obama, o USDA eliminou o leite desnatado com sabor como uma opção de lanche escolar e em programas à la carte. Desde então, o consumo de leite escolar diminuiu, assim como a participação geral no programa de lanche escolar.

"Apenas nos dois primeiros anos após o leite ter sido removido do programa, 1,1 milhão de alunos a menos bebiam leite com seu lanche", disse Jim Mulhern, presidente e CEO da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF). "A ação do secretário Perdue hoje reconhece que uma variedade de leites e outros alimentos lácteos saudáveis são parte integrante dos programas de nutrição infantil nas escolas".

"Hoje, o secretário Perdue deu um passo importante para trazer de volta os produtos favoritos da lancheira - o leite desnatado com sabor chocolate e sabor morango - que os alunos tinham perdido", disse J. David Carlin, vice-presidente sênior de assuntos legislativos e política econômica para a Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA). "Quando as crianças não bebem leite, é extremamente difícil para elas obter as quantidades adequadas de cálcio, potássio, vitamina D e outros nutrientes que os lácteos fornecem." O USDA publicará uma medida provisória para cobrir as mudanças regulatórias necessárias para permitir o leite com baixo teor de gordura nas escolas. Não está claro quando a mudança será implementada. (As informações são da IDFA, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Exportações/AR 
As exportações totais de grãos da Argentina somaram aproximadamente US$ 6,6 bilhões no ano, de acordo com dados do Centro de Exportadores de Cereais da Argentina divulgados pelo Blog AgroSouth News. O resultado é reflexo direto da política de valorização do agronegócio implementada pelo governo Macri, que entre outras medidas acabou com as chamadas "retenciones" (impostos sobre vendas externas). Somente na última semana, as exportações desses produtos alcançou US$ 599,59 milhões, que é 25,15% maior que o mesmo período do ano passado. Portanto, depois de duas semanas de forte retração, as vendas aumentaram. Isso também se deve a uma tendência de valorização do Peso Argentino frente ao Dólar norte-americano. Cerca de 53% das vendas neste ano foram por preços mais altos que no ano passado. Por outro lado, o volume vendido ainda é menor que o do ano passado. (Agrolink)
 

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