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20/08/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de agosto de 2024                                                       Ano 18 - N° 4.205


Balança comercial brasileira de leite e derivados

Balança comercial - As importações brasileiras de leite e derivados, registraram alta expressiva, puxadas principalmente pelo leite em pó desnatadado, integral e queijos. Foram importados 244 milhões de litros equivalente em julho/24, sendo o maior volume mensal no ano.

As exportações também subiram, fechando em 9,5 milhões de litros equivalentes. O principal produto exportado foi o creme de leite.

No acumulado de 2024, a balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 549 milhões, correspondente ao volume de 1.257 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral apresentou alta de 2% em relação ao mês anterior, cotado a US$ 3.259/tonelada no início de agosto/24. Já o leite em pó desnatado registrou queda de 1%, cotado ao valor de US$ 2.539/tonelada. Fonte: Embrapa/Cileite


 


GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT ADAPTADO PELO SINDILAT/RS

Leite/Europa

Continua o enfraquecimento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental. O tempo quente na França, Alemanha e Países Baixos prejudica a quantidade de leite produzida e os níveis dos componentes nas duas últimas semanas, fazendo com que o volume captado fique abaixo dos volumes registrados nas semanas correspondentes do ano passado. A tendência de queda traz uma certa dose de incerteza em relação ao leite que estará disponível nos próximos meses. Os estoques de alguns produtos lácteos estão apertados e com os preços atuais das commodities as indústrias procuram aumentar seus estoques. Nas últimas semanas o preço do leite ao produtor ficou mais estável e a cotação do creme mais firme. 

Depois de um fraco início de temporada, o nível da produção de leite no Reino Unido começa a alcançar a do ano anterior. De acordo com o site CLAL, em junho a produção foi de 1.314.700 toneladas, inalterada na comparação interanual. De janeiro a junho de 2024 foram 7.953.300 toneladas, ligeiramente abaixo da captação realizada no mesmo período do ano passado.

Além dos desafios normais dos produtores de leite, os agricultores de algumas regiões da França enfrentam o desafio de combater os surtos da doença Língua Azul. Recentemente um foco foi detectado na fronteira entre a França e a Bélgica. Desde o ano passado, outros surtos da doença apareceram em partes da Alemanha, Bélgica e Países Baixos. A Língua Azul é uma doença que se espalha através de insetos e pode ser fatal para ruminantes como cabras, ovelhas e bovinos. O ministério francês trabalha para formar um cinturão nas regiões afetadas recentemente e oferece um programa de vacinação voluntária gratuita para os fazendeiros dessas áreas.   

Mesmo com o declínio sazonal da produção de leite através de toda a Europa, alguns países do Leste Europeu continuam com a produção em crescimento. De acordo com o site CLAL, a produção de leite de vaca em junho de 2024 na Bielorrússia foi de 763.000 toneladas, +3,7% em relação a junho de 2023. De janeiro a junho a produção no país acumula 4.410.000 toneladas, 7% acima do volume registrado de janeiro a junho de 2023.

As condições de seca predominam em vastas regiões do Leste Europeu. Alertas de seca estão em vigor nos Países Bálticos, passando pela Polônia, chegando aos Balcãs, indo pelo Leste em direção à Ucrânia, Rússia e Turquia. A expectativa é de que a falta de chuvas irá afetar negativamente a qualidade e o rendimento das lavouras de grãos e pastagens. (Fonte: Usda – Tradução livre: Terra Viva)


Jogo Rápido

Líder cooperativista defende inovação para setor do leite superar crise
Presidente da Cooperativa Santa Clara, Gelsi Belmiro Thums participou de painel do JC na Serra Gaúcha. Está na Serra Gaúcha a mais antiga cooperativa de laticínios do Brasil. E foi justamente o presidente da Cooperativa Santa Clara, Gelsi Belmiro Thums, um dos painelistas do segundo evento do Mapa Econômico do Rio Grande do Sul em 2024, na sede do Centro das Indústrias, Comércio e Serviços (CIC), de Bento Gonçalves, no começo da noite de quinta-feira, 15 de agosto. E Thums, mesmo considerando todos os desafios impostos ao setor – agravados com a tragédia climática de maio –, trouxe ao público uma das especialidades da cooperativa originária de Carlos Barbosa, e que hoje tem uma rede de produtores em 130 municípios gaúchos. "É preciso inovar, e as oportunidades surgem todos os dias, mas só aproveita quem está atento ao mercado. Ocupar o espaço que surge a partir das crises, com novos produtos, que agregam valor, no nosso caso, ao leite e derivados, é fundamental. Se cada um de nós fizer a sua parte e mais um pouquinho, vamos criar os diferenciais para recuperar a economia gaúcha. Porque, mesmo castigado, o Estado continua produzindo resultados", aponta o dirigente. A Santa Clara, ainda na década de 1950, inovou com a inseminação artificial das vacas leiteiras. Agora, aposta em aprimoramento genético para garantir maior produtividade com mais sustentabilidade, mesmo com um rebanho menor. E, no mercado, tem lançado novos produtos direcionados a públicos específicos como os idosos. É a criatividade para driblar um cenário que, como aponta Thums, é crítico. Em oito anos, a cadeia leiteira viu despencar o número de produtores de 80 mil para 30 mil no Rio Grande do Sul. "E com uma crise como essa de maio, as cooperativas são as que mais sofrem. Porque é oferecido crédito, mas os juros consomem todo o resultado. Chega o momento em que este produtor já não tem como buscar mais recursos. É preciso uma política específica, que olhe com carinho para o produtor familiar", acredita o representante do setor cooperativista. A edição completa do Mapa Econômico do Rio Grande do Sul, abordando as regiões Serra, Campos de Cima da Serra, Hortênsias e os vales do Caí e Paranhana será pública pelo Jornal do Comércio no dia 22 de agosto. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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