Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 Ano 18 - N° 4.203
EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1828 de 15 de agosto de 2024
BOVINOCULTURA DE LEITE
A boa oferta de volumoso nas pastagens anuais de inverno aumentou a produção de leite nos últimos dois meses. A ocorrência de precipitações levou os produtores a limitar o tempo do rebanho nas pastagens e a aumentar a oferta de silagem. As chuvas causaram barro, dificultando a higiene de ordenha e gerando preocupações com doenças e com a qualidade do leite.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Hulha Negra, apesar de as chuvas das últimas duas semanas terem causado problemas com barro, a volta da umidade beneficiou as pastagens.
Na de Caxias do Sul, a ausência de chuvas favoreceu o pastejo e o manejo, porém o seu retorno provocou formação de barro nas áreas de espera dos bovinos.
Já na de Erechim, o tempo seco e frio facilitou o manejo, especialmente em sistemas extensivos, e ajudou a reduzir os casos de mastite.
Da mesma forma, na de Frederico Westphalen, os dias ensolarados favoreceram o desenvolvimento das culturas, o pastejo e o bem-estar dos animais e das pessoas. A produção de leite permanece estável, impulsionada pelo uso de ração e silagem.
Na de Ijuí, a produção total de leite permanece estável, embora o custo de produção tenha aumentado ligeiramente devido ao aumento dos preços dos componentes da ração. Apesar da alta umidade e dos dias mais frios, os rebanhos leiteiros estão se comportando normalmente, sem sintomas de estresse.
Na de Passo Fundo, os rebanhos em lactação apresentam bom estado nutricional, e o manejo sanitário está normal. Os produtores estão ajustando a alimentação para diferentes categorias de animais. O volume de leite está aumentando, refletindo a ampliação da oferta de alimentos volumosos.
Na de Porto Alegre, os rebanhos apresentam redução na condição corporal em razão do tempo desfavorável, que impede o desenvolvimento adequado das pastagens cultivadas, mesmo com adubação em cobertura. Na de Pelotas, as chuvas variáveis supriram a necessidade hídrica das pastagens, mas, em algumas áreas, houve encharcamento do solo.
Na de Santa Maria, o rebanho, que enfrentava um déficit nutricional em função do longo período de vazio forrageiro no outono, está começando a se recuperar com o aumento da oferta de forragem.
Na de Santa Rosa, segue a oferta de alimentos ricos em fibras para evitar diarreias no rebanho. Os produtores também continuam reduzindo a quantidade de silagem e feno para diminuir os custos.
Na de Soledade, ainda há escassez de volumoso, aumentando a necessidade do uso de alimentos conservados. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT)
Na sexta-feira (16/08), a ação do anticiclone migratório estará menos intensa sobre o Estado, mas haverá a possibilidade de ocorrência de nevoeiro de advecção sobre a faixa litorânea e sobre as regiões próximas à Laguna dos Patos e Lagoa Mirim. Entre a tarde e a noite, deverá ocorrer um aumento gradativo de nebulosidade ao longo da fronteira com a Argentina. Apesar dessa configuração atmosférica, o tempo deve seguir estável sobre todo o RS com temperaturas mais amenas em relação ao dia anterior.Durante a madrugada de sábado (17/08), o JBN se intensificará, transportando ar quente e úmido da Amazônia em direção ao RS no decorrer do dia. Por conta disso, haverá um aumento gradativo das temperaturas e da nebulosidade sobre as regiões da Fronteira Oeste, Central, Missões, Planalto Médio, Noroeste e Norte. Na Região Sul, há a possibilidade de ocorrer nevoeiro de advecção pela manhã, nas proximidades da Laguna dos Patos e Lagoa Mirim, em função do vento frio vindo do mar a partir do setor norte de um anticiclone, que, na ocasião, estará se deslocando pelo sudoeste do Oceano Atlântico. Apesar do aumento de umidade e da temperatura, o tempo deve permanecer estável em todo o Estado.No domingo (18/08), o JBN continuará atuando sobre o RS, mas de forma menos intensa. Assim, ocorrerá novamente o aumento da nebulosidade em todas as regiões, com temperaturas se elevando gradativamente no decorrer do dia. Ao longo da faixa de fronteira com o Uruguai, entre as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste, haverá a possibilidade de precipitação de intensidade fraca. A tendência para os próximos três dias no RS é de mudanças no tempo.
Na segunda-feira (19/08), a gênese de um sistema pré-frontal sobre o Uruguai deve provocar nevoeiro entre as regiões Sul e Campanha, antes da formação e do ingresso da frente fria no Estado. No decorrer do dia, as temperaturas devem seguir em elevação.
Na terça-feira (20/08), um cavado em altos níveis se desenvolverá, conduzindo uma frente fria em superfície, que deve ingressar no RS até o final do dia. Por esse motivo, espera-se a ocorrência de chuvas de intensidade fraca a moderada e um leve declínio nas temperaturas sobre a Região Sul.
Na quarta-feira (21/08), a frente fria deve, de fato, ingressar sobre o RS, provocando precipitação de intensidade forte sobre as regiões Sul e parte da Campanha, na faixa compreendida entre as cidades de Bagé, Pelotas e Rio Grande. A
s temperaturas seguirão a tendência de leve declínio com o deslocamento do sistema. O prognóstico para os próximos sete dias prevê chuvas de intensidade fraca a forte para a metade sul do Rio Grande do Sul. As precipitações estarão concentradas nas regiões sul, oeste e litoral do Estado. Nas áreas próximas à divisa com o Uruguai devem ocorrer os maiores acumulados, variando entre 30 e 100 mm. Para as regiões mais ao norte, incluindo a Campanha, Fronteira Oeste, Missões, Litoral e Central, os volumes de chuva devem ser menores, variando de 1 a 30 mm. (Informativo Conjuntural 1828 de 15 de agosto de 2024)
AR – Universidade monta o laboratório de qualidade do leite mais avançado do país
Qualidade/AR – No Campus Nuestra Señora del Pilar da Universidade Del Salvador (USAL) foi inaugurada a Unidade Tecnológica de Saúde, Produção e Controle de Qualidade Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
Concretamente foram habilitados os laboratórios de teste de leite e diagnóstico de doenças infecciosas veterinárias, na manhã desta quarta-feira.
Participando desta novidade que tem o valor agregado de funcionar dentro de uma instituição de estudos avançados, Bichos de Campo falou com José Amalfi, veterinário com pós graduação em produção e qualidade agroalimentar, e Diretor do Centro Tecnológico e Produtivo da USAL. “Este é um esforço acadêmico e econômico”, começou dizendo sobre o projeto integral que coloca em funcionamento a tecnologia mais avançado do país. “Com apoio da Universidade, hoje tornamos realidade um espaço de pesquisa, inovação e resposta ao setor produtivo, para as indústrias, mas também para os consumidores que querem saber cada vez mais, com um olhar de 360º em toda a cadeia produtiva”, acrescentou. Soma-se a isso a possibilidade de formar os futuros profissionais, oferecendo uma possibilidade de pratica diferenciada, com um componente comercial que é necessário para a cidade e a província de Buenos Aires.
Este será o terceiro laboratório da categoria em uma ampla região com eixo na Capital Federal, mas que conta com tecnologia de ponto, sendo a mais recente desenvolvida para o setor.
O projeto começou em 2018, quando foi feita a diagramação para ser apresentada ao então Ministério da Ciência e Tecnologia da Nação, para poder ter acesso ao Fundo Tecnológico Argentino (Fontar), em apoio a projetos e atividades que aumentem a produtividade do setor privado a partir da inovação tecnológica. A partir daí foi iniciada a construção dos espaços físicos no campus da USAL, a compra dos equipamentos, e mais de um ano para a calibração dos mesmos, em um trabalho conjunto com o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI), para chegar finalmente a este momento de início das atividades formais.
Cabe ressaltar que já foi iniciado o processo de homologação da Norma ISSO 17.025, que é a chave para credenciar como um laboratório de referência em termos de contraste de qualidade de amostras de leite cru, exigido na Resolução 229/16 para a elucidação de controvérsias no que diz respeito ao pagamento pela qualidade, mas sobretudo, ter padronização na análise.
A USAL conseguiu um empréstimo com taxas subsidiadas que cobriu 80% dos custos totais dos equipamentos, e o restante foi coberto com fundos próprios da instituição. Foto de capa: El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br
Jogo Rápido
"O clima não tem ajudado, tem tipo pouco sol, o que prejudica as pastagens e agrava ainda mais o problema da falta de alimento para os animais." Darlan Palharini, se cretário-executivo do Sindilat.