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15/08/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de agosto de 2024                                                       Ano 18 - N° 4.202


China é o principal destino de exportações brasileiras

Entre junho de 2023 e julho de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 57 bilhões para o país asiático, um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior

Em 15 de agosto de 1974, Brasil e China davam início as relações diplomáticas que anos depois faria do país asiático o principal parceiro comercial do Brasil. Nesta quinta-feira (15), comemora-se 50 anos de diplomacia entre os dois países.

“É determinação do presidente Lula que retomemos as boas relações diplomáticas com os países. Nestes 50 anos, tivemos muitas oportunidades comerciais com a China, tanto que ela se tornou nosso maior parceiro. Aqui no Mapa trabalhamos para que tenhamos mais progressos bilaterais econômicos”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), a relação bilateral está estruturada na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), criada em 2004, foi alçada ao nível de parceria estratégica global em 2012 e neste ano comemora-se 20 anos da criação.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 57,94 bilhões. Houve um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior. Houve recorde em 2023 com as exportações de mais de US$ 60 bilhões, um aumento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022.

O Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China no primeiro semestre de 2024.

Os principais produtos exportados para a China são soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.

Sendo uma relação bilateral, assim como exportou, o Brasil também importou produtos do país asiático, como produtos florestais e têxteis. As importações somam aproximadamente US$ 1,18 bilhão.

"As relações diplomáticas entre Brasil e China, especialmente sob a gestão do presidente Lula e do ministro Carlos Fávaro, alcançaram um patamar sem precedentes. Da diplomacia bem-sucedida, colhemos os frutos de negociações comerciais robustas, que consolidaram a China como o nosso principal parceiro estratégico no agronegócio”, ressaltou o secretário da SCRI, Roberto Perosa.

O ministro Carlos Fávaro já realizou duas missões ministeriais a China. A última foi realizada em junho deste ano em comitiva com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Durante a missão, o Governo Federal fechou um acordo para promover o café brasileiro na maior rede de cafeterias chinesa, prevendo a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de Café.

Para manter o diálogo e as boas relações comerciais, atualmente a China é o único país que conta com dois postos de adidos agrícolas brasileiras em Pequim.

Perosa ainda afirma que a restauração de um diálogo frutífero com o país asiático permite avanços significativos, como expansão de exportações de produtos-chave, fortalecendo ainda mais o papel do Brasil no cenário global. (Mapa)


 

Livro conta história de 100 anos da pesquisa agropecuária oficial no Rio Grande do Sul

Foram 15 anos de dedicação a uma pesquisa histórica em busca de documentos, fotos, registros e relatórios, em dezenas de centros de pesquisa e estações experimentais que auxiliaram a impulsionar o agronegócio gaúcho nos últimos 105 anos. O fruto deste trabalho é o livro Os 100 anos da pesquisa agropecuária oficial do Rio Grande do Sul, disponível para download gratuito e editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).

A publicação é organizada pela pesquisadora aposentada Sônia Lobato que, em 2009, iniciou, quase por acaso, um movimento de resgate da memória da pesquisa agropecuária oficial gaúcha.

“Na época, fui chamada a fazer um resumo para uma publicação sobre os 90 anos da pesquisa agropecuária estadual. Ao buscar informações para elaborar esse resumo, encontrei muitos registros dispersos. Diante disso, surgiu a vontade de reunir e organizar essas informações, o que foi realizado nesse livro”, conta Sônia.A pesquisa agropecuária oficial do Estado iniciou em 1919, com a criação da Estação de Seleção das Colônias em Alfredo Chaves (hoje Veranópolis), pelo Departamento de Agricultura do Governo Federal. Na década seguinte, outras unidades de pesquisa foram criadas no Rio Grande do Sul pelo governo federal, em áreas doadas pelo Estado. Em 1929, as estações experimentais foram transferidas para o governo estadual e, a partir daí, novas unidades de pesquisa foram criadas, ficando sob a coordenação de quatro institutos de pesquisa vinculados ao Departamento de Pesquisa da Secretaria da Agricultura.

A partir da fusão dos institutos de pesquisa estaduais, em 1994, surgiu a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), unificando a pesquisa agropecuária pública no Estado. Em 2017, com sua extinção, a Fundação foi novamente absorvida pela Secretaria da Agricultura, dando origem ao DDPA.

“A Fepagro foi extinta no período em que já havia reunido todas as informações para o livro e estava me aposentando. Mesmo assim, considerei que precisava levar adiante a proposta de publicação. E conseguimos, agora em 2024, terminar de contar nossa história”, finaliza Sônia.

“A pesquisa estadual hoje é representada pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, DDPA. Apesar das mudanças organizacionais e administrativas ao longo do tempo, o objetivo sempre foi o mesmo: desenvolver pesquisas que contribuam para o desenvolvimento do setor agropecuário e do estado do Rio Grande do Sul”, destaca o diretor do DDPA, Caio Efrom.

Segundo o diretor, além do registro histórico, a obra também enaltece as realizações e o fruto do trabalho de inúmeras pessoas que serviram à ciência gaúcha, entre pesquisadores, técnicos, agentes e auxiliares.

“Convidamos o leitor para conhecer essa história, desde seus primórdios, valorizando o legado dos que nos antecederam e a dedicação que temos em prosseguir escrevendo novos capítulos através de nossa contribuição, com um lema: a ciência a serviço do Rio Grande do Sul”, conclui Caio.

Uma versão impressa exclusiva do livro foi entregue ao governador Eduardo Leite, no lançamento da 47ª Expointer. Durante a feira agropecuária, também haverá o lançamento oficial da publicação, que será apresentada ao público do Parque de Exposições Assis Brasil. O gesto marca a celebração, em 2024, dos 105 anos da pesquisa agropecuária no Rio Grande do Sul. (Seapi)

Inflação desacelera para famílias de rendas mais baixas em julho

Rendas mais baixas - A inflação desacelerou para as famílias de renda baixa e muito baixa em julho, mas voltou a registrar alta entre as demais classes, na comparação com junho. A taxa de inflação para as famílias de renda alta ficou em 0,80% no mês passado, frente a 0,04% em junho. Entre as famílias de renda muito baixa e baixa, as taxas foram, respectivamente, de 0,09% e 0,18% no mês passado, recuando em relação ao percentual de 0,29% observado em junho.

Os dados compõem o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a julho, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. As famílias de renda muito baixa seguem apresentando a menor taxa de inflação acumulada em 12 meses (4,05%), enquanto a faixa de renda alta tem a taxa mais elevada (5,09%), conforme a tabela abaixo:

O grupo “alimentos e bebidas” foi o principal ponto de descompressão inflacionária para todas as faixas de renda, tendo em vista a queda de preços observada em 10 dos 16 segmentos que formam esse conjunto de produtos. As deflações registradas em itens importantes como cereais (-0,77%), tubérculos (-16,3%), frutas (-2,8%), aves e ovos (-0,65%) e leites e derivados (-0,41%), entre outros, causaram um forte alívio inflacionário, sobretudo para as famílias de menor poder aquisitivo, dada a parcela proporcionalmente maior do seu orçamento gasta com a compra desses bens. Por sua vez, os reajustes de 1,9% no preço da energia elétrica, impactado pela adoção da bandeira tarifária amarela, e de 1,2% do gás de botijão explicam a contribuição positiva do grupo “habitação” para a inflação de julho, especialmente entre as famílias de renda mais baixa.

Os reajustes de 3,3% dos combustíveis, de 4,4% do seguro veicular e de 19,4% das passagens aéreas são as principais causas do forte impacto exercido pelo grupo “transportes” para a inflação das famílias de renda alta em julho. O aumento dos serviços pessoais (0,55%) e de lazer (0,52%) também ajuda a explicar o quadro de pressão inflacionária mais intensa para os segmentos de maior renda.

Na comparação com julho de 2023, os dados revelam um avanço da inflação corrente para todas as faixas de renda, com impacto mais intenso entre as famílias de renda muito baixa – que observaram um aumento de 0,09% na taxa em julho deste ano e uma deflação de 0,28% no mesmo período de 2023.

Mesmo diante da melhora no desempenho dos alimentos no domicílio, cuja deflação em julho de 2024 (-1,5%) foi mais acentuada que a observada em julho de 2023 (-0,72%), o aumento da inflação corrente é explicado, em grande parte, pela piora no desempenho dos grupos “habitação” e “artigos de residência”, além de uma deflação menos intensa do grupo “vestuário”. No primeiro caso, as altas nos preços da energia elétrica (1,9%) e do gás de botijão (1,2%), em 2024, ficaram bem acima das quedas apontadas em 2023: -3,9% e -1,0%, respectivamente.

Já para o grupo “artigos de residência”, a queda de 0,29% dos preços dos produtos eletroeletrônicos, registrada em 2023, contrasta com o reajuste de 0,62% em julho de 2024. Por fim, em relação ao grupo vestuário, nota-se que a deflação de 0,02% observada em julho de 2024 ficou aquém da apontada no mesmo período de 2023 (-0,24%).

A inflação acumulada em doze meses, já com os dados de julho de 2024 incorporados, mostra que todas as classes de renda registraram aceleração de sua curva de crescimento. Em termos absolutos, o segmento de renda baixa é o que apresenta a menor taxa de inflação (4,1%), enquanto a faixa de renda alta é a que aponta a taxa mais elevada no período considerado (5,1%). Fonte: Ipea


Jogo Rápido

O Ministério da Agricultura lançou um vídeo informativo que detalha o passo a passo para que indústrias e cooperativas possam se habilitar no Programa Mais Leite Saudável. O conteúdo do vídeo oferece orientações claras sobre os procedimentos necessários para adesão ao programa, que tem como objetivo promover a melhoria da qualidade do leite e a sustentabilidade da produção. A iniciativa busca facilitar o acesso das empresas ao programa, incentivando a adoção de práticas que elevem os padrões de qualidade e fortaleçam o setor lácteo no Brasil. Assista o vídeo clicando aqui. (Mapa via youtube)


 
 
 

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