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24/07/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.186


Como o rótulo frontal impacta alimentos e bebidas na América Latina?

O sistema de rótulo frontal de advertência nutricional na frente da embalagem é uma das medidas regulatórias com a melhor relação custo-benefício para contribuir para o controle do sobrepeso e da obesidade.  

É claro e de fácil compreensão, permite aos consumidores selecionar melhor os alimentos no ponto de venda. Vários países da América Latina adotaram a rotulagem de advertência nutricional nas embalagens de alimentos e bebidas. Com foco no teor de açúcar, gordura e sódio de vários alimentos ajuda os consumidores a identificar os produtos não saudáveis.

O impacto da etiqueta de advertência na América Latina
De acordo com um relatório da Innova Market Insights, as tendências de consumo mostram que mais de quatro de cada cinco consumidores na América Latina são influenciados pelo rótulo de advertência em alimentos e bebidas. Enquanto que mais da metade dos consumidores afirmaram que as etiquetas de advertência ajudam seguir uma dieta saudável e mais de um terço a utilizam para redução de peso.  

Em alguns países, os consumidores afirmam que a rotulagem de advertência os levou a comer mais ou menos determinados alimentos, ou escolher um produto diferente. Os rótulos de advertência são especialmente essenciais quando os consumidores compram alimentos e bebidas para crianças. Ao mesmo tempo, os dados da Innova mostram que a maioria dos consumidores latino-americanos não confia plenamente nas regulamentações para garantir que as declarações sejam utilizadas corretamente, um percentual superior à média global.

O interesse dos consumidores por alimentos e bebidas saudáveis
Em vários países da América Latina os consumidores estão acima da média mundial quanto ao sabor, sendo o fator preponderante na decisão de compra de alimentos e bebidas. Portanto, embora a saúde seja importante, os consumidores resistem em comprometer o sabor. Segundo dados da consultoria, a metade dos consumidores latino-americanos afirma que os benefícios para a saúde devem influenciar no desenvolvimento de novos alimentos e bebidas. Um alto percentual também reconhece a importância dos ingredientes naturais.  

Além disso, os consumidores associam o termo “etiqueta limpa” com alimentos e bebidas naturais e saudáveis, e as tendências de consumo mostram que os consumidores latino-americanos estão dispostos a pagar mais por produtos que tenham uma etiqueta limpa.

A rotulagem no Brasil
As normas relacionadas com a rotulagem frontal para alimentos e bebidas no Brasil foram adotadas desde 2023, e os rótulos de advertência sobre açúcar e gorduras saturadas são as mais comuns nos produtos de confeitaria. A Innova destaca que as tendências de consumo mostram que três quarto dos brasileiros confiam que os rótulos das embalagens regulamentadas são precisos na identificação de alimentos e bebidas saudáveis. Os alertas sobre gorduras saturadas são as que mais influenciam as compras dos consumidores brasileiros. (Fonte: The Food Tech - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


EUA – A tendência crescente do teor de matéria gorda do leite

Com o passar dos anos, o leite transportado das fazendas para as indústrias tem cada vez menos água. Isso significa mudança notável no aumento dos componentes sólidos do leite, particularmente da gordura.  

De acordo com o Serviço de Estatísticas de Produção de Leite do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no relatório de maio, os níveis de matéria gorda do leite continuam subindo a taxas impressionantes.

O Relatório de Produção de Leite do USDA destacou que, em maio, houve um ligeiro declínio na produção total de leite, -0,9% na comparação interanual. No entanto, o relatório mostra um contraste interessante: os testes de matéria gorda aumentam constantemente. Especialmente, a média nacional de matéria gorda em maio de 2024 atingiu 4,17%, um significativo crescimento em relação à média do ano anterior que foi de 4,06%.

Isaac Salfer, um professor assistente de nutrição láctea na Universidade de Minnesota, aponta um contexto histórico para esta tendência. “Antigamente, uma boa referência para a gordura do leite de um rebanho holandês seria em torno de 3,75%”, afirma Salfer.

Esta referência foi histórica e apoiada por dados do mercado de leite, e no Upper Midwest flutuou de 3,7% a 3,8% entre 2000 e 2012. No entanto, em 2021, testemunhamos um rápido aumento nos níveis de gordura do leite, com o Upper Midwest encontrando, pela primeira vez, média superior a 4%.

Fatores que estão impulsionando a matéria gorda
Salfer atribui esse crescimento a quatro fatores:
1 – Melhoria na formulação de ração – a ênfase mudou para a alimentação com produtos de ácidos graxos protegidos no rúmen e para o aumento da digestibilidade dos ácidos graxos. 
2  – Melhor qualidade da forragem – Maior digestibilidade da fibra permite fornecer dietas mais ricas sem comprometer a energia disponível para a produção de leite. 
3 – Melhor manejo dos alimentos – Otimização do tempo das vacas nos cochos por meio de técnicas aprimoradas. 
4 – Seleção genética – Aprimoramento da seleção genética para animais que produzem mais gordura, especialmente usando o índice de seleção Net Merit $, que prioriza o teor de matéria gorda e proteína.

Implicações econômicas
À medida que os produtores analisam os atributos de remuneração do leite, eles observam que existe uma bonificação significativa para o teor dos componentes.

Erick Metzger, gerente geral da Nacional-All Jersey, destaca que mais de 80% do leite dos EUA é utilizado na fabricação de produtos. “Como esses produtos são dependentes dos componentes do leite, é crucial que os produtores entendam e acompanhem os volumes de componentes produzidos a cada mês”, afirma. (Fonte: Dairy Herd - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Embrapa lança edital com recursos de R$ 20 milhões para as Oepas

A Embrapa lançou nesta quarta-feira (17), na plataforma TransfereGov , o edital nº 001/2024/PAC Embrapa-Oepas, destinado à seleção de propostas de projetos inovadores para promover o desenvolvimento técnico científico das instituições estaduais de pesquisa agropecuária (Oepas) que têm como foco atividades de PD&I em seus estados. Segundo a diretora de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, esta é uma ação proveniente do orçamento da Embrapa, por meio do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC Embrapa), que conta com o montante de até R$ 20 milhões. 

CLIQUE AQUI para acessar o edital.

“Os recursos destinados ao edital fortalecerão a rede de pesquisa nos estados, uma vez que é urgente enfrentar desafios já postos, como as emergências climáticas, saúde única, desenvolvimento regional, entre outros”, afirma o chefe da Assessoria do PAC-Embrapa e de Articulação com o Poder Executivo e Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, Petula Ponciano. Ela diz que as ações dos projetos a serem selecionados devem buscar fortalecer a capacidade das Oepas de contribuir com políticas públicas e programas sociais de segurança alimentar, energética e climática e com o desenvolvimento regional sustentável, bem como ampliar a sua atuação em parceria com instituições afins de componentes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, e parcerias internacionais.

Segundo Petula, cada uma das instituições participantes poderá apresentar, na plataforma TransfereGov, uma proposta de projeto conforme os termos propostos no edital. “A inscrição pode ocorrer em mais de uma linha de projeto, para execução em até 12 meses a partir da data de assinatura do convênio”, esclarece o chefe da Assessoria do PAC-Embrapa. As Oepas foram distribuídas em três grupos, tendo sido considerado o número de pesquisadores de seus respectivos quadros de trabalhadores permanentes. Cada um desses grupos terá um valor total previsto para 2024 e cada instituição, um valor limite (veja tabela abaixo sobre agrupamentos e valores). 

“Esse novo PAC mostra um reconhecimento da Embrapa em relação à importância das Oepas. Isso é importante porque aumenta o nível de pesquisa. A boa notícia é que o recurso para a Embrapa já está liberado. Então, as OEPAS vão fazer a inscrição no convênio e serão beneficiados ainda este ano para investir em equipamentos e maquinários agrícolas de inovação", diz o vice-presidente Nacional de Pesquisa Agropecuária da Asbraer, Gilson dos Anjos Silva. Segundo ele, o resultado edital de um diálogo positivo entre a Asbraer e a Embrapa. (Fonte: Embrapa)

 

Jogo Rápido

Setor da pecuária leiteira no Rio Grande do Sul foi extremamente afetada pelas enchentes
Após as enchentes catastróficas que assolaram o território gaúcho, a pecuária leiteira ainda enfrenta graves perdas em sua produção, e principalmente, na área da silagem. Com o solo encharcado e ainda sofrendo problemas logísticos, os custos de produção aumentaram, afetando o mercado consumidor. CLIQUE AQUI e assista a entrevista do secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. (Canal do Boi)


 

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