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17/07/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.181


Resumo das Perspectivas Agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033

A 20ª Edição das Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033, foi publicada no dia 02 de julho de 2024, trazendo uma análise da evolução do setor agropecuário mundial dos últimos tempos e as previsões para os próximos dez anos. 

O trabalho, realizado há 20 anos, é o resultado da colaboração entre a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com a ajuda de especialistas dos seus países membros e de organizações internacionais especializadas. Ele constitui uma referência para o planejamento de ações públicas, e é particularmente útil num contexto marcado pelas consequências da recente pandemia de Covid-19, pelo aumento das tensões geopolíticas e pelo agravamento dos efeitos das alterações climáticas.

Resumo da 20ª Edição das Perspectivas Agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033
- As economias emergentes exerceram uma influência cada vez mais determinante sobre a evolução dos mercados internacionais de produtos agrícolas, pesca e aquícolas no decorrer dos últimos vinte anos e deverão continuar tendo influência ainda na próxima década.

Os países de renda baixa e média aumentaram o consumo de produtos agrícolas, e também a sua produção, graças ao progresso tecnológico, inovação e aumento da exploração de seus recursos naturais. As mudanças resultantes na geografia da produção e consumo agrícola tiveram um impacto na estrutura do comércio internacional.

- A China não terá o mesmo vigor no comércio mundial de alimentos e de produtos agrícolas, enquanto que a Índia e o Sudeste da Ásia deverão adquirir maior influência em decorrência do crescimento de suas populações urbanas e elevação do nível de vida.

A China depois de ter sido responsável por 28% do aumento do consumo mundial de agro alimentos, representará apenas 11% na década analisada. O declínio é atribuído à estabilização dos hábitos alimentares, menor crescimento da renda da população e o declínio populacional. Por outro lado, a Índia e os países do Sudeste Asiático serão responsáveis por 31% deste aumento até 2033.

As Perspectivas preveem que o consumo total de produtos agrícolas, pesca e aquicultura aumentará 1% ao ano no decorrer dos próximos dez anos, impulsionado, em grande parte, pelos países de renda baixa e média. O consumo global de alimentos aumentará à taxa de 1,2% ao ano, impulsionado pelo crescimento demográfico e aumento da renda. Na maioria das regiões, a utilização de culturas para alimentação animal crescerá mais rapidamente do que o consumo direto de alimentos, considerando que os produtos de origem animal ocuparão mais espaço na dieta alimentar. 

- Nos países de renda média, a ingestão de calorias deverá aumentar 7% devido ao consumo de maiores quantidades de alimentos básicos, produtos de origem animal e gorduras. Nos países de renda baixa, a ingestão de calorias aumentará 4%, o que é demasiado lento para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável Fome Zero (ODS 2).

As restrições da renda dificultam a transição para dietas mais ricas em nutrientes e proteínas, constituídas principalmente por produtos de origem animal, peixe, marisco, vegetais e frutas, o que explica porque a população depende ainda, essencialmente de alimentos básicos para o seu sustento.

Nos países de renda elevada, a alimentação reflete a preocupação crescente da interação entre dieta, saúde e sustentabilidade, como atestado pelo ligeiro recuo do consumo de gorduras e edulcorantes, bem como a modificação e estabilização da ingestão de proteínas esperada para a próxima década. 

- A intensidade das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) procedentes da agricultura mundial deverá diminuir, porque o crescimento ocorrerá através do ganho de produtividade e não com o aumento da superfície utilizada para culturas ou criação de animais, o que não impedirá que as emissões diretas do setor cresçam 5%.

A expectativa é de que nos próximos dez anos, a intensidade das emissões de carbono pela produção agrícola diminuirá em cada uma das sete regiões abrangidas nestas Perspectivas, uma vez que as emissões diretas de GEE do setor agrícola estão aumentando mais lentamente do que a produção. No entanto, apesar dessa dissociação relativa, o aumento de produção agrícola ensejará, em valor absoluto, crescimento de 5% das emissões diretas.

- A redução pela metade das perdas e desperdícios de alimentos reduziria as emissões agrícolas de GEE em 4% a nível mundial e o número de pessoas subnutridas em 153 milhões até 2030.

- O bom funcionamento dos mercados internacionais de produtos agrícolas será determinante para a segurança alimentar, na medida em que 20% das calorias são comercializadas e as populações rurais poderão melhorar os meios de subsistência com a participação nestes mercados e nas cadeias de valor globais de agro alimentos.

- Os preços internacionais de referência reais dos principais produtos agrícolas registrarão, provavelmente, um leve recuo nos próximos dez anos, recuo esse que poderá não chegar aos preços do final da cadeia e varejo local. (Fonte: OCDE – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Ministro Fávaro discute propostas para desburocratização das exportações

Visando aumentar o espaço dos produtos da agropecuária brasileira nas exportações, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Frank Rogieri, que apresentou algumas perspectivas do setor para que as exportações de madeira e grãos pelo Porto de Paranaguá possam ser mais ágeis.

O Brasil é signatário da Convenção Internacional de Proteção Vegetal da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (IPPC/FAO). Assim, país segue as recomendações internacionais por meio da ISPM-15 - Normativa Internacional de Medidas Fitossanitárias Nº 15, que estabelece uma série de procedimentos envolvendo as madeiras usadas no transporte de cargas. Uma das exigências é que elas sejam tratadas e tenham a marca IPPC visíveis no material.

Sem abrir mão dos altos padrões da Defesa Agropecuária brasileira, o ministro debateu processos que possam desburocratizar os trâmites portuários, garantindo a fiscalização necessária, mas de forma mais ágil.

“Batemos recorde de abertura de mercados para os produtos da agropecuária brasileira, já conquistamos 160 novos mercados, mas também estamos investindo em ações para que as nossas exportações sejam ainda mais eficientes e os produtos brasileiros ganhem ainda mais espaço no mundo”, destacou o ministro.

Assim, o diálogo permanente com diversos setores ajuda a identificar os processos que podem vir a ser otimizados. Após a reunião realizada nesta terça-feira (16) na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que também contou com a participação da diretora de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Graciane Castro, uma nova rodada de debates deverá ser realizada junto a representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). (MAPA)

Agricultores de Santo  ngelo participam de Curso de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica

Para que possam atender à legislação vigente e acessar benefícios e novos mercados, agricultores de Santo  ngelo têm a oportunidade de participar do Curso de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica. O primeiro módulo foi realizado na quinta-feira (11/07), junto ao Centro Municipal de Cultura, ministrado pelo contador da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Roberto Ferreira.

Operações e obrigações de emissão de nota fiscal eletrônica, bem como orientações sobre previdência social rural, e-social, livro caixa e imposto de renda, estiveram em pauta na abordagem de Ferreira. Conforme o RICMS, o produtor rural que teve faturamento superior a R$ 1 milhão em 2022, já está obrigado a emitir nota fiscal eletrônica. A obrigatoriedade também se estende a partir do dia 2 de janeiro de 2025 ao produtor com faturamento menor que R$ 1 milhão em 2022. O microprodutor rural, com faturamento até 15.000/UPF (R$ 388.645,50) em 2024, tem isenção do ICMS nas saídas dentro do Estado. “Caso o microprodutor remeta produtos para fora do Estado estará sujeito à tributação”, esclarece o contador.

O próximo encontro acontece na quinta-feira (18/07), quando os produtores conhecerão mais sobre a prática do uso do aplicativo para a emissão de nota, o APP Nota Fiscal Fácil - NFFs. No terceiro módulo, a ser realizado no dia 25/07, também serão orientados detalhes da utilização do sistema online. (Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa)


Jogo Rápido

Posse na Fiergs
O empresário Cláudio Bier (Masal) assume amanhã, às 19h, a presidência da Fiergs/Ciergs. Deixa o cargo Gilberto Porcello Petry, que honrou a cadeira durante dois mandatos. Homem de fino trato, foi incansável na defesa do empresariado gaúcho. (Jornal do Comércio)


 
 

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