Pular para o conteúdo

1º/07/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 1º de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.169


Uruguai – Notória queda na captação de leite reflete o ânimo do produtor

Produção/UR – A queda da produção de leite nas fazendas e da captação nas indústrias lácteas do Uruguai é resultado de “uma série de eventos acumulados”, explicou a El Observador Juan Daniel Vago, presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale).

Vago disse que o ânimo no setor foi alterado porque não se pode aproveitar a baixa nos custos com mais faturamento, mas destacou que em um contexto mais amplo “as perspectivas são boas”.

Os dados divulgados no início desta semana mostram que a captação de leite caiu quase 12% no mês de maio, na comparação interanual.  

Vago lembrou que não estão longe e nem superados todos os impactos adversos da seca que começou na primavera de 2022 e se estendeu na maior parte de 2023.

Para minimizar os problemas da seca e sair dessa conjuntura da forma menos traumática possível foi necessário fazer investimentos o que gerou complicações que não são novas: endividamento e restrição financeira.

Além disso, com o ponto inicial em agosto do ano passado, houve queda de quase 40% nas cotações das commodities lácteas no mercado internacional, destino na maior parte de tudo o que é industrializado no Uruguai.    

Este ano, desde março, foram registrados episódios de chuvas muito frequentes e em alguns casos excessivas, com maior impacto negativo em algumas zonas do que em outras, “mas atingiu fortemente a bacia leiteira de Florida (onde continuou chovendo em junho). O gado leiteiro sofre muito mais quando há excesso de umidade do que quando falta água, desde que haja comida”, disse

Além da falta de conforto animal para produção, chuvas em excesso, criam barro, afetando os animais, atrasam os plantios para obtenção de comida e também existe mais incidência de enfermidades podais e aumenta o nível de células somáticas nos úberes.   

Apesar de tudo isso, “existem boas perspectivas para o setor”, afirmou Vago, “porque o preço das commodities lácteas no mercado internacional ficaram mais estáveis, houve queda significativa dos custos de herbicidas e fertilizantes, caiu o preço da ureia e sobretudo dos grãos, dos concentrados, então haverá margem, que pode não ser excelente, mas haverá”.

Lamento, mais uma vez, que a queda no volume de leite não tenha permitido aproveitar melhor a redução dos custos de produção, “porque menos leite produzido é menor faturamento”, existindo agora a expectativa de que na entrada da primavera a situação climática será normalizada e que não surjam novos contratempos.

Mas há uma realidade, que precisa ser levada em conta: ao produzir menos leite reduz a renda de muitos sistemas produtivos “e isso causa impacto no ânimo dos produtores”.

A captação de leite em maio de 2024 caiu 11,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, e alcançou 149,5 milhões de litros. Em maio de 2023 o volume foi de 170 milhões de litros.

Outro dado adverso divulgado pelo Inale foi de que houve queda de 2,3% no acumulado de 2024 (janeiro a maio) totalizando 718 milhões de litros, contra 734 milhões de litros nos cinco primeiros meses de 2023.

Em compensação, continua sendo positiva a evolução da captação nos últimos 12 meses (junho de 2023 a maio de 2024), com 2.097 milhões de litros, 0,9% a mais em relação ao ano móvel anterior.

Nos registros de 2024 a captação de janeiro (163 milhões de litros) foi a maior com base nas medições mensais, e o menor volume em fevereiro, 130 milhões de litros.

Na série histórica, a melhor captação mensal ocorreu em outubro de 2020 com 222 milhões de litros. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Conseleite MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 28 de Junho de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização
dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2024 a ser pago em Maio/2024.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2024 a ser pago em Junho/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2024 a ser pago em Julho/2024.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

 

Dinamarca será 1º país do mundo a cobrar imposto de CO2 sobre as emissões da pecuária

A Dinamarca anunciou nesta terça-feira (25) que vai introduzir um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono provenientes de bovinos a partir de 2030, tornando-se o primeiro país do mundo a tomar uma medida do tipo.

O imposto, proposto pela primeira vez em Fevereiro por especialistas contratados pelo governo, deverá ajudar a Dinamarca a atingir a meta de redução das emissões de gases de efeito estufa em 70% até 2030 em relação aos níveis de 1990. Na noite de segunda-feira, o governo chegou a um compromisso com agricultores, indústria, sindicatos e grupos ambientalistas sobre políticas ligadas à agricultura, a maior fonte de emissões de CO² do país. Especialistas políticos esperam que o projeto de lei seja aprovado após amplo consenso, mas ele ainda está sujeito à aprovação do parlamento.

“Seremos o primeiro país do mundo a introduzir um verdadeiro imposto de CO² na agricultura. Outros países vão se inspirar nisso”, disse o ministro das Finanças dinamarquês, Jeppe Bruus.

O acordo propõe a taxação dos agricultores em 300 coroas dinamarquesas (cerca de R$ 234,00) por tonelada de CO² em 2030, aumentando para 750 coroas (R$ 585,00) até 2035. Os agricultores terão direito a uma dedução fiscal de Imposto de Renda de 60%, o que significa que o custo real por tonelada começará em 120 coroas (R$ 93,00) e aumentará para 300 coroas (R$ 234,00) até 2035, enquanto subsídios serão disponibilizados para apoiar ajustes nas operações agrícolas.

Segundo cálculos do jornal Financial Times, cada agricultor deverá pagar anualmente cerca de € 100 (R$ 582,00) pelas emissões de gases do efeito estufa de cada uma de suas vacas, por exemplo.

A Nova Zelândia cancelou neste mês os planos de introduzir um imposto semelhante após enfrentar críticas dos agricultores. Na Dinamarca, apesar de os agricultores expressarem preocupações de que as metas climáticas do país poderiam forçá-los a reduzir a produção e cortar empregos, a categoria disse que o acordo deve tornar possível manter seus negócios. As informações são de InfoMoney e Dairy Herd Management, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

AR – Exportações de lácteos são impulsionadas sem as retenções
Retenções/AR – As exportações de lácteos cresceram 7% este ano, graças à suspensão das retenções, que foram prorrogadas até 30 de junho de 2025. A retirada dos Direitos de Exportação (Retenções) impediu que as exportações caíssem, devido aos problemas de competitividade que tem este setor, e outros segmentos da economia argentina. Assim, as exportações foram responsáveis por 30% do faturamento do setor lácteo, enquanto o restante foi destinado ao mercado interno. A defasagem entre desvalorização cambial e inflação torna mais cara a produção de qualquer bem, seja medido em pesos ou em dólares, reduz a competitividade argentina e limita o acesso aos mercados internacionais. “Se as retenções estivessem em vigor, com a defasagem cambial existente, as exportações seriam inviáveis. Hoje temos o mesmo dólar de setembro do ano passado. A inflação consumiu toda a desvalorização. Sem a eliminação das retenções não seria possível exportar” analisou Jorge Giraudo do Observatório Argentino da Cadeia Láctea (OCLA) Junte-se a isso, a volatilidade das cotações do mercado internacional. No caso do Brasil, para onde vai a maior parte de tudo que a Argentina exporta, o valor médio é de US$ 3.800 a tonelada. Por isso a geração de divisas, que foi de US$ 560 milhões, caiu 3% em comparação com as exportações realizadas entre janeiro e maio de 2023. A suspensão dos Direitos de Exportação é pedida pelo setor agropecuário há bastante tempo. A medida foi adotada pelo governo atual e acalmou os produtores, que recuperaram a confiança. De qualquer forma eles sabem que suas necessidades são mais prementes do que os projetos políticos. As medidas setoriais e macroeconômicas são necessárias e urgentes para não continuar perdendo competitividade e rentabilidade nas exportações, especialmente em negócios como laticínios e carne bovina.Bichos de campo Tradução livre: www.terraviva.com.br

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *