Porto Alegre, 16 de janeiro de 2024 Ano 18 - N° 4.066
GDT - 16/01/2024
(Fonte: GDT)
Saldo do Fundesa-RS cresce R$ 19 milhões em um ano
Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram nesta segunda-feira (15), os números referentes ao exercício de 2023. A assembleia também analisou os dados do último trimestre. A cada três meses os relatórios são apresentados e revisados pelos conselheiros e os relatórios encaminhados às Secretaria da Agricultura e da Fazenda, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Corregedoria e Auditoria Geral do Estado. O Fundesa completa 19 anos no próximo dia 1° de fevereiro e o período foi destacado pelo presidente Rogério Kerber na abertura dos trabalhos.
As saídas no exercício somaram R$ 11,2 milhões e foram aplicadas prioritariamente em indenizações e investimentos em insumos, treinamento e tecnologias para o sistema de defesa sanitária animal no Rio Grande do Sul. O saldo do fundo supera R$ 141 milhões, enquanto em janeiro de 2023 era de R$ 122 milhões.
Entre os maiores aportes do Fundo em 2023, estão as indenizações na pecuária leiteira, que totalizaram mais de R$ 6 milhões. Já no último trimestre, o destaque está nos investimentos em prevenção da Influenza Aviária, que totalizaram R$ 35,7 mil. “Ainda estamos com o olhar voltado para o risco de ingresso da influenza aviária no estado. Como há casos em animais marinhos e aves silvestres, mantemos as atividades de prevenção em toda a região de risco”, afirmou o presidente Kerber.
Atualização de valores
Também foi homologado na Assembleia Geral o novo valor médio de R$ 7,70 o quilo do bovino vivo. O valor é o que consta no Boletim Conjuntural da Emater, de janeiro de 2024. O número é a referência utilizada para o cálculo do pagamento de indenizações para o ano, conforme as resoluções do Fundo.
As demais datas de assembleias de prestação de contas trimestrais do Fundesa já foram aprovadas e estão agendadas para os meses de abril, julho, outubro e janeiro de 2025.Todas as informações e números ficam disponíveis no site do Fundesa: fundesa.com.br. (Fundesa)
AR – A produção de leite caiu 2% em 2023
A produção argentina de leite em 2023 alcançou 11.325,4 milhões de litros, o que representou queda de 2% em relação a 2022, quando foram contabilizados 11.557,4 milhões de litros.
Esse resultado, antecipado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), está longe dos prognósticos catastróficos do princípio do ano, como queda de 10% a 20% na oferta de leite, devido à crise que visivelmente afetava a maioria das fazendas leiteiras. Esta crise foi expressa tanto em matéria climática (a seca afetou fortemente a oferta de pastos) como econômica, ao longo do exercício, as fazendas leiteiras não conseguiram cobrir os custos de produção).
Mas a variação de 2% na produção de leite também está longe de ser comemorada, porque mostra de novo, estagnação em relação ao início do milênio, variação entre 10 e 1 bilhões de litros.
A estatística do OCLA abre uma interrogação: o que acontecerá em 2024, já que a crise de renda da atividade leiteira persiste. De fato, o gráfico da evolução anual mostra que as quedas de produção foram maiores nos últimos quatro meses do ano.
Tomando só os dados do mês de dezembro, de fato, a produção foi de 951 milhões de litros, o que representou 5,3% abaixo do mês anterior e -7,7% na comparação com o ano anterior. Ou seja, que nos meses mais recentes está havendo uma crise que impacta a rentabilidade da produção primária, que leva muitas fazendas a encerrarem a atividade mas, sobretudo, que a maioria reduz o nível de produção, seja reduzindo a qualidade das rações ou eliminando as vacas menos produtivas.
“Normalmente a produção no mês de dezembro decresce entre 5 e 6% em relação a novembro (média diária). Este ano a queda foi de 8,3%, resultado dos efeitos colaterais da seca generalizada e prolongada que abateu sobre todas as regiões produtivas, vindo depois um excesso de chuva em outras, durante o mês e as relações desfavoráveis entre o preço do leite e alguns insumos básicos (sobretudo concentrados”, alertou a análise do OCLA.
Cabe destacar que, “dezembro de 2023 foi o mês de dezembro de menor produção dos últimos 4 anos”.
Em sólidos totais (matéria gorda e proteína) a produção anual caiu 1,1% em 2023, quando os litros produzidos caíram 2%. Esta é uma situação “que ocorre porque a deterioração dos chamados sólidos úteis do leite é mínima (7,16% de sólidos em 2023 e 7,17% em 2022)”. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Jogo Rápido
Declaração de Rebanho 2023: 84,19% dos produtores entregaram no prazo
A Declaração Anual de Rebanho referente ao exercício de 2023 teve adesão de 84,19% dos produtores rurais gaúchos que trabalham com agronegócios de produção animal. O índice se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. As Supervisões Regionais de Palmeira das Missões, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga se destacaram por apresentarem os maiores índices para o Estado, com entrega superior a 90%. A Supervisão Regional de Passo Fundo foi a que apresentou a maior porcentagem, registrando 98,72% de entregas. Em relação aos municípios gaúchos, 115 (23,14%) atingiram 100% de declarações entregues e 252 (50,70%) apresentaram índices de entrega entre 80% e 99%. “A penalidade aos produtores inadimplentes é o bloqueio da movimentação dos animais e uma autuação, que pode ser uma advertência, se primário, ou multa, caso seja reincidente”, explica o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Francisco Lopes. Os produtores que não realizaram a declaração no prazo devem procurar suas inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária de referência, para proceder à regularização de seus cadastros. A Declaração Anual de Rebanho 2023 esteve disponível pelo período de 1º de junho a 31 de outubro do ano passado. A partir de setembro de 2023, foi lançado um novo módulo no Produtor Online que permitiu a entrega da declaração pela internet. (SEAPI)