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09/12/2016

Porto Alegre, 09 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.407

 

​​  Preços/NZ 

Economistas do ANZ elevaram rapidamente para NZ$ 6,25/kgMS, [R$ 1,18/litro] as expectativas sobre os preços do leite nesta temporada depois de outro crescimento nas cotações globais. Os economistas do BNZ agora prevêem NZ$ 6,40, [R$ 1,20/litro], enquanto os analistas da Westpac acreditam em NZ$ 6,20/kgMS, [R$1,17 /litro].

Os economistas do ASB que, isoladamente, previram tempos atrás NZ$ 6,00, [R$ 1,13/litro], não alteraram o valor, mas, deixaram claro que poderia ficar acima de NZ$ 6,00. O último índice GDT ganhou 3,5%, consolidando os ganhos recentes. O preço do produto chave, leite em pó integral (WMP), subiu 4,9%, fechando com a média de US$ 3.593/tonelada, tornando-se o preço mais elevado desde junho de 2014 - embora tenha chegado a US$ 5.000/tonelada no início de 2014. Os preços gerais deste ano medidos pelo GDT subiram 48%, enquanto o WMP cresceu 55,9%. A Fonterra, que iniciou a temporada prevendo preço de NZ$ 4,25, [R$ 0,80/litro], já revisou os valores para mais e estão mantendo-os em níveis mais elevados. Em novembro, chegou a NZ$ 6,00, valor que pode ser revisto. 

O economista do ANZ, Con Williams, disse que os atuais indicadores de mercado apontam para preços entre NZ$ 6,40/NZ$6,50/kgMS em 2016/17. "Isto pressupondo que os preços atuais se mantenham até o final da temporada", acrescentou. A dinâmica da oferta continua favorável no sentido de suportar os preços, tanto no mercado interno, como externo, mas, é preciso melhorar as condições da oferta no período de Ano Novo. Isto dado que os altos preços do leite ao produtor ano nível global estão começando a refletir agora, quando as condições na Nova Zelândia são fracas, e a sazonalidade na Europa. Williams disse que a combinação da demanda moderada da China (um pouco pela sazonalidade); os pós da Nova Zelândia estarem mais caros do que os de outras origens; o início da venda dos estoques pela Comissão Europeia agora em dezembro; e, a valorização do dólar nos mercados emergentes, são fatores de redução de preços em algum momento no Ano Novo. Ainda assim, é provável que a moderação forneça um norte para as indústrias de laticínios pagarem NZ$ 6,25/kgMS". (interest.co.nz- Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Soro de queijo
Observando a necessidade do desenvolvimento de novas composições que aproveitem o soro de queijo fluído -- um subproduto resultante da produção convencional de queijos, gerado em grande quantidade pela indústria queijeira --, uma pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Univates criou uma composição de cream cheese utilizando como matéria-prima principal esse soro.

O cream cheese desenvolvido se destina a apreciadores e consumidores de produtos lácteos e proporciona benefícios às pessoas com problemas de pressão arterial devido ao baixo teor de sódio, explica Claucia Fernanda Volken de Souza, professora orientadora da pesquisa. O cream cheese com soro de queijo é inovador no mercado, tanto que a Univates entrou com pedido de patenteamento -- já em processo de concessão pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), responsável pelo registro de propriedade no Brasil.

O soro de queijo possui valor nutricional considerável -- é rico em proteínas, aminoácidos essenciais e vitaminas. Na indústria, porém, a maioria dos produtos usa o leite como matéria-prima para sua fabricação. E o soro gerado no processo de coagulação das proteínas acaba não sendo reaproveitado. "Esses são os dois diferenciais no nosso processo: usamos o soro como matéria-prima e o soro gerado é reincorporado no próprio produto", explica Claucia.

Demandas da indústria local
Os estudos para o reaproveitamento do soro surgiram, há cerca de cinco anos, a partir de demandas de indústrias da região do Vale do Taquari. "Visitei os laticínios e conversei com vários empresários e responsáveis pelo setor de produção. Perguntei qual era o grande problema que eles tinham, quais eram suas dificuldades. Noventa por cento das respostas foram: reaproveitar o soro", conta Claucia. "A partir disso, desenvolvemos pesquisas, e hoje temos várias estratégias biotecnológicas para utilizar o soro de queijo."

O trabalho também revela outro aspecto importante: o envolvimento de alunos de graduação em pesquisas inseridas nos projetos institucionais vinculados aos Programas de Pós-Graduação. Foi assim que começou a pesquisa da composição de cream cheese com soro de queijo. A iniciativa partiu de Grasciele Tamara Kemerich, quando ela fazia o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Química Industrial na Instituição.

Hoje já formada, Grasciele continua participando como voluntária em estudos na área de alimentos no PPGBiotec. Ela pretende seguir como pesquisadora e ingressar no mestrado em Biotecnologia da Univates. "Me incentivou muito esse trabalho, e a biotecnologia, a área que eu quero seguir, tem muito essa questão de desenvolver novos produtos", conta ela, que trabalha em um laboratório de alimentos em Garibaldi.

"Esse produto, o cream cheese, são poucas empresas que produzem. Geralmente são grandes indústrias que o comercializam. Nós observamos que as empresas aqui do Vale acabam não o desenvolvendo, muitas vezes por causa de seu valor mais elevado. Então pensamos em utilizar soro de queijo para diminuir esse custo e também por manter as características nutricionais", explica Grasciele.
Vantagens do cream cheese com soro de queijo:
- não há dessoragem da massa láctea;
- total reaproveitamento do soro de queijo;
- sem geração de subprodutos;
- redução de custos;
- há potencial de mercado para ampliação do produto;
- fermentação inferior a 24 horas. (Univates)
 

 
Consumidor conectado 

A pesquisa mostra que eles são mais propensos a ficar com uma marca por mais tempo, gastar mais e recomendar essa marca para a família e amigos.  Os brasileiros aparecem em segundo lugar em ranking produzido pela pesquisa O consumidor conectado: compreendendo a jornada para o engajamento, que foi conduzida pela Affinion em parceria com a Oxford Brookes University. Ao todo foram entrevistados 18.447 consumidores em todo o Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suécia, Turquia e Holanda.

O estudo mostra que o relacionamento entre o consumidor e a empresa é uma combinação entre processos racionais e emocionais. A jornada para o engajamento do consumidor começa com uma decisão muito mais pautada por elementos racionais e, à medida que o processo avança rumo ao compromisso e à fidelidade, as emoções desempenham um papel maior, tornando mais difícil para as marcas conquistar o engajamento do consumidor. Analisando os resultados de diferentes países, os consumidores da Turquia, Brasil e Estados Unidos se mostraram os mais engajados. Dos países envolvidos na pesquisa, esses foram os únicos a superar consistentemente as métricas globais em todas as indústrias, com um IEC de 70 a 72. Já os países escandinavos - Dinamarca, Finlândia e Noruega - mostraram o menor nível de envolvimento, com resultados que variam de 58 a 60. O Brasil atingiu o IEC médio de 70, significativamente maior que a média global de 66.

Segundo Ricardo Cassettari, country head da Affinion Brasil, a pesquisa mostra que os consumidores com maiores pontuações de engajamento são mais propensos a ficar com uma marca por mais tempo, gastar mais e recomendar essa marca para a família e amigos. "Influência é essencial para a reputação de uma marca. Por isso, transformar consumidores em influenciadores deve ser o objetivo final de uma empresa. Compreender como impulsionar os resultados de engajamento é crucial para as empresas aumentarem a retenção de clientes e, consequentemente, impulsionar o crescimento de seu negócio", afirma.

Varejo poligâmico
Segundo a pesquisa, a relevância de uma empresa para a vida do cliente influencia fortemente na disposição dos consumidores a se aproximarem dela. Clientes de empresas varejistas tendem a poligâmicos, pois aumenta-se a facilidade de trocar de marca. De acordo com a pesquisa, nas indústrias e empresas poligâmicas os consumidores exigem inovação constante, tornando essencial o vigor para que as empresas continuem envolvendo os clientes e prevenindo que escolham outra marca que proporcione melhores ofertas e experiências. (Supermercado Moderno)

Na argentina, clima e preços internacionais diminuem as exportações de leite

Em meio aos problemas climáticos que a produção leiteira da Argentina enfrentou no último mês de abril, com 20 dias de chuvas que ocasionaram em perdas nas principais granjas leiteiras de Santa Fe e Córdoba, somado a um mercado internacional que não terminou de recuperar-se das baixas de preços dos últimos dois anos, nos primeiros dez meses de 2016 o país registrou uma forte baixa das exportações do setor.

Segundo dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), entre janeiro e outubro as vendas ao exterior de leite em pó caíram 21%, as vendas de queijo retrocederam 3% e as vendas de "outros produtos lácteos" diminuiram 12%. Para o Centro da Indústria Leiteira (CIL), que agrupa as principais empresas do setor, a baixa no volume exportado para o mix de produtos ronda os 9%. O rendimento também ficou 21% abaixo, em US$960 milhões. No leite em pó, especificamente, a queda se deve à diminuição das vendas para a Venezuela, de 65.290 para 16.395 milhões de toneladas. De primeiro exportador, o país passou ao terceiro posto. As exportações para o Brasil, por outro lado, tiveram um aumento de 26%, de 30.901 para 38.876 toneladas. O Brasil, agora, é o principal destino do leite em pó Argentino.

Os números do setor:
960 milhões de dólares
Foi a entrada total de dinheiro relativo às exportações de produtos lácteos nos primeiros dez meses do ano, uma baixa de 21% em relação ao mesmo período do ano passado

9%
É a queda interanual da produção de leite na Argentina, comparando outubro de 2016 com outubro de 2015, de acordo com o Ministério da Agroindústria do país. A produção foi afetada por diversas contingências climáticas. (Notícias Agrícolas, com informações do La Nación)

 
 
Produção industrial
A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de setembro para outubro de 2016, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para as quedas mais intensas registradas por Minas Gerais (-7,6%) e Pará (-4,2%).  Goiás (-3,0%), Amazonas (-2,5%), São Paulo (-2,4%), Santa Catarina (-2,1%) e Região Nordeste (-1,2%) também assinalaram recuo acima da média da indústria (-1,1%), enquanto Rio Grande do Sul (-1,0%), Espírito Santo (-0,6%), Ceará (-0,3%) e Bahia (-0,3%) completaram o conjunto de locais com índices negativos. Por outro lado, Rio de Janeiro, com expansão de 3,4%, apontou o resultado positivo mais acentuado nesse mês. As demais taxas positivas foram assinaladas por Paraná (2,7%) e Pernambuco (1,5%). (IBGE)
 

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