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05/12/2016

Porto Alegre, 05 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.403

 

​​Impacto dos incentivos fiscais na ponta do lápis

Para dimensionar o exato tamanho do impacto da redução de até 30% nos créditos presumidos de ICMS nos exercícios de 2016 a 2018, prevista no pacote do governo encaminhado à Assembleia Legislativa, indústrias do setor agropecuário irão concluir nesta semana um relatório único para ser entregue ao chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi. O documento irá detalhar os riscos de eventual diminuição dos incentivos para produtos como lácteos, carnes, arroz e vinho.

Na última quinta-feira, representantes do setor estiveram reunidos com Biolchi, no Palácio Piratini, que solicitou um documento único sobre os impactos.

- Iremos demonstrar, de forma concreta, que a retirada desses incentivos irá resultar em perda de competitividade para setores estratégicos da economia gaúcha - informa Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips).

O principal argumento é de que a concessão de créditos presumidos não é uma benesse, mas sim uma forma de equilibrar a carga tributária gaúcha com a de outros Estados.

- Estamos distantes dos principais centros consumidores, mais de 60% da produção láctea é vendida a outros Estados. Se nosso imposto for maior, perderemos esses mercados - alega Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

A perda de competitividade resultará, consequentemente, em menor arrecadação de ICMS, tudo que o Estado não precisa nesse momento, alerta Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura. (Zero Hora)

 
 
Uruguai: faturamento de produtores de leite em outubro foi o mais alto desde dezembro de 2014

As receitas dos estabelecimentos leiteiros do Uruguai medidas em dólares aumentaram pelo sexto mês consecutivo em outubro. A melhora no preço pago pelas indústrias compensou um menor nível de captação em outubro com relação ao mesmo mês dos dois últimos anos. Com base na captação de leite e nos preços pagos pelas indústrias, o faturamento em outubro totalizou US$ 60,86 milhões, chegando ao maior valor desde dezembro de 2014 (sem descontar a inflação). Esse valor foi 16% superior aos US$ 52,67 milhões faturados há um ano.

 

No acumulado do ano (janeiro-outubro), os estabelecimentos leiteiros faturaram US$ 397,43 milhões, 19% a menos que os US$ 491,15 milhões no mesmo período de 2015. Em outubro, a produção de leite enviada à indústria totalizou 191,9 milhões de litros, 7% a menos que há um ano. Esse foi o menor volume para outubro desde 2012, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

No entanto, o preço do leite pago ao produtor em dólares vem melhorando de forma sustentada desde fevereiro desse ano. Em outubro, a média foi US$ 0,32 por litro, um centavo acima do mês passado e seis a mais que no mesmo mês de 2015 (US$ 0,26 por litro). Em pesos, o preço do produto foi o melhor desde abril de 2015, ficando em média em 8,93 pesos por litro, 19% a mais que os 7,49 pesos de outubro de 2015. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
 
Mudanças no acordo de livre comércio entre NZ e China podem beneficiar produtores de leite

A indústria de lácteos da Nova Zelândia espera que um aprimoramento do acordo de livre comércio desse país com a China gere mais retornos aos exportadores. Recentemente, em uma reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), o primeiro-ministro, John Key, anunciou que as discussões sobre o acordo de livre comércio entre Nova Zelândia e China começarão no início do ano que vem.

A diretora executiva do Dairy Companies of New Zealand, Kimberly Crewther, disse que cerca de NZ$ 100 milhões (US$ 69,95 milhões) são perdidos em tarifas todos os anos. "A remoção dessas tarifas significará que os consumidores chineses se beneficiarão por meio da redução e dos custos sobre os produtos que estão comprando. Os exportadores neozelandeses também se beneficiarão por ter uma melhor posição competitiva.

"Trata-se do maior mercado de produtos lácteos da Nova Zelândia e estamos exportando cerca de 2,7 bilhões de produtos para lá por ano. Cerca de um quarto do comércio de lácteos da Nova Zelândia recebe preferência sob negociações de acordos de livre comércio. O que estamos esperando é que esse processo de aprimoramento expanda a cobertura para todas as importações de lácteos da Nova Zelândia".

A medida referente à China deverá preencher qualquer lacuna deixada pela saída dos Estados Unidos da Parceria Trans-pacífico. As negociações buscarão melhorar ou aprimorar a ampla gama de áreas que já são cobertas pelo acordo de livre comércio, disse Key.

As renegociações incluirão barreiras técnicas ao comércio, procedimentos aduaneiros, cooperação e facilitação de comércio, leis de origem, serviços e cooperação ambiental. Elas também dirão respeito a várias novas áreas, como política de competição e comércio eletrônico. (As informações são do Newshub, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Quebra no preço de exportação do leite em pó argentino por default comercial brasileiro

Uma medida protecionista liquidou a recuperação que vinha ocorrendo nos últimos meses. O valor médio de exportação do leite em pó argentino - tal como foi antecipado - caiu devido ao bloqueio comercial indireto aplicado pelo governo brasileiro ao produto importado com destino à reconstituição. 

As exportações argentina de leite em pó integral a granel declarados em novembro passado - sem considerar os envios realizados para a Venezuela - foram 6.333 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.861/tonelada versus 6.689 toneladas a US$ 2.933/tonelada em outubro deste ano. Em outubro foram declarados embarques de 1.351 e 751 toneladas a valores FOB superiores a US$ 3.300 e US$ 3.500/tonelada, respectivamente, e no mês passado apenas foram registrados 455 e 5 toneladas com esses mesmo valores. Os maiores preços declarados em novembro corresponderam a partidas da Nestlé Argentina destinadas ao Brasil, 450 toneladas ao preço de US$ 3.300/tonelada e 5 toneladas a US$ 3.550/toneladas da Williner (Ilolay) enviadas à Bolívia. Os principais mercados de exportação no mês passado foram Argélia, com envios delcarados de 1.803 toneladas ao preço médio de US$ 2.918/tonelada, seguido pelo Brasil (1.635 toneladas a US$ 3.069/tonelada) e Rússia (1.105 toneladas a US$ 2.619/tonelada). Além disso, a SanCor, no mês passado declarou ter enviado à Venezuela 5.366 toneladas como parte do crédito concedido pelo governo em 2006 (que continua vigente até 2020). 
 
O valor médio do leite em pó registrado no último leilão da Fonterra (GlobalDairyTrade) atingiu US$ 3.423/tonelada em decorrência da recuperação do mercado chinês (no qual a Argentina tem um acesso marginal porque não tem atualmente condições logísticas nem cambiais para poder competir com a Nova Zelândia). Este ano a importação de leite em pó integral por parte da China deve alcançar 400.000 toneladas, versus 347.000 toneladas em 2015, segundo dados do último boletim do mercado lácteos chinês publicado pelo escritório do USDA no país oriental. Para 2017 estão previstas compras de 460.000 toneladas. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
Comércio/AR
Uma comitiva da Agroindústria se encontra no Brasil com o objetivo de abrir mercados para variedades de queijos, leite, soro em pó e outros derivados lácteos. Empresários, entidades intermediárias e áreas do governo Federal se reunirão em Porto Alegre, Brasil, onde começa, nesta semana, a missão multisetorial, com a presença predominante do setor produtivo agroalimentar e que continuará em outras cidades do país vizinho. O objetivo é estabelecer vínculos e negociar com importadores brasileiros, a fim de poder integrar ditos produtos nas gôndolas das cadeias de supermercados do país. "A iniciativa inclui uma rodada de negociações do setor lácteo", informou o Ministério da Agroindústria que especificou que nesta missão comercial "um encontro multisetorial representará a Agroindústria Argentina no Brasil". "Estamos aqui, para oferecer todas nossas variedades de queijos, leite, soro em pó e outros derivados lácteos, que são produzidos, principalmente na região de Santa Fe, Córdoba e província de Buenos Aires", destacou Marisa Bircher, secretária de Mercados Agroindustriais da pasta que dirige Buryaile. Além de produtos lácteos, a Argentina também está promovendo no Brasil produtos argentinos como vinhos, azeites, azeitonas, doce de leite, alfajores, guloseimas, produtos orgânicos, legumes, frutas, entre outros. (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 

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