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11/08/2016

Porto Alegre, 11 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.329

 

Preço sobe até 65% em um ano
Condições climáticas severas, desestímulo à produção e aumento do custo dos insumos, especialmente do milho, que chegou a 93%, reduziram a oferta e elevaram o preço do leite para além das médias recentes neste inverno. De acordo com o boletim semanal de cotações agropecuárias da Emater/RS, o preço pago pelo litro ao produtor, que oscilava entre o mínimo de R$ 0,70 e o máximo de R$ 0,97 no início de agosto de 2015, chegou à faixa dos R$ 0,90 aos R$ 1,60 na semana passada. A variação foi sentida na ponta do consumo. Levantamento da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), indica que, nesta semana, o litro de leite UHT atingiu R$ 3,80 no varejo, com avanço de 40% sobre maio, quando começaram os efeitos da entressafra. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, calcula que o preço pago ao produtor cresceu 65% em um ano e entende que a cadeia leiteira vive em 2016 uma situação ímpar. 

Por isso, afirma que a tradicional queda que ocorre no preço do produto a partir de agosto vai ser menor neste ano. "Tivemos problemas climáticos, alta no mercado de rações, em razão da valorização do milho, e retração do rebanho, com o abate de matrizes porque o produtor entendeu que o preço da carne estava mais atrativo", analisa. "São condições difíceis de recuperar, que vão manter o preço elevado para o produtor", diz. O assessor de Políticas Agrícolas da Federação Gaúcha dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Márcio Langer, constata que em julho os produtores tiveram uma melhora de 15% na remuneração. "No preço cobrado pelo supermercado estão consideradas as margens de lucro da indústria e do comércio, nem tudo pode ser atribuído à produção", ressalva. "A expectativa é de que haja redução do preço a partir de outubro, com a entrada das pastagens de inverno e a conclusão do ciclo reprodutivo dos animais", prevê. (Correio do Povo)

 
Simvet-RS vai debater Lei do Leite e combate ao Mormo na feira

Dois dos principais assuntos que mobilizam o setor agropecuário do Rio Grande do Sul serão temas de discussão durante a Expointer em eventos promovidos pelo Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet-RS). Em seminários simultâneos, a nova Lei do Leite e o combate ao Mormo estarão em pauta na tarde de quinta-feira, 1 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A presidente do Simvet-RS, Angélica Zollin, avalia que os dois temas envolvem diretamente a participação dos médicos veterinários que realizam as fiscalizações pelo Estado. "A escolha dos temas voltou a ser pauta do sindicato nos últimos tempos. Passaram-se vários anos, e continuamos com os mesmos problemas, e não vimos entendimentos definitivos sobre estes temas", acredita. Na Casa do Médico Veterinário, a partir das 14h, será realizado o painel "

A Lei do Leite: O Que Mudou? ", com a participação de representantes do governo, indústrias e fiscalização. A legislação, que entrou em vigor no dia 24 de junho, ainda está no prazo de adequação dos setores envolvidos à lei. Entretanto, a proposta é discutir como estes segmentos da cadeia láctea vêm se adaptando. "Queremos debater o que mudou e o que ainda não mudou. E, se não mudou, o que tem que ser feito para mudar", revela a presidente do Simvet-RS. Já no Tatersal do Cavalo Crioulo, no mesmo horário e com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (Abccc), ocorrerá o Seminário Sobre Sanidade Equina, que vai avaliar e atualizar os participantes sobre os andamentos do combate ao Mormo e outras enfermidades. "O Simvet-RS retorna com a pauta da sanidade equina como já fizemos em outras edições da Expointer. Acreditamos que os debates ainda não estão esgotados. Trazemos de volta este assunto para que possamos nos atualizar sobre os processos de combate à enfermidade", observa Angélica. (Jornal do Comércio)

Agroindústrias aceleram preparos para a Expointer

A pouco mais de duas semanas para o início da 39ª Expointer, as agroindústrias que estarão na 18ª Feira da Agricultura Familiar intensificam os preparativos para levar produtos como queijos, pães, cucas, geleias, biscoitos e salames. Neste ano, serão 227 expositores - 17% estreantes -, entre produtos, artesanato, plantas e flores, além de quatro cozinhas. A família Meurer, de Salvador do Sul, espera repetir os números da edição passada. Em 2015, foram vendidos 1.350 cucas, 600 pães e 600 pacotes de biscoitos. A produção começou com a matriarca, Líria, em 1989, e hoje inclui o trabalho das filhas Paula, Patrícia e Beatriz. O pão de milho, feito em forno de barro, é o carro-chefe da comercialização. Segundo Líria, o segredo do sucesso na Expointer é que pães e cucas sempre chegam fresquinhos, feitos ainda na madrugada. Os biscoitos pintados são produzidos poucos dias antes de a feira ser aberta. Paula destaca a receptividade obtida a cada ano e o retorno dos clientes, que guardam o adesivo da marca Koloniebackhaus para saborear os produtos. "A feira é uma família com quem convivemos. É também o espaço para divulgar os produtos e o nosso município", disse, ressaltando ser esta a oitava participação no Pavilhão da Agricultura Familiar. Antes da Expointer, os sabores da Koloniebackhaus serão apresentados na 10ª AgriMinas, em Belo Horizonte. Primeira agroindústria habilitada ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), em 2013, a Herbon Alimentos, de São José do Sul, aumenta em pelo menos 100 quilos a produção diária de linguiça para a Expointer. No estande também são ofertados itens como copa, salame, lombo defumado e torresmo. 

De acordo com uma das proprietárias, Aline Gauer, além das vendas, há oportunidade de buscar novos mercados para os embutidos dentro do Rio Grande do Sul. A produção mobiliza até 12 pessoas - a maioria da família -, e o abate é diário. "A família se uniu, todo mundo queria trabalhar, ter seu negócio, e foi indo. Hoje, está todo mundo feliz aqui, fazendo linguiça, salsichão, copa", disse Laci Maria Gauer, mãe de Aline, que acompanha a produção. Um dos espaços de maior visitação durante a Expointer, a Feira da Agricultura Familiar ocorre desde 1999. A estrutura que abriga os estandes foi construída em 2004. Em 2015, foram R$ 2,2 milhões em negócios, valor recorde e incremento de 12,6% em relação ao alcançado em 2014. Para este ano, a expectativa é de que as vendas cresçam ao menos 5%. "É um espaço importante, porque proporciona às agroindústrias familiares o contato direto com compradores", destaca o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto. Conforme o diretor de Agricultura Familiar e Agroindústria da SDR, Dionatan Tavares, uma das novidades para este ano é a chamada ilha de orgânicos. No local, 16 expositores (15% do total) vão expor itens como sucos, chás, temperos, mel, rapaduras e cachaças com certificação. (Jornal do Comércio) 

Franceses driblam crise do leite com cooperativa de queijo especial

Com isso, cada nação passou a ter liberdade para produzir e vender o quanto quisesse. A medida causou um desequilíbrio no quadro de oferta e demanda local, que mais tarde foi agravado pela redução das compras de leite cru europeu por parte de importadores de peso, como a China. Com a demanda fraca e a oferta em alta, os preços pagos aos produtores passaram a despencar no velho continente. Mas há quem veja essa crise passar longe de si. No chamado Maciço do Jura, uma região montanhosa, na fronteira da França com a Suíça, onde as vacas pastejam à moda antiga, com sinos pendurados no pescoço e aos 1.000 metros de altitude, criadores encontraram uma maneira de driblar os preços baixos, manter o mercado sempre equilibrado e rentável. Eles formaram a cooperativa do queijo comtè, o tipo mais consumido na França. O diferencial do produto é que ele possui o que os europeus chamam de AOP, sigla que em português significa 'denominação de origem protegida', uma certificação nada fácil de conseguir. 

É preciso respeitar uma sistemática desde a maneira de criar e alimentar as vacas até o processo de industrialização do leite. Com isso, o produto é vendido a preços superiores no mercado. Enquanto o leite convencional é vendido de 280 euros a 320 euros a cada mil litros (entre 0,28 a 0,32 centavos de euro por litro) o produto certificado vale de 450 euros a 500 euros a cada mil litros (0,45 a 0,50 centavos de euro por litro). "A particularidade nesta cadeia é, sobretudo, que não temos problemas econômicos, porque conseguimos repartir o valor agregado. Além disso, o volume de produção é limitado e negociado entre todas as AOP´s da região. Este ano, por exemplo, o aumento permitido foi de 2 mil toneladas", explica Claude Vermont-Desroche, presidente do Comitê Interprofissinoal do Comtè. (Globo Rural)

 
Produtores de leite de Ijuí e região chegam a receber acima de R$ 2 por litro
O técnico agrícola do escritório municipal da Emater em Ijuí, Edewin Bernich, no entanto, ressalta que há produtores que recebem acima de 2 reais o litro de leite. O valor mais baixo pago por empresas, indústrias ou cooperativas gira em torno de 1 real e 5 centavos. Para se ter uma ideia da melhoria de preço, o atual valor mínimo de cerca de 1 real pago ao agricultor, no momento, há três meses era praticamente o preço máximo. Isso se deve à falta de leite produzido, o que eleva a cotação para o produtor. Muitos agricultores deixaram de produzir leite, especialmente por conta do calote dado por empresas e industrias que decretaram falência. Em Ijuí, segundo Edewin Bernich, existem produtores que se mantém com bom nível de plantel animal. Citou um agricultor da comunidade de Arroio das Antas que possui em torno de 120 vacas leiteiras. Na Linha 11 Norte há produtores com média de 100 animais. Porém, muitos outros agricultores ijuienses contam com plantel entre 20 e 60 vacas leiteiras. (
Rádio Progresso de Ijuí)
 

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