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19/05/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.906


Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Rio Grande do Sul busca proteção contra incentivos do Mercosul

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Rio Grande do Sul irá enviar um ofício ao Governo Federal alertando sobre os prejuízos causados à indústria nacional em decorrência dos incentivos concedidos por outros países do Mercosul aos produtores. A discussão também será encaminhada ao Parlasul, solicitando que sejam adotadas políticas de proteção ao setor lácteo.

 

A decisão ocorreu durante a primeira reunião deste ano da câmara, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), concomitante a 17ª Fenasul e à 44ª Expoleite. “Temos observado que os volumes de importação aumentaram, devido ao baixo preço da matéria prima em países vizinhos. No acumulado entre janeiro e abril, o leite em pó integral subiu de 9 mil/kg importados em 2022 para 47 mil/kg neste ano. O queijo parmesão é outro produto que tem o valor lá fora menor do que o custo de beneficiamento pela indústria brasileira”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).

A Argentina injetou recursos diretamente nos produtores, o Uruguai abriu linhas de crédito subsidiadas e a indústria brasileira permanece sem incentivos. De acordo com um estudo realizado pelo Sindicado e apresentado durante a reunião da Câmara na sexta-feira 19/05, o governo da Argentina, aporta 9,16 bilhões de pesos aos produtores e mais 167 milhões de pesos para as cooperativas investirem em equipamentos. No Uruguai, o governo criou um programa de financiamento abrindo linhas de créditos para atender os cerca de 2 mil produtores no valor total de 9 milhões de pesos, com prazo de 13 anos de amortização. “O produtor e a indústria no Brasil, não têm atualmente nenhuma fonte de recursos de custeio direto o que causa este desequilíbrio com relação aos países que vêm adotando ações efetivas para assegurar a produtividade e a competitividade, entendendo o quanto isso é importante para a suas economias”, destaca Palharini.

No encontro, os integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do RS defenderam ainda a urgência da liberação pelo Governo do Rio Grande do Sul de recursos represados do Fundoleite para os projetos de competitividade apresentados pelas empresas e projetos de desenvolvimento e valorização do leite e derivados no Rio Grande do Sul e no Brasil. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Foto: Gisele Ortolan


Tradicional banho de leite celebra maior produtividade durante Fenasul Expoleite

Foi com o tradicional banho de leite que a raça holandesa celebrou os exemplares de maior produtividade da 17ª Fenasul e 44ª Expoleite. A celebração foi realizada no final da tarde desta quinta-feira (18/5) e reuniu autoridades e criadores no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Foto: Anselmo Cunha

Com uma produção de 87 quilos de leite, o grande destaque do evento foi a vencedora da categoria Vaca Jovem da Granja Ferraboli, Festleite Ferraboli 423. A pesagem foi recorde da raça desde a implementação do novo regulamento da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando). O criador, Paulo Ferraboli, de Anta Gorda, também levou o prêmio na categoria Vaca Adulta, com Festleite P. Ferraboli 407 Supersire, com uma produção de 80,09 quilos de leite. “O segredo, em primeiro lugar é genética, uma boa alimentação e bem estar do animal, a família inteira envolvida 24h por dia”, afirmou Ferraboli. Ele também celebrou o recorde da Vaca Jovem. “Nenhuma vaca produziu tanto assim”, comemorou.

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, destacou que a Fenasul Expoleite é o palco para aplaudir cada mulher e cada homem que dedicam 365 dias ao trabalho para produzir um dos produtos mais nutritivos. "Aqui está a exposição do que há de melhor na produção gaúcha. A excelência em genética, a sanidade, a qualidade e o cuidado podem ser vistos aqui nos pavilhões no Parque de Exposições Assis Brasil. Onde a vida no campo e na cidade se misturam", afirmou

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, celebrou os produtores de leite participantes do evento. “As maiores autoridades aqui presentes são os criadores, os produtores e os seus respectivos animais, sejam das raças leiteiras, das outras raças e das que vão se apresentar no rodeio”, afirmou. Ele destacou o empenho de todos na realização da feira.

Na categoria Vaca Jovem e também na categoria Vaca Adulta, as segundas e terceiras colocadas foram da Granja Cichelero. Também participaram da cerimônia do banho de leite, as vencedoras da raça Jersey.

Para o secretário do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, o Estado deve ser partícipe no desenvolvimento de ações que contribuam com a recuperação da cadeia leiteira. "Temos a missão de construir uma política pública para termos um olhar diferenciado para a cadeia produtiva leiteira do nosso Estado. Para isso, precisamos colocar em prática programas que garantam a segurança hídrica dos nossos produtores, que estimulem uma mudança no tratamento do solo e proporcionem a capacitação e qualificação dos nossos produtores", destaca.

Na ocasião foi oficializada a doação de cerca de 300 litros de leite, equivalente ao colhido no concurso leiteiro, para duas entidades assistenciais de Esteio. Foram beneficiadas a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Liga Feminina de Combate ao Câncer.

O secretário do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, também esteve presente. A Fenasul Expoleite acontece até domingo (21/5).

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados - SINDILAT/RS, participou do ato. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)

Produção/AR 

No primeiro trimestre do ano, a produção nacional de leite sentiu os efeitos do clima. Segundo dados do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) entre janeiro e março o volume gerado nas fazendas leiteiras caiu 0,2% em relação a igual período do ano passado.

No entanto, ao nível mundial, o indicador está em crescimento, com aumento de 0,8% entre os países que representam em torno de 55% da produção mundial de leite.

Assim como na Argentina, o bloco dos 27 países da União Europeia (UE-27) que apresentou queda de produção nos primeiros oito meses de 2022, começou a crescer entre setembro e dezembro, e continua com tendência de leve crescimento no início de 2023.

Logo depois, o segundo em magnitude, os Estados Unidos da América (EUA), começou um ano de 2022 no campo negativo e depois foi revertendo o quadro que se transformou em crescimentos entre 0,5% e 1,7% de julho a dezembro, o que permitiu encerrar o ano com leve crescimento de 0,2%; agora em 2023 começou com aumento de 1%.

Na América Latina, tanto o Brasil, como a Argentina, o Chile e o Uruguai ficaram com números negativos no primeiro trimestre do ano, influenciados pela seca, aumento dos custos e menores preços internacionais.  

“Todos estes dados não indicam um incremento da oferta mundial do leite para 2023”, observa o Ocla, alertando para um indicador relevante.

“A recuperação do crescimento da produção de leite em 2023 é insuficiente para satisfazer a demanda, pois existe mudança de paradigma: a oferta já não é uma variável fixa”, conforme advertiu a Rede internacional de Comparação de Fazendas (IFCN). (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é estimado em R$ 1,216 trilhão
OValor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de abril, é estimado em R$ 1,216 trilhão, 4,7% superior em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,161 trilhão. As lavouras têm previsão de faturamento de R$ 868,96 bilhões, que é o maior VBP desde 1989. O crescimento real do VBP das lavouras é de 8% em relação a 2022.  A previsão para a pecuária é de faturamento de R$ 347,9 bilhões, com retração de 2,6% em relação ao ano passado. As informações são do MAPA, adaptadas pelo SINDILAT/RS


 
 
 
 

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