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09/05/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.896


“Não tenho nenhuma dúvida de que a Languiru tem condições de se recuperar”

Governador do RS em exercício, Gabriel Souza, recebe comitiva da Cooperativa Languiru e G7
 
Na tarde desta segunda-feira, dia 08 de maio, representantes da Cooperativa Languiru e de municípios do G7 estiveram reunidos com o governador do Estado em exercício, Gabriel Souza. O encontro ocorreu no gabinete do Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, oportunidade em que foram apresentados os novos integrantes do Conselho de Administração da Languiru. O presidente Paulo Birck e vice-presidente Fábio Secchi atualizaram o Governo do Estado sobre o momento de dificuldade da Cooperativa.
 
Souza desejou sucesso e serenidade ao novo Conselho de Administração na condução da Languiru. “Eu acompanho de perto a questão e não tenho nenhuma dúvida de que a Cooperativa tem condições de se recuperar. Como tenho dito desde janeiro, a Languiru necessita de um profundo plano de recuperação com profissionais de mercado”, frisou, valorizando as ações em curso pela Cooperativa. As negociações com parceiros de negócios e com instituições financeiras também foram mencionadas, com Souza se colocando à disposição para auxiliar.
 Birck agradeceu pela oportunidade e pelo apoio dos prefeitos do G7 na interlocução com o Governo do Estado. “Estamos nos propondo a desenvolver um trabalho a muitas mãos, unindo esforços, cientes de que hoje a Languiru não é mais apenas dos associados, mas de toda sociedade. O apoio das diferentes esferas políticas também é muito importante nesse momento”, frisou.Sobre as negociações de parceria, comentou que portas estão se abrindo. “Precisamos avaliar o melhor cenário. Ouvindo nossos associados, novos passos serão dados.”Secchi falou em reforçar vínculos com o Estado, inclusive com parcerias em termos de consultoria no trabalho de planejamento da Cooperativa. “Precisamos e queremos contar com todo auxílio.”
 
O prefeito de Imigrante, Germano Stevens, reforçou a necessidade de recursos financeiros. “São essenciais para colocar em prática o planejamento da Languiru. O Vale do Taquari como um todo é impactado pela Cooperativa. O G7 está junto e engajado, numa demonstração de apoio político em busca de auxílio do Governo do Estado, dentro das suas possibilidades.”
 
A prefeita de Poço das Antas e presidente do G7, Vânia Brackmann, avaliou o encontro como positivo. “Saímos muito satisfeitos da reunião. Pudemos ver que o governador em exercício está de fato envolvido, já nos demonstrou que tem conhecimento da situação da Languiru e, há mais tempo, vem participando dessas negociações. Foi um momento muito valioso, envolvendo prefeitos e Conselho de Administração da Languiru, para expor as necessidades da Cooperativa. Estamos ao lado da Languiru para ajudar no que for possível. Os municípios, principalmente os que contam com plantas industriais, dependem muito da Cooperativa. São 67 anos de história e não podemos perdê-la.”

A Languiru ainda esteve representada pelo membro efetivo do Conselho de Administração, Fábio Weber. Pelo G7 também participaram o prefeito de Westfália, Joacir Antônio Docena; de Fazenda Vilanova, Amarildo Luís da Silva; de Teutônia, Celso Aloísio Forneck, e de Colinas, Sandro Herrmann; e o vice-prefeito de Paverama, João Edson de Oliveira Moraes. O secretário adjunto da Agricultura do RS, Márcio Madalena, também recepcionou a comitiva. (Languiru)


Balança comercial de lácteos: queda nas importações em abril

Apesar do recuo nas importações de abril em relação ao mês anterior, é possível observar que o volume total importado ainda se encontra em um alto patamar, principalmente quando comparado com os últimos dois anos, sendo que os altos preços praticados no mercado interno, por conta da diminuição da oferta do leite no campo que está ocorrendo de forma sazonal, segue sendo o principal fator a estimular as importações para o Brasil, mesmo que a demanda tenha encerrado o último mês com fortes sinais de retração.

Sobre as categorias importadas, somente um produto registrou variação mensal positiva, o doce de leite, com um aumento de 21%, enquanto as demais categorias passaram por recuo. A maior queda mensal observada foi nas importações de leite em pó desnatado, que somou aproximadamente 1,42 milhões de quilos, 62% a menos do que o importado em março, enquanto o recuo observado no leite em pó integral foi menor, em 23%, com 11,38 milhões de quilos importados. A categoria de queijos passou por uma variação negativa de 21%, e para o UHT, não foi registrado nenhum volume importado neste último mês.

Já sobre as categorias exportadas, o principal produto seguiu sendo o leite condensado, que passou por uma variação mensal de 8%. Porém, a maior variação observada foi na categoria de leites modificados, que aumentou em 120% no mês de abril. Os queijos, cremes de leite e manteigas também registraram avanços nas exportações de abril, em 45%, 7% e 4%, respectivamente, enquanto o maior recuo ficou por conta do leite em pó desnatado, que teve um total de somente 20 quilos sendo exportados no mês, segundo dados da SECEX, uma queda mensal de 96%.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de abril e março deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em abril de 2023.

Tabela 2. Balança comercial láctea em março de 2023.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Para o mês de maio as expectativas são de uma nova queda no total importado, mas que deve ocorrer de forma mais sutil em comparação ao recuo observado em abril. Isso porque, apesar do período da entressafra do leite brasileiro, a produção de leite na Argentina e Uruguai, principais fornecedores, seguem limitadas.

Além disso, outro aspecto importante é a quantidade de dias úteis no mês de maio (22 dias) em comparação com abril (18 dias). Dessa forma, mesmo que na média diária as importações apresentem diminuição, no total do mês o volume de maio pode vir em linha com o resultado de abril.

Outro ponto que precisa ser levado em consideração é discrepância entre o período de entressafra do leite produzido na região Sul do Brasil e das demais regiões. Para maio, a entressafra da região Sul do Brasil deverá estar próxima do fim, começando a aumentar o abastecimento de leite advindo dessa região. E como o Sul é atualmente a maior região produtora do Brasil, o aumento da sua captação deve limitar as perdas observadas na captação de leite total do país.

Mas é preciso salientar que os preços internacionais ainda seguem competitivos frente aos preços praticados no mercado interno, mesmo com as recentes desvalorizações observadas nos principais derivados lácteos desde a segunda quinzena de abril, o que deve manter as importações de maio em um patamar ainda elevado em relação a 2021 e 2022.

Já para as exportações, não há evidências de uma abertura de janela exportadora para o mercado brasileiro. Apesar da demanda interna não demostrar sinais de reação, a produção continua limitada, e o real valorizando frente ao dólar também dificulta essa comercialização.

As informações são do Milkpoint adaptado pelo Sindilat/RS

América Latina tem 72 milhões sem internet de qualidade no campo, diz estudo

Cerca de 72 milhões de pessoas que vivem em zonas rurais na América Latina e no Caribe não possuem acesso à internet de qualidade. Dessas, 13 milhões estão no Brasil, mostra um levantamento realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em parceria com Banco Mundial, Bayer, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Microsoft e a Syngenta.

O estudo, divulgado nesta segunda-feira (8/5), contém dados coletados em 26 países da região entre 2020 e 2022. De acordo com o documento, 79% da população urbana dos países latinos e caribenhos analisados contam com serviços de conectividade significativa. Para a população rural, esse índice é de 43,4%.

Alguns países, como Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Panamá e Costa Rica, mostraram avanços em relação ao levantamento anterior, mas ainda estão atrasados em termos de conectividade rural. "Essa diferença entre a conectividade rural e urbana mina um imenso potencial social, econômico e produtivo no âmbito estratégico no qual está em jogo a segurança alimentar e nutricional de boa parte do planeta", disse, em nota, o diretor-geral do IICA, Manuel Otero.

No Brasil, a diferença entre quem tem acesso à internet de qualidade nas cidades e no campo é um pouco menor que a média regional. A conectividade significativa urbana brasileira é 1,5 vez mais abrangente do que nas zonas rurais, enquanto nos demais países o índice médio é de 1,8 vez. "Enquanto nas zonas urbanas do Brasil o índice de Conectividade Urbana (ICSu) é 0,821, o Índice de Conectividade Rural (ICSr) é 0.542. Na América Latina e Caribe, o ÍSCu médio é 0,794, e o ICSr é 0,434", diz o IICA.

Desafios
O documento aponta que as dificuldades para aumentar o acesso à conectividade rural mais rapidamente na maioria dos países passam por "obstáculos persistentes no emprego dos fundos de acesso universal, problemas na implementação de novas instalações devido à infraestrutura elétrica e de rodovias, elevados custos de investimento e menor custo-efetividade para as companhias operadoras, além de escassez de estímulos que incentivem os investimentos no âmbito rural".

Para Gabriel Delgado, coordenador da região Sul do IICA e representante no Brasil, apesar da melhora da conectividade nas áreas rurais, é preocupante que 72 milhões não tenham acesso a conectividade de qualidade nas áreas rurais da América Latina e do Caribe, sendo que 13 milhões estão nas áreas rurais brasileiras.

“Assim como em outros momentos da história, trens, rodovias e estradas foram muito importantes para o desenvolvimento, o divisor de águas agora entre se desenvolver e ficar para trás é ter acesso à internet”, disse.

Caminhos

O estudo sugere a implementação de algumas políticas públicas para desenvolver as habilidades digitais na população rural e maximizar as oportunidades oferecidas pela conectividade nas zonas rurais. O levantamento aponta a necessidade, por exemplo, de "garantir conectividade acessível e significativa para fins educativos e, juntamente com o hiato de acesso, abordar o uso das novas tecnologias entre a população".

Outros apontamentos são a necessidade de estabelecer estratégias diferenciadas de formação para os jovens que estão nas escolas e a população economicamente ativa, de criar oportunidades de imersão em tecnologias, de adequar o ensino nos cursos de formação voltados à agropecuária com os processos de digitalização da atividade, de promover a chegada da tecnologia digital por meio da educação formal, de garantir acesso universal à internet nas escolas rurais e capacitar os jovens digitalmente, apoiando estudos sobre habilidades digitais na região.

"Superar a diferença de conectividade e de habilidades digitais na ruralidade requer a concordância de políticas públicas, a participação do setor privado e a cooperação internacional. Os países da região, embora estejam encarando ações em termos de atualização de estruturas regulatórias e desenvolvimento de agendas e políticas digitais, ainda não conseguiram implementar soluções em grande escala e apresentam requisitos significativos em termos de investimentos em infraestrutura", destacou, em nota, Sandra Ziegler, pesquisadora do IICA que liderou a elaboração do trabalho.

As informações são do Valor Econômico.


Jogo Rápido

Vendas na internet caem 4,3%
As vendas do comércio on-line no mercado brasileiro somaram R$ 40 bilhões entre janeiro e março deste ano. Isso significa uma queda real de 4,3% em relação ao resultado do primeiro trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Para o Dia das Mães, que ocorre no próximo domingo (14 de maio), a entidade projeta crescimento de 3% nas vendas em relação à data comemorativa do ano passado. Mas a associação também observa que o crescimento mais representativo nas vendas ficará para o segundo semestre. No acumulado de 2023, a expectativa da ABComm é de que as vendas on-line somem R$ 172 bilhões, um avanço tímido de 1,5% sobre o ano passado. “A redução no faturamento de empresas que enfrentaram problemas no balanço [ como a Americanas], a questão fiscal que afetou companhias estrangeiras e a manutenção dos juros, que prejudicou as vendas a prazo, são alguns dos motivos por trás dessa queda”, disse Mauricio Salvador, presidente da associação, em comunicado. “Apesar dos desafios, acreditamos que haverá recuperação nos próximos meses”, completou o presidente da entidade sem fins lucrativos que reúne 9 mil associados. Entre eles estão representantes de lojas virtuais, fornecedores de serviços de tecnologia, mídia e meios de pagamento. (Valor Econômico)


 
 
 

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