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19/07/2016

 

Porto Alegre, 19 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.312

 

  Preço do leite atinge maior valorização da história do Conseleite

O preço do leite padrão no Rio Grande do Sul deve apresentar aumento de 11,15% em julho. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (19/7) indicam que valor projetado para o litro deve ficar em R$ 1,3170 frente ao valor de R$ 1,1849 consolidado em junho. Nos últimos três meses (maio-julho), o aumento chega a 27,30%. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Belisário Finamore, o valor projetado para julho é o maior já verificado no histórico do Conseleite. Outros picos foram  registrados em 2007  (R$ 1,1331),  2009 (R$ 1,1650) e 2013 (R$ 1,1565), em valores corrigidos pelo IPCA. "Os preços alçaram voo no Rio Grande do Sul, principalmente no leite UHT e leite pasteurizado", pontuou o pesquisador. Outros produtos lácteos também seguiram a tendência de alta no mês, como o queijo prato e o leite condensado. 

No ano (janeiro- julho de 2016), o valor de referência do leite UHT subiu 83,41% (julho - R$ 1,48/litro) , seguindo pelo pasteurizado, com alta 55,03% (julho - R$ 1,45/litro) e do leite em pó, com 17,92% (julho - R$ 1,041). "Depois de dois anos com preços congelados, 2016 sinaliza ser um ano de boa remuneração para o setor lácteo", acrescentou Finamore, que apresentou os dados com ajuda do colega Marco Antônio Montoya.

Presidindo os trabalhos, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prevê que os preços sigam em um patamar elevado até agosto e, em seguida, tendam a apresentar algum ajuste. Contudo, os valores não devem retornar aos patamares de 2015 frente a um cenário impactado pela importação e fatores climáticos. Guerra ainda alertou sobre a importância de manter o controle do mercado interno uma vez que há leite entrando de outros países no Brasil, o que ameaça a rentabilidade da atividade. O preço só vem se mantendo, explica ele, pela redução da captação de leite nos tambos gaúchos. Além disso, a alta dos custos de produção no campo e na indústria também impactou nos valores apurados. "O milho subiu, os combustíveis subiram. Estamos em um patamar em que é possível trabalhar e remunerar produtores e indústria", frisou Guerra.

Na ocasião, os conselheiros ainda avaliaram o projeto de alteração no website e da marca do Conseleite, o que ficou de ser definido no encontro do mês de agosto.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Legenda: Professor Marco Antônio Montoya e Alexandre Guerra
 
 
 
Leilão GDT: mercado internacional continua sem grandes variações nos preços

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (19/07) não apresentou variação de preços sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.336/tonelada.

Nenhum dos produtos comercializados no leilão apresentou grande variação em seus preços. O queijo cheddar e o leite em pó desnatado caíram 1,1% em relação ao leilão anterior, sendo comercializados a US$2.886/ton e US$1.927, respectivamente. O leite em pó integral teve alta de 1,9% no preço em relação ao leilão anterior, sendo comercializado a US$2.079/ton.

Foram vendidas 31.348 toneladas de produtos lácteos neste leilão, cerca de 1% abaixo do volume no mesmo período do ano passado. Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças até o início de 2017. Até janeiro, as projeções estimam preços entre US$2.045 e US$2.130/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint)

 
Europa revela subsídio de 500 milhões de euros para produtores rurais

A Comissão Europeia revelou um pacote de ajuda aos produtores de €500 milhões (US$ 551,51 milhões) na segunda-feira (18) para dar suporte financeiro aos produtores de leite que estão passando por dificuldades nos 28 estados membros. O último pacote inclui €150 milhões (US$ 165,45 milhões) direcionados a subsidiar as reduções voluntárias na produção de leite em toda a UE e €350 milhões (US$ 386,06 milhões) em uma ajuda condicional.

O pacote de ajuda condicional será definido e implementado ao nível de estado membro. Os estados membros terão permissão de combinar fundos da UE, o que fornece potencial de dobrar o subsídio a alguns produtores de leite. A Alemanha e a França, os dois maiores produtores de leite da UE, deverão receber quase €58 milhões (US$ 63,97 milhões) e €50 milhões (US$ 55,15 milhões), respectivamente. Irlanda e Holanda, os dois fornecedores de leite de mais rápido crescimento, receberão €11 milhões (US$ 12,13 milhões) e €23 milhões (US$ 25,36 milhões), respectivamente. A Irlanda, em particular, era contra a ajuda relacionada a controles extensivos da oferta, enquanto os maiores produtores da UE, Alemanha, França e Polônia, eram a favor disso. O ministro da Agricultura da Irlanda, Michael Creed, elogiou o novo pacote de subsídio por fornecer aos estados membros o máximo possível de flexibilidade.

 
 

A Comissão Europeia também autorizou a expansão dos subsídios aos estoques públicos existentes e a extensão da intervenção (programa de suporte aos preços) para leite em pó desnatado até fevereiro de 2017. Entretanto, o volume teto para o leite em pó desnatado comprado a preços fixos permanece em 350.000 toneladas até 31 de dezembro de 2016.

O pacote financeiro de hoje é o terceiro fornecido desde que a União Europeia (UE) aboliu sua política de cotas de produção de leite de 30 anos em abril de 2015.

A Comissão Europeia notou que em menos de um ano, forneceu mais de €1 bilhão (US$ 1,1 bilhão) para os produtores financeiramente afetados em um momento de pressões orçamentárias significativas. A Comissão Europeia afirmou que "essa é uma resposta muito robusta por parte da Comissão e é uma afirmação muito forte de suporte aos produtores europeus", levando ao questionamento se a Comissão Europeia está enviando um sinal aos produtores de leite de que o apoio financeiro da UE aos produtores de leite está secando. (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Pessimismo
Má notícia: a intenção de consumo das famílias gaúchas teve queda de 30,2% em julho em relação ao mesmo período do ano passado e de 9,4% em relação ao mês anterior. É o menor patamar registrado desde janeiro de 2010. Os números foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS. Na avaliação da entidade, o mercado de trabalho segue enfraquecido, com redução de postos de trabalho, o que impacta a renda das famílias, sem contar a inflação e os juros altos. (Zero Hora)
 

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