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11/07/2016

 

Porto Alegre, 11 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.306

 

 Rural Show supera expectativas e bate recorde de público em 2016

A oitava edição do Rural Show terminou na tarde deste domingo, dia 10 de julho. O evento, que já é considerado o maior da agricultura familiar do Brasil, novamente superou as expectativas e teve recorde de público, totalizando a participação de cerca de 45 mil pessoas. Durante os quatro dias do Rural Show, o público, que compareceu ao Centro de Eventos de Nova Petrópolis, teve a oportunidade de participar de palestras e dinâmicas, acompanhar encontros e reuniões para troca de experiências.

De acordo com o presidente da Cooperativa Piá, Gilberto Kny, este ano o objetivo do Rural Show foi de multiplicar o máximo de conhecimentos, tecnologias e inovações. "Acima de tudo, com o evento queríamos ampliar as tecnologias em mais áreas da economia do setor da agricultura familiar", relata.

A Emater/RS - Ascar, uma das promotoras do evento, trouxe diversas alternativas e novas tecnologias à exposição. "Nesta edição trouxemos uma pequena mostra do que trabalhamos no dia-a-dia. Para a feira selecionamos tecnologias destinadas ao produtor rural e também mostramos algumas alternativas para aquele público da cidade que tem interesse em inovações ligadas ao setor primário, como é o caso das energias alternativas e da hidroponia", explica o chefe do Escritório Municipal da Emater/RS - Ascar em Nova Petrópolis, Luciano Hamilton Ilha.

O produtor de amora, Edilson Sebastião Ribeiro, de São João do Triunfo, do Paraná, veio à Nova Petrópolis especialmente para o Rural Show em busca de alternativas para a mosca-das-frutas. No espaço da Emater/RS - Ascar ele encontrou soluções e também recebeu orientações quando ao plantio de morango, cultura que está iniciando em sua propriedade. "O Rural Show foi promissor. Não pretendo perder as próximas edições", relata Ribeiro.

A Emater/RS - Ascar participa ativamente desde a primeira edição do Rural Show. Neste ano, a entidade promoveu excursões com o objetivo de aproximar ainda mais o trabalhador do campo. Da área de atuação dos escritórios regionais de Lajeado, Porto Alegre, Passo Fundo, Soledade e Caxias do Sul foram 120 excursões vindas de diversos municípios gaúchos.

A credibilidade que o Rural Show adquiriu se fez notar ao longo dos quatro dias de feira com intensa movimentação de público e também com a presença de autoridades ligadas ao setor.  Para o subsecretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul e presidente da Expointer, Sérgio Bandoca Foscarini, o Rural Show é um evento muito importante para o Estado. "Ele fornece uma visibilidade diferente por se tratar de uma feira menor. Tenho certeza que muitas inovações que vi aqui, levarei para a Expointer 2016", salienta.

Além das dinâmicas, a oitava edição do Rural Show contou com a exposição de 180 stands, sendo 45 agroindústrias. No Centro de Eventos foi criado um espaço exclusivo para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado.

Representando os expositores desta edição, o representante técnico de Vendas da Bayer Saúde Animal, Júlio Cesar Martino, agradeceu pela oportunidade e garantiu que o Rural Show é um evento diferenciado e consolidado, que leva informações importantes para o produtor, o que torna ele mais eficiente. "No Rural Show estamos contribuindo não só com a cadeia leiteira, mas também com toda a agricultura. Aqui, fornecemos informações que podem ser utilizadas no dia-a-dia na propriedade. São conhecimentos que fazem diferença nos dias de hoje", completa Martino.

Para o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, é importante reconhecer o trabalho que vem sendo feito em Nova Petrópolis. "Estamos num evento de fortalecimento do nosso setor agropecuário. Está no DNA do gaúcho a capacidade de produzir alimentos", frisa.  Na ocasião, o secretário ainda elogiou o trabalho que a Cooperativa Piá vem realizando. "A Piá é uma referência não só para nosso Estado, mas para todo o Brasil, de como o trabalho é feito com seriedade. A Cooperativa busca efetivamente o apoio ao produtor e faz com que o leite seja produzido com a melhor qualidade para disponibilizar ao consumidor", completa.

Neste ano, o Rural Show também recebeu um importante encontro para o segmento do leite, a Reunião Conjunta das Câmaras de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - OCERGS. O encontro contou com a participação do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Kny aprovou a realização do Rural Show 2016. "Nesses quatro dias recebemos agricultores que de 340 municípios, cerca de 5 mil famílias rurais estiveram presentes nesse que é o único evento do agronegócio familiar empreendedor que ocorre no auge do inverno gaúcho".

O Rural Show teve organização da Cooperativa Piá, Emater/RS - Ascar e Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e contou com o apoio de diversos financiadores: Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul - SDR, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul - FETAG, Instituto Gaúcho do Leite - IGL, Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul - Sindilat RS, Tetra Pak, SIG Combibloc, Sistemas OCERGS/SESCOOP RS, Badesul, Sicredi Pioneira, HDA Iluminação LED e Milkpoint. (Assessoria de Imprensa Piá)

  
Crédito: Mauro Stoffel                                                                  Crédito: Jéssica Simões
 
Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra comenta sobre aumento do leite

O consumidor tem notado que o preço pago pelo litro do leite, se elevou nos últimos dias. De maio para junho, o preço do leite longa vida integral no Estado subiu 14%, de acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Para o leite natural tipo C, o aumento foi de 12%. A explicação, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) Alexandre Guerra, isso é resultado de inúmeros fatores. Entre eles, a lei da oferta e da procura. 

O Diretor da Cooperativa Santa Clara de Carlos Barbosa, em conversa com a reportagem da Rádio Estação, comentou sobre os fatores que contribuíram para a elevação do produto na gondolas, informando que ocorreu uma queda na produção de leite nos últimos meses, porém, a procura aumentou. Destacando também, que as baixas temperaturas acabaram prejudicando as pastagens. Alexandre reforça, que o consumidor não deve notar redução no preço do produto a curto prazo.  Para ouvir o áudio, CLIQUE AQUI. (Estação FM)

Danone compra grupo americano de alimentos orgânicos por US$ 10,4 bi 

A Danone SA fechou a compra da empresa americana de alimentos orgânicos WhiteWave Foods Co. por US$ 10,4 bilhões. O negócio vai dar à gigante francesa dos lácteos uma fatia do crescente mercado de alimentos orgânicos e mais do que dobrar sua receita na América do Norte. A Danone informou ontem que vai pagar US$ 56,25 em dinheiro por ação da WhiteWave. O negócio ¬ a maior aquisição feita pela empresa nos últimos dez anos ¬ deve impulsionar sua linha de produtos mais sofisticados com marcas que incluem o leite Horizon Organic, o iogurte Wallaby Organic e as saladas embaladas Earthbound Farm, que segundo a WhiteWave são líderes de mercado em suas categorias. O anúncio ocorre quase 18 meses após o diretor¬presidente da Danone, Emmanuel Faber, ter assumido o comando da empresa prometendo levá¬la de volta a um crescimento sustentável, em parte reestruturando seus negócios na China e promovendo ajustes na sua unidade de produtos lácteos frescos. As ações da WhiteWave saltaram 18,6% ontem, para US$ 56,23, na Bolsa de Nova York, praticamente o mesmo valor da oferta apresentada pela 

Danone, já que os investidores apostam que a empresa pode atrair uma proposta mais alta. "Os alimentos embalados estão sob pressão, mas o que eles estão comprando é esse produto alimentício sofisticado", que não está na faixa inferior de preços do mercado, diz Jon Cox, analista da firma europeia de serviços financeiros Kepler Cheuvreux. "Esse mercado está crescendo muito rapidamente na América do Norte e globalmente." É o primeiro negócio de grande porte fechado na Europa desde o referendo de 23 de junho, quando o Reino Unido votou por sair da União Europeia, decisão chamada de Brexit. O resultado da votação desencadeou duas semanas de turbulências no mercado, incluindo uma acentuada depreciação da libra esterlina, que caiu mais de 10% ante o dólar. A iminente saída britânica do bloco está gerando receios de que o apetite por fusões e aquisições diminua no Reino Unido e na Europa e que negócios em andamento possam ser adiados. 

O acordo entre a Danone e a WhiteWave também indica que as multinacionais europeias estão redirecionando o foco de fusões e aquisições para a América do Norte, depois de terem priorizado por muitos anos os voláteis mercados emergentes. "De certa forma, a Brexit reforça a lógica da transação porque ela destaca o valor de grandes negócios em locais estáveis", disse o diretor¬presidente da WhiteWave, Gregg Engles. Nos últimos anos, a empresa americana tem obtido uma das maiores taxas de crescimento no setor, graças à demanda cada vez maior por alimentos saudáveis e orgânicos, a qual vem transformando a indústria alimentícia. Ao contrário do que ocorre em muitas grandes empresas de alimentos, as vendas da maioria dos produtos da WhiteWave crescem na faixa de dois dígitos. No ano passado, a WhiteWave registrou lucro de US$ 168 milhões e receita de US$ 3,9 bilhões. A Danone, cujo portfólio inclui produtos como as marcas de iogurte Activia e Actimel, elevou recentemente suas estimativas para 2016, mas seu desempenho tem sido prejudicado pela desaceleração em mercados emergentes, como Brasil e Rússia. 

A aquisição da WhiteWave fará com que a América do Norte responda por 22% da receita da Danone, ante 12% hoje, dando a ela melhores condições de concorrer com rivais como a suíça Nestlé SA nos EUA. "Isso nos permitirá melhorar o perfil de crescimento da Danone e reforçar nossa solidez através de uma plataforma mais ampla na América do Norte", disse Faber. A WhiteWave surgiu de um desmembramento da Dean Foods, em 2013, e analistas especularam que ela poderia se tornar um alvo para outras empresas de alimentos. Ela também colocou o pé no mercado de fusões e aquisições nos últimos anos, comprando a empresa de alimentos nutricionais Vega e a de lácteos Wallaby Yogurt Co., em 2015. As equipes de gestores da Danone e da WhiteWave se conhecem há 15 anos, disse Faber. Conversas sobre uma possível união ganharam força este ano, quando a Danone definiu um novo comitê executivo e deu sequência à sua reestruturação. A oferta dá à WhiteWave um valor de cerca de US$ 12,5 bilhões, incluindo dívidas e algumas outras obrigações. Os analistas ressaltaram que o preço pago não foi baixo. A Danone está pagando 40 vezes o valor estimado do lucro da WhiteWave em 2017, enquanto as empresas europeias do setor de consumo costumam ser negociadas pela metade desse múltiplo, diz James Edwardes Jones, analista do banco canadense RBC Capital Markets. "É um preço alto, mas obviamente eles estão comprando uma empresa com crescimento muito maior do que o do setor de consumo europeu", diz ele. Os investidores receberam bem a notícia. As ações da Danone subiram cerca de 2% em Paris. A Danone irá financiar a aquisição por meio de dívida e espera ampliar seu lucro operacional em US$ 300 milhões até 2020. Ela registrou lucro operacional de 2,21 bilhões de euros (US$ 2,45 bilhões) no ano passado. (Valor Econômico)

"Plano A é controle de despesas, B é privatização e C é imposto"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propôs como meta para as contas do governo federal em 2017 um déficit máximo de R$ 139 bilhões, sem contar os gastos com juros. Para atingir a meta, suas estratégias incluem de privatizações ao aumento do tributo sobre a gasolina (Cide), do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do PIS-Cofins, que abrange, por exemplo, alimentos como o salmão, um "item de luxo". A seguir, trechos da entrevista concedida à Agência Estado.

A meta fiscal menor acabou surpreendendo?
A medida mais importante foi a redução das despesas. Caso as despesas continuassem com o ritmo dos últimos 16 anos, teríamos déficit de R$ 274 bilhões. Para chegarmos ao déficit de R$ 139 bilhões, consideramos R$ 80 bilhões de cortes. Essa foi a grande alteração.

De onde virá esse corte?
Eles dependem da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que cria um teto para o gasto público. Teremos um limitador importante para saúde e educação, que passam a crescer no mesmo ritmo do teto. Caso se considere que existe possibilidade de a PEC não ser aprovada, aí a correção terá de ser nos demais gastos não previdenciários. Não é um corte de R$ 80 bilhões em cima de um patamar atual. Existe, sim, uma limitação de crescimento, que é de R$ 80 bilhões. É o que seria se as despesas crescessem no ritmo real de 6% acima da inflação.

A PEC garante esse corte?
Garante. Só o controle de despesa levaria a déficit de R$ 194 bilhões. Com a recuperação das receitas, cai para R$ 139 bilhões.

Como será essa recuperação de receitas? Com alta da Cide?
Nos últimos anos, as receitas tributárias têm caído sistematicamente como proporção do PIB. No momento em que há uma recuperação, a curva da confiança reage - o que já está acontecendo. Nossa expectativa é de que isso, no devido tempo, comece a se refletir na arrecadação tributária e portanto haja, em 2017, uma recuperação.

Mas não suficiente...
Teremos privatizações, concessões, outorgas, etc. Elas virão de qualquer maneira. Como virá de qualquer maneira a recuperação da receita. Se chegarmos a 31 de agosto com a conclusão de que há risco de a meta não ser cumprida, podemos ter aumento de impostos.

As privatizações são uma rede de segurança?
Isso. Tem uma segunda rede, que é aumento de imposto. Inclusive alguns de trâmite mais rápido, como a Cide. Ou alguns que dependam do Congresso, como o PIS-Cofins.

O PIS-Cofins seria um aumento para setores específicos?
Existem estudos para setores específicos. Por exemplo, produtos de luxo que estão incluídos na cesta básica, como o salmão.

A discussão é se o salmão é básico ou luxo?
Não é básico. Outro peixe não serve? Digamos, um robalo? É um exemplo de pequeno montante, mas que pode ser aplicado.

O Brasil terá uma nova onda de privatizações?
Sim. É a nossa opinião. Vai muito além do que estamos calculando como meta primária. A geração de receitas para União e Estados é um efeito secundário. Mais importante é aumentar o potencial de crescimento da economia.

O crescimento vem mais rápido do que se está esperando?
É possível, sim. Por isso, estou dizendo que é necessário dar confiança de que a meta será cumprida. E será. Por isso que não temos apenas o plano A, que seria o controle das despesas e o aumento da arrecadação. Além disso, tem as privatizações, que são o plano B, e o plano C, que são os tributos.

A reforma da Previdência está nessa conta?
Vamos por partes. Não está para 2017. Para 2019, também não.

Como o impeachment afeta a sua estratégia?
Não estamos levando em conta esse ponto. No entanto, caso haja recuperação maior da confiança, na hipótese de ser concluído o processo, teremos recuperação maior ainda do que estamos prevendo. (Zero Hora)

 
PIS/Cofins 
A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), divulga as empresas que tiveram os projetos de investimentos de suas associadas aprovados pela antiga Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, e atual Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, para aquisição de créditos presumidos da contribuição PIS/Pasep e da Cofins da aplicação no Programa Mais Leite Saudável. Desde março de 2016 o Diário Oficial da União (DOU) publica as decisões, e as empresas devem ficar atentas aos prazos de vigência dos referidos projetos, muitos dos quais encerram-se em dezembro de 2016. Link para consulta. (G100/DOU)

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