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05/07/2016

Porto Alegre, 05 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.302

 

  Leilão GDT: mercado internacional segue sem grandes variações

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (05/07) apresentou leve queda de 0,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.345/tonelada. O leite em pó integral registrou queda pelo terceiro evento seguido, fechando a US$2.062/tonelada (-1,6%). Na comparação com o mesmo período de 2015, o leite em pó integral não apresenta grande variação, com preços 0,4% acima do apresentado no ano passado.

O leite em pó desnatado, por outro lado, teve a terceira alta seguida, fechando a US$1.938/ton (+2,6). O queijo cheddar apresentou pequena queda de -0,5%, sendo cotado a US$2.902/ton. Foram vendidas 32.500 toneladas de produtos lácteos neste leilão, 2,1% abaixo do volume comercializado no mesmo período do ano passado.

Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram uma expressiva reação para agosto, apontando para alta de 15,4% a um preço de US$2.427/ton. No entanto, para o restante do ano, a previsão é que mercado recue novamente para o patamar de US$2.000 a US$2.100/ton. (A matéria é da Equipe MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

 
 
 
Brasil é destaque em projeções de longo prazo de FAO e OCDE

Em amplo estudo com projeções de longo prazo divulgado ontem, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmaram um cenário de desaceleração da demanda e da oferta globais por produtos agropecuários na próxima década, projetaram uma relativa estabilização das cotações internacionais das commodities agrícolas no período e voltaram a estimar que, nesse contexto, o Brasil tende a ganhar ainda mais participação em alguns de seus principais mercados.

 

No caso da soja, que lidera a produção brasileira de grãos e é um dos itens mais importantes na pauta de exportação do país, FAO e OCDE preveem que a produção nacional deverá alcançar 135,5 milhões de toneladas em 2025, ante um cálculo para 2016 que indica a colheita de 100,2 milhões - esse volume não foi de fato alcançado, por conta de  adversidades climáticas, e está previsto pela Conab em 95,6 milhões. No caso do milho, FAO e OCDE partem de uma base de 83,1 milhões de toneladas neste ano (serão 76,2 milhões, conforme a Conab) e projetam 101,2 milhões de toneladas em 2025.

Entre os produtos de origem animal, os destaques são os previstos aumentos das produções brasileiras de carne bovina (de 9,6 milhões, em 2016, para 11 milhões em 2025); carne de frango (de 13,8 milhões para 16,8 milhões de toneladas) e também deleite (de 31,9 milhões para 39,1 milhões de toneladas). (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
 
Blairo Maggi: nenhum país tem legislação ambiental tão dura quanto o Brasil

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (4) do Global Agrobusiness Forum (GAF 2016), em São Paulo. Ele apresentou aos participantes dados elaborados pela Embrapa apontando que mais de 61,3% do território nacional é ocupado por áreas de preservação ambiental. Isso, na avaliação do ministro, é um passaporte para vender ao mundo a informação de que o Brasil tem a legislação mais dura sobre o assunto. De acordo com a Embrapa, dos 38,7% restantes do território apenas 8% são ocupados por lavoura e florestas plantadas. Outros 19% são destinados à pastagem e 11% de vegetação nativa preservadas em propriedades rurais. Para o ministro, esses dados rebatem as críticas de que a agropecuária brasileira esteja devastando as florestas.

O ministro disse que nenhum país tem uma legislação tão dura quanto a brasileira em relação à preservação ambiental. Com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o percentual preservado nas propriedades privadas poderá aumentar em até 70% em função da regularização das áreas desmatadas. Maggi destacou ainda que as terras indígenas ocupam cerca de 13% do território brasileiro, bem mais do que as áreas destinadas à agricultura. 

Os dados apresentados pelo ministro surpreenderam os produtores rurais e os representantes estrangeiros presentes ao evento. Blairo Maggi ressaltou que é importante que esses números sejam divulgados, especialmente no exterior. "Isso é um patrimônio internacional." Outro ponto destacado pelo ministro é que a agropecuária brasileira vende o produto, mas não o conceito associado a ele. Como exemplo, Maggi citou a sustentabilidade da agricultura nacional. "A Bélgica, por exemplo, vende chocolate, mas não planta cacau. Apenas associa o conceito ao produto".

O presidente Michel Temer fez a abertura do evento e destacou a importância do setor para a economia brasileira. "A agropecuária tem o potencial de tirar o país da crise mais rapidamente do que os demais setores", afirmou Temer. O ministro disse também que o Brasil tem produzido mais utilizando menos espaço. A produção de grãos no país aumentou 220% nos últimos 38 anos, praticamente usando a mesma área, graças ao avanço tecnológico. Maggi afirmou ainda que pretende, nos próximos cinco anos, aumentar a participação do Brasil no mercado internacional dos produtos agropecuários de 7% para 10%. (As informações são do Mapa)

 
 
Preços/AR 
 
Algumas empresas já recebem mais de US$ 2.500/tonelada. A média do mês passado ficou em US$ 2.350/tonelada. Boa notícia: começou a recuperação dos preços de exportação do leite em pó integral argentino a partir de vendas realizadas ao Brasil e Chile.
As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em junho passado foram de 4.975 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.351/tonelada, contra 4.793 toneladas (sem considerar as remessas para a Venezuela) a US$ 2.113/toneladas em maio deste ano. O importante é que 1.310 toneladas registradas no mês passado (26% do total) foram declaradas com cotações acima de US$ 2.500/tonelada. Os maiores preços em junho corresponderam à venda de 10 toneladas da Lácteos Monte Cristo para o Uruguai por US$ 3.000/toneladas; 100 toneladas da Sobrero y Cagnolo (Cremac) para o Brasil pelo valor de US$ 2.800/toneladas; 15 toneladas da Corlasa para o Brasil a US$ 2.700/toneladas; e 500 toneladas da Nestlé para o Brasil pela cotação de US$ 2.626/tonelada. 
 
Também houve registro de vendas realizadas pela filial local da Nestlé de 273 toneladas para o Chile ao preço de US$ 2.576/tonelada; e de 400 toneladas da Sobrero y Cagnolo ao Brasil pelo valor US$ 2.575/tonelada. Os menores valores FOB declarados no mês passado corresponderam às operações da SanCor para a Argélia foram: 176 toneladas a US$ 1.800/toneladas; 92 toneladas a US$ 1.850/tonelada; e 29 toneladas a US$ 1.900/tonelada (nessa região é extremamente difícil competir com as indústrias européias, que ocupam a maior parte do mercado argelino). Em junho a SanCor não declarou o que foi exportado para a Venezuela (em 2016 já foram enviadas 13.608 toneladas para o mercado bolivariano). E junho de 2016 a empresa declarou vendas de 1.105 toneladas ao preço médio FOB de US$ 2.696/tonelada (sem considerar a Venezuela). (Valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
Levantamento mostra 14,6% de desistência 
Dados preliminares da declaração anual de rebanho, da Secretaria de Agricultura (Seapi), indicam redução de 14,6% no número de propriedades que trabalham com bovinos de leite no Estado. Segundo o levantamento, os produtores que declararam ter animais e estar na atividade caí- ram de 54.546 em 2015 para 46.578 em 2016 -- 7.968 produtores a menos. O rebanho leiteiro também teve diminuição de 8,2% no período, recuando de 1,2 milhão para 1,1 milhão de cabeças. A veterinária Daniela Azevedo, fiscal agropecuária do setor de Epidemiologia e Estatística da Seapi, destaca que, até o momento, foram tabuladas 92% das informações recebidas. A Seapi tem até o final do mês para lan- çar todos os dados no sistema. O levantamento consolidado será divulgado no início de agosto. A projeção confirma a percep- ção da Fetag, que vem demonstrando preocupação com o abandono da produção de leite. "Os números mostram que a atividade não está dando o retorno que o produtor espera", avalia o assessor de Política agrícola da Fetag, Marcio Langer, referindo-se à diminuição da rentabilidade. Assistente técnico estadual da Emater, Jaime Ries considera que o número que indica a desistência de quase 8 mil produtores é coerente, mas entende que o universo a ser considerado é maior que o do levantamento da Seapi. Pelos números de 2015 da Emater, levantados por metodologia diferente, o Estado tem 84 mil produtores de leite vinculados à indústria e outros 12 mil informais. (Correio do Povo)
 

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