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04/07/2016

 

Porto Alegre, 04 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.301

 

  Alergênicos nos rótulos: resolução já está valendo

Embalagens de comidas e bebidas devem trazer informações sobre a presença de substâncias que comumente causam alergias. A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovada em junho de 2015, começou a valer ontem. A iniciativa foi aprovada após intensa mobilização de pais e mães que enfrentam dificuldades em identificar quais alimentos seus filhos podem consumir.

As famílias criaram, em 2014, a campanha Põe no Rótulo. A advogada Cecília Cury, uma das coordenadoras, conta que, por muitas vezes, ligava para o Serviço de Atendimento ao Consumidor e o máximo que ouvia era "senhora, leia o rótulo" ou "senhora, não temos a obrigação de dar esse tipo de informação".

- Quando o meu filho teve o diagnóstico de alergia à soja e ao leite, o mais difícil era saber se tinha a possibilidade de o produto conter uma das substâncias às quais ele era alérgico. Agora, o consumidor vai ter a informação disponível o tempo todo no rótulo - comemora Cecília.

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) diz que reconhece como legítimas as demandas do consumidor. Apesar de algumas empresas terem antecipado a mudança nas embalagens, um grupo ligado à indústria alimentícia chegou a pedir o adiamento do prazo para início da vigência da nova norma. A Anvisa negou o pedido. 

CONFIRA NAS PRATELEIRAS:
-Os rótulos deverão informar a existência de 17 substâncias: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas), crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite (de todos os mamíferos), amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, nozes, pecã, pistaches, pinoli, castanhas, além de látex natural.

-Produtos com esses ingredientes devem trazer uma das seguintes informações: "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)", "Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)" ou "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados".

-Nos casos em que não for possível garantir a ausência de alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, o rótulo deve trazer a declaração "Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)". (Zero Hora)
 
 
Francesa Lactalis pretende ampliar quatro unidades de lácteos no RS
Desde que chegou ao Brasil, há três anos, a francesa Lactalis deixou claro que tinha ambições para crescer no mercado brasileiro de lácteos. Captadora hoje de 22% de todo o leite produzido no Rio Grande do Sul, a empresa pretende investir mais de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades gaúchas: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A concretização ainda depende de incentivos tributários, negociados com o governo estadual. - Esperamos ter uma definição até o fim de julho, para começar as obras ainda neste ano - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

A intenção é ampliar as unidades gaúchas para aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também a marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930. Hoje, a multinacional é dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani. A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. No Rio Grande do Sul, tem cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova. Em todo o país, possui 17 unidades industriais de leite e derivados. (Zero Hora)

LEITE/CEPEA: preços de leite ao produtor seguem em alta e sobem 5,1% em junho

O preço do leite UHT atingiu, em junho, o maior patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2010 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/16). O derivado negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo teve média de R$ 3,6476/litro, 24,1% superior à de maio/16. Neste ano, a valorização acumulada é de expressivos 58,5%. Outros lácteos acompanhados pelo Cepea também seguem essa tendência. O queijo muçarela teve média de R$ 18,31/kg em junho, com alta de 14,08% em relação ao mês anterior e de 29,8% no ano.

O impulso vem da baixa oferta de leite no campo, que mantém acirrada a disputa entre laticínios pela matéria-prima. A menor disponibilidade se deve, especialmente, ao período de entressafra e aos elevados custos de produção, que desestimularam muitos produtores. Em junho, o preço do leite pago ao produtor subiu em todos os estados acompanhados pelo Cepea.

Na "média Brasil" (que pondera o valor pelo volume captado nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), o preço médio do leite ao produtor foi de R$ 1,2165/litro (sem frete e impostos) em junho, alta de 5,14% em relação ao mês anterior e 18% maior que o de junho/15, em temos reais. O preço bruto médio (com frete em impostos) foi de R$ 1,3276/litro, aumento real de 18% frente ao mesmo período do ano passado. O aumento na média nacional em junho foi influenciado, principalmente, pelas elevações de 6% no preço de Santa Catarina e de 5,77% em Minas Gerais. As médias líquidas foram de R$ 1,2474/litro no estado catarinense e de R$ 1,2636/litro no mineiro.

O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) teve queda de 1,63% em maio, considerando-se os sete estados que compõem a "média Brasil". A Bahia registrou a maior queda na captação, de 6,87%, seguida por Goiás (-3,37%), Minas Gerais (-2,62%), São Paulo (-2,09%), Santa Catarina (-0,8%) e Paraná (-0,3%). Rio Grande do Sul foi o único estado que registrou ligeira melhora na captação em maio, de 0,73%. Para os próximos meses, a captação deve começar a se recuperar no Sul, devido às forragens de inverno e ao período de safra que começa um pouco antes nessa região.

Nesse cenário, a concorrência para captação por parte das indústrias de derivados lácteos deve seguir acirrada, mantendo os preços do leite em alta. Dos agentes entrevistados pelo Cepea, 97,8% (que representam 99,5% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em julho, enquanto o restante (2,2%, que representam 0,5% do volume) acredita em estabilidade nas cotações - frente ao mês passado, houve diminuição no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. 

Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços em julho. O levantamento de preços pago ao produtor do Cepea é mensal e conta com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/Esalq)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em JUNHO/16 referentes ao leite entregue em MAIO/16.
 

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE. 
 

Exportações/AR

O Brasil receberá mais de 9.000 toneladas de leite em pó em julho da Argentina. A cota de exportação saiu de 3.600 tonelada para 4.3000 toneladas mensais até junho de 2017. Esta semana foi chave para grande parte do setor lácteo da Argentina, principalmente para os exportadores que vinham segurando seus estoques de leite em pó de 2016 e parte de 2015.

O motivo foi o acordo firmado com o Brasil aumentado o teto de exportação de leite em pó de 3.600 toneladas para 4.300 toneladas por mês, de junho de 2016 até junho de 2017, perfazendo um total de 51.600 toneladas no ano. Além disso, foi assinado um compromisso de aprovar todas as licenças de exportação do mês de maio que estavam aguardando o acordo, já que o mesmo tinha sido finalizado em abril. A Apymel participou da negociação e assinou o documento. Pela primeira vez as Pymes tiveram voz e voto em semelhante negociação com o principal destino dos lácteos argentinos. Há anos as discussões eram realizadas entre o setor privado brasileiro e argentino, ainda que do lado brasileiro sempre houvesse gente do governo, para decidir que licenças seriam ou não aprovadas. Desta vez o Governo Argentino através do Ministério da Agroindústria esteve presente, negociando em paralelo com o governo do país vizinho. Finalmente, depois de muitas idas e vindas, esta semana foram aprovadas todas as licenças de maio que chegaram a mais de 5.000 toneladas e as de junho, que são 4.300 toneladas. O baixo regime de exportação de leite em pó para o Brasil de maio e junho fez com o preço finalmente aumentasse, como sucede com todo produto escasso, até chegar a US$ 2.800/tonelada. 

Em julho haverá aumento exponencial do volume exportado, pois, serão incluídas as licenças de maio e junho, num total de 9.300 toneladas. A pergunta lógica seria: se existe pouco produto aumenta o preço, mas, se houver grande oferta? O preço cai em julho? É uma possibilidade. No entanto, é bom lembrar que o Brasil está com grande falta de leite no mercado local. O que a Argentina não exportou nos meses passados, foi feito pelo Uruguai que não tem limites, e aproveitou as circunstâncias. Duplicou o volume de vendas e também aumentou os preços. É preciso levar em consideração. o preço internacional de leite em pó e os custos locais de produção. O preço do leite ao produtor entre 4 e 4,3 pesos não poderia permitir a exportação do leite em pó por menos de US$ 3.100/US$ 3.200 a tonelada. No entanto, ainda que o mercado brasileiro consiga absorver estes preços, precisa ser levado em conta que o mesmo produto pode ser adquirido a US$ 2.118 a tonelada na Nova Zelândia, ou a US$ 2.200 a tonelada, nos Estados Unidos. Adicionando as tarifas alfandegárias do Mercosul de 28%, sairia ao preço médio de US$ 2.800 a tonelada. O frete de qualquer um dos dois países é igual ou mais barato do que mandar um caminhão de Córdoba ou Santa Fe. Definitivamente, o teto do preço do leite para o Brasil estará condicionado ao preço internacional mais o imposto extra do bloco. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)
 

Rural Show realiza apresentações nativistas no próximo final de semana
Durante a 8ª edição do Rural Show - evento voltado para a agricultura familiar -, a comunidade de Nova Petrópolis poderá prestigiar dois grandes shows nativistas. Na sexta-feira, 8 de julho, acontece a apresentação da dupla César Oliveira e Rogério Melo, e no sábado, 9, quem se apresenta é o cantor Joca Martins. Os shows, acontecem às 20h30min, na Praça das Flores. A entrada é gratuita. O Rural Show 2016 inicia na próxima quinta-feira, 7, às 9h, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis. Nesta edição, serão abordadas e apresentadas inovações acessíveis ao agricultor, especialmente aquele que atua nas áreas de horticultura, fruticultura e gado de leite. Também serão realizadas diversas atividades, como: exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre as entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa e apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas. Além disso, será criado um espaço exclusivo no local para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado. O evento, que encerra no domingo, dia 10, é promovido pela Cooperativa Piá, em parceria com a Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar. (Assessoria de Imprensa Piá)

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