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30/06/2016

 

Porto Alegre, 30 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.299

 

 Setor lácteo opina sobre o Brexit

O Reino Unido (UK) aprovou a saída da União Europeia (UE), mas, com profundas divisões regionais, Gibraltar, Escócia, e Irlanda do Norte votaram pela permanência na UE. O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, na Conferência extraordinária logo após a decisão, disse que o PE se reunirá até terça-feira "para avaliar os resultados do referendo e elaborar os passos necessários das instituições europeias, especialmente o próprio PE. Com base no artigo 50 do tratado, o Parlamento estará completamente envolvido nas próximas etapas". "A linha do PE é bastante clara - estamos muito tristes com a decisão dos eleitores do Reino Unido, mas, foi a expressão da soberania da vontade dos britânicos de deixar a UE. Isto é um momento difícil para ambos os lados", acrescentou.

Nação de comerciantes
Em termos de negócios, Christian Verschuere, Diretor geral do EuroCommerce disse, "Este é um dia triste, mas também um alerta para a Europa e para a futura linha de atuação da UE. Devemos respeitar a vontade do povo britânico, mas, perderemos um país liberal e com visão de futuro, que tem sido uma força motriz no mercado interno, possui os melhores regulamentos e tem um comércio global aberto. "A Grã-Bretanha é uma nação de comerciantes, e o dinamismo do varejo é uma liderança em inovação tanto nas ruas como online". No trabalho "Exportando Lácteos para o Mundo" Lácteos britânicos, publicado em janeiro de 2016, foi observado que as exportações do Reino Unido para fora do bloco comunitário cresceram 91% em volume em relação aos últimos cinco anos, até o final de 2014. Durante esse mesmo período, o volume de exportações dentro do bloco aumentou 28%. Em 2014 o valor das exportações de lácteos totalizaram £ 1,3 bilhão.

Comentário da indústria
Dr. Judith Bryans, Diretor Executivo da Dairy UK disse: "A indústria láctea do Reino Unido é adaptável, resiliente e determinada, com habilidades de inovação para muitos desafios encontrados. A indústria de laticínios do Reino Unido não tomou partido nesse debate porque sabemos, que independente do resultado, precisamos continuar operando no mercado global de lácteos e demonstrar nosso compromisso inabalável não apenas de vender, mas, levar o melhor do setor lácteo britânico". Bryans disse que o Setor Lácteo do Reino Unido continuará a cooperar com o Governo do país, administrações regionais e organizações relevantes para promover os interesses do setor lácteo do Reino Unido e ajudar a indústria agro alimentícia seguir na direção certa. Temos uma indústria de alto padrão que entrega produtos de qualidade internacional e nosso pessoal tem a ambição e a determinação de obter sucesso.

Arla comprometida com o Reino Unido
A Arla Foods, com sede na Dinamarca, mas com operações no Reino Unido, disse que o resultado será crucial para a Arla, já que o Reino Unido é o maior mercado da companhia. Peter GiØrtz-Carlsen, chefe da Rala Foods na Europa, disse: "Estamos desapontados com o resultado do referendo. No entanto, respeitamos a decisão daqueles do Reino Unido, que, em última análise, escolheram sair. Temos, continuamente, apoiado o bom funcionamento e o fortalecimento da UE, que se concentra em garantir a continuação da livre circulação de mercadorias, serviços, pessoas e finanças. "No entanto, vamos trabalhar com o governo do Reino Unido e outras partes envolvidas para apoiar, na medida do possível, o ambiente pós-Brexit". A Arla disse que focará em minimizar algum potencial impacto negativo em seus negócios como resultado do Brexit e preservar o livre comércio entre o Reino Unido e a UE, tão importante para os negócios da companhia. "As consequências do Brexit dependerão das negociações subsequentes entre a UE e o Reino Unido que levarão dois anos para se completarem. Para a Arla, é importante que o tratado seja estabelecido sem cotas de importações e exportações ou tarifas que irão limitar a livre circulação. Acompanharemos essas negociações de perto e a Arla terá planos para mitigar os efeitos, mas é muito cedo para comentar diferentes cenários que poderão surgir", disse GiØrtz-Carlsen.

Efeitos de curto e longo prazo
A indústria de laticínios possui 12.700 associados em sete Estados Membros da UE, sendo 2.700 britânicos. Aproximadamente 80% das vendas totais da Arla são geradas na UE e mais de 25% desse valor é gerado no Reino Unido. "Muitos de nossos negócios no Reino Unido são baseados na produção local. No entanto, para colocar os 13 bilhões de quilos de leite satisfatoriamente, é indispensável que nossos produtos possam circular livremente através dos mercados nos quais operamos", acrescentou GiØrtz-Carlsen. A Arla disse que apesar dos novos desafios para a Arla e outras companhias depois do Brexit, os resultados do referendo não reduzem a importância do mercado do Reino Unido para a Arla. "O Reino Unido pode decidir deixar a UE, mas permanece um mercado importante para a Arla", conclui GiØrtz-Carlsen.

Reação do governo dinamarquês
Martin Bille Hermann, o Secretário de Estado da Dinamarca disse: "Estou triste com a decisão dos britânicos de saírem. Agora em vez de falarmos sobre questões como criação de empregos e controle eficiente da migração, falaremos sobre a saída do Reino Unido. O recado britânico é claro - os políticos do Reino Unido obtiveram o resultado que queriam - agora viverão de acordo com ele. "A Dinamarca é membro da União Europeia e continuará a ser. Pesquisas mostram que a Dinamarca quer isso. Juntos somos mais fortes, do que separadamente".

Reino Unido mercado importante para a Danone
A francesa Danone, que opera no Reino Unido, também comentou: 'O Reino Unido é um mercado importante para a Danone - um dos top 10 - e temos uma indústria com cerca de 1.200 empregados trabalhando lá. Estamos comprometidos com nossos negócios no Reino Unido. Nosso objetivo é mitigar os efeitos sobre nossa política e continuaremos monitorando o impacto. É muito cedo para quantificar, em termos de comércio, custos e preços, mas, podemos dizer que nosso objetivo é utilizar instrumentos necessários para continuarmos competitivos".

Sem discussão
O Grupo Müller, que tem operações no Reino Unido e também no continente europeu, disse: "O resultado da votação não é um problema que gostaríamos de tomar uma posição pública. Nosso foco é elaborar e disponibilizar produtos de qualidade para nossos clientes e consumidores".

Posição da Nestlé é similar
"Observamos o resultado do referendo do Reino Unido e a decisão do eleitorado britânico de deixar a União Europeia. As consequências práticas da decisão ficarão mais claras nos próximos meses. A Nestlé continuará operando normalmente e irá acompanhar de perto a evolução", disse um porta-voz.

NFU vê incertezas
A Cargill disse ao FoodNavigator que embora acredite que tenham distintas vantagens para que o Reino Unido e países membros se mantenham juntos na União Europeia, "a prioridade agora é monitorar de perto a situação e assegurar que nossos interesses comerciais sejam protegidos nos próximos meses, enquanto a situação se desenrola". O presidente da NFU, Meurig Raymond disse: "O voto para deixar a União Europeia levará, inevitavelmente, a um período de incertezas em inúmeros áreas que são de vital importância para os agricultores britânicos. A NFU se envolverá plenamente e de forma construtiva com o governo britânico para construir novos arranjos, e isto precisa ocorrer o mais rapidamente possível. Nossos membros, com razão, querem conhecer o impacto em seus negócios com urgência. Entendo que as negociações tomarão muito tempo para serem concluídas, mas, é vital que se estabeleça desde o início um compromisso de que a agricultura britânica não será prejudicada. É de suma importância que a agricultura britânica continue rentável e competitiva, e sendo o alicerce para indústria de alimentos, o maior setor da indústria da Grã-Bretanha". Em 2014, de acordo com o NFU, os principais destinos dos alimentos do Reino Unido, exportações de bebidas e ração animal foram Irlanda (£ 3.4 bilhões), França (£ 2,1 bilhões), Estados Unidos (£ 1,9 bilhões), Holanda (£ 1,3 bilhões) e Alemanha (£ 1,2 bilhões. No mesmo período as importações de alimentos, bebidas, e alimentação animal vieram, principalmente, da Holanda (£ 4,9 bilhões), França (£ 4,2 bilhões), Irlanda (£ 3,8 bilhões) e Alemanha (£ 3,7 bilhões).

Copa & Cogeca
Copa & Cogeca disseram que o Brexit marca um dia triste para os agricultores da União Europeia e do Reino Unido. "Trabalhamos para assegurar que a comunidade agrícola não pague o preço da política internacional", diz um comunicado. O secretário geral da Copa & Cogeca, Pekka Pesonen disse que o ponto chave será o de evitar quaisquer outras perturbações no mercado agrícola europeu, dada a importância dos laços nas relações econômicas e da atual crise do mercado agrícola". Mais da metade das exportações de alimentos e bebidas do Reino Unido, atualmente, vão para a União Europeia, e o Reino Unido é também um grande mercado para exportação de alimentos e bebidas de outros Estados Membros, disponibilizando aos consumidores europeus boas escolhas, diversificação e produtos de qualidade. Vamos trabalhar arduamente para garantir que as comunidades agrícolas da União Europeia ou do Reino Unido não sejam os únicos a pagar o preço dos impactos da política internacional e minimizar prejuízos sobre o comércio", disse Pesonen.

Nenhuma mudança para o Red Tractor - por enquanto
O Presidente-Executivo, David Clarke, da Assured Food Standards [Padrões de Segurança Alimentar], disse que o Brexit, por enquanto, significa negócios dentro dos padrões Red Tractor Assurance. "O Reino Unido permanece membro da União Europeia no futuro imediato e é preciso aguardar com atenção os termos dos tratados que o Governo do Reino Unido será capaz de negociar com os parceiros comerciais da Europa para mais adiante.

Baby Milk Action
Patti Rundall, da Baby Milk Action, disse que a rede Internacional Baby Food Action, IBFAN (da qual a Baby Milk Action é membro), tem muita razão de reclamar da UE e gastar mais de 30 anos tentando melhorar os padrões. No entanto, ela disse que de acordo com sua perspectiva, era "muito mais importante ficar no bloco e continuar para aperfeiçoar, do que sair". Ela disse que as leis da UE para o comércio de fórmulas e alimentos infantis e as regras de transparência que regem a EFSA, que o IBFAN ajudou a elaborar, "embora não sejam tão severas como deveriam ser, são melhores que nada - e melhoraram a segurança de alimentos para bebês e controlam um pouco o marketing prejudicial".

Incertezas dos analistas
As incertezas ecoaram entre os analistas do Euromonitor International. Sarah Boumphrey, líder global de economia e consumidores do Euromonitor disse: "Uma palavra-chave continuará pairando sobre a economia britânica: incerteza. A incerteza também irá em direção da própria União Europeia - O Reino Unido tem um papel significativo na UE, tanto econômica, como demograficamente. Os economistas eram quase que esmagadoramente unânimes em suas opiniões sobre o Brexit - isso iria prejudicar a economia do Reino Unido". Ela acrescenta que a extensão dos danos tem sido mais difícil de avaliar. "Apesar do elevado receio da recessão de imediato, nosso modelo macro mostra queda de 2% no crescimento do PIB ao longo dos cinco anos pós Brexit, com um enorme impacto em 2017".

Preocupações da União Europeia
No entanto, de acordo com o Euromonitor, a incerteza acompanhará também a própria União Europeia. O Euromonitor diz que o Reino Unido tem um papel significativo na União Europeia, tanto econômico, como demograficamente. Ele diz que em 2015 o Reino Unido foi o a segunda maior economia da União Europeia - atrás da Alemanha. Também é uma das grandes economias da UE, contribuindo com 35% do crescimento econômico do bloco entre 2010 e 2015. O Reino Unido é o maior mercado consumidor do bloco e é responsável por um de cada cinco dólares gasto na UE. E também é responsável pelo rápido crescimento de 56% das despesas de consumo desde 2010.

Modelo Euromonitor
De acordo com o Modelo de Previsão da Indústria do Euromonitor, olhando a previsão do crescimento do volume, em um cenário Brexit, os setores de alimentos embalados do Reino Unido mais prejudicados serão: confeitaria, pratos prontos e snacks. Os lácteos terão melhor desempenho do que outros setores. Boumphrey disse que a incerteza que irá se abater sobre o Reino Unido, pelo menos nos próximos dois anos, é um dos maiores desafios das empresas. "Isso afetará indubitavelmente o sentimento dos negócios, pressionando para baixo os investimentos e afetando a confiança do consumidor. Haverá um impacto direto sobre a libra, e isso pode elevar a inflação. Então dependendo da base de custos dos negócios isso pode ter um efeito negativo - embora para os exportadores britânicos a moeda fraca possa ser uma benção. Decisões estratégica e operacional serão necessárias para decidir onde estabelecer as operações da empresa. É pouco provável que as operações atacadistas sejam removidas, mas, relocação (geográfica) dos investimentos é desejável".

Nenhum impacto sobre os gastos
Boumphrey disse que o Modelo de Previsão da Indústria do Euromonitor não aponta grande impacto nos gastos dos consumidores. "As categorias mais afetadas serão itens discricionários - como por exemplo, confeitaria. Staples não são guiados por mudança de renda. Por isso não é esperado um impacto cataclísmico no gasto do consumidor". No caso das empresas exportadoras do Reino Unido, Boumphrey diz que elas deveriam "evitar reações automáticas e ficarem calmas, tomando medidas inadiáveis. O Reino Unido não deixará a União Europeia da noite para o dia. Repassar o peso do aumento de preços diretamente para os consumidores finais não é uma escolha fácil". Ela observa que a economia do Reino Unido poderá se manter incerta pelos próximos dois anos enquanto ocorrem as negociações de saída. "O "Desconhecimento" será o maior desafio, tornando difícil as empresas se protegerem. Penso que uma abordagem cautelosa para investimentos será prudente até que a poeira abaixe e exista um rumo nas negociações". (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)

 
FrieslandCampina 

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru, em julho de 2016 é de £ 25,00/kg. É o mesmo preço que foi garantido em maio de junho deste ano. A demanda por leite continua estável. Nas últimas semanas a produção de leite na União Europeia (UE) caiu, logo depois do pico sazonal em maio. Resultado, desde então, as cotações mostram ligeira tendência ascendente.
 
  

Os preços de 100 kg de proteína, matéria gorda e lactose, £ 408,10, £ 204,05, e £ 40,81, respectivamente, são os mesmos dos dois meses anteriores. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)


 

Plano Safra Gaúcho dispõe de R$ 3 bilhões

Com recursos de R$ 3 bilhões do sistema financeiro estadual - Banrisul, Badesul e BRDE -, foi lançado ontem no Palácio Piratini, o Plano Safra Gaúcho 2016/2017. São R$ 2,1 bilhões do Banrisul, R$ 550 milhões do BRDE e R$ 350 milhões do Badesul. O montante total destinado pelo governo estadual é recorde. Em 2015, o Plano Safra Gaúcho disponibilizou R$ 2,8 bilhões, volume superior ao do ano anterior: R$ 2,74 bilhões. Dos R$ 2,1 bilhões que podem ser aportados via Banrisul, R$ 1 bilhão é destinado para custeio, R$ 600 milhões para comercialização e R$ 500 milhões para investimento. Estão previstos financiamentos para agricultores familiares (Pronaf), médios produtores (Pronamp) e agricultores empresariais, cooperativas, agroindústrias, beneficiadores, cerealistas e demais empresas do setor. 

A maior parte das operações envolvendo os R$ 500 milhões disponibilizados pelo BRDE são relacionadas a projetos de irrigação e de armazenagem; aquisição de máquinas e equipamentos; pesquisas e tecnologia; obras civis; e projetos sanitários e ambientais. Recursos para compra de máquinas, equipamentos e implementos também podem ser financiados dentro dos R$ 350 milhões viabilizados pelo Badesul, que ainda oferece linhas de crédito para projetos de açudes, correção de solo e armazenagem. "Este Plano Safra recorde é fruto de um esforço do governo. Apesar do momento de dificuldades, demonstra a crença no setor que contribui para o desenvolvimento da economia do Rio Grande do Sul. 

Estes recursos estarão à disposição no sistema financeiro estadual a partir de 1 de julho para que os agricultores já comecem a pensar na safra de verão", anunciou o governador José Ivo Sartori. O governador elogiou o trabalho integrado das secretarias da Agricultura, Pecuária e Irrigação e do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo. "A união, a construção coletiva e a articulação em favor do crescimento são premissas do nosso governo. Assim reafirmamos nosso compromisso com os produtores rurais e com o desenvolvimento no campo", afirmou. 

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirmou que viabilizar recursos aos produtores, por meio das instituições financeiras, "é investir no retorno imediato na economia do estado". 
O secretário do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, disse que o Plano Safra permite aos produtores planejar seus investimentos e até ampliá-los. "Para os pequenos produtores, representa investimento em tecnologia para aumentar a produção. " Representando os produtores rurais, Vinícios Ivan Andreazza, 19 anos, contou como financiamentos obtidos nas linhas do Plano Safra mudaram a realidade da propriedade da família. "Com o foco na qualidade, fiz cursos e adquirimos tecnologia. Aumentamos a produção e hoje temos sete funcionários. "

O presidente da Cooperativa Mista São Luiz (Coopermill) de Santa Rosa, Joel Antônio Capeletti, destacou a importância destes recursos para o sistema cooperativo. O superintendente do Banco do Brasil (BB) no Rio Grande do Sul, Edson Bündchen, adiantou que, até o final do ano, o BB deve liberar R$ 10 bilhões para o agronegócio gaúcho. Do total de recursos disponibilizados pelo governo federal, 62% são financiados pelo Banco do Brasil e o RS fica com 20% do montante total desembolsado pelo BB. (Jornal do Comercio)
 

Laboratório credenciado
O Ministério da Agricultura publicou ontem portaria que suspende o cancelamento do credenciamento do laboratório Unianálises, da Univates, de Lajeado. Desde novembro do ano passado, estavam suspensos os ensaios das áreas de Microbiologia em Alimentos e Físico-Química de Produtos de Origem Animal. Com a medida, o laboratório está novamente credenciado para análise de amostras oficiais. O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Mauro Rockenbach, disse que a medida reabre as condições de monitorar com mais precisão a qualidade do leite gaúcho. (Correio do Povo)
 
 

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