Porto Alegre, 24 de março de 2023 Ano 17 - N° 3.867
Com 22 anos de atuação na captação de leite e na indústria, a Laticínios Deale, associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), inaugura, no dia 1ª de abril, sua primeira filial de produção no município de Aratiba (RS). Com capacidade de produção para 250 mil litros de leite ao dia, a nova fábrica foi instalada na comunidade da Linha Liso. Desde outubro do ano passado em funcionamento, a unidade é focada em queijos finos, como prato, cobocó, coalho, gruyère, parmesão, tropical, queijo ralado, além de nata e creme. A planta gerou até o momento 60 postos de trabalho.Segundo o diretor da empresa, Alexandre do Santos, o movimento de expansão está ligado ao processo de segmentação das fábricas. A matriz, que completa 12 anos no dia da inauguração da filial de produção e está localizada em Almirante Tamandaré do Sul (RS), será destinada apenas para fabricação de produtos filados. “Dessa forma, temos um trabalho mais eficiente, com menos setup de máquina e mais automatização. Além disso, aumentamos a produção, ganhamos em competitividade e eficiência”, afirma. Em Aratiba, a fábrica conta com uma linha de produção totalmente automática. A Deale tem outras duas filiais de recebimento de leite nos municípios de São Martinho e Catuípe, ambos no RS.
Presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destaca que “o leite é uma das principais atividades agropecuárias do Estado e a expansão de indústrias no setor valoriza a produção local, gera empregos e fortalece a economia da região. Parabéns a Deale”.
Presente com seus produtos em quase todos os estados do Brasil, com um centro de distribuição em Brasília e outro em São Paulo, a Deale possui habilitação Halal e tem produtores em mais de 90 municípios gaúchos. A ideia inicial da empresa, lembra Dos Santos, era adquirir uma planta em Santa Catarina. “Em meados de 2014, quando seguíamos em direção a Itá, em SC, passamos por Aratiba e pedimos informações para um leiteiro. Ele pegou o meu cartão e passou para o prefeito da cidade que me chamou e me incentivou a ficar na região”, relembra. O convite foi fortalecido pelo fato de Aratiba estar em uma região estratégica, com uma forte bacia leiteira e pequenos produtores. (Assessoria de imprensa Sindilat RS)
Pelo quarto ano seguido, Cooperativa Piá reduz percentual de endividamento
Reunidos em assembleia ordinária online nesta sexta-feira (24), os associados da Cooperativa Piá aprovaram o balanço de 2022. A cooperativa registrou um faturamento de R$ 605,1 milhões no ano passado, com um resultado operacional negativo de R$ 62,6 milhões. Apesar do resultado, a cooperativa conseguiu reduzir o percentual de seu endividamento sobre a receita para 12,7%, contra 15,2% do ano anterior. É o quarto ano consecutivo que a Piá reduz este percentual, que chegou a ser de 20,7% em 2019.
De acordo com o presidente Jeferson Smaniotto, a redução do endividamento é resultado da reestruturação que a cooperativa vem fazendo nos últimos anos, priorizando o pagamento em dia de seus produtores e funcionários. Como parte deste choque de gestão, a Piá reduziu o número de colaboradores em 20,5%. No final de 2021, eram 767 funcionários.
Jeferson Smaniotto diz que o resultado “não compromete a operação da cooperativa e nem onera o associado que mantém relacionamento com a Cooperativa”. Durante a assembleia, ele destacou a instabilidade do mercado leiteiro no Rio Grande do Sul no último ano, com o aumento da competição. Mesmo assim, a Piá captou um total de 101 milhões de litros de leite fornecidos por 1.302 produtores. Já os fornecedores de frutas para a produção de doces e iogurtes chegaram a 282.
Na assembleia também foram eleitos os novos integrantes do Conselho Fiscal: Gerson Haas, Leonardo gomes de Oliveira e Juliana Ferreira Thiesen.
A Cooperativa Piá fechou o ano de 2022 com um total de 20.336 associados. (Insider2 Comunicações)
Consumo de concentrados de proteínas cresceu 25% no Brasil em 2022
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres – ABIAD, divulgou boletim econômico que mostra o resultado do setor de alimentos para fins especiais em 2022.
No acumulado do ano, houve aumento no consumo aparente (produção local mais importações, menos exportações) de concentrados de proteínas em 25%, quando comparado ao mesmo período de 2021. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE.
De modo geral, o setor cresceu, com o consumo aparente de alimentos para fins especiais registrando alta de 3,5% no último ano. O número foi impulsionado pelo aumento de 13,4% em bebidas dietéticas e 11,5% nos adoçantes no mesmo período. O desempenho positivo do mercado reflete a melhora econômica do país em 2022, que teve crescimento de 3% do PIB, o segundo ano consecutivo de alta.
“Mesmo sendo um ano desafiador, ainda devido aos efeitos socioeconômicos da covid-19, juntamente com questões geopolíticas externas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o ano de 2022 alcançou crescimento, seguindo a recuperação observada em 2021. Temos diversos indicadores, como na geração de empregos, que mostram que o setor já está em níveis melhores do que os observados em 2019, momentos antes da crise pandêmica”, analisa Thaise Mendes, presidente da ABIAD.
Outro ponto de destaque é a geração de empregos nos segmentos ABIAD. Até dezembro de 2022, foram abertas 7.327 vagas, um crescimento de 4,7% em relação ao registrado em 2021. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostram que o total de empregados no setor é de 164.393.
Elevação também nas importações
Outro dado relevante no segmento de alimentos para fins especiais e congêneres, no acumulado do ano, foi o de importações, que registrou crescimento de 8,5% em relação a 2021, um total de US$ 815,1 milhões. Como destaques, os “concentrados de proteínas e outras preparações” e “adoçantes”, com 49% e 60% de aumento, respectivamente. Além disso, de janeiro a dezembro de 2022, as importações de bebidas dietéticas ou de baixas calorias cresceram 75% em relação ao mesmo período de 2021, representando um montante de US$ 195,2 milhões. Os dados são da Comex Stat, com consolidação da Websetorial.
As informações são do Food Inovation, traduzidas e adaptadas pela equipe Milkpoint.
Jogo Rápido
A próxima semana será úmida e ocorrerão chuvas significativas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 12/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Nesta sexta-feira (24), a presença de uma massa de ar quente e úmido manterá a temperatura elevada, com grande variação de nuvens e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, especialmente no Oeste e Noroeste. No sábado (25) o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de novos temporais. No domingo (26), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão chuvas isoladas na Metade Norte. Na segunda (27), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo Estado. Na terça (28) e quarta-feira (29), o ingresso de ar úmido provocará maior variação de nuvens, com períodos de céu encoberto e possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões. Os totais esperados deverão oscilar entre ser inferiores a 20 e 40 mm na maioria dos municípios do RS. Na Fronteira Oeste, Planalto, Vales do Taquari e Rio Pardo, Região Metropolitana, Serra do Nordeste e Litoral Norte os volumes simulados são mais elevados e deverão oscilar entre 45 e 65 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria clicando aqui. (SEAPDR)