Porto Alegre, 20 de março de 2023 Ano 17 - N° 3.863
Uruguai – Crescem as exportações de lácteos e a importância do Brasil
Exportações/UR – O faturamento com a exportação de produtos lácteos nos dois primeiros meses do ano aumentou 14% em relação ao mesmo período de 2022, que foi recorde. Os melhores preços explicam o aumento, pois em volume o crescimento foi de 4,3%, chegando a 40.232 toneladas.
Entre janeiro e fevereiro de 2023 foram exportados US$ 158,6 milhões, frente aos US$ 139,3 milhões de 2022, tendo o Brasil como o destino mais importante.
Em divisas, cresceu 36% a exportação de queijos e 14% a exportação de leite em pó integral, enquanto que houve queda de 39% nas remessas de leite em pó desnatado.
Os preços médios em relação a 2022 aumentaram 20% para queijos, 16% para leite em pó desnatado, 12% para manteiga e 1% para leite em pó integral.
O Brasil se consolida como o principal cliente, posto que alcançou em 2022, deixando para trás Argélia e China.
Em 2021 o Brasil foi o destino de 19% das compras de lácteos e em 2022 subiu para 26%, acima da Argélia (23%) e da China (10%).
O Brasil comprou 16 mil toneladas de produtos por US$ 63 milhões nos dois primeiros meses deste ano.
No decorrer de 2023, até o dia 10 de março, o peso do Brasil cresceu para 36%, enquanto que a Argélia caiu para 15%, a Rússia ficou com 8% e deixou a China ainda mais para trás, com menos de 6%.
Nos últimos 12 meses móveis o faturamento do setor está em seu maior valor desde 2013. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Leite/América do Sul
Produtores da América do Sul continuam enfrentando os desafios climáticos, embora eles variem em grau e intensidade de uma região para outra.
No Brasil, as fortes chuvas atrasaram o plantio de milho. A longa duração da seca na Argentina e Uruguai, apesar das recentes expectativas de padrões neutros do tempo, ainda afetam a disponibilidade de pastagens e ração agora e no futuro.
Devido a uma série de fatores, as importações de commodities lácteas pelo Brasil, especialmente de leite em pó desnatado (SMP), caíram no início de 2023, depois de grande atividade no segundo semestre de 2022. Os exportadores avaliam procurar outros parceiros globais, caso os importadores brasileiros continuem reduzindo as compras. Os estoques podem se tornar uma preocupação. O aumento dos custos da ração, devido ao clima inclemente, deve manter a produção em baixa.
Analistas da região informam que há estabilidade nas negociações de SMP, atualmente. No entanto, as exportações uruguaias de queijo, soro de leite e WMP estão firmes neste início de ano. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Outono começa nesta segunda-feira no Hemisfério Sul
No Brasil, estação se caracteriza pelas chuvas mais escassas no interior do país e massas de ar frio no Sul e Sudeste
O outono no Hemisfério Sul começa às 18h25 (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (20) e termina às 11h58 (horário de Brasília) do dia 21 de junho. Estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente no Brasil Central, o outono se caracteriza pelas chuvas mais escassas no interior do país, especialmente no semiárido nordestino, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Já na parte norte das regiões Nordeste e Norte, ainda é época de muita chuva, principalmente, se houver a persistência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao sul de sua posição climatológica.
O outono também é caracterizado por incursões de massas de ar frio vindas do sul do continente, que provocam a queda das temperaturas do ar, principalmente, na Região Sul e em parte da Região Sudeste.
Durante a estação, é possível observar as primeiras formações de fenômenos adversos, como nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul, e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até no sul de Goiás.
Confira o Prognóstico Climático de OUTONO/2023 para todas as regiões AQUI. (As informações são do MAPA)
Jogo Rápido
A diminuição do número de vacas e novilhas na Espanha deixa claro que os produtores não estão dispostos a continuar produzindo com prejuízo e que preferem vender seus animais para carne a continuar tomando empréstimos para que a indústria e a distribuição possam continuar mantendo suas margens. Em março de 2023, o censo bovino leiteiro da Espanha foi de 784.846 vacas, o que representa uma queda de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior e em relação ao mês imediatamente anterior, observa-se uma queda de 0,3%. Já são 25.642 vacas a menos. Em relação ao censo de novilhas, em março de 2023 atingiu 271.142 animais, o que representa um aumento de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma queda de 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior. No ano passado também desapareceram 7% dos pecuaristas -790 fazendas- e embora alguém possa pensar que essa tendência seria corrigida com o preço pago durante o mês de janeiro, a realidade é bem diferente e nesse mês foram fechadas outras 90 fazendas, 3 por dia. A queda no número de fazendas e a diminuição do censo de vacas e novilhas tiveram um efeito claro na produção registrada em 2022 com queda de 2,2%, apesar dos aumentos de preços registrados no último trimestre de 2022. A decisão da indústria, da distribuição e dos consumidores nesse sentido fará com que o setor continue avançando e ainda haja leite nas gôndolas. (As informações são da Agaprol, traduzidas pela Equipe MilkPoint)