Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2023 Ano 17 - N° 3.838
UE – O preço do leite de vaca inicia o ano perdendo 0,5 euros
Os primeiros dados divulgados pelo Observatório do Mercado do Leite de Vaca na Europa, referente ao mês de janeiro de 2023, mostram queda de 0,5 euros, fechando em € 56,97/100 kg.
É o segundo mês consecutivo de queda, interrompendo a tendência de alta que vinha desde janeiro de 2021.
Apesar da ligeira redução, houve aumento de 36,2% em relação a janeiro de 2022, quando o valor médio foi de € 41,81.
Entre os principais produtores, Irlanda, Polônia e, especialmente, a Holanda foram os que registraram quedas em janeiro. Os irlandeses perderam 0,6 euros em relação a dezembro, e receberam o preço médio de € 68,37/100 kg, e é o maior valor da União Europeia (UE). Vale lembrar também que é 48,5% superior ao preço de um ano atrás. Os produtores de leite da Polônia tiveram queda de 0,8 euros e receberam a média de € 58,55/100 kg, 46% acima do preço de um ano atrás, quando o preço foi de € 40,09/100 kg. Finalmente, cabe destacar o caso da Holanda, onde a redução em relação a dezembro de 2022 foi de 2,5 euros, para o preço médio de € 60/100 kg, 33% maior do que o valor de janeiro de 2022, quando o preço foi de 45 euros.
Do lado positivo, está o aumento do preço na França, +0,3 euros, para chegar a € 49,86/100 kg, o país onde a taxa de aumento interanual foi a menor, 22,4%.
A Alemanha, o maior produtor da UE, registrou preço de € 57,88/100 kg, com crescimento de 34,5% em relação a janeiro de 2022, quando o preço foi de € 43,03. Desempenho similar ocorreu na Itália, onde os produtores receberam € 57,40/100 kg, o mesmo valor de dezembro, ganhando 45,3% na comparação interanual.
Finalmente, vale destacar que na Espanha, o preço médio foi de € 57,96/100 kg, o que representou aumento de 60,55% sobre janeiro de 2022, quando o valor era de € 36,02/100 kg. Fonte: Agronews Castilla y Leon – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Tudo começou no dia 1º de fevereiro de 2001. A Sooro Renner iniciou suas operações na cidade de Marechal Cândido Rondon – no Oeste do Paraná. Com uma estrutura simples, a planta processava cerca de 150 mil litros de soro fluido por dia, contava com uma equipe de 13 colaboradores e a produção estava voltada apenas a soro concentrado.
Para o fundador e Diretor-Presidente da Sooro Renner, William da Silva, os 22 anos de atividades bem-sucedidas são resultados de investimentos constantes em tecnologias e em pessoas. "Éramos uma pequena indústria e agora somos a gigante do setor lácteo na América Latina, trabalhamos muito para chegar até aqui e não vamos parar. Sempre focando em investimentos, tecnologias e no capital humano”.
Em mais de duas décadas a produção tomou proporções surpreendentes. Atualmente, a Sooro Renner possui três plantas: uma em Marechal Cândido Rondon - Paraná; uma em Estação - Rio Grande do Sul e um Centro de Distribuição em Campinas - São Paulo. A capacidade de produção anual total de todas as plantas é de 88 mil toneladas ano; já a capacidade de processamento por dia de soro de leite fluído equivale a mais de 4 milhões de litros. Para atingir esse índice de produção, a Indústria conta com os trabalhos de mais de 500 colaboradores.
EVOLUÇÃO NO MERCADO
Nutrição esportiva, ingredientes e nutrição animal integram os segmentos de atuação da Sooro Renner. Indústria é precursora no Brasil na produção de Whey Protein Concentrado 34%, 60% e 80% e a primeira da América Latina a produzir Whey Protein Isolado, além da planta de produção de Permeado Non Caking que é uma das maiores do mundo. Além disso, a Indústria também produz o Whey Protein Microparticulado, produto este estável a tratamentos térmicos de alta temperatura, que entra no portfólio em 2023 para atender as demandas do mercado.
No ano em que a Sooro Renner completa 22 anos de atuação, o mercado pode esperar novos avanços: existem vários projetos em desenvolvimento pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Sooro Renner. Todavia, a tendência é que a empresa priorize o aumento da capacidade de produção e busque a consolidação de mercado através da oferta de um mix de produtos mais consistente, baseado em produtos de maior concentração de proteínas e, consequentemente, também uma maior oferta de Permeado de Whey.
UM FUTURO PROMISSOR
“Na minha percepção, por meio do privilégio de fazer parte da empresa por já quase 19 anos, acredito que a Sooro Renner dará continuidade ao projeto e desenvolvimento iniciado, de uma forma tímida, porém contínua e estruturada, desde a fundação da Sooro Concentrado em 2001”, destaca o Diretor de Tecnologia e Inovação, Helio Alves Garcia.
Para Garcia, o progresso é resultado de uma série de fatores e da união de esforço. “A continuidade do desenvolvimento se dá através da valorização do potencial humano de sua equipe, do investimento constante nas melhores tecnologias oferecidas pelo mercado em seu segmento de atuação e da inovação, fator este que fez com que a empresa se destacasse e continue se destacando, de seus principais concorrentes no mercado nacional e se equiparar aos maiores players mundiais do segmento de processamento de soro de leite”.
Existem vários projetos no radar da empresa, tanto projetos produtivos, estruturantes e de caráter socioambiental. No mês de março deste ano, está agendado um evento que envolve os acionistas, os diretores e os gerentes da empresa, com o objetivo de revisar e avaliar o Planejamento Estratégico elaborado em 2021 com vistas a atingir os resultados projetados até 2025. Com base nas decisões estratégicas que serão validadas no evento, os investimentos para o alcance dos propósitos almejados serão definidos.
DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO
A Sooro Renner tem adotado uma política de trabalho extremamente importante para o seu desenvolvimento, que visa o fortalecimento em duas áreas específicas de sua atuação: o Mercado de Matéria Prima (soro de leite) e os parâmetros de ESG (meio ambiente, social e de governança).
Em relação ao Mercado de Matéria Prima, a empresa desenvolve um projeto – faz alguns anos - de fortalecimento de relacionamento com seus fornecedores de soro de leite, através da adoção de uma política de valorização da cadeia produtiva do soro, visando a prática de uma política de preços de compra competitiva, qualificação técnica de fornecedores através de projetos de assistência técnica e comprometimento em adquirir todo o volume de soro de leite ofertado por seus parceiros exclusivos. Esse conjunto de ações garante todo o escoamento de produção dos mesmos, diferentemente das práticas de seus concorrentes.
Em relação aos parâmetros de ESG, a empresa também está desenvolvendo investimentos relevantes na área ambiental, através de projetos de modernização na área de tratamento de efluentes, reuso de águas de processos, aquisição de áreas para reflorestamento e produção de biomassa, entre outros. No que se refere ao parâmetro Social, projetos de capacitação profissional, através de plataformas de aprendizado e treinamento disponíveis aos colaboradores, benefícios, participação nos lucros, melhorias de instalações e um excelente ambiente de trabalho, são itens relevantes.
Em relação ao parâmetro de Governança, a empresa se aprimora cada vez mais no que se refere ao cumprimento de suas obrigações legais e cumprimentos das normas e leis pertinentes ao negócio, assim como com uma atuação extremamente profissional de seus acionistas, dirigentes e gestores do negócio. Dessa forma, todos os segmentos de atuação e os integrantes dessa gigante do setor lácteo mantêm o mesmo foco: expandir com qualidade, produtividade, valorização do potencial humano e sustentabilidade. (Sooro Renner)
Mapa, MDA e MIDR conversam com produtores do Rio Grande do Sul atingidos pela estiagem
Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniram nesta quarta-feira (8) com parlamentares, prefeitos, representantes de entidades e produtores rurais do Rio Grande do Sul para debater soluções para a estiagem que atinge a produção agrícola no estado. A ideia do encontro foi ouvir as principais demandas dos gaúchos para formular as políticas públicas relacionadas a cada ministério.
O ministro Fávaro disse que a situação dos produtores gaúchos necessita da emergência da atuação do poder público. “Precisamos de ações transversais entre os vários ministérios, entre os três entes federativos e a sociedade civil organizada para encaminharmos medidas emergenciais, como a prorrogação de dívidas, de custeio, de financiamento, mas equalizar isso no Tesouro é importante para que não se torne uma bola de neve impagável para os produtores”, disse. Ele lembrou que as medidas estruturantes também serão importantes para minimizar impactos no futuro.
“Esse não é mais um fenômeno sazonal, mas se repete ao longo do tempo. Precisamos endereçar as políticas públicas de maneira permanente e preventiva”, disse Paulo Teixeira. O ministro Góes destacou que “a capacidade de diálogo e de construção de consenso tem que ser recorrente em todas as práticas do governo”.
O secretário de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini, apresentou as principais demandas do setor, como o fornecimento de cestas básicas, recursos para a construção de cisternas e qualificação dos produtores para operar os equipamentos, recursos para a compra de grãos para alimentação animal e a prorrogação das parcelas vincendas dos financiamentos federais.
Segundo ele, até o momento 261 municípios gaúchos já declararam situação de emergência, sendo que 128 já foram reconhecidos pela União. “O problema da estiagem vem se agravando a cada ano. Isso já é pauta do nosso governo para que a gente mude a realidade do Rio Grande do Sul no que diz respeito à crise hídrica e que isso não seja só pauta no momento do desespero, como estamos vendo hoje”, disse o secretário.
Também participaram da reunião o senador Luis Carlos Heinze e o deputado federal Dionilso Marcon, representando os parlamentares gaúchos, e a prefeita de Liberato Salzano (RS), Juliane Pensin, representando os prefeitos. (Zero Hora)
Jogo Rápido
UFSM constata seca mais longa
A estiagem da atual safra está pior que a da safra passada, por estar se prolongando desde julho do ano passado. A informação é do meteorologista do Grupo de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Murilo Machado Lopes. Ao mesmo tempo, Lopes afirma que a tendência é de que, a partir da segunda metade de fevereiro, haja episódios de chuva que vão trazer alívio para algumas regiões, especialmente no Norte do Rio Grande do Sul. No entanto, segundo o meteorologista, ainda não serão chuvas suficientes para reverter o déficit hídrico, havendo a possibilidade de a estiagem voltar com força em março. Essas previsões fazem parte do boletim publicado mensalmente pelo grupo da universidade santa-mariense desde setembro do ano passado. Os meteorologistas analisam as condições climáticas do Estado e do continente, bem como as projeções de diferentes centros meteorológicos, entre eles o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Simagro-RS. (Correio do Povo)