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09/01/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.818


Balança comercial de lácteos: importações se mantém estáveis
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (06/01) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos se manteve praticamente estável, fechando o mês de dezembro em 140,0 milhões de litros em equivalente-leite.

Os números apontam um leve recuo de aproximadamente 2,1 milhões de litros em equivalente-leite, ou -1,4%.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (dezembro/2021), o saldo permaneceu em nível inferior, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -71,1 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente -96,9%. Esse cenário se formou em meio as importações se mantendo em nível praticamente estável.

Olhando para o acumulado de 2022, o ano encerrou-se com um saldo da balança comercial 25% inferior ao acumulado de 2021, muito em virtude do aumento das importações no segundo semestre deste ano.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações passaram por um ligeiro avanço, porém, seguiram desestimuladas. O período apresentou um avanço de 1,4 milhões de litros no volume exportado, representando um aumento de aproximadamente 23,0%. Ao se comparar com 2021, observa-se um decréscimo de 2,2 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente 22,7% no volume exportado no período.

No acumulado de 2022, as exportações fecharam o ano 12,1% inferiores que o acumulado de 2021. Após passar por uma janela de exportação no início do ano, frente ao aumento dos preços no mercado internacional, que atingiram recordes históricos, as exportações perderam força no segundo semestre, o que influenciou no resultado negativo comparando-se com o ano de 2021.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Do lado das importações, o ritmo das negociações se manteve estável ao longo do mês de dezembro. Após apresentar significativos recuos entre outubro e novembro, o último mês do ano apresentou um leve recuo de 0,3% nas importações, em relação ao mês anterior, com um decréscimo no volume de importações de 0,5 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se as importações seguem em um patamar elevado. Em dezembro de 2021, 80,8 milhões de litros em equivalente-leite foram importados; já em 2022 esse valor teve uma expressiva variação positiva de aproximadamente 82,7%, configurando um aumento de 66,8 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir. Este resultado foi o segundo maior para o volume de importações no mês de dezembro, ficando atrás apenas de 2020.

Analisando o acumulado de 2022 nota-se que as importações fecharam o ano 26% superiores ao acumulado de 2021. O volume de importações iniciou o ano em patamares baixos, impactados pelos preços internacionais elevados. Ao longo do ano o cenário se reverteu e as importações ganharam força no segundo semestre do ano.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Desta forma, com as importações e exportações mantendo-se similares ao mês de novembro, o ano de 2022 fechou com o segundo saldo mais negativo para o mês de dezembro.

As quedas nos preços internacionais contribuíram para manter os produtos internacionais competitivos, refletindo em manutenção do cenário observado em novembro.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em dezembro, temos o leite em pó integral, o leite em pó desnatado, os queijos e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado. O leite em pó integral teve um recuo de 25% em seu volume importado. Em contrapartida, o leite em pó desnatado e o soro tiveram uma elevação de 105% e 54,8%, respectivamente, em seus volumes importados. Os queijos, por sua vez, recuaram 21%.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, o leite UHT, e os queijos, que juntos, representaram 82% da pauta exportadora. O leite UHT recuou cerca de 53%, enquanto o leite condensado e o creme de leite avançaram 180% e 19%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de dezembro deste ano.
 

Tabela 1. Balança comercial láctea em dezembro de 2022.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.


"Queremos ser o maior cliente da agricultura familiar", diz Edegar Pretto ao assumir a Conab

O deputado estadual Edegar Pretto foi confirmado na tarde desta sexta-feira (6) como novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão responsável, entre outras coisas, por regular os estoques públicos de alimentos. O nome do gaúcho foi apresentado à imprensa pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, na sede do Ministério da Economia, em Brasília.

Em sua primeira manifestação, Pretto, que concorreu ao governo do Rio Grande do Sul nas últimas eleições, ficando em terceiro lugar no primeiro turno, disse que irá garantir aos agricultores que optarem por produzir alimentos que tenham viabilidade econômica.

— Queremos ser o maior cliente da agricultura familiar. Se optarem em produzir comida, através das compras institucionais, vamos adquirir produtos, formar histórico, e ajudar a acabar com a fome no país — disse Pretto.

O agora presidente da empresa pública elogiou o corpo técnico do órgão e destacou que a Conab coopera com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e com o Programa Mundial de Alimentos. Pretto destacou também o restabelecimento do papel da companhia no enfrentamento da fome.  (Zero Hora)

Exportações brasileiras de milho dobraram em 2022

Os embarques brasileiros de milho confirmaram as expectativas e mais do que dobraram em 2022, em linha com a recuperação da colheita após a forte quebra de safra no ano anterior. E, como mostraram dados que a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) divulgou ontem, as vendas de soja em grão ao mercado externo não resistiram à queda da produção na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul e recuaram, em um dos poucos declínios das exportações na última década.

Segundo a Anec, as exportações de milho atingiram o recorde de 43,1 milhões de toneladas no ano passado, ou 109,4% a mais que em 2021. Em dezembro, os embarques do cereal cresceram 75,4% em relação ao último mês do ano anterior, para 5,8 milhões de toneladas. E o ritmo deverá continuar forte em janeiro. Segundo a entidade, o volume chegará a 4,3 milhões de toneladas, uma alta de 94,6% ante o mesmo mês de 2021.

Já as exportações de soja em grão recuaram 10,2% em 2022, para 77,8 milhões de toneladas. Em dezembro, o volume foi de 1,5 milhão de toneladas, 40,2% menor do que o do último mês de 2021. Desde 2013, essa foi apenas a terceira queda anual, todas elas resultado de quebras de safra causadas por problemas climáticos. A Anec projeta que, neste mês, os embarques continuarão fracos, já que a colheita da safra 2022/23 ainda está no início. A expectativa é que sejam escoadas 1,3 milhão de toneladas, volume 42,4% menor do que o de um ano atrás.

Os embarques de farelo de soja cresceram 21% ao longo do ano passado, para 20,4 milhões de toneladas - apesar de terem caído 10,8% em dezembro, para 1,4 milhão de toneladas. Para janeiro, a previsão é de nova baixa, de 15,4%, para 1,3 milhão de toneladas. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), os embarques de farelo tendem a ficar estáveis este ano, mas, com o aumento da produção, as exportações do grão devem crescer para 93 milhões de toneladas.

No caso do trigo, por fim, a Anec informou que o Brasil enviou ao exterior 3,2 milhões de toneladas em 2022, o que representou um aumento de 188,8% em relação ao ano anterior. Em dezembro, foram 689,2 mil toneladas, volume superior às 538,6 mil toneladas do mesmo mês de 2021. As exportações brasileiras do cereal ganharam força com a boa colheita e com o aquecimento da demanda, um reflexo da guerra entre Rússia e Ucrânia, dois países que normalmente são grandes exportadores. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

O mais baixo crescimento
Números preliminares do Censo 2022 mostram que o crescimento da população brasileira de 2010 a 2022 foi o mais baixo desde o início da medição, em 1872. O número de habitantes aumentou de 191 milhões para 208 milhões. O Nordeste teve a menor variação entre as regiões. Cresceu metade da média nacional. Os dados definitivos saem em março. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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