Porto Alegre, 05 de dezembro de 2022 Ano 16 - N° 3.794
Codesul prepara projeto para mensuração de carbono via satélite
O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) prepara projeto para mensuração de carbono via satélite, ação que contempla Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A informação foi revelada pela secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que apresentou ao setor lácteo oportunidades debatidas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), relacionadas ao mercado de carbono e produção rural de baixo impacto como medidas para mitigação dos efeitos climáticos. A apresentação foi realizada para a Diretoria do Sindilat/RS, nesta quinta-feira (1/12), durante reunião no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Na COP27, realizada no Egito, em novembro, o Estado participou levando uma Radiografia do RS, buscando reafirmar o compromisso com o futuro e prospectando interessados em financiar ações locais. Para alcançar este objetivo, uma das estratégias passará pela mensuração das emissões por satélite o que deverá ser realizado nos próximos meses, a partir de um protocolo assinado entre os estados integrantes do Codesul. “Identificamos que a atual metodologia toma por base o sistema adotado no hemisfério norte, em que o gado é criado confinado. Eles não sabem como fazemos aqui, nem que temos reserva legal e áreas de preservação permanente (APP)”, pontuou. Segundo a secretária, essa mudança precisa acontecer para valorizar a produção e os produtos do setor como um todo.
Presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, saudou a importância das ações de mitigação dos efeitos climáticos e destacou a necessidade de a cadeia incluir mais essas questões na pauta a fim de mensurar o impacto e os benefícios dos sistemas produtivos. “Se conseguir de alguma maneira mudar o formato como o mundo enxerga a questão do carbono relacionada à produção primária podemos vislumbrar o reconhecimento de que produzimos com respeito ao meio ambiente e assim atingirmos mercados que valorizam isso na hora da escolha”.
O compromisso da Secretaria, reforçou Marjorie é para renovar e fortalecer as cadeias produtivas, buscando formas de investimento e incentivo. Dentre as medidas em andamento, está o pagamento por serviços ambientais, já previsto na reformulação do Código Florestal de 2010. A Sema tem dois editais em andamento para áreas de Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) e outro para recuperação de bacias hidrográficas. O objetivo é incluir pagamentos para diferentes atividades desde que comprovada a compensação. Dentro desta proposta, colocou a Secretaria à disposição para receber sugestões do setor lácteo e sugeriu que a cadeia organize um plano de descarbonização. “Internacionalmente os financiamentos estão sendo realizados por projetos e não por crédito de carbono. Precisamos apresentar o que fazemos com dados”.
Ainda como oportunidades para o setor, a secretária Marjorie destacou que o zoneamento florestal iniciado em 2010 está em fase final e já se sabe que o reflorestamento é positivo para manutenção dos recursos hídricos o que deve permitir aumentar a área de plantio. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, disse que isso é positivo para a cadeia, já que o alto custo da lenha usada para alimentação de caldeiras é um ponto de preocupação. A secretaria sinalizou que pode-se estudar uma forma de incentivar a produção e o consumo local, já que depois do boom das florestadeiras boa parte da madeira acaba sendo exportada para a China.
Desenvolvimento do setor produtivo
Nas ações para modernização e incentivo ao desenvolvimento, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento realiza o programa Energia Forte no Campo para qualificar as redes elétricas rurais, em especial passar de bifásica para trifásica. As ações estão sendo realizadas a partir de termos de cooperação com cooperativas e no próximo ano o objetivo é realizar termos com os munícipios para acelerar a implementação. Estão previstos R$ 30 milhões para 2023.
Na área de biodigestores o Estado desenvolveu projeto em que subsidia os juros para implementação nas propriedades. O edital de qualificação das tecnologias está em andamento e terá financiamento pelo Badesul. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Carolina Jardine)
Sindilat/RS entrega 8º Prêmio de Jornalismo
O papel da imprensa na divulgação de temas e da realidade do setor lácteo gaúcho foi reconhecido, nesta quinta-feira (1/12), com a entrega do 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O evento realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), contou com a presença do governador, Ranolfo Vieira Júnior, além de secretários de Estado e de municípios do RS, prefeitos, deputados e associados do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). Foram conhecidos os melhores trabalhos na categoria Online, Eletrônico e Impresso.
O presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, valorizou a presença de todos e o acompanhamento que é realizado pela imprensa. “Aos integrantes da imprensa e finalistas do prêmio Sindilat, obrigado pelo empenho e compromisso com o bom jornalismo, vocês são agentes de desenvolvimento e educação no campo”, destacou.
Na Categoria Eletrônico o primeiro lugar ficou com Débora Padilha de Oliveira e equipe, da RBS (Caxias do Sul/RS). Na On-line, venceu Camila Pessôa, do Correio do Povo (Porto Alegre/RS). O melhor trabalho Impresso foi de Nereida Vergara, do Correio do Povo (Porto Alegre/RS). Os primeiros colocados receberam troféu do Prêmio Sindilat/RS de jornalismo e um celular Iphone.
Confira a lista completa abaixo.
8º Prêmio Sindilat de Jornalismo
Categoria Eletrônico
1º Lugar: Débora Padilha de Oliveira e equipe – RBS (Caxias do Sul/RS)
Trabalho: Receita bicentenária de queijo garante venda de quem mora na Serra
2º Lugar: Gabriela Vaz Garcia e equipe – RBS (Bento Gonçalves/RS)
Trabalho: Saiba como é feito o queijo colonial em Carlos Barbosa
3º Lugar: Elizângela Maliszewski e equipe – Canal Rural (Canoas/RS)
Trabalho: Guardiãs do Leite
Categoria Impresso
1º Lugar: Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Produção de queijo ganha força em solo gaúcho
2º Lugar: Leonardo Gottems do Santos – Revista A Granja (Porto Alegre/RS)
Trabalho: nimo Azedando – A realidade do segmento leiteiro brasileiro
3º Lugar: João Carlos de Faria – Revista Balde Branco (São Paulo/SP)
Trabalho: Clima e custos altos afetam produção de leite no RS
Categoria On-line
1º Lugar: Camila Pessôa – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Atividades da Expointer aproximam crianças da produção leiteira
2º Lugar: Patrícia da Silva Feiten – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Agroindústrias crescem e aparecem
3º Lugar: Leandro Augusto Hamester – Site Cooperativa Languiru (Teutônia/RS)
Trabalho: Pró-leite – Cooperativa lança programa de suporte aos produtores de leite
CLIQUE AQUI para conferir as fotos. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Dudu Leal)
Aliança Láctea Sul Brasileira discute propostas para a ampliação do mercado do leite
“Propriedades certificadas para brucelose e tuberculose e planos de ação estaduais estão entre as medidas fundamentais para se conquistar a ampliação dos mercados para o leite e seus derivados”, defendeu Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na manhã desta sexta-feira (02/12).
A manifestação aconteceu na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira com representantes dos dos setores leiteiros dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Segundo o dirigente, a proposta está concatenada com o Plano de Ações para Eficiência e Competitividade Global do Leite, que está sendo construído pela Aliança Láctea e foi trabalhado em oficina no encontro da manhã. “Estes planos estaduais podem ser construídos com a participação de produtores, indústria e principalmente com a adesão do Executivo, e o ideal é que estejam ajustados até o final do primeiro semestre do próximo ano. Com isso, teremos um alinhamento nas condições dos três estados e poderemos seguir nas questões mais objetivas para se ampliar o comércio do leite para o Brasil e Exterior”, assinalou.
Airton Spies, coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira, reconhece que é longo o caminho para se assegurar a competitividade do leite e seus derivados a fim de alcançar mercados maiores, mas que o leite tem condições de assumir um posto como produto de exportação brasileiro. “É desafiador, mas com certeza o leite está em uma era em que já se pode olhar para o futuro. Há uma cadeia produtiva e um setor competitivo e, vencidas as dificuldades, poderemos furar o teto, expandindo nosso comércio para além do mercado interno, assim como foi conseguido com o gado, setor em que o Brasil é atualmente o maior exportador no mundo. O leite é forte candidato para também fazer bonito no mercado mundial”.
No Plano de Ações para Eficiência e Competitividade Global do Leite a Aliança Láctea Sul Brasileira trabalha com o debate de soluções para uma lista de 10 itens que são gargalos para o crescimento. Eles partem do alto preço da produção, baixa eficiência produtiva no campo e na qualidade de rendimento médio do leite. Passam pela logística, que é cara e ineficiente, pela alta volatilidade dos preços e pela falta de energia trifásica e de internet no campo.
A próxima reunião ordinária da Aliança Láctea Sul Brasileira será dia 15 de março, sob responsabilidade do Rio Grande do Sul e também será realizada no formato online e presencial. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Jogo Rápido
O Jantar de Confraternização de Final de Ano do Sindilat-RS foi um sucesso. Da apresentação dos vencedores do 8º Prêmio de Jornalismo aos Destaques de 2022, os convidados puderam celebrar as conquistas do ano com o Sindilat e parceiros em uma noite de alegria e reconhecimento no Plaza São Rafael. Obrigado a todos que participaram e contribuíram para o sucesso do evento. Confira nas fotos o clima da nossa confraternização CLICANDO AQUI. (Sindilat)