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12/04/2016

         

Porto Alegre, 12 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.244

 

   Uruguai: exportações de lácteos caíram 25% em dólares no primeiro trimestre

As exportações de produtos lácteos do Uruguai no primeiro trimestre do ano mostraram uma queda interanual de 25% medidas em dólares. Até agora nesse ano, as exportações totalizaram US$ 104,47 milhões frente a US$ 139,46 milhões no mesmo período do ano anterior. Em volume, a baixa foi inferior, em torno de 12%. As exportações no primeiro trimestre somaram 44.098 toneladas, frente às 50.082 toneladas no período de janeiro a março do ano anterior.

O preço médio por tonelada de lácteos exportada passou de US$ 3.114 em janeiro de 2015 para US$ 2.224 em janeiro desse ano. Desde janeiro o valor de exportação tem mostrado uma leve recuperação. Em março, o preço médio foi de US$ 2.371 por tonelada. A maior recuperação ocorreu no preço de exportação do leite em pó desnatado. O valor médio por tonelada chegou a US$ 3.146 em março frente a US$ 2.533 a tonelada no mesmo mês de 2015. O preço foi 78% superior à média do leite em pó desnatado da Fonterra de março, de US$ 1.767 a tonelada.


O leite em pó foi o principal produto exportado até agora nesse ano, com 25.068 toneladas exportadas por US$ 59,7 milhões. Bem abaixo ficaram os queijos, com 7.823 toneladas, por US$ 24,6 milhões. A manteiga ficou em terceiro lugar, com vendas de 2.804 toneladas, por US$ 8,4 milhões, seguida pelo leite em pó desnatado, com 2.273 toneladas, por US$ 6,7 milhões.

O Brasil se mantém como o principal comprador dos lácteos uruguaios. Em março, o total das vendas de leite em pó foi ao Brasil. Ainda que o volume tenha sido baixo (150 toneladas), o preço por tonelada foi o mais alto desde janeiro de 2015, de US$ 3.146 a tonelada. No caso do leite em pó integral, o Brasil concentrou 56% do total exportado pelo Uruguai no mês. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
    
Preços/AR 

O preço do leite medido em moeda milho continua caindo: no mês passado atingiu novo recorde histórico, caindo 63% em relação a fevereiro de 2015. O preço médio ponderado do leite recebido pelos produtores de leite de Santa Fe foi, em fevereiro passado, de 2,71 pesos/litro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Produção de Santa Fe.

Se bem que seja o mesmo valor de janeiro, em termos reais caiu porque no mês passado aumentou a composição do teor de manteiga e proteína do leite entregue (razão pela qual, por exemplo, o valor médio pago pelo quilo de proteína em fevereiro de 2,49 pesos x 2,89 pesos em janeiro passado).

A questão é: mesmo se não considerar os sólidos, no segundo mês de 2016 foram necessários, em média, 1,20 quilos de milho - posto em Rosario - para comprar um litro de leite, quando em fevereiro do ano passado eram 3,30 quilos, (-63,6%) e 2,10 quilos no mesmo mês de 2014 (-42,8%).

A queda nominal do preço pago pelo leite registrada no último ano pode ser suportada pela maioria dos produtores de leite - alguns ficaram pelo caminho - graças ao preço interno do milho gerado pela combinação das retenções e defasagem cambial.

Mas o "subsídio do milho", que vigorou de julho de 2014 a setembro de 2015, começou a perder fôlego em outubro e novembro do ano passado, desaparecendo, definitivamente, a partir de dezembro com a eliminação das retenções do milho e a desvalorização cambial, estabelecida pelo governo.

Agora no mês de março, se for mantido o preço médio de 2,71 pesos/litro de fevereiro, a relação leite/milho será de apenas 1,23 quilos (melhoraria, se é que se pode dizer isso, um pouquinho porque a valorização do peso poderia reduzir um pouco o peso do milho na relação).
Esta semana o ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, anunciou que os governos das Províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe, Entre Rios e Santiago del Estero subsidiarão por dois meses os produtores de leite de suas jurisdições. A ajuda consiste em um subsídio de 0,50 pesos/litro para os primeiros 3.000 litros produzidos no período compreendido entre os meses de fevereiro de março de 2016, que serão pagos em abril e maio. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Pesquisas/EUA 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que doará US$ 6 milhões para instituições de pesquisa em nutrição animal e crescimento nas fazendas. "Produção e saúde animal desempenham um papel crucial na sustentabilidade e competitividade na agricultura dos Estados Unidos. Isto contribui significativamente para a economia do país, para a produção mundial de alimentos e segurança alimentar.

Os prêmios estimularão a expansão do conhecimento em boas práticas na melhoria da saúde animal, queda nos custos de produção, e redução dos impactos ambientais", disse Dr. Sonny Ramaswamy, administrador do NIFA. Os recursos virão do Programa de Nutrição, Crescimento e Lactação Animal, uma parte do Programa AFRI Foundational, que apoia pesquisas e ciência aplicada. As pesquisas incluem o estudo do suo dos nutrientes na alimentação animal; melhoria na utilização de alimentos tradicionais; explorar oportunidades de utilizar alimentos não tradicionais; amentar a qualidade e eficiência da produção de carne, leite e ovos; e mitigar doenças metabólicas. Dentre os projetos financiados está um da Universidade Estadual de Dakota do Sul que visa melhorar o conhecimento sobre a digestão do amido em bovinos, e um projeto da Universidade Estadual de Iowa desenhado para melhorar a absorção de nutrientes e energia em suínos para superar desafios de doenças, minimizar as perdas nas taxas de crescimento e de eficiência produtiva. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Pela 1ª vez, mais de 50% da população rural possui celular

Em 2014, pela primeira vez, mais da metade (52,5%) da população rural com 10 anos ou mais de idade tinha celular. Na área urbana, o percentual chegou a 82,3%. A parcela da população com 10 anos ou mais de idade que tinha telefone celular para uso pessoal chegou a 77,9% em 2014 (136,6 milhões de pessoas). Em relação a 2005, esse contingente cresceu 142,8%. Somente 36,6% da população tinha celular naquele ano. Frente a 2013, foram mais 6,4 milhões de pessoas com o aparelho, avanço de 4,9%. Entre os ocupados, a presença de celular é maior: são 86,4% que possuem o bem. Em 2014, em quase todos os setores de atividade, a posse de telefone celular estava acima de 80%, com destaque para os seguintes: educação, saúde e serviços sociais (95,4%), administração pública (94,7%) e outros serviços sociais e pessoais (94,1%). A exceção ocorreu no setor agrícola, em que 55,6% das pessoas ocupadas possuíam esse equipamento. Segundo o levantamento, da população sem celular, quase a metade (47,4%) era de trabalhadores agrícolas. De novo a renda é determinante para a posse do bem. Entre quem ganha mais de 10 salários-mínimos, 95,9% têm celular. Entre quem ganha até um quarto de salário-mínimo, essa parcela cai para 53%. (Jornal do Comércio)
 

Receita e custo caem em março
O Índice de Inflação da Receita dos Produtores (IIPR), calculado mensalmente pela Farsul, registrou deflação de 3,93% em março. Entre os principais motivos, explica o economista da federação, Antônio da Luz, está a desvalorização da taxa cambial nos últimos meses. No Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) também houve queda, de 0,67%. A retração foi influenciada pela redução de 5,4% nos pre- ço dos fertilizantes. Segundo Luz, esse é um movimento normal, que deve se estender até maio, melhor época para compra de insumos. Ao mesmo tempo, o economista adverte que o produtor deve ter cuidado com a comercialização. A orientação da Farsul é que os produtores segurem a venda da soja por oito a dez meses. Aos que não conseguirem esperar, a sugestão é que firmem contratos que travem o preço atual para evitar a oscilação da taxa de câmbio. (Correio do Povo)

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