Porto Alegre, 24 de novembro de 2022 Ano 16 - N° 3.788
8º Prêmio Sindilat de Jornalismo divulga finalistas
A Comissão Julgadora do 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo reuniu-se nesta quarta-feira (23/11) e definiu os finalistas da edição deste ano. Os vencedores serão conhecidos na tradicional festa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), que será realizada no dia 1º de dezembro no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS). Neste ano, o concurso contou com três categorias: Eletrônico, Impresso e On-line. A Comissão foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Viviane da Silva Borba Finkielsztejn (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul) e Eduardo Oliveira (Fetag). O grupo também contou com as representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres.
Segundo a presidente da Comissão Julgadora, Viviane da Silva Borba Finkielsztejn, as inscrições apresentaram trabalhos de grande qualidade, o que demonstra a relevância do jornalismo agro e da atividade desses profissionais que se dedicam a ir a campo apurar as notícias onde elas acontecem. “Fui repórter de agronegócio e, ao julgar os trabalhos, revivi esse tempo da minha carreira. É muito bom ver como esse mercado está em crescimento e que o jornalismo tem esse espaço”, pontuou.
Neste ano, o Prêmio Sindilat de Jornalismo volta a ter sua entrega de forma presencial. “Depois de anos de pandemia, será uma honra poder receber a imprensa novamente em nossa festa de fim de ano”, completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.
Categoria Eletrônico
Débora Padilha de Oliveira e equipe – RBS (Caxias do Sul/RS)
Trabalho: Receita bicentenária de queijo garante venda de quem mora na Serra
Elizângela Maliszewski e equipe – Canal Rural (Canoas/RS)
Trabalho: Guardiãs do Leite
Gabriela Vaz Garcia e equipe – RBS (Bento Gonçalves/RS)
Trabalho: Saiba como é feito o queijo colonial em Carlos Barbosa
Categoria Impresso
João Carlos de Faria – Revista Balde Branco (São Paulo/SP)
Trabalho: Clima e custos altos afetam produção de leite no RS
Leonardo Gottems do Santos – Revista A Granja (Porto Alegre/RS)
Trabalho: nimo Azedando – A realidade do segmento leiteiro brasileiro
Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Produção de queijo ganha força em solo gaúcho
Categoria On-line
Camila Pessôa – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Atividades da Expointer aproximam crianças da produção leiteira
Leandro Augusto Hamester – Site Cooperativa Languiru (Teutônia/RS)
Trabalho: Pró-leite – Cooperativa lança programa de suporte aos produtores de leite
Patrícia da Silva Feiten – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Agroindústrias crescem e aparecem
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
Dairy Vision 2022: o marketing e a tecnologia como a conexão dos lácteos com novos tempos
Para fechar com chave de ouro o Dairy Vision 2022, o quinto painel trouxe o empreendedorismo e suas aplicações para dentro da cadeia láctea. Otto Guarnieri e Antonio Neto, Co-fundadores da MaisMu iniciaram a tarde enfatizando a importância do posicionamento e da comunicação diferenciada e personalizada “O mercado mudou e nós somos parte dessa mudança”, enfatizou Otto.
A conexão com o público também foi ressaltada, destacando a importância de humanizar a marca. “Fazer as pessoas se sentirem diferentes, afinal, não é sobre o que a gente quer vender, mas sim sobre o que as pessoas querem comprar”, destacou Neto.
Também falando sobre mudanças e inovações, Fred Gelli, CEO na Tátil Design, levantou o questionamento sobre a origem das inspirações e enfatizou a importância de observarmos a natureza. “Temos que ter novas ideias e a inteligência natural tem muito a nos ajudar. A vida está evoluindo a 3,8 bilhões de anos, existem 15 milhões de espécies prototipando soluções. Devemos nos inspirar”, salientou.
Além da comunicação, reinventar em outras frentes também é necessária. A sustentabilidade foi apontada por Gelli como uma frente de reinvenção “O lixo é uma invenção humana - não existe lixo na natureza, na natureza tudo é reutilizado”, disse. “A marca tem que gerar valor para todo o ecossistema que faz parte, não somente para os acionistas”, concluiu o CEO.
Aliada à narrativa e agregação de valor, nos novos tempos a tecnologia e a digitalização estão cada vez mais inseridas no cotidiano das pessoas. Neste contexto, Cezar Taurion, Partner e head of Digital Transformation da Kick Corporate Ventures, trouxe alguns cenários do metaverso. “Atualmente estamos vivendo em um mundo que o digital faz parte do dia a dia e a pandemia acelerou muito isso”, destacou.
Taurion enfatizou que essa realidade ainda é um pouco distante e apontou que embora as possibilidades sejam imensas, alguns pontos negativos ainda são uma barreira. “O alto custo, o cansaço visual, a necessidade do uso de baterias, a aceitação social e a limitação na interação social ainda são pontos negativos dessa inovação”, pontuou.
Os lácteos do futuro são uma combinação de todas essas frentes. Para Fábio de Mello, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Kerry, os extremos se conectam, ao passo que existe uma convergência de voltar à vida fora de casa, e, ao mesmo tempo, redefinir o conforto, o lar e o aconchego.
O consumidor mudou, e suas preferências e necessidades também. O iogurte do presente não será o mesmo do futuro. "Continua com a mesma base proteica e com frutas, mas começa a mudar pela necessidade do consumidor de meios naturais, mais fibras, proteínas funcionais, probótiocos, bioativos e ômegas, mas com a redução de açúcar e gordura." Mello explicou que são os processos tecnológicos que permitem essas adições, e completou dizendo que "todos os produtos do portfólio tem que ser benéficos para o ser humano."
Camilla Gurgel, Diretora Executiva & Partner na Deboo, reforçou a importância da mudança na forma que interagirmos com o mundo, salientando a aproximação com o cliente no seu próprio ambiente, mas ponderou que a tecnologia por tecnologia não é inovação, é necessário criar valor e aplicabilidade. "O que precisamos olhar é como essas tecnologias podem me beneficiar, como podem beneficiar o meu negócio e como podem beneficiar o ecossistema que estou inserida."
Durante o debate, conduzido por Marcelo Carvalho, CEO do MilkVentures, foi questionado se é possível e como metaverso pode alavancar o customer experience no setor de alimentos, em especial dos lácteos.
Para Cezar, "no fundo, estamos vendo mais uma evolução da tecnologia. Os componentes que fizeram o iPhone já existiam, só foram juntadas. Quando falamos de metaverso, estamos juntando tecnologias já existentes. A questão é quando isso vai ser aceito. As mudanças da sociedade impulsionam a tecnologia." Camilla complementou: só vai existir algo se houver uma aplicação real a uma necessidade do ser humano, se não cairá vai "cair por terra". (Milkpoint Mercado)
Fiergs entrega documento de propostas a deputados eleitos
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) apresentou, a 23 deputados estaduais eleitos, um documento com propostas da indústria para o crescimento do setor. A entidade reuniu parlamentares da legislatura que se inicia na Assembleia Legislativa a partir de fevereiro para um encontro em sua sede ontem. “Essa iniciativa de reuni-los serve para afirmar nossas convicções aos que vão estrear na tribuna do plenário, e mesmo para os políticos mais experientes, que retornam ao Parlamento”, disse o vice-presidente da federação, Cláudio Bier.
Em seu discurso, o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, reforçou o que definiu como tradição da Fiergs de respeito à classe política e à democracia. “Quero reiterar o desejo de um Brasil em paz, unido e consciente de suas verdadeiras prioridades, que são educação e o crescimento industrial”, afirmou. Aos deputados eleitos, a Fiergs defendeu a reversão do processo de desindustrialização. O documento apresentado pelo economista-chefe da entidade, André Nunes, contém cinco eixos essenciais que ressaltam a importância da indústria para o desenvolvimento: Educação com foco na formação de futuros profissionais; Adensamento das cadeias produtivas; Inovação e nova economia; Comércio Exterior com políticas de promoção e internacionalização das indústrias; e Competitividade e Eficiência do Estado garantindo atratividade de investimentos.
O documento foi elaborado pelo Grupo de Política Industrial da Fiergs, formado para estruturar propostas visando à retomada do crescimento econômico no Brasil e Rio Grande do Sul, tendo a indústria como engrenagem central desse processo. Em nível federal, Petry também defendeu a criação de uma uma pasta específica na Esplanada dos Ministérios para a indústria e o comércio. “Como já dizíamos ao (presidente Jair) Bolsonaro (PL), estamos dizendo ao presidente (eleito Luiz Inácio) Lula (da Silva, PT): Tem que ter o Ministério da Indústria e Comércio.
Não pode ter o Ministério da Pesca, o Ministério das Mulheres e não ter o Ministério da Indústria e Comércio, que representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) da nação”, declarou aos parlamentares gaúchos. De acordo com dados apresentados pela federação, a indústria representa 22,2% do PIB nacional. Segundo a fiergs, a cada R$ 1,00 produzido pelo setor, R$ 2,43 são gerados na economia. Nas exportações, 78,3% dos US$ 163,8 bilhões vendidos no mercado internacional pelo Brasil em 2021 foram gerados pela indústria, que também é responsável por 9,7 milhões de empregos formais - 20,4% do total do País. Neste contexto, a indústria gaúcha responde por 6,8% do PIB nacional, 8% dos empregos formais e 6,4% das vendas externas.
No Estado, a indústria abrange 22,4% do PIB, 26,3% dos empregos formais e 74,5% das exportações. “Sei que está na moda falar do agronegócio e dos número no PIB do agro, que chega a 30%, 35% (do PIB) dependendo da estimativa. Agora, o PIB da agropecuária no Brasil é menos que 8%. Quando a gente coloca agronegócio, a gente está colocando os produtos industriais e serviços especializados. Então aquela cadeia que o Brasil se destaca no mundo é (construída) fundamentalmente com inputs industriais, oferecendo insumos para a indústria”, disse André Nunes. (Jornal do Comércio)
Jogo Rápido
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Ministério da Economia um acréscimo de R$ 200 milhões ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). No pedido, a CNA diz que entende a suplementação como necessária diante dos altos custos de produção e da redução da cobertura do seguro. Ainda no documento, a CNA informou que os R$ 990 milhões em recursos federais para 2022 foram liberados em sua totalidade até setembro e seguraram apenas 5,59 milhões de hectares. Para efeito de comparação, de janeiro a setembro, as seguradoras pagaram R$ 8,4 bilhões em indenizações aos produtores. "A intensidade de eventos climáticos enfrentados pelos produtores nos últimos anos realça a importância do seguro rural na manutenção da agropecuária brasileira", completa a nota da entidade. (Zero Hora)