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23/04/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.377


Expansão: Sooro Renner inicia obras de complexo industrial em Beltrão

A empresa Sooro Renner iniciou a construção da sua nova unidade, em Francisco Beltrão. Máquinas e caminhões trabalham no nivelamento da área onde será edificada a planta industrial focada na produção de whey protein e lactose infantil formula grade.

Serão aportados cerca de R$ 650 milhões na obra e, após entrar em operação, a indústria vai gerar 250 empregos diretos e outros 1.200 indiretos. Segundo o prefeito Antônio Pedron, que acompanhou os trabalhos no terreno, este será o maior investimento privado da história de Beltrão.

“Teremos aqui uma indústria moderna e que vai atuar na transformação de um dos nossos principais produtos do meio rural, o leite. O impacto social e econômico será significativo em toda a região”, destacou. A vinda da Sooro Renner para Beltrão foi anunciada em janeiro pelo prefeito, que se dedicou pessoalmente na atração da empresa.

Um dos destaques do projeto é a produção de Lactose Infant Formula, um ingrediente essencial para fórmulas infantis que, até então, era importado pelo Brasil. Com a nova fábrica, a Sooro Renner atenderá à crescente demanda do mercado interno. Com a expansão da capacidade produtiva, a empresa pretende fornecer para os maiores fabricantes de alimentos do Brasil e da América Latina, além de ampliar as exportações para o Sudeste Asiático.

O investimento em Francisco Beltrão representa um novo passo para o desenvolvimento econômico do Sudoeste paranaense. A nova fábrica, com sua alta capacidade produtiva e tecnologia de ponta, trará benefícios significativos para a cidade, gerando empregos, impulsionando a cadeia produtiva do leite e consolidando Francisco Beltrão como um polo industrial de destaque no Paraná.  (Município de Francisco Beltrão)


Leite/América do Sul

Tendências positivas para produção de leite na América do Sul

O início de 2025 registrou uma notável alteração da produção de leite na América do Sul, como um todo. 

No ano passado, nesta época, os relatos eram mistos. Os produtores de leite da Argentina enfrentavam uma onda de muito calor e umidade, mas brasileiros e uruguaios possuíam condições eram adequadas. Este ano, todos os principais países produtores de leite da América do Sul, incluindo Chile e Colômbia, estão com tendências positivas para produção de leite. O clima vem desempenhando um papel fundamental, e o serviço internacional de meteorologia (NOAA) prevê a persistência de padrões climáticos “La Niña fracos” e neutros até maio. Apesar das projeções de queda da produtividade nas colheitas da região, as expectativas em relação à produção de leite são boas. Analistas avaliam que as margens dos agricultores tendem a diminuir, se os custos com a ração aumentarem diante da queda de safra do milho e da soja. 

A maioria das atividades comerciais de commodities lácteas para o 1º trimestre já foi encerrada. Os compradores brasileiros continuam ampliando os pedidos para produtos cuja disponibilidade está baixa. Os compradores brasileiros sendo impactados com os elevados custos logísticos nos últimos meses. 

O aumento recai particularmente para pós, leite em pó integral, leite em pó desnatado e soro de leite, que estão com uma forte demanda internacional. Os comerciantes aguardam novas orientações sobre tarifas até a próxima semana. 

Fonte: Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br

Do campo ao Feed: como fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno nas redes sociais

Do campo ao Feed: como as fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno através da comunicação via redes sociais? Quais as oportunidades? Leia mais!

A relação entre produtores de leite e consumidores nunca foi tão próxima — e, paradoxalmente, tão complexa. 

Fazendas abrem perfis em redes sociais, mas, no fim das contas, nem sabem muito bem o que fazer com elas. Em um mundo onde um único story no Instagram pode demonizar ou santificar um produto na prateleira do supermercado, as fazendas leiteiras e laticínios têm uma oportunidade única: humanizar suas marcas, criar narrativas autênticas e engajar gerações que consomem conteúdo de formas radicalmente diferentes.

Nos EUA, gigantes como Tillamook e Organic Valley já entendem: não basta produzir leite, é preciso contar histórias que ressoem da Geração Z aos Baby Boomers.

Vamos mergulhar em estratégias práticas que transcendem posts genéricos e constroem realmente um legado. Cada geração exige um idioma próprio nas redes sociais. A chave é segmentar sem fragmentar a essência da marca.

Geração  Z (18-24 anos): Autenticidade > Perfeição

Plataformas-chave: TikTok, Instagram Reels, YouTube Shorts.  

Estratégia: Vídeos rápidos que mostrem o "backstage" da fazenda — coisas como bezerros brincando, ordenha tranquila, funcionários de fazenda contando sua rotina. A Geração Z valoriza transparência e impacto ambiental. Outro ponto que cativa essa geração é a quebra de teorias da conspiração, já que eles nasceram nesse ambiente caótico de muita informação e “especialistas” influencers que surgem do dia para a noite.
Exemplo prático: A Tillamook (EUA) usa humor em séries como "Loaf Life", onde embalagens de queijo ganham personalidade, viralizando entre jovens. Inclua desafios como "Mostre sua receita com nosso leite" para gerar UGC (User-Generated Content - conteúdo gerado pelo usuário).  

 Millennials (25-40 anos): Conexão com Propósito

Plataformas-chave: Instagram, Facebook, LinkedIn.  

Estratégia: Conteúdo educativo. Posts sobre bem-estar animal, rastreabilidade (ex.: QR code na embalagem que leva a um vídeo da vaca específica) e certificações. Os millennials buscam marcas alinhadas a seus valores.  

Dado que impacta: 73% deles pagariam mais por produtos sustentáveis (Nielsen). A Organic Valley (EUA) faz live tours virtuais nas fazendas, destacando práticas regenerativas.   

Geração X (41-56 anos): Tradição com Modernidade

Plataformas-chave: Facebook, YouTube, Blogs.  

Estratégia: Combate à desinformação. Vídeos explicativos desmistificando temas como "hormônios no leite" ou "mitos sobre lactose". A Geração X valoriza confiança e tradição, mas precisa de dados claros, palatáveis, com explicações fáceis. É importante sempre associar rostos e histórias reais ao produto em questão.

Case: A Cabot Creamery (EUA) criou a série "Farmers’ Stories", vinculando cada produto a um produtor específico, com depoimentos sobre a história com a vida na fazenda e o leite.

Baby Boomers (57+ anos): Emoção e Confiança 

Plataformas-chave: Facebook, WhatsApp, E-mail Marketing.
  
Estratégia: Narrativas nostálgicas. Posts como "Como o leite chegava à sua mesa nos anos 60 vs. hoje" ou receitas familiares. Inclua testes interativos ("Qual queijo combina com seu perfil?").  

Dica: Parcerias com influenciadores "maduros" (ex.: chefs aposentados ou figuras locais) para reforçar credibilidade.  

Além das Gerações, pilares universais para uma marca forte

Definir para quem você quer comunicar: Você pode ser uma fazenda "heróica" (foco em superação), "cuidadora" (bem-estar animal) ou "visionária" (tecnologia sustentável). A persona guia o tom, o jeito como as coisas são mostradas e as histórias contadas — descontraído para o TikTok, e um pouco mais sério no LinkedIn.  

Content pillars - Pilares de conteúdo (escolha suas batalhas de forma inteligente): Organize o conteúdo em pilares temáticos (ex.: Sustentabilidade, Saúde, Cultura Rural). A Arla Foods (Dinamarca) usa 80% do conteúdo para educar e 20% para promover produtos.  

Data-driven decisions: Ferramentas como Meta Analytics e Hootsuite identificam horários de pico e conteúdos mais engajadores. Nos EUA, 60% das fazendas usam CRM integrado às redes para segmentar anúncios por idade e interesse.  

O futuro já acontece: cases globais para inspirar

Fairlife (EUA): Revolucionou o mercado com vídeos de inovação (leite ultrafiltrado) no YouTube, focando em performance atlética para Millennials e Geração Z. 
 
Fonterra (Nova Zelândia): Usa realidade aumentada no Instagram para mostrar o caminho do leite da fazenda ao copo, atraindo famílias (Gen X e Millennials).  

Estratégia local com impacto global: Na Holanda, a marca "Bemmel’s Best" permite que consumidores "adotem" uma vaca via app, recebendo atualizações personalizadas — modelo replicável para fidelizar Boomers e Millennials.   

Construir relações via redes sociais não é sobre panfletar seu produto, é sobre cultivar comunidades.

Nos EUA, as fazendas que lideram o mercado são aquelas que entendem que um consumidor de 20 anos quer entretenimento rápido, enquanto um de 60 busca confiança — mas ambos exigem autenticidade. O segredo? Unir dados demográficos a uma narrativa coerente, onde cada post, vídeo ou comentário reforça que “por trás da marca, há pessoas, vacas felizes e um compromisso que atravessa gerações”. Ou seja, dedicar tempo e se desprender de conceitos antigos sobre comunicação na hora de mostrar a cara no mercado. (Milkpoint)


Jogo Rápido

NO RADAR
Os preços do milho no mercado brasileiro fecharam ontem com nova queda, após o recuo registrado na última semana, na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea/Esalq. Reflexo, conforme a instituição, da postura retraída de parte dos compradores. Ontem, a saca fechou a R$ 82,57, com uma redução acumulada no mês de 5,86%. A colheita da safra de verão do grão chegou a 65,5% da área total cultivada no país. E a segunda safra, hoje o maior volume da cultura, teve a semeadura já encerrada, segundo boletim da Conab. (Zero Hora)


 
 
 

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