Porto Alegre, 09 de abril de 2025 Ano 19 - N° 4.369
Documento inclui mais de 70 projetos de lei de interesse do setor industrial em tramitação no parlamento gaúcho
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) lançou, nesta segunda-feira (7), a Agenda Legislativa da Indústria de 2025, que inclui mais de 70 projetos de lei de interesse do setor apresentados pelos deputados estaduais na Assembleia do RS até o final do ano passado. “É um documento essencial, construído com a participação dos Conselhos Temáticos e dos 107 Sindicatos Industriais filiados à FIERGS. É a contribuição de uma comunidade formada por 52 mil indústrias, sempre buscando o objetivo comum do desenvolvimento do nosso Estado”, destacou o presidente da FIERGS, Claudio Bier, em sua manifestação.
O documento de 90 páginas foi entregue aos deputados estaduais presentes, mas será encaminhado a toda a bancada estadual. O objetivo é divulgar análises técnicas da entidade por meio de pareceres elaborados pelas equipes dos seus Conselhos Temáticos. “A Agenda traz posicionamentos objetivos sobre temas críticos para nossas empresas num espírito de colaboração. E o Sistema FIERGS está inteiramente disponível para ser consultado”, reforçou Claudio Bier.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas, a apresentação da Agenda é muito importante porque dá a dimensão para cada deputado de quais são os elementos centrais colocados pela FIERGS para o desenvolvimento da indústria. “A nossa casa está sempre aberta a todos os setores da sociedade. Políticas públicas que venham a pensar o fortalecimento da indústria e permitam a ampliação dos investimentos no setor industrial são fundamentais”, afirmou.
O coordenador do Conselho de Articulação Política (Coap) da FIERGS, Diogo Bier, ressaltou a capacidade da equipe técnica da entidade que contribuiu para a elaboração de estudos que auxiliaram na elaboração da agenda. “Nosso olhar vai ser sempre de diálogo e de respeito”, disse.
DOCUMENTO DIVIDIDO EM SETE ÁREAS
A Agenda Legislativa da Indústria da FIERGS está dividida em sete áreas temáticas: Agroindústria, Infraestrutura, Inovação e Tecnologia, Meio Ambiente, Relações do Trabalho, Sistema Tributário e Setoriais. Em cada área, os projetos em tramitação foram organizados por ordem numérica, seguidos de uma avaliação e parecer da FIERGS com posicionamentos convergentes, divergentes ou com ressalvas.
Entre os mais de 70 projetos apresentados estão o que institui a Política Estadual de Incentivo à Agricultura de Precisão no RS, o que cria a Política de Apoio e Fomento ao Desassoreamento de rios, arroios, açudes, lagos, lagoas, lagunas e canais, e o que dispõe sobre política estadual de estímulo, incentivo e promoção ao desenvolvimento local de startups no Rio Grande do Sul. Também estão incluídos o projeto que dispõe sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico do RS, o que altera o Fundo Operação Empresa do Estado (Fundopem) e o Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do RS (Integrar RS), além do que dispõe sobre reserva mínima de 5% de vagas para mulheres na área da construção civil no RS, e que cria critérios para concessão e manutenção de benefícios fiscais no Rio Grande do Sul.
Estiveram presentes os deputados estaduais Pepe Vargas, Delegado Zucco, Dimas Costa, Dr. Thiago, Edivilson Brum, Elton Weber, Felipe Camozzato, Frederico Antunes, Guilherme Pasin, Gustavo Victorino, Joel Wilhelm, Marcus Vinicius, Miguel Rossetto, Patrícia Alba, Rodrigo Lorenzoni e Vilmar Zanchin. O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, representou o governador Eduardo Leite.
O documento completo da Agenda Legislativa da FIERGS pode ser consultado aqui.
As informações são da FIERGS.
Importância dos laticínios na nutrição infantil
Hábitos alimentares saudáveis começam na infância! Veja como os laticínios podem contribuir para o crescimento ideal das crianças.
A importância do consumo de laticínios durante a infância tem sido destaque na mídia há anos. Pesquisas em andamento revelam que essa necessidade começa antes mesmo do nascimento, já na concepção. Ainda no útero, o estado nutricional e os hábitos de vida da mãe ajudam a moldar a saúde futura da criança.
Os nutrientes apoiam o metabolismo do bebê, o funcionamento do sistema imunológico e o desenvolvimento dos órgãos. Dentro de seis meses de gestação, se houver suporte nutricional adequado, o cérebro do feto já pode conter 10 bilhões de células cerebrais, estabelecendo as bases para um desempenho cognitivo mais elevado, memória e habilidades motoras avançadas.
De fato, nos primeiros 1.000 dias — da concepção até mais de dois anos de idade — o cérebro cresce mais rapidamente do que em qualquer outro momento da vida de uma pessoa. Como o leite fornece 7 dos 14 nutrientes necessários para o desenvolvimento cerebral (iodo, colina, zinco, selênio, proteína e as vitaminas A e B12), consumir as três porções diárias recomendadas de leite, iogurte ou queijo é fundamental durante a gravidez.
Após o nascimento, a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda aguardar até o primeiro aniversário do bebê para introduzir o leite integral como bebida. No entanto, os bebês podem começar a consumir produtos lácteos, como iogurte e queijos frescos como cottage e mascarpone, ou leite integral misturado a alimentos como aveia, por volta dos 6 meses de idade.
O consumo de laticínios é essencial à medida que as crianças crescem, para garantir que recebam a quantidade recomendada de cálcio, fósforo e vitamina D, que são fundamentais para a formação de dentes e ossos fortes. Os alimentos lácteos também são fonte de proteína de alta qualidade, importante para a construção muscular durante os períodos de crescimento, e o leite pode servir como fonte de líquidos e eletrólitos para reidratar o corpo após a prática de esportes ou atividades físicas.
Diversos fatores influenciam os hábitos alimentares durante a infância. Um artigo na revista Pediatrics (“A frequência das refeições em família está relacionada à saúde nutricional de crianças e adolescentes?”) apontou que a frequência das refeições compartilhadas em família está significativamente relacionada à saúde nutricional. Crianças e adolescentes que compartilham refeições com a família três ou mais vezes por semana tendem a apresentar peso adequado e padrões alimentares mais saudáveis do que aqueles que fazem menos refeições em família.
Algumas crianças também podem ser seletivas ou ter dificuldade em aceitar novos alimentos. Introduzir queijo e iogurte como alimentos complementares pode ajudar os bebês a se familiarizarem com novos sabores e texturas. A partir de 1 ano, servir leite nas refeições é uma maneira simples de fornecer uma base nutricional segura para crianças que têm dificuldade em consumir outros alimentos ricos em nutrientes.
“Os hábitos alimentares na primeira infância podem estabelecer as bases para uma vida inteira de saúde e bem-estar”, afirma Kristin Ricklefs-Johnson, diretora de Pesquisa em Nutrição do National Dairy Council, sediado em Rosemont, Illinois, especializada em saúde infantil. “Infelizmente, as pesquisas indicam que o consumo de leite de vaca diminui entre 1 e 5 anos de idade, enquanto o consumo de bebidas adoçadas com açúcar aumenta. A boa notícia é que pequenas mudanças positivas podem melhorar significativamente a qualidade da dieta infantil. Estudos mostram que simplesmente adicionar leite de vaca à dieta de crianças pequenas ou substituir refrigerantes por leite pode aumentar substancialmente a ingestão de diversas vitaminas e minerais importantes.”
A AAP também recomenda incluir dois ou três lanches nutritivos, além das refeições principais, para garantir que esse grupo etário consuma quantidades adequadas dos diferentes grupos alimentares. Por exemplo, oferecer iogurte para que as crianças pequenas mergulhem vegetais ou fatias de frutas pode tornar o consumo de ambos os grupos mais divertido. Modelar bons comportamentos alimentares, como fazer pausas, saborear e conversar entre as mordidas, também ajuda a estabelecer hábitos alimentares positivos.
À medida que as crianças crescem e entram na pré-adolescência e adolescência, é importante que continuem a consumir laticínios diariamente. A partir dos 9 anos de idade, recomenda-se o consumo de três copos de leite ou equivalentes lácteos por dia. Modelar comportamentos alimentares saudáveis, estabelecer rotinas de refeição, ensinar às crianças os benefícios dos alimentos lácteos e oferecer lanches e refeições saborosas que incluam esses produtos é muito importante para essas faixas etárias.
Inovações de produtos convenientes e saborosos chegaram ao mercado para ajudar a suprir essa necessidade. Sachês de iogurte com frutas que não precisam de refrigeração, leite longa vida, snacks crocantes de queijo desidratado, palitinhos de queijo, porções menores de cottage e dips de iogurte grego, barrinhas refrigeradas de iogurte grego, foram todos desenvolvidos para atrair o público pré-adolescente e adolescente.
Receitas fáceis de preparar com produtos lácteos como ingrediente principal também podem envolver os jovens no preparo e no prazer de refeições e lanches. Nunca é tarde para construir uma base alimentar saudável.
As informações são do Dairy Foods, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
Inovação tecnológica na pecuária leiteira
Diante da crescente demanda global por produtos lácteos, a adoção dessas inovações não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para os produtores que desejam se manter no mercado. Entenda!
O leite é um dos alimentos mais importantes e completos da dieta humana, devido a sua composição química, consequentemente a cadeia produtiva do leite e derivados é um setor de grande importância econômica e social para o Brasil. De acordo com o IBGE, em 2023 no Brasil foram produzidos cerca de 35 bilhões de litros de leite, e o estado com maior produção foi o de Minas Gerais, com aproximadamente nove bilhões de litros.
A produção de leite ocorre em escala mundial, com isso a modernização na pecuária de leite tem se tornado essencial para atender à crescente demanda global, garantindo maior produtividade e sustentabilidade. Esse setor tem passado por transformações significativas devido à incorporação de tecnologias inovadoras. Essas inovações têm impulsionado a eficiência da produção, reduzindo custos e melhorado o bem-estar animal.
Belusso e Hespanhol (2010) destacam que inovações tecnológicas têm impactado não apenas a pecuária leiteira, mas também os segmentos agroindustriais, buscando aumentar a produtividade e o faturamento. Dessa forma, a modernização dessa área envolve desde melhorias na genética dos animais até o uso de sensores e automação para monitoramento da saúde e produção.
Tecnologias como ordenha robotizada, alimentação automatizada e análise de dados em tempo real, permitem otimizar os processos e garantir um leite de melhor qualidade, assim a automação tem desempenhado um papel crucial na pecuária leiteira, especialmente com o uso de sistemas de ordenha robotizada.
Na ordenha robotizada as vacas são ordenhadas automaticamente, de forma autônoma sem necessidade de intervenção humana constante. A qualidade do leite também é monitorada, isso não apenas reduz a mão de obra necessária, mas também garante um ambiente mais confortável para os animais e, consequentemente, há aumento da produtividade. A automação tem um papel fundamental na gestão da alimentação do gado. Com sistemas automatizados de fornecimento de ração e suplementos, os animais recebem a quantidade adequada de nutrientes, promovendo um crescimento mais eficiente.
A coleta de dados em fazendas bovinas está se tornando cada vez mais avançada. Com o uso de plataformas de análise, os produtores podem tomar decisões estratégicas baseadas em informações em tempo real, abrangendo o calendário de vacinações, gestão financeira, controle de estoque e detalhes sobre cada lote, entre outros aspectos (CELESTINO, 2023).
A tecnologia e a automação estão transformando a pecuária, tornando-a mais eficiente, sustentável e rentável. À medida que novas soluções surgem, é fundamental que os produtores adotem essas inovações para se manterem competitivos e atenderem à crescente demanda global.
A modernização da pecuária leiteira é um processo essencial para garantir maior eficiência, sustentabilidade e competitividade no setor. A incorporação de tecnologias inovadoras, como as citadas acima, tem revolucionado a produção de leite, reduzindo custos, aumentando a produtividade e promovendo o bem-estar animal.
Diante da crescente demanda global por produtos lácteos, a adoção dessas inovações não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para os produtores que desejam se manter no mercado. Assim, investir em tecnologia e automação na pecuária leiteira é um caminho promissor para impulsionar a produção de forma sustentável, garantindo produtos de alta qualidade e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do setor.
BELUSSO, D.; HESPANHOL, A. N. A evolução da avicultura industrial brasileira e seus efeitos territoriais. Revista Percurso. Maringá, v. 2, n. 1, p. 25-51, 2010.
CELESTINO, B. Tecnologia e automação: o futuro da produção animal. Acesso em <https://blog.leigado.com.br/pt/tecnologia-e-automacao-o-futuro-da-producao-animal>
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção agropecuária: Leite, 2023. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/leite/br
Jogo Rápido
Petróleo atinge menor nível em 4 anos
Nova York – O preço do barril de petróleo tipo West Texas Intermediate (WTI), negociado na Bolsa de Nova York, fechou ontem abaixo dos 60 dólares, atingindo o menor patamar desde abril de 2021. A queda reflete a preocupação do mercado com a demanda global, em meio à guerra comercial e às tarifas de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os contratos com vencimento em maio registraram recuo de 1,85%, fechando a 59,58 dólares. Já o Brent do Mar do Norte — referência na Europa — caiu 2,17%, encerrando o pregão a 62,82 dólares por barril, em negociações para entrega em junho. Segundo análise da ANZ Research, a perspectiva de uma demanda global mais fraca, resultado direto das tensões comerciais, tem assustado os investidores. Desde o anúncio das tarifas por Trump, o Brent já acumula queda de quase 14%. Para analistas do ING, os riscos seguem “inclinados para o lado negativo”, com alta probabilidade de uma intensificação nas disputas comerciais. Esse cenário tende a agravar as preocupações com o crescimento econômico global e a demanda por petróleo. (Correio do Povo)