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20/02/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.333


Fórum Estadual do Leite debate pegada de carbono

Com foco na discussão sobre a pegada de carbono na cadeia leiteira, a 20ª edição do Fórum Estadual do Leite será realizada no dia 12 de março com duas palestras dedicadas ao tema. A “Pegada de carbono na pecuária de leite: estágio do conhecimento e oportunidades”, será debatida por Gustavo Ribeiro, doutor e professor na Universidade de Copenhagen (Dinamarca). Já a “Visão geral do mercado de carbono na Europa”, ficará a cargo de Maria Reis, médica Veterinária e gerente de Marketing da Cargill da União Europeia.“A questão da redução das emissões de carbono dialoga, de um lado, com consumidores cada vez mais atentos e preocupados com o meio ambiente e, de outro, com a adoção das melhores práticas no campo incrementado inovações no setor leiteiro que contribuem também para a melhoria da qualidade da produção”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Todas as atividades estarão concentradas no auditório central da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). A programação terá início às 8h30min com a abertura oficial e também contará com espaço para a discussão dos temas e também com a palestra a "Conjuntura da cadeia láctea no Sul com foco em sólidos", ministrada por Valter Galan, engenheiro Agrônomo e diretor técnico do MilkPoint Ventures em Piracicaba/SP.

Fórum é uma realização da CCGL e Cotrijal, com patrocínio de BRDE, Sindilat/RS, Sicredi e Senar, e apoio de Sistema Ocergs, RTC, SmartCoop, FecoAgroRS e Expodireto Cotrijal. 

As informações são do Sindilat


Por que os laticínios podem ser seus melhores aliados pela manhã?

O que consumimos logo pela manhã pode influenciar diretamente nossos níveis de energia, concentração e bem-estar ao longo do dia e os laticínios podem ser aliados nesse processo. Entenda!

O café da manhã tem uma função relevante na alimentação diária, sendo frequentemente apontado como a refeição mais importante do dia. Embora essa afirmação possa ser debatida, a realidade é que uma parcela significativa da população opta por pular essa refeição, seja por falta de tempo, apetite ou hábito. No entanto, o que consumimos logo pela manhã pode influenciar diretamente nossos níveis de energia, concentração e bem-estar ao longo do dia.

Entre as diversas opções de café da manhã, os laticínios podem ser aliados na promoção da saciedade e no equilíbrio dos níveis de glicose no sangue. Estudos recentes apontam que incluir leite, iogurte ou queijo na primeira refeição do dia pode trazer benefícios cognitivos e metabólicos, favorecendo um melhor desempenho nas atividades diárias. 

Em um artigo Splash! Milk Science Update, Lauren Milligen Newmark explicou que incorporar uma porção de laticínios na sua rotina matinal pode ter benefícios cognitivos e de saúde adicionais. Milligen Newmark destacou dois estudos holandeses que destacam o papel dos laticínios na melhora da saciedade, na regulação dos níveis de glicose no sangue e no aumento da concentração cognitiva.

Usamos nossos cérebros todos os dias. Fornecer aos nossos cérebros a energia para funcionar corretamente, no entanto, depende do que comemos ao longo do dia. Após uma noite de descanso, os níveis de glicose do cérebro são mínimos, exigindo que usemos refeições para reabastecê-los. Embora possamos buscar alimentos saborosos e ricos em carboidratos no café da manhã, como donuts, muffins ou torradas, isso só faz os níveis de glicose dispararem e depois caírem ao longo do dia. "Laticínios, como leite e iogurte, contêm carboidratos, mas têm um baixo índice glicêmico porque seus carboidratos são digeridos junto com as proteínas do leite", disse ela.

As proteínas do soro de leite são o lar de aminoácidos que têm um efeito estimulante da insulina e mantêm os níveis de açúcar no sangue estáveis após uma refeição. Essas proteínas também limitam os picos de glicose em comparação com alimentos como donuts e muffins, o leite também contém proteínas de caseína que ajudam a manter os níveis de glicose no sangue estáveis ??e retardam o processo de digestão. “Além de promover a saciedade, o que também pode impactar a concentração, a digestão lenta da caseína estimula a produção de hormônios gástricos que também podem retardar a digestão (e, portanto, a transferência para a corrente sanguínea) dos açúcares do leite”, observou Milligen Newmark.

Para avaliar isso, um estudo foi conduzido entre 20 homens e mulheres holandeses saudáveis ??com idades entre 20 e 40 anos. Cada sujeito consumiu três refeições de teste diferentes em uma ordem aleatória e foi alimentado com uma refeição de controle na noite anterior. Para não se afastar muito do café da manhã normal, as refeições foram semelhantes ao que eles normalmente comeriam, apenas com laticínios adicionados. A refeição um não continha laticínios, enquanto a refeição dois continha leite semidesnatado, e a refeição três incluía leite semidesnatado, junto com queijo Gouda.

Amostras de sangue foram coletadas várias vezes ao longo de um período de cinco horas após o consumo. Substituir carboidratos por uma porção de proteína láctea aumentou a disponibilidade de aminoácidos, ao mesmo tempo em que reduziu a resposta da glicose no sangue. Incluir duas porções de laticínios apresentou os mesmos resultados, ao mesmo tempo em que aumentou a saciedade e a concentração plasmática do peptídeo semelhante ao glucagon 1, um hormônio que promove a secreção de insulina .

Sentir fome no meio da manhã não é o ideal. Pense duas vezes antes de escolher pular o café da manhã. Para promover produtividade e concentração, considere adicionar uma porção de laticínios à sua rotina matinal. 

As informações são de Hoard’s Dairyman, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Bebidas lácteas proteicas: tendência ou realidade consolidada?

Nos últimos anos, a preocupação com saúde e nutrição ganhou ainda mais força, impulsionada por mudanças no comportamento do consumidor após a pandemia de Covid-19. Nesse período, houve um aumento expressivo na busca por alimentos funcionais, que oferecem benefícios adicionais à saúde, como fortalecimento do sistema imunológico e suporte nutricional para um estilo de vida mais equilibrado.

Além disso, a pandemia reforçou a necessidade de escolhas mais sustentáveis. O consumidor passou a se interessar não apenas pelo impacto dos alimentos em sua saúde, mas também pelos efeitos da produção no meio ambiente. Nesse cenário, as bebidas lácteas proteicas emergiram como uma categoria promissora, oferecendo conveniência, alto valor nutricional e, em alguns casos, uma solução para o aproveitamento de subprodutos da indústria de laticínios. Um levantamento realizado pela nossa equipe no aplicativo Desrotulando identificou 22 marcas de bebidas whey disponíveis no mercado brasileiro, totalizando 67 produtos com diferentes sabores e teores de proteína, que variam entre 10 g e 26 g por porção.

Para entender melhor essa transformação e analisar se esse mercado está se consolidando no Brasil, a newsletter do Observatório do Consumidor deste mês investiga o interesse por esses produtos na internet, além dos fatores que impulsionam essa categoria no mercado nacional. Optamos por analisar o período a partir de 2022, quando as tendências pós-pandemia começaram a se estabilizar e o crescimento da demanda por bebidas proteicas ficou mais evidente.Para analisar as buscas no Google Trends, optou-se pelos termos "bebida láctea" e "bebida whey", mas eles não são exatamente sinônimos. As bebidas lácteas, de forma geral, são compostas por leite e outros ingredientes, podendo ter ou não alto teor proteico. Já as bebidas whey têm como principal característica a presença do soro de leite (whey protein), um ingrediente rico em proteínas de alto valor biológico, voltado principalmente para quem busca suplementação proteica.

Nos últimos três anos, tem se observado aumento das buscas na web pelos termos "bebida láctea"e "bebida whey". É interessante notar que as duas curvas caminham praticamente juntas ao longo do tempo, com ligeira vantagem para o termo "bebida whey". Em média, o interesse relativo por bebidas lácteas medido pelo Google Trends ficou em 48, enquanto o interesse relativo por bebidas whey ficou em 60. Essa é uma métrica que o Google Trends usa para medir a popularidade de um termo. No entanto, fica claro pela figura, que no final da série, ou seja, nos últimos meses, essa popularidade aumentou bastante, com a busca por bebida whey se aproximando do 100.

Esse crescimento nas buscas reflete não apenas um aumento na oferta de bebidas proteicas, mas também uma mudança no perfil do consumidor brasileiro. Com o avanço das redes sociais e do marketing digital, produtos como whey e bebidas lácteas proteicas passaram a ser amplamente divulgados por influenciadores e especialistas em nutrição, contribuindo para essa alta visibilidade. Além disso, a busca por alimentação prática e funcional tem levado à expansão dessa categoria no varejo, com novas formulações e sabores.

Outra informação interessante que o Google Trends fornece é sobre os termos mais buscados dentro desse conteúdo. Neste âmbito, destacam-se os termos whey protein, bebida láctea, iogurte e marcas comerciais que oferecem este tipo de produto, mostrando que realmente os consumidores estão têm buscado mais informações sobre os produtos disponíveis no mercado.

O mapa apresentado ilustra, em tonalidades mais claras, as localidades onde há maior frequência de buscas pelo termo "bebida whey", enquanto as áreas representadas por tonalidades mais escuras concentram mais buscas pelo termo "bebida láctea". O mapa de buscas revela que o interesse por bebidas proteicas varia conforme a região, sendo maior Rondônia e Goiás. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste (com exceção dos estados do Mato Grosso e Rio Grande do Sul), a bebida whey se destaca, o que pode estar associado ao maior poder aquisitivo e à influência de tendências globais de nutrição esportiva. Já nas regiões onde a busca por "bebida láctea" predomina, pode haver uma preferência por produtos mais tradicionais ou maior sensibilidade ao preço, já que as versões proteicas costumam ter um custo mais elevado.

Outra informação que evidencia o crescente interesse por bebidas lácteas no Brasil, é o aumento significativo dos vídeos com foco neste produto na plataforma Youtube. Entre 2022 e 2025, foram publicados 2310 vídeos com conteúdo sobre bebidas lácteas nesta rede social, que resultaram em mais de 19 milhões de curtidas, 304 mil comentários e mais de 194 milhões de visualizações. Isso representa uma média de 84 mil visualizações por vídeo. Embora esses números ainda sejam modestos em comparação  a outros derivados lácteos, representam 5% do total de conteúdo sobre lácteos no Youtube. 

Do total de comentários nos vídeos sobre bebidas lácteas, 15% são negativos, 34% são neutros e 51% são positivos. Desta forma, apenas uma pequena fração dos comentários apresenta um teor negativo, o que pode estar relacionado tanto ao produto quanto à qualidade do vídeo. O fato de 51% dos comentários serem positivos sugere que esses produtos são bem aceitos, mas o índice de 15% de comentários negativos indica que ainda há resistência ou dúvidas sobre sua formulação, sabor ou preço. 

As características mais mencionadas nos comentários relacionam-se com a embalagens dos produtos (74% das menções).

Para entender melhor as opiniões e interesse do consumidor brasileiro de bebidas lácteas, é importante analisar o teor desses comentários nos vídeos do Youtube. Neste âmbito, observa-se que há menções a alimentos in natura, como frutas (limão, banana, maçã), e a alimentos ultraprocessados como refrigerante e chocolate. Esse resultado pode indicar diversidade de usos das bebidas lácteas com diferentes acompanhamentos, ou até mesmo como ingrediente em diferentes preparações. Contudo, torna-se importante salientar a presença da palavra whey em letras maiores, o que reforça nossa tese de que há um interesse crescente neste tipo de produto no Brasil.

Os dados analisados indicam que o interesse pelos produtos proteicos lácteos está crescendo de forma contínua e consistente, especialmente entre consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O engajamento nas redes sociais e o aumento de buscas na internet reforçam que esses produtos não são apenas uma moda passageira, mas estão se firmando como uma escolha frequente na rotina alimentar dos brasileiros.

Essa tendência pode ser explicada pela busca crescente por conveniência e por alimentos com apelo nutricional. No entanto, para que essa categoria se consolide definitivamente, é essencial continuar monitorando o consumidor e trabalhando na evolução das formulações, preços e estratégias de marketing dos produtos.

O crescimento do interesse por bebidas proteicas no Brasil acompanha uma tendência observada em mercados internacionais. Nos Estados Unidos e na Europa, produtos com alto teor proteico vêm ganhando espaço nos supermercados, especialmente entre consumidores que buscam conveniência e nutrição. Esse movimento indica que, no Brasil, há potencial para uma consolidação ainda maior desse mercado.

FONTE:

Newsletter do Observatório do Consumidor
Ano 4, nº 28 - Fevereiro/2025
Coordenação: Kennya Beatriz Siqueira
Autores: Kennya Siqueira, Manuela Lana,
Thallys Nogueira, Darlan Silva, Isabella Rossi
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br
Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


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