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19/02/2025

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.332


GDT 374: preços internacionais encerram ciclo de altas

O 374º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira (18/02), alterou a tendência de alta observada nos últimos eventos, trazendo recuos para a maior parte das categorias.

O 374º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira (18/02), alterou a tendência de alta observada nos últimos eventos, trazendo recuos para a maior parte das categorias.

O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos, registrou queda de 0,6% em relação ao leilão anterior, com o preço médio atingindo US$4.370 por tonelada, como mostrado no gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Com exceção da manteiga, todos os produtos negociados apresentaram recuos em seus preços médios durante o leilão. Com uma alta de 2,2%, a manteiga foi negociada na média de US$7.378/tonelada, o maior valor registrado para a categoria na série histórica do MilkPoint Mercado, iniciada em 2013.

Por outro lado, o leite em pó desnatado apresentou um recuo de 2,5% em seu preço, sendo negociado na média de US$2.754/tonelada, enquanto o recuo observado para o leite em pó integral, na média ponderada pelo volume negociado, foi mais brando, em -0,2%, com o preço médio de US$4.153/tonelada, como mostra o gráfico abaixo.

Gráfico 2. Preço médio LPI (USD/ton).

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Além dos leites em pó, o cheddar também apresentou um recuo de 3,4% no último leilão, sendo negociado a US$4.862/tonelada. A tabela abaixo mostra os principais resultados das negociações do leilão. 

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 18/02/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Em relação ao volume negociado, no último evento houve uma nova retração, atingindo o menor volume negociado em um leilão GDT desde julho de 2024, com 22.654 toneladas negociadas, como mostra o gráfico 3 abaixo.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Vale ressaltar que apesar dos recuos nos preços praticados em relação ao leilão anterior, as médias observadas ainda se mantiveram em patamares considerados elevados para as categorias em questão. Nesse cenário, os recuos observados podem ter ocorrido como forma de ajustes pontuais após as altas mais intensas observadas nos leilões anteriores, com um mercado internacional que ainda pode ser considerado aquecido para os lácteos.

Nesse contexto, a mesma movimentação foi observada para os preços dos contratos futuros de leite em pó integral, que também apresentaram recuos em relação aos preços dos mesmos vencimentos no início deste mês, mas, se mantendo em um patamar ainda elevado na bolsa de valores da Nova Zelândia.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos, principalmente, da Argentina e do Uruguai, países que tradicionalmente praticam preços superiores aos do Global Dairy Trade (GDT). Esse diferencial é influenciado pela Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações provenientes de fora do bloco.

Assim como pontuamos anteriormente, apesar dos recuos observados no último leilão, os preços permaneceram em patamares elevados, tornando mais atrativas as vendas do Mercosul para outros mercados, e, consequentemente, reduzindo os embarques para o Brasil.

Esse movimento reforça a perspectiva de importações menos estimuladas pelo país neste ano.

Fonte: Milkpoint


ABRALEITE realiza 3º Fórum Nacional do Leite em Brasília

Nos dias 9 e 10 de abril, a sede da Embrapa, em Brasília, será palco do 3º Fórum Nacional do Leite, um evento que se consolida como um espaço de grande contribuição para o setor leiteiro.

Organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite – ABRALEITE, o evento reunirá produtores, técnicos, especialistas, representantes do governo e lideranças do setor para debater os desafios e as oportunidades da cadeia produtiva do leite.

O setor leiteiro é um dos mais importantes do agronegócio nacional. O país é o 3º maior produtor de leite do mundo, com uma produção anual de 35,4 bilhões de litros, gerando 5,5 milhões de empregos e movimentando R$ 170 bilhões por ano.

Criado em 2022, o Fórum Nacional do Leite tem como objetivo dar voz aos produtores de leite, promovendo debates sobre políticas públicas e temas relevantes para o setor. A 3ª edição do evento promete aprofundar as discussões sobre temas como: Políticas públicas, Tecnologia e inovação na produção de leite, Sanidade e qualidade do leite, Sustentabilidade na produção de leite, Comunicação e Mercado do leite.

A abertura do fórum contará com a presença de autoridades políticas de destaque, que terão a oportunidade de conhecer as demandas do setor e apresentar as ações do governo e do legislativo para o desenvolvimento da cadeia produtiva.

“O 3º Fórum Nacional do Leite é um espaço essencial para discutirmos os desafios e oportunidades do setor leiteiro brasileiro. Este evento reforça a importância da união dos produtores e das lideranças do setor na busca por políticas públicas mais eficazes, inovação tecnológica, sustentabilidade e fortalecimento do mercado. A troca de conhecimento e a participação ativa de todos os elos da cadeia produtiva são fundamentais para garantirmos um futuro mais competitivo e sustentável para a produção de leite no Brasil”, afirma Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE.

Serviço:
Evento: 3º Fórum Nacional do Leite
Data: 9 e 10 de abril de 2024
Local: Sede da Embrapa – DF, Brasília (DF)
Informações: https://www.abraleite.org.br/

Fonte: Abraleite

Como o reequilíbrio do mercado de leite da China influencia o comércio global?

A China aumentou rapidamente a produção doméstica de leite nos últimos anos, atingindo a autossuficiência em 2023. No entanto, esse crescimento foi seguido por um excesso de oferta, levando a uma queda acentuada nas importações.

Em 2024, a produção doméstica de leite começou a cair progressivamente ano após ano, e o Rabobank estima uma redução de 5% na produção na segunda metade do ano. Esse declínio foi impulsionado por baixos preços ao produtor e altos custos de produção, que levaram à saída de muitos produtores do setor. Além disso, uma onda de calor no terceiro trimestre agravou ainda mais a oferta. Para 2025, a expectativa é de uma queda adicional de 1,5% na produção, concentrada na primeira metade do ano, devido à continuação das margens baixas.

Embora a economia chinesa continue enfrentando desafios, a demanda doméstica por laticínios deve apresentar alguma recuperação. O Rabobank prevê um aumento de 1,2% no consumo de laticínios em 2025, mas esse crescimento ocorre sobre uma base fraca de 2024.

O equilíbrio entre oferta e demanda na China começa a melhorar

Os volumes de importação de laticínios permaneceram baixos ao longo de 2024, mas voltaram a crescer em novembro pela primeira vez desde julho de 2023. Em dezembro, as importações aumentaram 18% em relação ao ano anterior, com crescimento em quase todas as categorias, especialmente produtos desidratados.

Devido à redução da produção doméstica, o Rabobank projeta um aumento de 2% nas importações líquidas de laticínios pela China em 2025, especialmente na segunda metade do ano, conforme os estoques internos diminuem.

Nova Zelândia domina as importações chinesas de laticínios
Em 2024, a Nova Zelândia foi responsável por 46% do volume total de importações de laticínios da China, enquanto a União Europeia forneceu 31% e o Reino Unido apenas 1%.

A China tem um papel significativo no comércio global de laticínios, e seus padrões de produção impactam o comércio internacional e a oferta disponível no mercado mundial.

Os esforços para regular a produção devem reduzir gradualmente o desequilíbrio entre oferta e demanda, mas, com o crescimento constante do consumo doméstico, não se espera um grande aumento nas importações em 2025.

Fatores geopolíticos influenciam o mercado

Outros fatores geopolíticos, como a disputa comercial entre a União Europeia e a China e as mudanças na política comercial dos EUA, continuam sendo pontos de atenção.

Por outro lado, as tarifas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump sobre a China podem enfraquecer ainda mais a economia chinesa, o que poderia reduzir a demanda por laticínios. 

As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas pela equipe MilkPoint


Jogo Rápido

Tecnologia - Infiltrômetro em demonstração
Técnicos da Embrapa Trigo fizeram ontem, no pátio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, a demonstração do equipamento batizado como infiltrômetro. “É um equipamento inovador, pois simplifica o processo de medição da infiltração de água no solo, eliminando a necessidade de cálculos manuais. E ao gerar estas informações, vai ser possível recomendar práticas de manejo do solo para os produtores”, destaca o pesquisador do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Seapi, Jackson Brilhante. A Seapi divulgou que diversas instituições devem formar uma parceria para o desenvolvimento de um banco de dados sobre os diferentes solos que compõem o Rio Grande do Sul e que estiveram presentes na demonstração. Entre elas, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Emater-RS/Ascar, e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), além da Embrapa e da própria Seapi. Uma nova demonstração do uso do infiltrômetro está prevista para março, na Expodireto Cotrijal. (Correio do Povo)


 
 
 

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