Porto Alegre, 27 de janeiro de 2025 Ano 19 - N° 4.312
18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado tem 10% de desconto para sócio Sindilat/RS
Os caminhos para melhorar a eficiência operacional em aspectos como logística de captação, gestão de custos e volatilidade de preços para reverter as perdas da indústria láctea, de produtores e do varejo no valor final pago pelo consumidor na aquisição de derivados lácteos é o foco da 18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Para participarem, associados do Sindilat/RS têm garantido 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita no link clicando aqui. O primeiro lote está disponível até o dia 31 de janeiro, sexta-feira.
A edição deste ano será realizada no dia 18 de março na cidade de Campinas (SP). Com o tema “Gestão e Performance: os desafios da indústria láctea brasileira”, o evento terá dois blocos principais: Cenários de Mercado, com previsões para o setor em 2025, incluindo o impacto do novo governo americano e tendências no Mercosul; e Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea, explorando logística compartilhada, precificação do leite e novas oportunidades para a indústria.
A programação inclui palestras de especialistas, como Andres Padilla (Rabobank Brasil), Graciela Civolani (Danone), Valter Galan (MilkPoint Ventures), além de uma mesa-redonda com grandes líderes do setor, como Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai) e Murillo Secco (Grupo Piracanjuba).
Confira a Programação:
- 9h - 9h30min - Credenciamento e Welcome Coffee
- Bloco 1 - Cenários de Mercado
- 9h30min - 9h35min - Abertura do Painel
- 9h35min - 10h5min - Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025
- André Penariol, CEO da BU Rock Conecta
- 10h5min - 10h25min - Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo
- Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa
- 10h25min - 10h55min - Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025
- Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil
- 10h55min - 11h15min - Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025?
- Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove
- 11h15min - 11h45min - Cenários para o mercado lácteo
- Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures
- 11h45min - 12h15min - Perguntas e Debate
- André Penariol, Glauco Carvalho, Andres Padilla, Alberto Pessina, Matheus Napolitano
- 12h15min - 14h - Almoço
- Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea
- 14h - 14h30min - Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro
- Graciela Civolani, Diretora de Supply Chain na Danone
- 14h30min - 15h - Gargalos e oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento leite de produtores
- Juliana Santiago e Luana Chiminasso, Consultoras de Projetos da MilkPoint Ventures
- 15h - 15h15min - Espaço Patrocinador
- 15h15min - 15h45min - Perguntas e Debate
- Graciela Civolani, Juliana Santiago, Luana Chiminasso
- 15h45min - 16h30min - Milk Break
- 16h30min - 17h - Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades
- Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures
- 17h - 17h15min - Espaço Patrocinador
- 17h15min - 18h15min - Mesa Redonda: Sistemas de pagamento de leite - para qual direção caminha a indústria?
- Armindo José Soares Neto (Alvoar Lácteos), Carlos Soares (Nestlé), Murillo Secco (Grupo Piracanjuba), Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai), Ricardo Rodrigues (Scala)
- 18h15min - 20h - Encerramento e Coquetel
As informações são da Assessoria de imprensa do Sindilat/RS
O processo de elaboração do BovConfort, aplicativo que auxilia no cálculo de estresse térmico para predizer perda na produção leiteira, é o tema da nova circular técnica publicada pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).Lançado em 2023, o BovConfort permite que o usuário calcule o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), para identificar as faixas de conforto ou desconforto térmico a que seus animais estão submetidos, estimando seus efeitos na produção de leite.
“O estresse calórico acontece quando as altas temperaturas, aliadas à alta produção de calor metabólico, resultam em um estoque de calor corporal excedente, e o animal não consegue eliminá-lo para o ambiente”, explica a pesquisadora Adriana Tarouco, uma das autoras da publicação.
Pelo aplicativo, o usuário também tem acesso a informações que o auxiliem na tomada de decisão para o manejo do rebanho. “São recomendações técnicas desenvolvidas com embasamento científico, visando obter melhores resultados de produtividade”, complementa a pesquisadora.
O cenário atual, em que se registram temperaturas do ar excessivamente elevadas e aumento da temperatura média anual, torna esse tipo de monitoramento ainda mais necessário para a produção leiteira.
“O aquecimento global é um grande desafio para a bovinocultura de leite. Além disso, a seleção genética por animais mais produtivos, com elevada produção de leite, tem tornado os rebanhos mais vulneráveis às mudanças climáticas”, destaca Adriana.
O BovConfort está disponível para download gratuito neste link, rodando em aparelhos com a plataforma Android. Acesse a circular clicando aqui.
As informações são da Seapi.
O clima e os custos serão fundamentais na Argentina
Depois de mais um ano de queda, a produção de leite argentina tem expectativas positivas para 2025.
A produção e o consumo de leite devem aumentar, em 2025, como resultado dos menores custos de produção e queda da inflação. Apesar da retirada das retenções, o cenário para exportação não é dos melhores.
O setor leiteiro argentino encerrou 2024 com luzes e sombras. Por um lado, iniciou o ano com a sequência de uma seca vinda de anos anteriores que impactaram fortemente na produção.
Por outro, em matéria de consumo de lácteos, a inflação e a estagnação dos salários derrubaram as vendas em 20% durante o primeiro trimestre.
Apesar disso, o encerramento do ano foi melhor, com maior produção graças ao clima e aos custos vinculados à alimentação dos animais, bem como maior consumo proporcionado pela baixa da inflação e a estabilização dos salários.
Segundo estimativas que antecipam os números oficiais, a queda das vendas agora estaria em 10%, conforme dados divulgados pelo diretor executivo do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla), Jorge Giraudo.
Pelo lado das exportações, a retirada das retenções por parte do governo de Javier Milei permitiu reativar e aumentar em mais de 30% as vendas para o exterior. Segundo o Departamento Nacional do Leite da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, ao longo de 2024 a produção de leite diária registrou perda de 6,9% em relação a 2023. Os números da produção total foi de 10,59 bilhões de litros contra os 11,326 do ano anterior. A produção de 2024 esteve entre as mais baixas dos últimos sete anos, segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca.
Há 20 anos que a produção nacional vem estagnada entre os 10 e 12 bilhões de litros de leite por ano. Em Córdoba, a produção média diária em 2024 foi de 3.769,35 litros, sendo a segunda no ranking das províncias, atrás de Buenos (4.686,21 litros/dia) e acima de Entre Ríos e Santa Fé.
Expectativas positivas
Apesar dos números vermelhos, as expectativas para 2025 são positivas. Segundo o Ocla, com informação fornecida por 15 indústrias de laticínios que recebem e processam em torno de 49% do leite da Argentina, a produção nacional chegaria a 11,19 bilhões de litros, 605 milhões a mais que em 2024 (ou +5,7%). Giraudo estimou que este poderá ser um bom ano para o setor lácteo. O diretor executivo do Ocla destacou os baixos preços do milho e da soja, a queda do arrendamento de terras avaliado em soja, e as chuvas como fatores que impulsionarão a produção. A queda da inflação poderá fortalecer o consumo de produtos lácteos no consumo interno. Com relação à exportação, Giraudo disse que o combo com a queda dos preços internacionais, o dólar estável e paridade cambial (em fevereiro passará de 2% para 1%) constitui um contexto que estará longe do ideal. “A desvalorização do dólar poderá afetar significativamente a situação nos próximos meses. Para melhorar a competitividade internacional, é importante melhorar a eficiência e a produtividade, e para isso, devemos reduzir custos”, afirmou o especialista.Vale lembrar que na Argentina, 75% da produção é destinada ao consumo interno e 25% vai para exportação.Fatores a serem considerados na produção. Segundo o último relatório do Ocla, o clima, os preços e os custos de produção poderão significar um bom ano para o setor. “As relações favoráveis de preços relativos combinadas com rebanhos bem alimentados, junto com as chuvas nos últimos dois meses de 2024, indicam um crescimento projetado de aproximadamente 6% em 2025 em comparação com os números de 2024”, diz o relatório.
O clima no primeiro trimestre do ano será um fator importante da produção para todo o ano calendário, assim como a qualidade dos silos mencionados anteriormente. Outro fator por considerar, segundo o Ocla, é o impacto potencial da cigarrinha na produção de milho. Muitos produtores das regiões do norte estão avaliando a possibilidade de substituir os silos de milho por silos de sorgo nesta temporada, o que poderá resultar na redução dos níveis de produção.
Entre outros fatores que podem impactar de forma negativa na produção mencionado pelo Ocla é a possível redução das retenções na soja e outros grãos que aumentariam os custos da alimentação animal e o valor dos arrendamentos rurais, levando em conta que algo mais de 50% da superfície destinada à produção de leite é realizada em terras arrendadas que têm como referência o valor da soja.
Também menciona a redução do número de vacas, junto com o encerramento de unidades produtivas, defasagem cambial e a consequente perda de competitividade das exportações argentinas, entre outros fatores.
Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br
Jogo Rápido
Pampa Debates
No dia 24 de janeiro de 2025, Guilherme Portella, presidente do Sindilat/RS e diretor da Lactalis do Brasil, foi um dos convidados do programa Pampa Debates, transmitido pela Rede Pampa. A entrevista também está disponível no YouTube, clicando aqui. Sob a mediação de Paulo Sérgio Pinto, Portella debateu sobre temas relevantes para o setor lácteo e o cenário econômico, compondo a bancada de entrevistados que também contou com a participação de Nei Cesar Manica (Cotrijal), Ranolfo Vieira Jr. (BRDE) e Alexandre Postal (TCE-RS). (Pampa Debates)