Porto Alegre, 15 de janeiro de 2025 Ano 19 - N° 4.304
O preço do leite ao produtor caiu de 2023 para 2024 na maioria dos países da UE As estatísticas anuais da Comissão Europeia indicam que os preços do leite em 2024 foram menores do que os de 2023 em 16 dos 27 países membros da União Europeia (UE). Os maiores declínios foram registrados na Finlândia (-12%), Portugal (-10%) e Espanha (-8%). Os países com os maiores percentuais de aumentos foram: Irlanda (+15%), Lituânia (+11%) e Letônia (+10%). Uma grande cooperativa de laticínios da Irlanda anunciou ligeiro aumento do índice de preços (PPI) para o mês de novembro, saindo de 151,7 em outubro para 156,7 em novembro.
Fonte: USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br
Forte depreciação cambial. Milho e boi registram queda nos preços.
Os preços do milho, da soja e do boi gordo registraram queda no mês de dezembro/24, ainda que em doze meses apresentem alta nas cotações. O preços do farelo de soja e do bezerro, por outro lado, aumentaram em dezembro/24 A intensa desvalorização recente do Real frente ao Dólar tem deixado as commodities brasileiras mais competitivas no mercado internacional, estimulando a exportação, e pode pressionar o preço destas commodities em reais, no futuro próximo.
Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira.
Colaboração: Henrique Sales Terror e Ítalo de Paula Bellozi (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.
Jogo Rápido
Um lembrete de que não se pode baixar a guarda
Apesar da distância que separa a região da Alemanha onde foi registrado um foco de febre aftosa e o Rio Grande do Sul, o episódio reforça a máxima de que, em se tratando de vírus, não se pode baixar a guarda. O registro no país europeu foi confirmado na semana passada na região de Brandemburgo, em um rebanho de búfalos. E interrompeu um hiato de quase 40 anos sem casos naquele país. Com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de livre da doença sem vacinação desde maio de 2021, o Estado obteve conquistas importantes a partir da evolução do status sanitário. E por isso todo a prevenção é pouca e se faz necessária para preservá-lo.— Esse surto na Alemanha comprova que não existe risco zero. É um fato para tirar da zona de conforto, relembrar de estar vigilante com o rebanho — destaca Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. Coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS), Grazziane Rigon reforça que a globalização, com pessoas e produtos circulando entre os países, "torna o mundo altamente conectado nos dias de hoje": — E a febre aftosa é um vírus que pode ser carreado através de produtos de origem animal, principalmente cárneos, mas também através das nossas roupas e sapatos. Ou seja: a prevenção vai além da porteira. Entre as recomendações para produtores, Grazziane lembra da revisão regular do rebanho. Sintomas parecidos com os da doença (feridas na boca, cascos ou tetos, animais babando e/ou mancando) devem ser comunicados o mais rapidamente possível à Inspetoria de Defesa Agropecuária. Outro ponto (veja quadro abaixo) considerado importante refere-se a ações de biosseguridade na propriedade, como a desinfecção de veículos previamente à entrada, principalmente caminhões, restringindo o acesso de visitantes ao rebanho, mantendo a porteira fechada e o perímetro do entorno bem cercado. — Precisamos nos manter vigilantes para a doença, por mais que estejamos há tanto tempo distantes dela — frisa a coordenadora. (Zero Hora)