Porto Alegre, 14 de janeiro de 2025 Ano 19 - N° 4.303
Valor Bruto da Produção - VBP do leite
Brasil fechou em R.$ 65,8 bilhões em 2024, uma redução de 1,5% em relação aos R$ 66,8 bilhões registrados em 2023.
O Valor Bruto da Produção (VBP) do leite no Brasil fechou em R$ 65,8 bilhões em 2024, uma redução de 1,5% em relação aos R$ 66,8 bilhões registrados em 2023.
Essa leve queda reflete os desafios enfrentados pelos produtores, como os altos custos de produção e a instabilidade nos preços ao longo do ano. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 21 de novembro de 2024.
Apesar da retração, o leite ocupa a sétima posição na contribuição ao VBP total, com 5,4% de participação, reafirmando sua relevância no agronegócio brasileiro.
O estado de Minas Gerais se manteve como o maior produtor de leite do país, com um VBP de R$ 16,8 bilhões em 2024, praticamente igual em relação a 2023.
A forte presença de pequenas e médias propriedades, aliada a investimentos em tecnologia de manejo, ajudou o estado a sustentar sua posição de liderança.
O Paraná, segundo colocado, registrou uma leve queda de 1% no VBP, que passou de R$ 9,8 bilhões em 2023 para R$ 9,7 bilhões em 2024.
Apesar do recuo, o estado segue como um dos principais polos leiteiros do Brasil, com destaque para o avanço em práticas sustentáveis.
Santa Catarina, terceiro maior produtor, apresentou um recuo de 3,3%, com o VBP caindo de R$ 8,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões. A redução foi impactada por oscilações nos preços do mercado interno e custos elevados com insumos.
Outros estados como Rio Grande do Sul e São Paulo completam o ranking dos principais produtores, com VBPs de R$ 7,3 bilhões e R$ 5,6 bilhões, respectivamente, ambos registrando pequenas quedas em comparação ao ano anterior.
O desempenho geral do setor leiteiro em 2024 ressalta a necessidade de políticas de incentivo que reduzam os custos de produção e garantam maior estabilidade nos preços, assegurando a competitividade do Brasil no mercado global de lácteos.
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O clima ameno da primavera melhorou a produção de leite no Hemisfério Sul Embora a produção de leite durante o ano tenha variado em todo o continente como consequência de uma série de circunstâncias climáticas, ela foi beneficiada pelo clima ameno da primavera na maioria das principais bacias leiteiras. Certos países conseguiram registrar percentuais positivos de produção de leite na comparação interanual, embora outros tenham continuado com volumes inferiores aos de 2023. Na Argentina, aumentaram o preço e a produção durante a temporada. No Uruguai, embora o clima turbulento do início de primavera tenha melhorado, em novembro, o volume de leite captado ficou abaixo do de novembro de 2023. A produção de leite no Brasil melhorou, sazonalmente. No entanto, bacias leiteiras importantes enfrentaram condições climáticas inclementes, incluindo incêndios florestais causados pela seca no inverno e início da primavera, e que ainda não foi possível recuperar. À medida que o verão se aproxima, a expectativa é de que a produção de leite vá diminuindo, mas as recentes melhoras sazonais devem continuar nas primeiras semanas de 2025.
A típica queda do comércio de produtos lácteos durante os feriados do final de ano manteve os preços das commodities lácteas estáveis na América do sul. Existe um certo impulso de alta na região em relação aos leites em pó e queijo.
Os processadores de soro de leite da região têm a expectativa de que a demanda global continue impulsionando mais vendas de proteínas concentradas de soro no continente. Além disso, as necessidades continental e mundial de manteiga estão mantendo os exportadores de leite em pó integral ocupados.
Como sempre, existe uma série de interrogações em relação a 2025, mas o sentimento em geral é de que os preços dos produtos lácteos permaneçam firmes com tendência de alta. (USDA via terra viva)
Exportações uruguaias de lácteos cresceram em 2024
Em 2024 o Uruguai exportou 232.471 toneladas de lácteos pelo valor total de US$819,8 milhões.
O faturamento foi o quarto principal produto exportado pelo Uruguai no ano passado, trata-se de uma elevação de 5% em relação às 21.273 toneladas enviadas para o exterior em 2023 e uma recuperação de 0,2% em relação aos US$818,6 milhões do mesmo ano.
O Brasil voltou a ser o principal destino dos lácteos do Uruguai, com 81.380 toneladas por US$290,6 milhões. Apesar disso caiu 22,5% em relação às 105.099 toneladas exportadas para o país vizinho em 2023.
A Argélia ficou em segundo lugar, com 63.140 toneladas pelo valor total de US$222 milhões. Também ocupou o mesmo lugar do ranking em 2023, com as 36.716 toneladas compradas naquele ano. Mas, neste caso, houve um salto de 22% nos envios.
No terceiro lugar, em volume surgiu as Filipinas, com 8.966 toneladas por US$13,8 milhões, quando em 2023 havia sido a Rússia.
O leite em pó integral foi, de longe, o principal produto exportado (178.148 toneladas), seguido por queijos e requeijão (21.460 toneladas) e soro de leite e outros em terceiro lugar (12.984 toneladas). Bem perto ficou a manteiga com (12.378 toneladas). Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br
Jogo Rápido
Isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos terá compensação fiscal, diz Haddad
O Orçamento deste ano, que ainda não foi aprovado pelo Congresso, prevê isenção de IR para quem ganha até R$ 2.824, e caso suba para dois salários mínimos, passaria para R$ 3.036. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (14) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a equipe econômica do governo federal a elevar para dois salários mínimos mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) deste ano. A afirmação foi feita a jornalistas na saída da pasta, em Brasília, antes de participar de evento no Palácio do Planalto. “Nós estamos considerando essa possibilidade para manter o ritmo de mudança da faixa de isenção”, disse. (Valor)