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09/01/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.300


Estratégia de sustentabilidade | RAR constrói barragem e amplia estocagem e economia de água

A RAR de Vacaria, no Rio Grande do Sul, investiu na construção de uma nova barragem de 3,5 hectares.

A RAR, empresa com forte atuação na produção de queijos, derivados do leite e fruticultura, concluiu a construção de uma barragem de 3,5 hectares ampliando sua capacidade de armazenamento de água para irrigação.

A nova estrutura atenderá uma área de 240 hectares, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a eficiência hídrica.

Atualmente, mais de 70% de toda a água utilizada na fazenda de leite da RAR é proveniente de processos de reutilização, consolidando a empresa como referência em boas práticas ambientais no setor.

Em 2024, outras práticas sustentáveis permitiram uma economia de 1,2 milhão de litros de água por dia, oriundos do sistema de reutilização implantado para a limpeza do free stall. Ao longo do ano, estima-se que 438 milhões de litros de água foram economizados.

“Essa barragem é um marco importante em nossa estratégia de sustentabilidade. Além de garantir a irrigação de uma área significativa, reforçamos nosso compromisso com a gestão responsável dos recursos hídricos. Nosso objetivo é aliar produtividade com respeito ao meio ambiente, entregando resultados consistentes para nossos consumidores e parceiros”, destaca Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR.

A construção da barragem integra um conjunto de medidas da RAR voltadas para a sustentabilidade, alinhadas aos desafios do setor em tempos de escassez de recursos naturais. A empresa segue investindo em tecnologias e infraestruturas que possibilitem o crescimento de forma consciente e inovadora. 

Sobre a RAR – A RAR, de Raul Anselmo Randon, teve origem na fruticultura, com o cultivo da maçã na década de 1970. Hoje, é uma das maiores produtoras e comercializadoras da fruta no Brasil, comprometida com a inovação e a sustentabilidade. Com um legado voltado para o futuro, nos anos 1990, montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália lançando a marca Gran Formaggio. A RAR tem, em seu portfólio, linha de importados como queijos e acetos italianos, presuntos e salames italianos e espanhóis, e azeites de oliva chilenos. A linha de derivados é composta por creme de leite fresco, manteiga e queijo parmesão. A RAR, com sede em Vacaria (RS), conta ainda com linha de 32 rótulos entre vinhos e espumantes, nacionais e importados, e azeite de oliva produzido a partir de olivares próprios. (Agrorevenda via Edairy News)


Um copo de leite por dia pode reduzir o risco de câncer de intestino, mostra estudo

O maior estudo sobre dieta e doenças já realizado sugere que 300 mg extras de cálcio por dia estão associados a um risco 17% menor desse tipo de tumor

Tomar um copo grande de leite todos os dias pode reduzir o risco de câncer de intestino em quase um quinto, de acordo com o maior estudo realizado sobre dieta e doença, publicado na revista científica Nature Communications.

De acordo com os pesquisadores, uma dose extra diária de 300 mg de cálcio, aproximadamente a quantidade encontrada em meio litro de leite, foi associada a um risco 17% menor de câncer de colorretal.

"Este é o estudo mais abrangente já realizado sobre a relação entre dieta e câncer de intestino, e destaca o potencial papel protetor do cálcio no desenvolvimento desta doença", diz o médico Keren Papier, investigador principal do estudo e epidemiologista nutricional sénior da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em comunicado.

Eles analisaram dados de mais de 500 mil mulheres para investigar a associação entre 97 produtos dietéticos e nutrientes e o risco de câncer de intestino durante um período médio de 16 anos. Os resultados mostraram que o consumo de alimentos ricos em cálcio, como leite e iogurte, estava associado a um menor risco de desenvolver câncer de intestino.

E isso também se aplica a fontes de cálcio não lácteas, como vegetais de folhas verdes escuras. Portanto, é provável que o cálcio seja um fator importante para ajudar a reduzir o risco de câncer de intestino.

“Temos uma ideia da razão pela qual o cálcio tem este efeito”, avalia Papier. “É sugerido que o cálcio pode proteger contra o câncer de intestino ligando-se aos ácidos biliares e aos ácidos graxos livres para formar uma espécie de 'sabão' inofensivo, que os impede de danificar o revestimento do nosso intestino.”

Este efeito de “sabão” ajuda estes ácidos biliares e graxos a serem eliminados do intestino como uma “limpeza de primavera”, para que não se possam acumular e, portanto, tenham menos probabilidade de causar danos.

O estudo descobriu que a maioria das mulheres participantes consumia acima do nível recomendado de cálcio (mais de 700 mg). Mas, para alguns, isso pode ser devido à adição de suplementação de cálcio na alimentação, como em pães ou certos produtos veganos (por exemplo, leites vegetais). Mas são necessárias mais pesquisas para saber se os suplementos de cálcio e os alimentos enriquecidos com cálcio têm o mesmo efeito na redução do risco de câncer de intestino.

“Não pudemos analisar a associação entre o consumo de suplementos de cálcio e o risco de câncer de intestino neste estudo”, explica Papier. “Dado o uso generalizado de suplementos de cálcio, estudos futuros deverão investigar o papel dos suplementos de cálcio na prevenção do câncer de intestino em diversas populações.”

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino no Brasil. No país, esse tipo de tumor fica atrás apenas do câncer de mama e câncer de próstata.

A dieta e o risco de câncer é difícil de mapear, mas existem algumas ligações claras entre certos produtos dietéticos e o risco da doença. O estudo de Papier também confirma a associação clara entre o consumo de álcool e o aumento do risco de câncer de intestino. Descobriu-se que beber mais 20g de álcool por dia, o equivalente a um copo grande de vinho, aumenta o risco desse tipo de tumor em 15%.

“Além de manter um peso saudável e parar de fumar, manter uma dieta saudável e equilibrada é uma das melhores maneiras de reduzir o risco de câncer de intestino. Isso inclui reduzir o consumo de álcool e carne vermelha e processada e comer muitas frutas, vegetais e grãos integrais. Produtos lácteos como o leite também podem fazer parte de uma dieta que reduz o risco de cancro do intestino.”, pontua Sophia Lowes, gerente sênior de informações de saúde da Cancer Reserch UK, entidade patrocinadora do estudo.

Apesar dos resultados, o médico David Nunan, pesquisador sênior do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford, que não participou do estudo, pondera que "embora o estudo possua um grande tamanho de amostra e uma análise estatística rigorosa, ele permanece suscetível aos vieses inerentes a todas as pesquisas observacionais, como vieses de seleção, erros de medição e fatores de confusão". Acesse o estudo completo e oficial clicando aqui. (Folha de Pernambuco)

Rúmens saudáveis começam com água

Para vacas mais saudáveis, que comem mais e produzem mais leite: água limpa! Entenda.

Se você deseja vacas mais saudáveis que comem mais e produzem mais leite, há um truque relativamente simples: certifique-se de que elas tenham acesso a água limpa, segundo o veterinário David Reid.

Reid, consultor leiteiro de Hazel Green, Wisconsin, compartilhou suas ideias sobre a importância da água em um episódio recente do The Dairy Podcast Show. Ele afirmou que seus anos de trabalho como consultor de qualidade do leite e saúde do úbere lhe ensinaram muito sobre o papel essencial da água na saúde das vacas.“Grande parte do que sei sobre ordenha de vacas, aprendi em fazendas pequenas de 30-60 vacas amarradas, no sudoeste de Wisconsin,” compartilhou Reid. “Tínhamos tigelas de água com mangueiras de pequeno diâmetro e canos enferrujados. Substituímos esses sistemas por tubulações de 5 centímetros em torno do curral, colocamos mangueiras de 1,9 centímetro nos bebedouros e começamos a limpá-los diariamente. As fazendas que adotaram isso aumentaram a produção de leite, geralmente de 0,91 a 1,36 quilos por vaca por dia.” 

Desde então, Reid tem visitado e consultado fazendas leiteiras de todos os tamanhos ao redor do mundo. Ele destacou que, independentemente de uma fazenda ordenhar 100 ou 10.000 vacas, a água faz diferença. “Ela é uma parte importante para criar um rúmen realmente saudável, o que resulta em um sistema imunológico mais forte, ajudando na qualidade do leite, controle de mastite e outras questões da produção leiteira.”

A seguir, estão algumas lições adicionais de sua experiência:

1. Fique atento à limpeza: Apenas disponibilizar água não é suficiente. “Quando caminho por fazendas e passo a mão pelo bebedouro e ele cheira a esgoto, isso não é água de alta qualidade,” declarou Reid. Ele recomenda que as fazendas estabeleçam cronogramas regulares de limpeza dos bebedouros e trabalhem com fornecedores de produtos químicos para implementar sistemas que higienizem rotineiramente a água, usando produtos contendo dióxido de cloro ou peróxido. Isso tornará a água mais higiênica e os bebedouros mais fáceis de limpar, especialmente se a água da fazenda tiver alto teor de ferro.

2. Uma vaca em lactação é uma vaca sedenta: O leite é composto por 87% de água e as vacas precisam de grandes quantidades dela. Reid explicou que, durante o processo de ordenha, o hormônio prolactina é liberado, o que desencadeia a sede. Ele afirmou que o ideal é que as vacas tenham acesso a água fresca no corredor de retorno, ao saírem da sala de ordenha.

3. As vacas preferem água morna: Pesquisas e práticas comprovam que as vacas bebem mais quando a água está mais quente. Reid defende sistemas que utilizem a água de descarga do resfriamento do leite, pois isso conserva água e também a aquece. Ele também observou que, em climas frios, as vacas tendem a preferir bebedouros próximos à entrada do curral, pois bebedouros mais distantes podem ter água mais fria.

4. Limpeza durante o período de transição é crucial: Reid destacou que o impacto mais dramático da manutenção meticulosa dos bebedouros ocorre nas baias pré e pós-parto. “Sabemos que há uma queda na ingestão de matéria seca em torno do parto, mas, se tivermos um rúmen funcional com boa água passando por ele, teremos melhores apetite e menor queda no consumo, resultando em saúde geral melhor,” afirmou.

5. Construa instalações pensando na água: Ao planejar novas instalações ou avaliar as existentes, a água não deve ser um aspecto secundário. Reid recomenda 10-12,7 centímetros lineares de espaço para bebedouro por vaca, o que deve ser alcançado com pelo menos 2 fontes de água por baia. Além disso, a capacidade de abastecimento deve ser suficiente para atender à demanda. “Em um bebedouro de 3 metros, é possível que 6-7 vacas bebam ao mesmo tempo,” observou. “Se você vê pouca água neles, tem um problema.”

Reid comentou que, nos sistemas atuais de gestão leiteira baseados em métricas, adoraria ver medidores de água instalados em cada baia de vacas. Dessa forma, seria fácil correlacionar os cronogramas de limpeza, o consumo de água e a ingestão de matéria seca.

Por fim, Reid compartilhou a história de um cliente extremamente rigoroso com a qualidade da água, que esfregava as tigelas de água do curral diariamente. “Podia ser uma chamada de emergência na manhã de Natal, e os bebedouros estariam limpos,” relatou. “Ele me dizia: É a coisa mais fácil que já fiz para obter 1,36 quilos extras de leite por vaca por dia."

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Capacitações sobre Nota Fiscal Fácil seguem após prorrogação de prazo
O prazo para a obrigatoriedade da emissão da Nota fiscal Eletrônica foi prorrogado. Em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em dezembro de 2024, foi definido que a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica será a partir de janeiro de 2026, para os produtores que faturam até R$ 360 mil por ano. Os demais, com faturamento superior, já devem emitir a partir do dia três de fevereiro de 2025. Visando auxiliar os agricultores familiares no uso da Nota Fiscal Fácil, a Emater/RS-Ascar dará continuidade a partir do próximo mês de fevereiro, ao calendário de palestras e capacitações. As palestras são ministradas pelo extensionista da Emater/RS-Ascar, Everton da Rosa, e contam com a parceria da Secretaria da Fazenda do Estado do RS (SEFAZ), além de instituições bancárias. O objetivo principal dos encontros é orientar para o uso adequado do aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), através da ferramenta digital desenvolvida pela Procergs. Esse trabalho teve início em julho de 2024. Os primeiros encontros ocorreram em São Francisco de Paula, na Região da Serra, encerrando o ano com a realização de 15 palestras, em 11 municípios da região da Serra, que contaram com a participação de 1.184 pessoas. O papel da Emater/RS-Ascar é parte da extensão rural, auxiliando os assistidos, sanando dúvidas, levando as informações de qualidade a qualquer local. Essa prorrogação nos deu um tempo maior para conseguir capacitar mais pessoas durante o ano de 2025", destaca Everton. Nesses encontros é explicado desde como baixar o aplicativo, seu funcionamento, cadastramento de dados, como emitir a nota fiscal eletrônica e guias de tributos incidentes, além de esclarecimento de dúvidas. Como os produtores rurais trabalham no campo, algumas vezes sem acesso à internet, o aplicativo NFF permite também o uso sem conexão. Dessa forma, os usuários podem emitir a nota de forma off-line e, quando o aplicativo é utilizado com o acesso restabelecido, a nota é autorizada. O aplicativo está disponível na Apple Store para sistema iOS e na Play Store, sistema Android. Para acessar é preciso usar o login da plataforma gov.br. Cada produtor pode instalar o NFF em até dez dispositivos. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 
 

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