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Kit de identificação de leite A2 tem eficácia comprovada em estudo

Está na edição de dezembro deste ano, da revista científica americana Dairy, um estudo que analisa a eficácia do teste rápido para identificação do leite A2, desenvolvido por pesquisadores brasileiros. O teste analisa algumas gotas de leite para identificar animais com genótipo A2A2. Os resultados foram comparados à genotipagem tradicional, confirmando 100% de sensibilidade e especificidade para identificação de animais produtores de leite A2. O artigo, que mostra ainda a capacidade do teste em detectar contaminações de proteína beta caseína A1 em leite A, pode ser acessado na íntegra através do link: https://www.mdpi.com/2624-862X/5/4/57

A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do teste, a doutora Maria de Lourdes Magalhães, afirma que o estudo científico, realizado pelo grupo de pesquisa da doutora Aniela Kempka da Universidade do Estado de Santa Catarina, é muito importante, pois representa uma validação por terceiros, assegurando a acurácia da tecnologia, trazendo mais segurança e confiabilidade no uso da mesma. A pesquisa demonstrou que os resultados obtidos pelos testes rápidos coincidem 100% com os resultados da genotipagem tradicional. “Esta ferramenta tem sido fundamental para os produtores ao permitir uma identificação rápida e precisa das vacas que produzem leite A2 diretamente na fazenda. Isso facilita a seleção de animais, otimiza a gestão do rebanho e auxilia no direcionamento do leite para nichos de mercado que valorizam esse produto, gerando maior valor agregado e diferenciando os produtores no mercado. Além disso, a simplicidade de uso economiza tempo e reduz custos relacionados à genotipagem tradicional”, assinala.

Disponível no mercado brasileiro desde 2023, o teste rápido consiste em um kit simples e fácil de ser operado, exigindo somente uma pequena amostra de leite. “Em apenas 20 minutos, é possível determinar se o leite é livre de beta caseína A1”, explica Maria, ao assinalar que ele simplifica processos mais complexos e caros, como os que exigem amostras de sangue ou exames de DNA.

O sistema é comercializado pela empresa Scienco Biotech e tem sido cada vez mais utilizado nas fazendas leiteiras gaúchas. Atualmente, são 22 propriedades que adotam o mecanismo. Esta realidade, conforme o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, confirma a inserção dos produtores do Rio Grande do Sul no mercado voltado a atender consumidores que buscam produtos livres da proteína A1. “No campo, está aberta a possibilidade para novos negócios, atendendo aos consumidores de forma mais ampla, agregando valor ao leite, através da seleção de rebanhos exclusivamente A2A2”, afirma. 

Assessoria de imprensa SINDILAT/RS
Foto: Reprodução Dairy

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