Porto Alegre, 13 de dezembro de 2024 Ano 18 - N° 4.285
Kit de identificação de leite A2 tem eficácia comprovada em estudo
Está na edição de dezembro deste ano, da revista científica americana Dairy, um estudo que analisa a eficácia do teste rápido para identificação do leite A2, desenvolvido por pesquisadores brasileiros. O teste analisa algumas gotas de leite e é utilizado para identificar animais com genótipo A2A2. Os resultados foram comparados à genotipagem tradicional confirmando 100% de sensibilidade e especificidade para identificação de animais produtores de leite A2. O artigo, que mostra ainda a capacidade do teste em detectar contaminações de proteína beta caseína A1 em leite A, pode ser acessado na íntegra através do link: https://www.mdpi.com/2624-862X/5/4/57.
A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do teste, a doutora Maria de Lourdes Magalhães, afirma que o estudo científico, realizado pelo grupo de pesquisa da doutora Aniela Kempka da Universidade do Estado de Santa Catarina, é muito importante pois representa uma validação por terceiros, assegurando a acurácia da tecnologia, trazendo mais segurança e confiabilidade no uso da mesma. A pesquisa demonstrou que os resultados obtidos pelos testes rápidos coincidem 100% com os resultados da genotipagem tradicional. “Esta ferramenta tem sido fundamental para os produtores ao permitir uma identificação rápida e precisa das vacas que produzem leite A2 diretamente na fazenda. Isso facilita a seleção de animais, otimiza a gestão do rebanho e auxilia no direcionamento do leite para nichos de mercado que valorizam esse produto, gerando maior valor agregado e diferenciando os produtores no mercado. Além disso, a simplicidade de uso economiza tempo e reduz custos relacionados à genotipagem tradicional”, assinala.
Disponível no mercado brasileiro desde 2023, o teste rápido consiste em um kit simples e fácil de ser operado, exigindo somente uma pequena amostra de leite. “Em apenas 20 minutos, é possível determinar se o leite é livre de beta caseína A1”, explica Dra. Maria, ao assinalar que ele simplifica processos mais complexos e caros, como os que exigem amostras de sangue ou exames de DNA.
O sistema é comercializado pela empresa Scienco Biotech e tem sido cada vez mais utilizado nas fazendas leiteiras gaúchas. Atualmente, são 22 propriedades que adotam o mecanismo. Esta realidade, de acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, confirma a inserção dos produtores do Rio Grande do Sul no mercado voltado a atender consumidores que buscam produtos livres da proteína A1. “No campo, está aberta a possibilidade para novos negócios, atendendo aos consumidores de forma mais ampla, agregando valor ao leite, através da seleção de rebanhos exclusivamente A2A2”, afirma.
(Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
Aprovado pelo Senado o PLP 68/24 - Reforma Tributária e segue para Câmara
Incluída na reta final da votação na Câmara, a isenção para carnes foi mantida no relatório de Braga. As proteínas (bovina, suína, ovina, caprina e de aves, além de algumas carnes de peixe) constam na lista de produtos com alíquotas zero dos novos impostos.
Na complementação de voto nesta quarta (12/12), o relator também atualizou a descrição detalhada do chamado “pão francês”, que faz parte da cesta básica isenta. Também retirou o óleo de soja da lista de itens 100% isentos da cesta e passou para a lista daqueles que têm 60% de isenção.
Outra alteração feita por Braga nesta quarta (12/12) foi a inclusão de erva mate, água mineral e biscoitos e bolachas, desde que não sejam adicionados de cacau, recheados, cobertos ou amanteigados na lista de alimentos com 60% de isenção. (Terra Viva)
Acesse aqui o Projeto de Lei Complementar Nº 68/2024 no Congresso Nacional
Acesse aqui o Projeto de Lei Complementar Nº 68/2024 no Senado Federal
Informativo Conjuntural 1845 de 12 de dezembro de 2024
BOVINOCULTURA DE LEITE
O retorno das chuvas intensas resultou na redução das temperaturas, o que contribuiu para o bem-estar animal. Contudo, as precipitações ocasionaram o aumento do acúmulo de barro nas áreas de alimentação e de deslocamento dos animais, além de exigir maior atenção à higienização durante a ordenha. Apesar desses desafios, não houve impacto na qualidade do leite, e a produção permanece estável. Houve variações pontuais entre as propriedades, conforme o planejamento de parição do rebanho.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas e os dias ensolarados garantiram o bom desenvolvimento das pastagens, sem causar problemas com barro. As temperaturas amenas favoreceram o bem-estar animal.
Na de Caxias do Sul, o estado corporal dos bovinos está adequado, pois não houve restrição alimentar. Nos sistemas à base de pasto, a alimentação foi abundante, principalmente devido às pastagens de qualidade e à silagem, que são a base forrageira dos sistemas predominantes na região.
Na de Erechim, a bovinocultura de leite apresenta desempenho adequado, e a disponibilidade de água para os rebanhos está dentro da normalidade. A oferta de alimentos conservados diminuiu em função da melhoria das pastagens de verão.
Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está estável, e há expectativas de aumento no próximo mês em razão da maior oferta de pastagem.
Na de Passo Fundo, há alta incidência de mosca-dos-chifres, e inicia a infestação de carrapato em decorrência da elevação das temperaturas e da umidade relativa do ar.
Na de Porto Alegre, houve um aumento na presença de ectoparasitas, especialmente carrapato, mas ainda sem dificuldades de controle.
Na de Santa Maria, há preocupação com o estresse calórico, e os produtores têm ajustado os horários de pastejo para o amanhecer e entardecer, visando otimizar o consumo de pasto. O monitoramento de mosca e carrapato segue com estratégias de controle.
Na de Santa Rosa, a variação entre dias chuvosos e períodos de calor intenso exigiu ajustes no manejo do rebanho, incluindo adaptações nas pastagens e no momento da ordenha, com o objetivo de mitigar impactos na produção de leite e promover o bem-estar animal.
Na de Soledade, o preço do leite está estável, mas foi observado um aumento no preço da ração, ingrediente essencial na dieta das matrizes leiteiras, o que impacta o custo de produção. (Emater RS adaptado pelo SINDILAT/RS)
Jogo Rápido
Chuva retorna ao RS nos próximos dias
A previsão meteorológica para o Rio Grande do Sul, de 12 a 18 de dezembro de 2024, indica mudanças significativas no clima, com o retorno da chuva no final de semana. Nesta quinta-feira (12), a presença de um anticiclone próximo ao Estado mantém o tempo estável e temperaturas amenas na maior parte das regiões. Porém, a partir de sexta-feira (13), um cavado entre o Paraguai e Uruguai provocará a formação de uma frente fria, trazendo instabilidade, especialmente nas regiões Sul, Campanha, Central, Vales e Metropolitana. O sábado (14) será marcado por um ciclone extratropical associado à frente fria, com chuva moderada a forte, principalmente nas regiões Sul, Vales e Metropolitana, além de ventos intensos no Sul, Campanha e Fronteira Oeste. No domingo (15), a instabilidade diminui, mas ainda há possibilidade de chuvas isoladas nessas regiões, enquanto as temperaturas começam a cair, acompanhadas de ventos do sudoeste. A partir de segunda-feira (16), o tempo gradualmente volta a ficar firme, mas ainda pode chover de forma isolada em algumas regiões devido à umidade canalizada pelo ciclone no oceano. Na terça (17) e quarta-feira (18), a estabilidade retorna com sol e temperaturas mais amenas em todo o Estado. Para os próximos dias, espera-se acumulados de chuva intensos no Norte, Litoral e Sul, ultrapassando 100 mm em algumas áreas. Nos Vales e na Região Metropolitana, os volumes devem variar entre 30 e 100 mm, enquanto na Campanha e Fronteira Oeste, as precipitações serão menos expressivas, com acumulados entre 5 e 100 mm. (Boletim agrometeorológico da SEAPI editado pelo pelo SINDILAT/RS)