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04/12/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.278


Fiergs prevê 2025 com crescimento do RS acima da média nacional 

Entidade estima que produção industrial tenha alta de 3,2% em relação a este ano 

Ao apresentar balanço de 2024 e perspectivas para 2025 nesta quarta-feira (3), a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) projetou crescimento do PIB gaúcho para o próximo ano de 3,3%, enquanto a média nacional deve ficar em 2,1% (veja detalhes abaixo). No dia em que o PIB nacional voltou a surpreender, o presidente da instituição, Cláudio Bier, afirmou, sobre essa superação:— Podem ter certeza.Para o fechamento deste ano, a Fiergs prevê o mesmo cenário: alta do PIB de 4,1% no RS — a despeito da enchente — e de 3,2% na média nacional.O que sustenta a projeção de forte crescimento da economia gaúcha para 2025, desta vez, não é só a boa safra agrícola. É a produção industrial, projetada em 3,2%. Conforme a Fiergs, esse desempenho deve refletir a baixa base de comparação deste ano.O chefe da Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, Giovani Baggio, admitiu que os economistas têm "errado sistematicamente" as projeções de crescimento do PIB nacional. Avisou, ainda, que depois da nova surpresa desta quarta-feira, a Fiergs deve corrigir sua projeção de fechamento deste ano.

— O principal motivo é o aumento da renda disponível, variável que o Banco Central apresenta e reúne todos os tipos de renda, inclusive benefícios sociais. Houve um considerável aumento na renda das famílias, com mercado de trabalho também aquecido. O último fator são as reformas feitas desde 2016, a trabalhista, a de crédito. Isso tem ajudado nessa surpresa que a gente tem visito no crescimento.

A coluna quis saber, já que as surpresas vêm desde o ano passado, quando os modelos serão atualizados. Baggio disse que “a partir de agora, devemos levar esses fatores em conta”. 

Segundo o economista, a meteorologia — uma das variáveis mais determinantes para a economia gaúcha — melhorou com previsão de que o fenômeno La Niña seja fraco neste verão, o que permitiria uma safra agrícola mais robusta.

Nas projeções da Fiergs, as exportações devem crescer cerca de 4% em 2025, mesmo com a guerra comercial esperada com Donald Trump. Tanto Bier quanto Baggio ainda acreditam que o Brasil pode se beneficiar com o esperado tarifaço dos Estados Unidos. O economista observou, porém, que como a política de Trump deve ser inflacionária, o dólar se manterá forte e deve elevar o custo dos insumos no Brasil. (Zero Hora)


GDT 369°: preço do leite em pó segue em alta no mercado internacional

O preço médio dos produtos negociados apresentou novo aumento no 369º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 03/12. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma valorização de 1,2%, atingindo USD 4.193/tonelada – o maior valor desde julho de 2022.Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Apesar de um cenário de alta no preço médio do leilão, diversas categorias apresentaram retração nos preços. Nesse cenário, a única valorização percentual ficou novamente para a categoria do leite em pó integral, que obteve uma valorização de 4,1% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 3.984/tonelada – renovando o valor máximo dos últimos 2 anos. Por outro lado, a maior retração, ficou com a categoria da manteiga, com uma queda de 5,2%, fechando com preço médio de US$6.680/tonelada.

A muçarela registrou uma queda de 4,5%, sendo negociada a uma média de US$ 4.120 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado, que também apresentou retração nos preços, teve uma desvalorização de 1,0%, fechando a US$ 2.848 por tonelada. Além disso, o queijo cheddar sofreu uma nova desvalorização de 3,2%, alcançando a média de US$ 4.689 por tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/12/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão do mês de dezembro, o volume negociado apresentou queda, colaborando para as altas dos preços do leite em pó integral. Com um total de 33.630 toneladas sendo negociadas, houve uma retração de 7,7% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Além da redução na oferta durante o leilão, que serviu como um dos principais fatores de suporte para a elevação dos preços, a demanda mais firme, especialmente neste período, tem desempenhado um papel crucial na valorização de diversas categorias. Esse cenário é particularmente evidente no caso do leite em pó integral, cujo mercado se beneficiou tanto do ajuste na oferta quanto do interesse crescente dos compradores.

Nos últimos eventos, tínhamos observado uma atuação mais forte das compras da região do Norte da Ásia (que contempla a China) refletindo nas altas dos preços. Já neste último leilão, o destaque de crescimento ficou com as compras da África (região que contempla a Argélia, um dos principais compradores de lácteos do mundo).

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os contratos atuais também apontam para um aumento nos preços em relação aos valores registrados anteriormente para contratos com vencimentos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Os preços mais altos no mercado internacional têm diminuído a diferença de competitividade entre os produtos do Mercosul e os de outros grandes exportadores globais, fazendo com que os lácteos da Argentina e do Uruguai se tornem mais atraentes para esses países importadores.

Nesse sentido, a região da África, especialmente se tratando de países como a Argélia, é uma importante compradora de lácteos do Mercosul e tem demonstrado um apetite mais forte de compras recentemente – o que pode intensificar ainda mais a competição com o Brasil pelas compras do Mercosul.

Além disso, a taxa de câmbio R$/dólar tem atingido as suas máximas históricas recentemente, reduzindo o poder de compra dos importadores brasileiros.

Nesse cenário, as atuais condições sugerem uma possível redução no volume importado nos próximos meses, à medida que os efeitos da taxa de câmbio e da competitividade internacional se intensificam. (Milkpoint)

Assembleia aprova reajuste de 5,25% do salário mínimo regional; novo valor é de R$ 1.656,51

Foram 40 votos favoráveis e três contrários à proposta enviada pelo Poder Executivo. Deputados de oposição se dividiram entre elogios e críticas ao projeto

Por 40 votos favoráveis e três votos contrários, a Assembleia Legislativa do RS aprovou, nesta terça-feira (3), o salário mínimo regional. Com a decisão, que deve ser analisada para sanção ou veto do Executivo, autor da proposta, o menor valor de remuneração formal no Estado passa de R$ 1.573,89 para R$ 1.656,51, significando um reajuste de 5,25%.

Durante a sessão, deputados ocuparam a tribuna para defender diferentes posicionamentos. Emendas que propunham elevação do percentual estipulado no texto do governador Eduardo Leite e antecipação da database foram apresentadas, mas não prosperaram.

— Saudamos a iniciativa do governador de enviar a proposta. Esta política é uma conquista dos trabalhadores. Nossa bancada propõe emenda para que o percentual seja de 9% pagos a partir de dezembro, pois é um mês importante para as famílias e a reposição da inflação é minimamente justa — apontou o deputado Miguel Rossetto (PT).

Em manifestação contrária, o deputado Felipe Camozzato (NOVO) sustentou que a perda do poder de compra do salário se deve à inflação e disse, segundo sua visão, que não adianta elevar a remuneração dos trabalhadores sem outras ações governamentais.

— Por que não votamos um piso de R$ 5 mil ou de R$ 10 mil? Não sejamos mesquinhos, de R$ 20 mil, então? Não irá resolver se o governo continuar a emitir moeda e alimentar a inflação — considerou.

Após breve período de discussão, requerimentos de preferência foram debatidos. Houve decisão favorável a uma emenda, protocolada pelo deputado Guilherme Pasin (PP), definindo que os reajustes terão vigência a partir da publicação da lei, isso é, sem retroatividade a partir da database, que é 1º de maio.

Ao final da votação, o painel do plenário teve pane, não sendo possível identificar a autoria dos votos. Após a sessão, a Mesa Diretora da Assembleia publicou os votos no site da Casa.

Novos valores por faixas de categorias

Faixa I - R$ 1.656,51
Na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas; em empresas de capturação do pescado (pesqueira); empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos; em estabelecimentos hípicos; empregados motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes - "motoboy”; empregados em garagens e estacionamentos.

Faixa II - R$ 1.694,66
Nas indústrias do vestuário e do calçado; nas indústrias de fiação e de tecelagem; nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, papelão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em estabelecimentos de serviços de saúde; empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza; nas empresas de telecomunicações, teleoperador (call centers), “telemarketing”, “call-centers”, operadores de “voip” (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares; empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares.

Faixa III - R$ 1.733,10
Nas indústrias do mobiliário; nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indústrias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; empregados de agentes autônomos do comércio; empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográficas; movimentadores de mercadorias em geral; no comércio armazenador; auxiliares de administração de armazéns gerais.

Faixa IV - R$ 1.801,55
Nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráficas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional; marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros; vigilantes; marítimos do 1º grupo de aquaviários que laboram nas seções de convés, máquinas, câmara e saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores).

Faixa V - R$ 2.099,27
Para os trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Criança tem que tomar leite integral? Pode ser desnatado ou semidesnatado? Nutricionista explica
Nutricionista explica em quais situações um leite tem preferência sobre o outro. O leite desnatado é nada mais do que um tipo de leite do qual a gordura é retirada. Ele é uma opção interessante para pessoas que precisam reduzir o consumo de gorduras na alimentação, assim como o semidesnatado. Nesse sentido, muitos ainda têm dúvidas se eles seriam escolhas seguras quando se trata de crianças. A nutricionista Priscilla Primi, colunista do GLOBO, explica que, a princípio, optar pelo leite desnatado depende das necessidades alimentares da criança. Isto é, se ela realmente precisa evitar gordura ou não. — Se essa criança estiver em fase de desenvolvimento, com o peso normal, o ideal é que ela tome o leite integral. Esse leite entra com um “extra” de calorias que o corpo precisa quando está nessa fase — afirma. De acordo com a recomendação mais recente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o leite de vaca integral pode ser inserido na alimentação da criança somente após os 12 meses. O indicado é que seja feito o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e, a partir daí, seja feita a introdução de alimentos in natura e minimamente processados, mantendo a amamentação por dois anos ou mais, conforme a necessidade de cada criança e família. Primi pondera que, por outro lado, se a criança estiver com sobrepeso e colesterol alto, então o leite desnatado ou semidesnatado se tornam boas opções. A principal diferença entre eles está na porcentagem de gordura, enquanto primeiro tem menos de 0,5, o segundo pode ter cerca de 1,4% e já o leite integral, a partir de 3%. — Mas se o objetivo é não ingerir gorduras, é melhor o desnatado. Porque a partir disso você tem as vantagens do leite, como as vitaminas e minerais, mas sem as gorduras — afirma. No quesito calorias, o leite integral tem cerca de 150 calorias por xícara, o leite semidesnatado tem cerca de 120, e o leite desnatado, 80. E no caso dos idosos, o leite desnatado vale? A nutricionista observa que para os idosos também é preciso levar em consideração quais são as necessidades individuais. — Se o idoso tem alguma doença associada, como colesterol alto e triglicérides altas, o leite desnatado é o mais indicado. Contudo, caso o idoso esteja abaixo do peso normal, em estado de desnutrição, o leite integral deve ser consumido — aponta. (O Globo via Edairy News)

 
 

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